A Volta ao mundo escrita por Artilheiro dos gols decisivos


Capítulo 5
Uma ajuda inesperada


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei pra postar o novo capitulo, mas ainda to vivo com a história e repleto de ideias, espero que curtam o capitulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780172/chapter/5

Atravessando várias ruas até chegar ao endereço do tio do Tony, nós logo vimos a diferença de uma cidade grande para uma pequena, aqui o transito é muito agitado, mais pessoas, prédios bem mais alto, são vária diferenças. Feira de Santana tem 609.913 habitantes (IBGE 2018) é a maior cidade do interior da Bahia e a sexta maior cidade do interior do Brasil, com certeza é uma cidade imensa comparada a RDJ.

—Tony: É essa casa, meu tio mora aqui!

—Juan: Beleza, finalmente, chama ele aí, será que vai nos receber bem?

—Tony: Acredito que sim, na verdade eu acho que ele vai se surpreender em me ver por aqui, eu sempre recusava vim morar aqui mais ele.

—Juan: Certo chama ele aí, já tá escuro, é perigoso ficarmos por aqui, somos desconhecidos por aqui.

Tony então tocou a campainha e chamou pelo tio, até que a porta abriu e para nossa surpresa quem saiu na porta foi uma mulher, cabelos longos com óculos e cheia de tatuagens, não me parece ser boa pessoa, pessoas com tatuagens não são boas, pelo menos assim eu costumava pensar.

—Tony: Olá boa noite, essa não seria a casa de um cara chamado Fred?

—Mulher: O que vocês querem com ele maconheiros malditos, não sabem que ele morreu?

—Tony: O que? O que está dizendo? Que o tio Fred morreu?

—Mulher: Tio Fred? Ah então você é o sobrinho que ele falava tanto? Tá podem entrar.

Então, entramos na casa, sentamos no sofá e ela começou a falar sobre o tio do Tony, falou a causa da morte dele, assassinato, foi a 4 dias atrás, parece que as ruas são traiçoeiras, fiquei sentido pelo Tony, perdeu o último membro da família que ele tinha ainda proximidade, tentei consolar ele pelo menos.

—Juan: Lamento pela perda Tony, é difícil saber essa noticia assim do nada.

—Tony: Ah nem ligo para aquele nóia mesmo, tanto faz se ele morrer ou não, não é tão triste assim.

—Juan: O que? Quanta frieza essa sua, cara, se você não tem sensibilidade pelo menos respeita a moça, que deve ter sofrido muito com a morte do marido.

—Mulher: Eu sofrer pela morte daquele idiota? Nunca, ele era uma boa pessoa, mas não passava de um drogado inútil, deve ter morrido por essas brigas aí, bem feito quem manda mexer com coisa errada, e eu não namorava nem casei com ele, nós apenas moramos juntos, eramos sócios, às vezes a gente fazia um sexo de vez em quando, mas nada além disso.

—Juan: O que? Não fica triste pela morte dele? E que tipo de relação era essas que vocês tinham, não to entendendo mais nada, ei Tony sua família é mais maluca que você.

—Tony: Essa mulher aí não é de minha família, nem sei quem é essa estranha, mas falando desse jeito é suspeita, não duvido nada que ela tenha matado o tio Fred só pra ficar com a casa dele.

—Mulher: Me chame de Angélica, e eu não sujaria meu nome pra matar um imprestável que nem ele que só sabia sujar a casa, você moleque, deveria ter cuidado com o jeito que fala comigo, estou sendo caridosa demais, deixando vocês entrarem na minha casa, não queria expulsar vocês tão cedo.

—Tony: Sua casa? Essa casa nunca te pertenceu, vadia.

Enquanto os 2 discutiam assuntos familiares, eu fiquei prestando atenção na televisão e pra minha surpresa apareceu a reportagem sobre o ônibus que a gente incendiou no trevo, fiquei espantado por tá me vendo pela televisão.

Juan: Tony, droga para de falar bobagens e olha essa reportagem aqui do jornal de Feira, somos nós, da pra acreditar!?

Tony: Ah não cara, eu esperava que eles iriam procurar a gente mas não podia esperar que nós fossemos divulgados até na televisão, pelo visto vamos ter que ficar por um tempo aqui até as coisas se acalmarem mais.

Angélica: O que? Espera aí que historia é essa de ficar aqui e que negocio é esse que vocês estão na TV? Então quer dizer que os 2 pivetes que nunca comeram uma buc*** (Desculpem pela agressividade do autor) são tão perigosos assim?

Tony: Ei, eu já transei sim, e várias vezes, nunca fico na seca.

Juan: Parem de falar mer**, a situação tá seria, ficou complicado para nós agora.

Tony: Mas pera aí nossos nomes estão errados olha lá, “Ruan” e “ Tom”, o caminhoneiro viadão errou nos nossos nomes hahaha, apesar do seu nome não mudar nada a pronuncia.

—Juan: Agora sim estamos lascados.

—Angélica: HAHAHAHAHA!!!!! Então os pivetes aqui são fugitivos, olhem moleques, eu deixarei vocês ficarem aqui o tempo que quiserem mas tem uma condição!

—Juan: Eita, lá vem... (pensei)

—Angélica: Vocês serão meus escravos, podem ficar aqui, até as coisas se acalmarem, mas vocês, limparão a casa todos os dias, além de preparar as refeições e lavar as roupas.

—Tony: Sabia que ia pedir alguma coisa absurda, larga de loucura, prefiro ficar pelas ruas, aliás morar aqui nem vai nos ajudar, por que a policia deve vim aqui sempre.

—Angélica: Bem, vocês que sabem, se querem tanto ser presos podem ir.

—Juan: Ela tá certa Tony, sei que aqui é uma péssima moradia mas não temos outra alternativa, vamos ser presos se ficarmos vagando por aí.

—Tony: E você não acha que essa mulher vai ficar calada? Não confio nela, provavelmente vai nos entregar para a policia.

—Angélica: Eu não tenho o por que entrega-los seria um desperdício pois terei empregados trabalhando de graça pra mim hahahaha!

—Tony: Droga, tudo culpa sua Juan, você com essa loucura sua de incendiar um ônibus.

E então essa conversa demorou muito mais tempo, nós sempre com essa incerteza, mas tínhamos que ficar pois não tínhamos muitas alternativas, passamos a noite lá, eu dormia na cama de hospedes e o Tony no sofá e ficamos lá, trabalhando para essa mulher aproveitadora...

3 dias depois...

—Juan: cara, nunca mais vimos as noticias nossa no jornal, acho que a situação se acalmou.

—Tony: Está na hora de sairmos daqui, já estamos 3 dias aqui presos fazendo essas tarefas chatas.

—Juan: Será que essa Angélica vai nos liberar?

—Tony: Ela não precisa saber que vamos fugir, ela é lerda assim que tiver percebido nós já estaremos finalmente em Salvador.

—Juan: Tá, mais como chegaremos lá em Salvador? Daqui pra lá ainda falta uns 120 quilômetros, se irmos a pé seriamos muito suspeito além da distancia absurda e também não seria inteligente pedir carona, já que estamos sendo procurados.

—Angélica: E por que os idiotas aí não compram um carro próprio já que estão interessados em viajar?

—Juan e Tony: O que? Você estava escutando nossa conversa?

—Angélica: Vocês estão falando alto demais, não me subestimem só por que estou tirando um cochilo, se querem tanto fugir assim podem fugir, não direi nada, mas não irão durar nem uma semana, andando por aí desse jeito.

—Juan: E como vamos viajar então? Mesmo que tivéssemos um carro iriamos estar correndo perigo de ser preso já que não temos nem documentos muito pior carteira de motorista.

—Angélica: Como vocês são inocentes, subestimando tanto assim o mundo, vocês são muito juvenis de andarem por aí sem documentos.

—Tony: Não temos medo do perigo, não importa a dificuldade que passarmos vamos enfrenta-la.

—Angélica: Hahaha, vocês são uma dupla de patetas hilária, bem podem ir, mas eu peço para esperarem até amanhã, vocês ainda tem mais esse resto do dia de contrato, vão preparar o jantar que eu vou tomar banho, acordei muito suada, ah e vê se não façam aquela mer** de ontem, nem mesmo porcos comem aquilo.

—Tony: Maldita vadia, eu queria matar...

—Juan: Deixa ela, vamos passar essa noite aqui e amanhã saímos, é bom pensarmos em como vamos chegar a Salvador.

Enquanto estávamos fazendo as tarefas, a campainha é tocada: “Angélica, por favor, preciso da sua ajuda, minha filhinha está bastante doente.”

—Juan: Droga estão chamando a bruxa lá fora, não podemos ser vistos.

—Tony: Mer** essa vadia inventa de tomar banho uma hora dessa e parece que é uma emergência, será que ela escutou a campainha?

—Juan: Talvez não, ela deve tá com o chuveiro ligado, ei pera aí... Como é uma emergência acho que ela não se importaria se a gente entrasse lá ne hehehehehe.

—Tony: Então você tem um lado pervertido, vamos lá não podemos deixar a visita esperando.

A campainha toca mais vezes: “Vamos Angélica por favor, eu sei que você está aí, preciso que você me leve de carro até o hospital das crianças.”

—Juan: Olha só, o jeito vai ser invadirmos mesmo o banho dela, a moça está desesperada lá fora.

—Tony: É verdade haha, não tem outro jeito, será se ela tem mais tatuagens em seu corpo escondidas? hehe

Então quando estávamos abrindo a porta já recebemos uma panelada na cabeça.

—Angélica: Parem de ser idiotas eu escutei a campainha, da próxima vez não vou ser mais boazinha.

Tony: Que merda ela tá de toalha.

Juan: Tomara que caia!

Tony: Não é uma toalha mesmo.

Juan: Essa piada bosta não combina com você.

—Angélica: Oi  Verônica, eu estava no banho, mas relaxa ela vai ser levada pro hospital.

—Verônica: Por favor se apresse, vai logo vestir suas roupas e tirar o carro da garagem, ela está com muita febre. (falou querendo chorar.)

—Angélica: Não, eu não vou levar ela.

—Verônica: O que? Como assim? Não é hora pra brincar Angélica, você é a mais perto daqui que tem carro, é uma emergência.

—Juan: O que? Ela tem carro, não sabia dessa.

—Tony: Nunca vi a garagem daqui.

—Angélica: Eu estou resfriada essa noite, mas relaxa, sua filha, vai ser levada pro hospital, venham aqui garotos!

—Juan: O que? Ela nos está chamando, está louca não podemos ser vistos.

—Tony: Será que ela tá fazendo isso por que tentamos ver ela pelada?

—Angélica: Venham logo idiotas, é uma emergência.

—Juan: Droga, já era Tony temos que ir de todo o jeito.

—Angélica: Esses dois, vão te levar até o hospital da criança, são meus trabalhadores.

—Juan e Tony: O Que???

—Verônica: Trabalhadores? Não me diga que você...

—Angélica: Ah nunca, eu gosto de homens novinhos mas esses 2 manés aí não me atraem.

—Juan e Tony: O que???

—Verônica: Pelo amor de Deus, vamos logo, por favor.

—Angélica: Estão esperando o que idiotas? Vão buscar o carro, a chave está em cima da geladeira, a da garagem também.

—Juan: Que historia é essa nem sabemos dirigir e você vem dando essa responsabilidade grande para a gente.

—Tony: Eu dirijo, pode deixar que vou buscar o carro.

—Juan: O que você sabe dirigir desde quanto?

—Tony: Nunca duvide do pai aqui, tenho várias utilidades.

—Juan: Ah cara eu estou muito confuso de tudo.

—Angélica: Verônica pode ficar tranquila e esperar o carro ali na rua, eu vou só passar umas informações aqui para esse tonto.

—Juan: Você é o cumulo da preguiça,  quanto custa você ir leva a moça para o hospital, nós nem podíamos ser vistos aqui, nós seremos descobertos logo...

—Angélica: Ei sossega aí, ela não vai reconhecer vocês, vocês nem estão famosos para isso, ela tem mais o que se preocupar, ei escute bem, depois que levarem a Verônica e sua filhinha para o hospital da criança, vocês podem ir para Salvador, estarei dando esse carro para vocês, os documentos dele estarão lá dentro agora se virem é o máximo que posso fazer por vocês dois, agora vai logo que o seu amigo já tá vindo.

—Juan: O que? Você está dando um carro para nós? Como assim, isso está muito suspeito.

—Angélica: Vão logo, não preciso desse carro, recebam ele como uma herança do Fred para seu sobrinho, ele gostava do Tony, apesar do Tony não gostar muito dele.

—Juan: Espero que não tenha colocado uma bomba nele.

—Angélica: Para de ser idiota e vai logo, ah a proposito, levem esses 2 bonés, era do Fred, não é lá um grande disfarce mais levem essas porcarias daqui talvez consiga ser útil.

—Tony: Ei bora logo Juan, a moça está com pressa. (buzinando)

—Angélica: Vai logo, de a noticia para ele depois, tenham uma boa viagem.

—Juan: Bem, adeus e obrigado, parece que você não é uma mulher má haha.

—Angélica: Eu má? Não seja idiota vai logo antes que eu te dê uma facada.

—Juan: Hahaha bem louca você, alias eu acho que vou precisar de um item a mais pra nossa viagem,  uma toalha poderia ser útil para nós, hahaha falou!!

—Angélica: Aaah seu moleque, volta aqui Filho da p***, p** no c*, viadinho, eu vou te matar de tiro!

Então depois dessa magnifica despedida, fomos em direção ao hospital da criança, levar a humilde senhora e sua filhinha doente, tadinha, mas pera aí...

—Tony: Ei pra que lado fica esse hospital mesmo?

—Juan: Aaah é mesmo, onde fica?

—Verônica: O carro da Angélica tem GPS, usem ele.

—Juan: Nossa é verdade, ela tinha um carrão e tanto.

—Tony: Como assim tinha? Esse carro não é mais dela?

—Juan: Ah é, errei a pronuncia foi mal (depois eu te falo)  

Depois, de um tempo, chegamos lá, tudo de cidade grande é muito longe  o transito também não ajuda muito, pelo menos a garotinha tinha aliviado mais a febre, ah e o Tony é um bom motorista acho que depois vou pedir pra ele me ensinar a dirigir, mas enfim, chegamos, estacionamos o carro e saímos com a dona Verônica e sua filha para dentro do hospital sempre, tentando esconder o máximo nosso rosto sem chama atenção. Então entramos junto com ela e esperamos até ela ser atendida, por que nós a levaríamos de volta para a casa depois, mas enquanto nós esperávamos até ser atendida ela começou a conversar com a gente.

—Verônica: Sabe, vocês são uns bons garotos queriam que minha filha mais velha deixasse de ser rebelde e fosse assim como vocês.

—Juan: Ah relaxa senhora, nós também temos muitos defeitos.

—Tony: Sua outra filha tem quantos anos?

—Verônica: Tem 18 anos, acho que a mesma idade que vocês.

—Tony: Ela é bonita?

—Juan: Ei isso não é pergunta para se fazer no momento, idiota.

—Verônica: Hahaha, ela é bonita sim, mas não adianta paquerar ela, por que já tem namorado, apesar de não gostar muito do sujeito que minha filha namora, mas não tenho como impedir.

—Tony: Uma pena, queria conhecer ela e quem sabe conversarmos e sairmos.

—Juan: Para de besteira, que história de sair o que, esqueceu da nossa missão das viagens?

—Verônica: Hahaha, meninos vocês são demais, ela também vive sonhando em viajar pra conhecer o mundo olha só onde já se viu, até tem um almanaque do mundo, que ela me fez comprar bem caro a um tempo, ela fala que um dia quer sair de casa, mas eu não permitiria isso, ela ainda é nova, quem sabe um dia que ela se formar e for bem sucedida.

—Juan: Olha só, não somos o único com tal sonho.

Então finalmente a dona Verônica foi atendida e resolvemos sair pra fora e esperar e eu contei finalmente sobre o que a Angélica tinha pedido pra contar para o Tony:

—Tony: O que então você viu a Angélica pelada, cara eu também queria ver não é justo.

—Juan: Eu achei que você iria se surpreender por termos ganhado um carro...

—Tony: Ah legal, ganhamos um carro, mas eu queria mesmo era ver a...

Enquanto isso um casal se aproximou da gente, uma loirinha e um cara moreno:

—Loirinha: Olá, são vocês que trouxeram minha mãe e minha irmãzinha para o hospital, minha mãe mandou mensagem a mim, dizendo que veio aqui, eu tava na casa do meu namorado que é aqui perto.

—Juan: Ah você é filha dela? Ela falou sobre você, prazer, como se chama?

—Maiara: Bem me chamo Maiara e vocês?

—Juan: Me chamo Thiago e esse aqui é o Vinicius. (Eu e Tony tínhamos combinado em não dar nossos nomes a estranhos.)

—Maiara: Prazer em conhecê-los.

—Namorado de bosta: E aí caras, vai perguntar o meu nome ou vai dar em cima da minha namorada o tempo todo?

—Juan: Perdão pode falar seu nome.

—Namorado de bosta: Agora não estou interessado em falar meu nome para palhaços que nem vocês dois.

—Maiara: Para com isso Vitor, já te falei para parar com esses ciúmes desnecessários.

—Vitor: Você tá muito exibida pro meu gosto viu.

—Tony: Ei cara, fala direito com a gatinha aí.

—Vitor: Qual foi cara, ela é minha namorada e quem manda nela sou eu, se vocês tem alguma coisa contra mim, podem vim pra briga...

Esse cara é um babaca, não posso deixar a situação desse jeito...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua no próximo episódio, espero que não demore haha, não percam, vai ter uma surpresa interessante.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Volta ao mundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.