Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 18
Capítulo 18




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Olá lindas aqui está um novo capítulo pra vocês. Espero que gostem. Bjssss

 

 

 

Estevão passou primeiro entrando no escritório e depois Heitor entrou em seguida. Ele estava ofegante, sentia que lhe faltava o ar e que sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. Estava tão nervoso, tão fora de si por ver que Heitor de primeira tomou as dores de Maria. E como ele não podia ter pensado naquela hipótese? Como havia se sentido tão seguro que Heitor rejeitaria Maria quando a ouvisse? Mas ainda não era o fim. Estevão estava ciente disso. Maria e ele estavam em uma guerra que estava apenas em seu começo e que nela valia tudo. E então ele fechou a porta, depois que viu Heitor adentrar mais de passos lentos para dentro do escritório e disse, depois de respirar fundo para fingir uma calma que não tinha.

— Estevão: Vamos ver se agora levamos uma conversa mais cordial. Sente-se, filho.

Estevão estendeu o braço a frente do corpo apontando a cadeira em frente de sua mesa. Mas Heitor de corpo rígido, negou-se sentar, movendo a cabeça em silêncio. Ele havia tardado a voltar para casa. Andou muito de carro, parou em uma praça, sentou em um dos bancos por horas e nem havia conseguido fazer sua refeição da tarde, tudo porque ele não havia deixado de pensar no momento que teve com Maria, com a mãe dele. Todas as palavras ditas por ela estavam em sua mente, martelando nela, ele podia sentir ainda o cheiro dela pregado em sua roupa pelos abraços dado nele. Ela era tão amorosa, tão afetuosa. Mas ela era mesmo aquela mulher que ele viu entre lágrimas e mostrando amor? Heitor enquanto esteve hora dirigindo e hora na praça, havia se perguntado isso. Aquele amor de mãe que ele tanto precisou e quis dela, estava ali entregue de bandeja, mas era sincero? Não que ele não havia tido amor de pai vindo de Estevão, Heitor sabia que ele era amado como filho dele, protegido e querido, mas sentir o amor de Maria, de sua mãe tinha sido algo totalmente diferente. O amor que vinha de Estevão pareceu mais contido com o passar dos anos, enquanto o que sentiu de Maria era intenso e tinha o desarmado e o quebrado como uma criança diante dela.

A verdade era que Heitor já estava se rendendo ao amor de Maria ainda que não quisesse assumir, ainda que se fazendo perguntas para não se entregar totalmente. Estava rendido e querendo todo amor que ela queria dar a ele. Mas tinha tantos porquês além dos "se" que ele criava na mente apenas para se proteger. Havia pensado que os porquê iria acabar quando estivesse diante de sua mãe, mas não, ela havia dado a ele mais porquês para ele questionar.

E agora ele queria saber a verdade, seja ela que inocentava Maria ou a que a condenava e deixava todo aquele rancor que ele via nos olhos de Estevão mais que justificado. Que por isso naquelas horas que quis estar desconectado com todos, ele havia tomado uma decisão. Uma que ele nem mesmo tinha contado a Maria quando esteve com ela.

E então ele suspirou e virou para Estevão que estava em pé ao lado da mesa dele e disse.

— Heitor: Já que está decidido ter uma conversa mais branda, papai, tomei uma decisão. Ainda que imagino que vá contra. Eu a tomei antes que voltasse para casa.

Estevão o olhou sério e com seus olhos cheios de pavor, ele disse gaguejando de nervoso.

— Estevão: Q- que, que decisão, filho? Não tem que tomar nenhuma decisão agora! Não, antes de colocar seus pensamentos no lugar e me ouvir!

Heitor suspirou querendo sustentar o que sentia e o que queria. Ainda que visse Estevão fora de si como estava, ele não podia e não queria voltar atrás. Havia passado todos aqueles anos só ouvindo de como era sua mãe, só sofrendo por ouvir que foi deixado e agora tinha a oportunidade de fazer mais do que só ouvir já sendo um homem e dono de suas vontades. E então ele respondeu Estevão.

— Heitor: Não tenho que colocar meus pensamentos no lugar papai. Eu sei o que quer seguir dizendo. Mas não quero ficar contra nenhum dos dois. São os meus pais!

Estevão passou a mão no rosto que transpirava e pensou que o chão que pisava estava se abrindo. Heitor era seu tudo, seu alicerce e seu aliado como foi todos aqueles anos, então em hipótese alguma ele queria permitir que Heitor fizesse o que ele entendia. Que não indo contra Maria ele estaria a favor dela e ela o venceria fácil. E então ele disse.

— Estevão: Então é essa é a sua decisão? Ficar dos dois lados? Sabe como me sinto? Hum? Me sinto traído, filho! Sua mãe não te merece! Entenda isso de uma vez! Eu que estive com você todo esse tempo e não ela!

Heitor ergueu a cabeça com as palavras duras vindo de Estevão e se virou de costa para ele, pôs a mão sobre a costa de uma cadeira e suspirou. E então ele sentiu Estevão tocando em um ombro dele e dizendo, de voz mais calma que antes.

— Estevão: Sei que o que falo é duro Heitor. Mas é a verdade filho! Sempre disse que sua mãe fez uma escolha e foi nos deixar mesmo que ela tenha dito que não teve.

Estevão suspirou ao final de suas palavras e viu Heitor puxar o ar do peito e se virar para ele. Que então depois de pensar nas palavras dele, Heitor voltou a dizer o que havia descoberto.

— Heitor: Aí que está. Sempre me disse que ela teve escolha papai, mas não teve. Então não diga mais que ela teve, porque já conheço a verdade!

Estevão bufou com sua veia ao lado do pescoço pulsando como que se fosse explodir e se afastou de Heitor de novo, e foi fazer o que sentiu que precisava fazer, que era beber. E assim ele abrindo uma garrafa de conhaque disse de costa para ele.

—Estevão: Isso é o que acredita. É o que ela te fez acreditar. Que ela não teve escolha.

Ele encheu um copo grosso da bebida e Heitor então cuspiu a decisão dele.

— Heitor: É para provar que ela não teve escolha também papai, pelo que fez sem piedade alguma com ela que decidi que vou ajudá-la. Vou ajudar minha mãe encontrar a verdade!

Estevão sentiu o álcool descer rasgando sua garganta mais que o normal ao ouvir Heitor. Não era o fato dele chamar Maria de minha mãe mais uma vez aquela noite que o afetava, mas como ele seguia querendo brigar por ela, com garra com aquela garra que ele sabia que era o sangue falando mais alto. Mas para Estevão era em vão. Heitor para ele ia se decepcionar, porque só existia uma verdade e para ele era  a que Maria era culpada de tudo. E então ele se virou para Heitor de copo na mão e disse sério.

— Estevão: A única verdade que existe Heitor, é que sua mãe me traiu, tentou me roubar e te abandonou para fugir com seus amantes! Amantes, porque sei que ela esteve esses anos todos com um homem que se fez meu amigo e resultou que estavam juntos todo esse tempo! E não duvido que já estavam me traindo antes mesmo de que eu descobrisse quem foi a mulher que me casei, hum. Então para mim ela não tem nada de inocente, nada!

Ele virou o copo sentindo um gosto amargo que não era do álcool. E Heitor só pensou que Estevão falava de Luciano, falava dele como ele nunca tinha falado. Mas agora Heitor sabia da existência dele quando Maria revelou depois quem foi que tinha ajudado ela. E a verdade era que ele queria confiar que nada de fato existia entre eles, que se não fosse assim, seria uma mentira confirmada e um ponto dado a Estevão.

E assim ele o respondeu.

— Heitor: Sei de quem fala papai. Ela disse que ele foi o único que a ajudou. Que não eram amantes. Ele deu um lar para ela grávida poder ter um lugar para ter sua filha quando o senhor com o que fez deixou não só minha mãe na miséria, mas também a menina que ela esperava. Sua filha! Vê o que fez papai? Por que só o senhor não consegue ver a gravidade do que fez?

Estevão bufou e depois riu. Achava que Heitor era inocente demais, que nada ainda havia vivido na vida para não ver a maldade do mundo e nas pessoas que ele já podia ver como pai dele e mais velho, que fora aquela inocência que ele via nele que o incomodava, incomodava também o que ele acabava de ouvir. Sua filha menina que tanto desejou ter depois de seu primeiro filho, havia sido aparentemente criada por aquele maldito homem que não tinha ficado apenas com sua mulher, mas também com sua menina. Que então sem poder se controlar ele cuspiu suas palavras cheia de rancor e também um ferido ciúme.

— Estevão: Já disse que eu não sabia que ela estava grávida, Heitor! Eu não sabia! E o que quer eu faça, que eu agradeça a esse homem por isso? Porque não vou! O único que vou fazer quando vê-lo é cobrar por sua traição! Ele ficou não só com minha mulher, mas também com minha filha! O que tenho que tratar com Luciano, vai ser algo de homem para homem! É o que anseio mais que tudo nesse mundo!

Ele então se virou para o bar de bebidas querendo mais delas. E Heitor depois de um silêncio perguntou pelas costas dele depois que analisou as palavras que ouviu, tão... Tão ressentidas.

— Heitor: A ama papai? Ama ainda minha mãe?

Em resposta Heitor ouviu o bater dos cristais dos copos e garrafas que Estevão tocava. Quando o ouviu, Estevão nervoso deixou escorregar da mão dele a garrafa que devolvia no lugar depois de ter enchido seu copo que então ele se virou para Heitor e disse.

— Estevão: Que pergunta absurda é essa, hum? Maria tem todo meu desprezo. Só isso que ela tem de mim!

Estevão bebeu um longo gole de sua bebida. Tinha falado a maiores das mentiras e ele era consciente disso. Tentava desprezar Maria, odiá-la com todo seu ser, mas sabia que entre esses sentimentos que tentava ser mais fortes em todos aqueles anos, mais forte era o amor que ainda sentia por ela. Um amor que ele sustentava abaixo de muitos ressentimentos, mas estava vivo ainda enraizado dentro do seu peito como uma doença incurável.

Que então foi Heitor que soltou um riso daquela vez. Não acreditava no pai. Todos aqueles anos pensava que podia ainda restar algum sentimento dentro dele e agora começava ter certeza que não era só ressentimentos que fazia Estevão não esquecer nunca o que havia vivido com Maria. E assim ele disse.

— Heitor: Eu não acredito no senhor. Parece que fala cheio de ciúmes não só de rancor. E a chamou de minha mulher!

Estevão então bufou e caminhou com seu copo na mão e bateu com ele na mesa para responder Heitor cheio de si.

— Estevão: Porque foi isso que ela foi! Ela foi minha! Minha mulher, minha esposa! A única que amei nessa vida, mas que não amo mais!

Ele então de lado pegou o copo e bebeu mais um gole. Heitor então ficou o olhando. Não era o fato de Estevão ainda amar Maria ou não que estavam ali. O assunto a Heitor não lhe cabia saber, cabia sim, saber a verdade que ele pensando nisso, pediu para voltar ao assunto que levaram aonde estavam.

— Heitor: Respeito seus sentimentos e seus ressentimentos também, papai. Mas vou pedir que a partir de hoje faça o mesmo comigo. Porque não vou deixar mais que fale dela como todos esses anos falou para mim, agora eu quero tirar minhas próprias conclusões de quem é a mulher que é minha mãe. Por isso dei um voto a ela para provar que tudo como ela diz não passou de uma mentira e estou disposto ajudá-la a isso.

Estevão então riu. Em sua mente via Maria com um riso vitorioso e ele não queria que ele seguisse nela. Não porque se sentia o injustiçado, o enganado e não ia permitir que ela tivesse seu triunfo tão fácil assim. Ela poderia ter vencido uma batalha, mas viriam outras porque a guerra entre eles com certeza continuaria. E assim sem mais o copo na mão e de rosto sério ele disse o olhando.

— Estevão: Se pensa que vou aceitar isso calado, se é isso que me pede está redondamente enganado, Heitor. Porque você vai se decepcionar quando vê o que Maria fez foi te manipular como fez comigo. É isso que ela costuma fazer com os homens, mas estou surpreendido que ela tenha conseguido essa proeza até com você que é filho.

Heitor então pela primeira vez em ouvir Estevão falar como falava se sentiu enojado. Ele poderia ter o coração nobre, mais do que sabia que o pai tinha e ser emotivo também, mas a imagem da mulher que Estevão pintava Maria todos aqueles anos, Heitor já não conseguia ver. Já era demais imaginá-la daquela forma. E ele pensou que talvez acontecesse o mesmo com Estrela quando ele ouviu Maria dizer, que para ela não importava que a história que ela era acusada fosse verdade ou não. Que então ele disse com raiva.

— Heitor: Fala dela como que se ela fosse uma... uma prostituta. Sempre falou assim, mas não vou deixar mais papai! Agora será eu que vou escolher que imagem terei dela e não o senhor!

Estevão então peitou Heitor desacreditado como ele falava. O fato dele ser mais forte e mais alto que o filho, não fez Heitor baixar a cabeça e nem recuar da aproximação que Estevão impôs nos corpos deles. E então dessa maneira, Estevão disse de voz grossa.

— Estevão: E o que vai fazer, hum? Vai me bater para defender a honra dela? Vai bater no seu próprio pai para defender uma mãe que te abandonou por 15 anos?

Heitor então de corpo rígido e vermelho como via Estevão estar, o respondeu sem piscar, sem temer.

— Heitor: Eu não vou agredi-lo! Mas se não fizer o que te pedi, se não aceitar minha decisão, deixo essa casa!

Mais do que um soco, uma agressão foi o que Estevão sentiu ao ouvir Heitor. Que o fez desesperar, as lágrimas vim aos olhos e seu peito que antes tinha amenizado a dor que tinha voltou a doer, queimar e sua pele formigar toda. Se viu perdendo seu Heitor, seu rapaz, seu tudo, seu mundo. E se viu também ficando sem saída, sem argumentos já que os que tinha eram todos para atacar Maria e Heitor estava empenhado a defendê-la.

E ele então levou a mão no peito, ele doía só em pensar que Maria estava ganhando dele, assim em sua primeira jogada. Seu peito queimava com seu coração batendo rápido e experimentando a mesma sensação que o tinha levado no hospital quando teve Maria em sua frente depois de 15 anos. E ele piscou vendo uma saída.

Ele sabia que teria Heitor ao lado dele pela emoção, por ele ser nobre e sempre justo com seus sentimentos. Heitor era um rapaz emotivo, manso, generoso, características que Estevão via todas em Maria quando haviam se casados e que agora como tudo que ele teve dela, ele cria que era falso, duvidava de que ela era como o filho deles. Mas conhecia muito bem seu filho e então pensou forçar uma cena.

Se sentia obrigado a isso por saber que nada naquele momento se resolveria entre ele e Heitor, mas podia amenizar a intensidade da discussão que levavam.

E assim ele virou de costa, com uma mão seguindo no peito e outra na mesa, ele disse fingindo um ataque do coração como o qual ele teve, mesmo que não estava muito longe de ter outro.

— Estevão: Heitor, filho... Não estou bem. Chame, chame um médico.

Ele então se sentou devagar na cadeira a frente de sua mesa e Heitor que tinha os olhos arregalados foi até ele e disse, preocupado.

— Heitor: O que tem, papai? O que tem?

Estevão levou a mão na gravata já esfolada de tanto ele tocar nela e disse, soltando ar pela boca como que lhe faltasse ar.

— Estevão: Não sei filho. Eu só estou mal. Essa nossa discussão, filho. Ela...

Estevão parou de falar fingindo que já não podia e Heitor o ajudando a se livrar da gravata, disse desesperado.

— Heitor: Não fale mais nada papai. Tia, tia, tia!

Heitor gritou por Alba que muito rápido ela já estava dentro do escritório.

E quase duas horas depois.

Estevão estava no quarto dele, sentado sobre a cama e com suas costas encostadas em um bolo de travesseiro. E sentado na beira dela ele tinha um médico coroa que terminava de examiná-lo. Enquanto Heitor e Alba que estavam com ele.

E assim depois do médico tirar o aparelho de pressão do braço esquerdo de Estevão, Heitor perguntou aflito.

— Heitor: Como ele está doutor? Recentemente ele sofreu um ataque do coração.

O doutor respirou fundo e em silêncio ele trocou olhares com Estevão. Quando ele havia chegado na mansão atendeu Estevão primeiro sozinho. E ainda que a pressão dele se via alta demais e os sintomas para quem já havia sofrido um principio de infarte alarmantes, ele só tinha uma crise nervosa que elevou sua pressão, que por isso não o deixava tão mal como Estevão havia pedido para que ele falasse antes de ter Heitor estar ali com Alba. E então o senhor robusto, levantou arrumando suas coisas e respondeu Heitor.

— Doutor: É preocupante o estado do seu pai exatamente por esse motivo rapaz. Vou medica-lo para que a pressão dele baixe, enquanto as dores no peito, vou receitar repouso e tranquilidade o resto da noite ou melhor da semana. Porque se volto chamo os paramédicos para que ele vá ao hospital e fique lá para fazer exames mais profundos e assim prevenirmos mais um infarte.

Alba bufou e foi até Estevão. E assim com ela sentando na cama ao lado dele e tocando no braço dele, disse com Heitor, branco como um papel e calado.

— Alba: Maria ainda vai matá-lo. Sua mãe que agora tanto protege ainda vai matar seu pai, Heitor.

Estevão apenas fez cara de coitado e tocou na mão de Alba, enquanto Heitor se manteve calado. No fundo Estevão não estava gostando de jogar com Heitor como estava fazendo, mas estava desesperado e naquela guerra contra Maria valia tudo.

Longe dali. Maria não se aguentava ainda de tanta felicidade, ainda que seu sorriso começava morrer aos poucos com o silêncio de Heitor. Ela tinha mandado mensagem a ele, que depois de tudo, já a noite não se conteve e mandou boa noite com palavras mais amorosas e mais uma vez o agradecendo. Mas ela não tinha respostas e já pensava que Estevão pudesse ter manipulado ele, e assim o feito voltar atrás, afinal ela até estranhava o silêncio dele também, que ela já estava esperando as inúmeras ligações que ele poderia ter feito ou até pior bater em frente da casa dela como na última vez havia feito. Mas nada tinha acontecido até aquele momento. Estava tudo em silêncio e os instintos de Maria por conhecer seu inimigo estavam em alertas.

E assim de pijama e celular na mão ela andava de um lado para o outro em frente a sua cama. Estava quase ligando para Heitor, até que quando decidia fazer, Estrela apareceu na porta dela dizendo baixo.

— Estrela: Posso dormir aqui?

Ela tinha o travesseiro na mão dela e uma carinha que suplicava o que pedia. Antes dela estar ali, Estrela havia surtado com ciúmes novamente de Heitor e daquela vez ela tinha sido repreendida por Maria com uma conversa mais séria que antes.

E Maria suspirou a olhando e assentiu em silêncio. Queria dar aquele castigo a Estrela, sem muitas palavras, sem muito mimos pelo menos o resto da noite. Já que quando havia buscado ela na escola a conversa que tiveram quando Maria a percebeu estranha e com suas palavras demostrando o porquê logo em seguida, ela não havia tido uma longa e calma conversa com ela sobre os ciúmes e inseguranças que tinha em relação a Heitor como estava costumando ter e teve pela manhã, daquela vez Maria havia falado séria demais e sem rodeios que ela tinha um irmão mais velho e que logo o teriam mais presentes entre elas e ela teria que aceitar. Aceitar sem dramas e nem qualquer chantagem que podia vir de uma adolescente como ela era.

Estrela então passou para dentro do quarto e foi deitar na cama de rabo de olho em Maria que virou de costa para ela ao ver um e-mail do trabalho chegar. A menina então puxou a coberta e se cobriu e ouviu Maria suspirar e então ela disse.

— Estrela: Não quer falar comigo, não é?

Maria andou e deixou o celular ao lado da cama, tirou as pantufas que usava nos pés e levantou a parte de sua coberta e a respondeu sustentando sua maneira de castiga-la.

—Maria: Já é tarde. Não é hora de conversas, Estrela.

Ela então entrou debaixo das cobertas e em seguida apagou a luz do abajur ao lado dela. Maria já temia com a demonstração que Estrela dava de ciúmes em relação a Heitor, que a ilusão que teve ao imaginar eles dois juntos pela primeira vez interagindo como irmãos não pudesse ser tão linda assim. Estrela poderia ser grossa de uma maneira que ela não queria que fosse. Não depois de ver como era seu filho. Viu Heitor perder sua agressividade no começo daquela manhã muito fácil, e ela entendeu por ter estado pensando todo o dia no reencontro que teve com ele, que ele só tinha agido de tal forma para se proteger e que ele não passava de um rapaz sensível e carente. Seu filho era carente e ela só queria entender que mesmo que a carência de mãe era a principal, ele teve Estevão ao lado. E porque seu filho parecia tão carente? Estevão havia se tornado frio até em relação a dar amor ao filho deles? Ele havia negligenciado afeto? Carinho? Se fosse como pensava se Heitor tivesse crescido em um lar mais cheio de ressentimentos do que amor, Maria só pensava que teria mais um motivo de não perdoar Estevão.

E pensando como estava, Maria sentiu ser abraçada por trás por Estrela que se aninhava nela como uma gatinha manhosa. E com o braço dela abraçando a cintura dela, Maria não resistiu o chamego e pegou nele o tocando e o alisou. O amor que dava a sua menina ela também tinha que dar a Heitor mesmo ele sendo já um homem. E então ela disse.

— Maria: Eu te amo Estrela, filha, mas também amo seu irmão. E ele está todos esses anos sem esse meu amor que te dou desde que nasceu. Agora deixe eu dar a ele também.

Estrela suspirou sem te poder de escolha e apenas assentiu dizendo.

— Estrela: Eu vou deixar. Só não fica sem falar comigo.

Maria então se virou para olhá-la. O lado de Estrela ainda tinha o abajur ligado e então Maria viu o rostinho dela e tocou nos cabelos dela para ver melhor seus olhos verdes. E disse.

— Maria: Mostre que vai deixar, tratando ele bem. Ele é mais velho que você, mas tem sentimentos. Então quero que seja a menina, doce e gentil com ele que eu criei. E não essa egoísta e ciumenta que está me mostrando ser desde que voltamos.

Estrela baixou a cabeça envergonhada e disse baixo.

— Estrela: É que sempre foi só nós duas e eu queria que seguisse assim.

Maria suspirou alisando o rosto dela. Talvez tivesse errado não ter preparado com mais tempo Estrela para a mudança que teriam de vida. Pois lembrava que depois de uma semana que ela tinha descoberto quem era o pai e que tinha um irmão, tinham deixado Londres. Mas ela não podia voltar atrás, tinha cometido erros que Estevão tinha levado ela a cometer como esconder da filha por todos aqueles anos quem era o pai dela.

E assim ela disse, paciente.

— Maria: Vai ser nós três agora, aceite isso logo meu amor. Sofrerá menos e desfrutará mais em ter um irmão mais velho.

Estrela deu um leve sorriso. Não via ainda motivos para desfrutar em ter um irmão mais velho, mas pela mãe queria tentar. E então ela disse.

— Estrela: Vou tentar. Me perdoa mais uma vez, mamãe.

Maria deu um sorriso e disse.

— Maria: Vamos dormir, hum.

Estrela apagou o abajur do lado dela e Maria beijou a testa dela quando a teve se aconchegando mais entre o peito dela e que momentos depois ela dormiu. Mas só Estrela dormia, Maria ainda ficou de olhos abertos, enquanto revivia o que tinha passado todo aquele dia e pensava também em como começaria buscar as provas de sua inocência.

Enquanto na mansão San Roman, altas horas da madrugada.

Estevão estava de pé ainda sem dormir também. Na sala de estar ele estava trancado, burlando assim o pedido do médico para que ele terminasse a noite de repouso na cama. Que ali na sala segurando um copo grosso de conhaque bebendo outra e sobre medicações tomadas, ele pensava em Maria e no que ela tinha feito.

Se não iria antes deixar ela achar que estava na frente dele, agora muito menos. O primeiro encontro dela com Heitor havia feito um estrago que ele não imaginou que seria possível. Mas ele havia sido mesmo tolo em não ter pensado que Heitor pudesse fraquejar diante da mãe. Como julgava conhecer o filho que tinha, Estevão pensava que o havia subestimado. Mas tinha certeza que se estivesse presente naquele encontro, Heitor haveria se mantido firme. Haveria porque todos aqueles anos, era ele que mantinha vivo com seus comentários os ressentimentos que ambos tinham por Maria. Mas Heitor havia ficado só com ela e inconsequentemente ele havia passado o mesmo que ele, com seu lado que a desejava desesperadamente quando ficava muito tempo diante dela. A única explicação que tinha era que Maria era desgraçadamente irresistível em tudo que fazia, em tudo que era, como mãe, mulher e ele chutava como a advogada que era, também já que ele havia conhecido como ela era uma excepcional mulher nos negócios, aprendiz de início ao lado dele, mas depois havia criado asas e garras naquele ramo sozinha, tão sozinha que havia passado a perna nele debaixo de seu nariz em sua empresa.

E ele bufou pensando. E que depois que bebeu mais um gole de seu conhaque, decidia que a partir daquela noite, só iria vê-la como inimiga como ela o via, ia sustentar só o desprezo, enquanto o desejo que sentia por ela, ele iria simplesmente lutar contra ele. Pensava que tinha mulheres, qualquer uma que quisesse aos seus pés, tinha Patrícia aos pés dele, a que estava tão fácil e ao alcance de suas mãos. Então não iria mais mostrar o desejo que tinha por Maria que o tirava do sério e fora do controle, apenas focaria na briga que valia a pena para ele, que era a que tinha pelos filhos dele. Heitor não deixaria a mansão San Roman, enquanto ele seguisse respirando seguiria tentando fazer que ele abrisse os olhos com a mãe, enquanto Estrela na manhã seguinte, depois de ter passado por aquele dia tórrido, colocaria seu plano em ação e empataria aquele placar.

Amanheceu.

Maria estava de pé, vestida para ir ao escritório de advogados e Estrela já tinha ido a aula. O silêncio que ainda tinha de Heitor estava a deixando aflita mas tinha medo de ligar para ele e pôr tudo a perder se ele se sentisse pressionado.

Mas então quando ela já juntava sua bolsa e chaves para deixar o apartamento e tinha o celular em umas de suas mãos, ele tocou e quando ela viu quem era seu coração acelerou e ela atendeu dizendo logo.

—Maria: Heitor, meu amor.

Heitor dirigia enquanto tinha um aparelho em um de seu ouvido conectado ao celular para falar com Maria. E assim que ele a ouviu chama-lo como falava, ele sentiu como se fosse um bom dia ainda que ela ainda não tinha dado, aquele meu amor valia por qualquer bom dia daquele dia que ele teria. E ele pensou em Estevão como ele esteve mal e se recriminou com o que sentia. Queria manter sua palavra a Maria, mas também não queria ir contra seu pai e nem vê-lo mal. E então ele disse sério.

— Heitor: Bom dia, senhora.

Maria então sorriu sem jeito tocando a testa e disse.

— Maria: Bom dia, meu querido. Me perdoe minha falta de educação. Estava aflita esperando sua ligação sem saber se eu podia ligar.

Então ao final das palavras dela, Heitor não esperou nem um segundo para respondê-la.

— Heitor: Quando precisar pode me ligar, senhora.

Maria então sorriu do outro lado da linha e disse.

— Maria: Tenho certeza que sempre vou precisar ligar pra você Heitor, pelo menos para ouvir sua voz que irá até enjoar, filho de tanto que eu serei capaz de ligar.

Heitor riu. Sentia desejo de ter sim várias ligações marcada de Maria na tela de seu celular, até as perdidas como os filhos normais tinham de suas mães e reclamavam. Mas não querendo expor seu desejo bobo ele disse, o motivo maior que tinha ligado para ela.

— Heitor: Não disse isso ontem. Apenas pedi para que buscasse a verdade com o que houve com a senhora no passado, mas quero ajudá-la de alguma maneira a encontrá-la.

Maria então tateou a poltrona em sua sala e se sentou de costa nela. Havia passado o resto do dia anterior em casa e por isso tinha entrado em contado também com Luciano e dito o que Heitor havia pedido, algo que ela e ele sabia que não seria fácil saber nem muito menos seguro. E então não querendo Heitor correndo qualquer risco que ela ainda desconhecia quando ela começasse a sua busca pela verdade, ela disse.

— Maria: Filho. Eu quando penso no que me houve, penso também que pode ser maior do que pensamos o motivo que me fizeram ser a mulher que sou para seu pai agora. Não te queria metido nisso tudo, pode ser perigoso. Temo por você, meu amor.

Heitor ficou sério e com o corpo rígido ali por trás do volante em seu carro. Em sua cabeça só ouvia a voz de Estevão e então ele disse, de tom sério.

— Heitor: Teme mesmo por mim, ou meu pai tem razão senhora, quando segue me dizendo que mente e está me enganando?

Maria respirou fundo e torceu os lábios, imaginando pelas palavras de Heitor o que Estevão havia dito a ele. E então ela segura de suas palavras, disse.

— Maria: Eu temo por você filho. Foi uma quantia muito alta que apareceu em uma conta em meu nome. Quem fez aparecer nela tinha poder a isso e acesso fácil as contas das empresas do seu pai.

Heitor suspirou. Também havia pensando naquela hipótese. Tinha 20 anos e antes dos 18 Estevão o colocou naquele ramo, com cursos e estágios. Que além de entender como funcionava o mundo dos negócios e a empresa de seu pai, ele era filho dele e seu sucessor em um futuro que por isso lhe dava muitas regalias. Que assim ele disse.

—Heitor: Disse certo, senhora, as empresas. E eu sou o filho do presidente dela eu posso dentro dela ter poder também e ajudá-la no que precisar. Deixe eu ajudá-la se não irei acreditar que está mentido para mim.

Maria então suspirou com a teimosia de Heitor que no caso ela não podia apontar ser herdada só de Estevão já que ela também podia ser muito teimosa quando queria algo. E assim ela disse se rendendo por hora a ele, já que se ela visse que precisaria ter ele longe de tudo, ela iria deixa-lo.

— Maria: Eu deixo, Heitor. Mas me prometa que se ficar perigoso demais irá se afastar filho. Me prometa, meu amor.

Heitor ficou calado por uns segundos com a seriedade na voz de Maria com o pedido, que então apenas para agradá-la ele a respondeu.

— Heitor: Eu prometo, senhora.

Maria então respirou fundo. A luta dela para buscar a verdade estavam em contagem regressiva.

E então horas mais tarde.

No apartamento de Maria, só estava Marta que fazia uma faxina.

E assim a senhora com sacos de lixos saiu dele e pegou o elevador da área de serviços para se livrar dos sacos.

E então minutos depois que ela não estava, a porta do apartamento que estava encostada se abriu lentamente. Uma mão com uma luva preta apareceu empurrando a porta, e depois uma perna com uma calça da mesma cor da luva e sapatos, passou primeiro para dentro e depois a outra acompanhou os passos adentrando no apartamento.

Um homem alto e de capuz tinha um caminho certo e o que fazer ali dentro. Então de passos leves como cordeiro, ele entrou em um quarto que viu.

Ele olhou a cama de casal com forros estirados bem arrumados e depois avistou a penteadeira com pertences de mulher. E ele então viu de cara o que precisava, pegou e colocou em um plástico transparente que trazia em mãos. Depois rápido entrou em um terceiro quarto que parecia que não dormia ninguém por ter só uma cama e uma cômoda. Segurando ainda o plástico, mais rápido que antes ele foi em outro quarto, agora nele ele sabia que acharia o que queria. Um quarto mais adolescente e ao mesmo tempo de menininha se via ali, e ele caminhou até uma penteadeira rosa e branca e pegou o mesmo objeto que tinha pego no outro quarto. Mais uma escova de cabelo, mas aquela tinha fios loiros.

E então as pressas ele saiu do apartamento, e depois de  colocar os sacos com as escovas presos entre o cós de sua calça no lado das costas, ele tirou as luvas abriu a jaqueta preta mostrando uma blusa de esporte branca, baixou o capuz dela e mexeu nos cabelos claros para bagunça-los e chamou o elevador apertando o botão dele. Qualquer pessoa que dividisse o elevador com ele, ele ia sorrir e iriam achar que ele era apenas mais um morador.

E nas empresas San Roman.

Um médico clínico do ambulatório das empresas San Roman, tinha em mão um fino e cumprido cotonete branco que com ele, ele colhia salivas de Estevão que tinha a boca aberta para ele.

E quando o médico terminou, pondo o cotonete em um saco plástico e lacrando ele depois, Estevão disse sério.

— Estevão: Assim que chegar as outras duas amostras, quero que as entregue o quanto antes ao laboratório que indiquei doutor. Os resultados tem que estar pronto o quanto antes, estou confiando em você.

O médico assentiu e disse.

—X: Não irá se arrepender pela confiança dada em mim, senhor San Roman.

Estevão então sorriu contente e foi até sua janela deixando o médico deixar sua sala.

Ele teria a prova de paternidade de Estrela antes mesmo que Maria soubesse.

Poucos dias depois...

Era sábado e dia de San Valentin.

E Maria depois de uma visita ao padre Belisário que feliz ela quis falar com ele e deixar uma vela acesa para virgem, encontrou Socorro vendendo seus tapetes artesanais que a lembrou daquele dia e o convite que ela tinha feito há quase duas semanas atrás. Que ela então, não pôde negar a ir que mesmo odiando o tal dia com todas suas forças, ela faria sua nova amiga feliz além de que sabia que devia sair com Estrela que andava dramática e pelos cantos.

Poucos dias haviam passado depois de seu encontro com Heitor, que ela seguia em contato com ele e não só com ele como com Luciano, que a aconselhava não ir sem nenhum plano ainda a começar desenterrar o passado para achar a razão e quem estavam por trás do que fizeram a ela e prometia uma breve visita. Mais que Maria, Luciano estava confiante que por trás de tudo estava uma sujeira oculta em meio as empresas San Roman que Estevão desconhecia e Maria sentia que ela tinha que descobrir e não Heitor que tomava aquela responsabilidade para ele, já que era ele que tinha acesso fácil a empresa e ela não. Descontente nesse ponto, Maria sentia de mãos atadas e até se lamentou de no passado não ter aceito as ações que uma vez Estevão quis presenteá-la. Havia sido tão tola e para que? Para no final ele julgar aquele amor que ela um dia sentiu por ele, tão falso como ela julgava que o dele havia sido.

Que pensar nele. Não tinham contato algum. Estevão seguia estranhamente em silêncio e ela seguindo em alerta. Mas que para ela era bom parte daquele silêncio, era bom, depois de descobrir que ele podia fazê-la desejar estar com um homem outra vez, e não qualquer um e sim com ele. Havia escutado uma mensagem de voz dele perdida quando teve que ouvir uma de Vivian e que depois passou a dele, dentro do seu carro dirigindo para pegar Estrela em sua segunda escola ela teve que parar o carro para tentar se recuperar depois de ouvir e imaginar a indecência que ele tinha feito e deixado gravado em uma mensagem de voz para ela. Que consequentemente naquele mesmo dia, mas pela noite ela tinha se tocado sozinha no quarto e debaixo das cobertas. Que mais por isso, para Maria, Estevão tinha que seguir daquela forma distante dela, ainda que existia um ditado valioso que valia mais um inimigo perto para saber cada passo seu, do que um longe que podia ataca-lo sem ao menos aviso.

E em tudo que estava passando naqueles dias em meio a sua busca de uma mãe para ter Heitor não só pela metade em seus braços, mas por inteiro, ela também como advogada enfrentava problemas com sua cliente que já estava fora do hospital e parecia estar querendo voltar atrás com sua decisão de divórcio e pensando até em retirar a denúncia. Era um fato que Maria já conhecia muito bem, pois mulheres que sofriam violências domésticas mais da metade delas que apresentavam queixa as retiravam. O que Maria ainda estava disposta a não deixar Cecília fazer tal besteira.

E assim naquela tarde ensolarada. Em Xochimilco, em uma Trajinera conhecido como barcos coloridos, Maria estava em um com Estrela e mais pessoas, que com elas eram 4 mariachis, Socorro, seu marido Da vince, Greco o filho mais novo dela e que Maria conhecia ali, uma mulher de um jeito exótico de ser e se vestir e Lupita que olhava Maria de rabo de olho, por saber quem era ela.

Um dos dois mariachis, tinha um violão que tocavam enquanto os outros dois só cantavam dando um show ao vivo para os presentes. No rio grande que estavam tinham mais barcos como que estavam, mas a maioria haviam casais neles que também tinha um grupinho de mariachis tocando para eles.

E Maria se via bloqueando inutilmente qualquer lembrança daquele lugar, que daquele dia em especial lhe trazia, mas era impossível quando seus ouvidos captavam o som de outros barcos que cantavam músicas mais românticas que tocavam no barco que ela estava e que ela percebia que Socorro fazia questão que as músicas que seguiam cantadas pelos mariachis que estavam com eles, fossem rancheiras de um estilo bem mexicano. Já que não era segredo que ela estava recentemente de regresso as suas origens e Socorro queria que ela se sentisse a mexicana que ela era.

E assim o sol ia cada vez perdendo a força que longe dos barcos, no lado das árvores e jardim, Estevão sentado em um banco como que tinham em praças avistava o colorido dos barcos cheios de pessoas e a maioria ele sabia que eram turistas, por ser ali o maior ponto turísticos de Xochimilco, México. Aquele era um lugar que ele costumava ir sem ninguém saber e naquela data. Que fazendo isso ele se remoía em suas lembranças até ver o sol se pondo e os barcos se recolhendo. 

 


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