Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic já está sendo postada no wattpad ai agora estou trazendo ela pra cá :*



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Londres, 11:00h da manhã.

Da janela de um prédio no vigésimo andar. Uma mulher olhava a neve cair sobre o centro de Londres naquela fria manhã .

A manhã estava tão congelante que tinha suas ruas e calçadas cobertas de neves. Tão congelante, que o alerta para a população era de ficar em casa por estar vindo mais uma grossa tempestade de mais neves. E com aquele frio intenso marcando graus negativos congelando tudo que estava desprotegido, aquele frio daquela estação de inverno não estava tão diferente que o coração que batia no peito da mulher que olhava aquela neve toda pela janela dela cair em vários prédios e ruas. Pois o coração dela havia se tornado frio. A mulher estava fria de sentimentos há 15 anos.

E enquanto olhava a chuva de neve, Maria Fernández da Cunha, suspirou pesadamente. De novo os pensamentos dela a levava há 15 anos atrás, aonde seus sentimentos mudaram. Exatamente quando ela foi vítima de uma terrível armação. Acabando assim com a história de amor que um dia teve, e que parecia mais um conto de fadas em pleno século XXI. Mas aquele conto de fadas que achou que vivia, de repente havia se tornado em um pesadelo.

E Maria que era uma linda mulher de belos cabelos pretos, olhos de um intenso verde, pequenos lábios e um nariz empinado, refletia no seu passado naquele momento. Refletia no dia que toda felicidade que viveu se tornou em dor e rancores.

Flashback há 15 anos atrás...

Em um quarto de luxo de um apartamento sobre uma cama apenas de lençóis, Maria despertava com raios de sol que saia das janelas frente a enorme cama que ela estava. Confusa, ela sentou na cama deixando o lençol branco escorrer por seu busto e levou uma mão a frente do seu rosto querendo proteger os olhos da claridade da luz do sol neles. Ela sentia a cabeça doer e um gosto amargo na boca. Não sabia aonde estava, tão pouco com quem estava. Então Maria, disse baixinho, depois de correr seus olhos para os quatros cantos da onde estava.

— Maria : Estevão...

Ela chamou pelo único homem que amou e amava na vida, mas não obteve resposta. Apenas o silêncio havia a respondido . Então, Maria resolveu sair da cama. E enrolada no lençol, seus pés descalços tocou o piso de um tapete caro ao chão e ela chamou por seu amor novamente.

Estava nua e em um quarto. E Maria sabia que não podia ter chegado nele sozinha muito menos sem Estevão. Mas novamente ninguém a respondeu. Ele não a respondeu.

Claramente por ver a cama revolta, Maria cria que tinha passado toda noite nela, só não acreditava que tinha passado sozinha. Sem Estevão. Então ela olhou para o criado mudo ao lado da cama e viu um celular e a bolsa dela. E ela não pensou mais e o pegou vendo depois que ele estava desligado. Maria então o ligou e largou na cama logo em seguida enquanto o aparelho ligava. E ela varreu os olhos no quarto de novo procurando as roupas dela. Andou até o outro lado da cama e por fim, achou elas, mas viu que além das roupas dela tinha mais outras. E Maria arregalou os olhos temorosa. Estava todo o tempo amparando o lençol com as mãos nos seios para cobrir seu corpo e se abaixou, pegou a roupa dela deixando um jeans e uma camisa masculina ao chão.

Nunca tinha visto aquelas roupas e tinha certeza que não era de Estevão, mas sim de algum homem. Então mais assustada, Maria voltou olhar todo o quarto agora visando uma porta de madeira que poderia ser a suíte dele. E ela temeu que saísse dela o dono daquelas roupas, e por isso ela começou se trocar correndo, enquanto no rosto dela já corriam lágrimas.

Maria se vestiu rápido, pegou a bolsa e o celular e viu que tinha inúmeras chamadas perdidas e viu também que as horas já passava das 11 da manhã . Ela tinha dormido demais naquele quarto desconhecido e vendo pelas chamadas que era Estevão, sabia que podia ter estado com um desconhecido também. E ela não sabia como e nem o que tinham feito. O que a assustava mais sem imaginar que começava a viver um pesadelo.

E então, Maria saiu quase correndo do quarto para procurar a saída daquele apartamento e ouviu uma voz que vinha do quarto da onde estava que agora mais certa tinha alguém no banheiro que ela viu . E a voz desconhecida que a chamou era uma voz de homem. O que fez Maria se arrepiar e bater a bonita porta da saída do apartamento atrás dela.

E momentos depois. Tentando entrar em contato com Estevão do celular. Maria começava ter alguns lapsos de memória. Começava lembrar, que havia deixado a mansão San Román, ás 19:00h da noite na noite anterior para estar em um jantar de negócio. Um, que Estevão havia pedido há semanas para ela ir e representa-lo, já que no dia ele tinha uma reunião importante nas empresas San Román, e por isso deixaria ela mais tarde. E o jantar seria um jantar rápido. Uma entrega de documentos e duas assinaturas e pronto! Um contrato bilionário estaria assinado pelas mãos de Maria. Que Estevão confiava nela cegamente deixando aquele contrato de um importante empresário nas mãos dela.

Mas parecia que não tinha acontecido só aquele importante jantar. E Maria, não conseguia lembrar mais do que começava recordar. Apenas tinha lembranças de um beijo na boca que Estevão havia dado nela, seguido por um sorriso e uma promessa de uma noite de amor com o regresso dela, quando ela deixou a sala dele ainda na empresa, e depois um beicinho doce e mais beijinhos agora vindo de Heitor, quando ela se despediu dele na mansão para ir ao jantar. Os dois homens da vida dela, o pai e o filho era o que ainda estava na memória dela com os doces beijos de amor deles. Mas só aquilo. E Maria suspirou nervosa já vendo o táxi parar na frente da mansão San Román, com o motorista a olhando como se ela tivesse sete cabeças simplesmente por ela ter estado a viajem toda entre lágrimas.

E na mansão quando abriu a porta, Maria deu de cara com um Estevão de olheiras nos olhos, roupas do dia anterior e uma cara nada boa quando a olhou atravessar aquela porta. Ela tinha passado a noite fora e ele havia ficado desesperado para saber aonde ela tinha estado aquelas últimas horas.

Mas havia descoberto que tinha sido um tolo. Pois tinha em mãos assim que clareou o dia, a prova da onde ela esteve a noite toda além de descobrir que não estava só sendo traído pela mulher que amava, mas também roubado.

Fim de flashback.

Maria suspirou piscando os olhos, vendo algumas gotas de água que da neve derretia da sua janela. Tornando assim das lembranças do passado que veio novamente na mente dela. Tinha sido vítima de uma armação que sujou o nome dela, não só para o homem que ela tinha mais amado na vida mas também para lei. Ainda tinha uma ficha suja, mesmo que o mesmo homem que amou havia a livrado de uma injusta culpa que a faria suja por anos na sociedade. E sem poder provar que era inocente, Maria sabia que dedos podia ser apontados para ela por pessoas que podiam chama-la, de ladra, oportunistas e até caça fortunas . Isso, pela acusação de ter tentado desfalcar a empresa do próprio marido. Pois os dedos que apontaram para ela como esposa infiel, vieram com nomes muito piores e de pessoas que cria que eram amigos dela. E o fato de ter livrado ela de passar anos na cadeia, Maria reconhecia que a piedade de Estevão, em ter dado a ela um voto de clemência retirando anos das costas dela que poderia passar atrás das grades, foi o único gesto de valor que ele poderia ter feito por ela. Ainda que ele não acreditasse em sua inocência. Que por isso, mesmo ele ter retirado a denúncia a deixando livre de uma cela, ele havia prendido ela em uma cadeia bem pior que estava trancada por ela mesma com cadeados de muito ódio e rancores.

E assim ela andou se afastando da janela, tocando com seus saltos o chão de madeira do apartamento que vivia já há 2 anos. O que era tempo demais para quem vivia trocando de endereço com medo de ser achada naquele país do reino unido que ela estava entre 8, 136 milhões de habitantes. E Maria riu de lado mas não de alegria pensando naqueles anos todos morando em Londres. Ela sabia que Estevão podia encontrá-la se quisesse. Ele tinha poder, tinha dinheiro. O mesmo dinheiro que ele usou para tirar dela o bem maior que ela tinha. E por esse feito ela guardava aquele ódio maior dele.

Com lágrimas formando nos olhos, Maria só pensava que havia sido tão fácil mancharem a honra dela como mulher para Estevão, fácil demais. Fácil demais ele acreditar que ela tinha sido capaz de trai-lo de duas desonrosas formas. Uma pior que a outra.

Um dia foi casada, um dia foi muito feliz sendo mãe e esposa ao lado de Estevão, que mesmo assim foi tão fácil ele acreditar em tudo que a desonraram aos olhos dele. Foi fácil, porque as provas foi falsa e a voz dela em meio as lágrimas não foi capaz de convencê-lo do contrário . Ela era tudo para ele, era até seu braço direito nas empresas e do nada tudo se acabou. Em um estralar de dedos a cumplicidade que tinham desmoronou. A vida estável e feliz tinha se acabado em um piscar de olhos. O amor que parecia verdadeiro havia se tornado falso.

Mas não fazia juízo comparar tudo o que houve em estralar de dedos, Maria pensava que tudo foi como uma bomba que um dia explodiu e ela não teve direito de defesa e nem como provar sua inocência perante as provas que tiveram contra ela. A única prova que teve foi que seu amor não valeu nem 1 real para um Estevão que se viu traído por ela.

E aquela armação suja que caiu havia destruído dentro de Maria tudo de bonito que acreditava. Incluindo o amor... Pois, Estevão o homem que amou mais que tudo na vida, não tinha só não acreditado nela mas também lhe tirado Heitor. O filho deles, que há 15 anos atrás tinha 5 anos e era o bem maior dela que ele havia lhe tirado . Ele a feriu como mãe por se sentir ferido como homem por ela.

E em pensar no seu menino, Maria finalmente derramou uma lágrima solitária das que ela segurava. Havia passado 15 anos e agora seu menino já era um homem de 20 anos. E cada vez mais pela distância que estava do filho ela sentia que odiava mais Estevão. Sentia que o odiava com todo ser por ele ter feito aquilo com ela.

— X: Mamãe .

E em um susto lhe tirando de seus pensamentos, Maria virou para trás depois que ouviu a voz de sua filha adolescente de 15 anos falar. E ela sorriu erguendo a cabeça para aquela linda mocinha. Estevão, havia tirado Heitor dela e em troca ela tinha feito o mesmo com ele, lhe tirando Estrela, que era a doce menina que a chamava. Maria não tinha revelado a Estevão a existência daquela filha deles quando soube que a esperava com apenas dois meses de gestação e sem ainda saber o que seria dela em uma cela de uma delegacia e por medo dele também tirá-la. Mas depois os anos foram passando e aquele segredo dela se tornou em apenas um pago, um chumbo trocado pelo que ele tinha feito com ela. E ela não conseguia sentir nenhum remorso por ter feito o que fez. Mesmo que logo aquele segredo que escondeu todos esses anos de Estevão ia estar mais próximo dele que ele poderia imaginar.

E assim, Estrela toda embrulhada em um moletom rosa, de cabelos loiros jogados por cima dos ombros e olhos bem verdes claros como do pai que ainda desconhecia, passou um lado de seu cabelo para trás da orelha sorrindo para mãe. Com a tempestade de neve as aulas tinha sido suspensa toda a semana para ela. Mas aquilo não importava muito para a menina, já que estava de saída da escola. Que segundo Maria, a mãe que tanto amava, havia dito a ela que na próxima semana estariam longe de Londres. E como a amava com loucura, Estrela apenas aguardava em expectativa aquela mudança acontecer sem medo. Pois, Maria era tudo que a jovem sabia que teria na vida ainda mais por não saber quem era o pai dela e ver ela negando a falar mais dele que por isso já com a idade que tinha aceitou o silêncio da mãe sem mais questionar. E por ter só Maria era que Estrela estava disposta a ir até o fim do mundo com ela se fosse preciso.

E Maria era ciente do grande amor que Estrela tinha por ela de estar com ela em qualquer situação como na mudança que iam fazer. Que com ela, como mãe, passava igual, aquela menina era tudo que restou de mais bonito dela. Estrela era tudo que Maria tinha de mais valioso e por ela seria capaz de ir até o fim do mundo também. Mas que agora, Maria queria recuperar também, Heitor, o irmão daquela linda menina e que ela nem imaginava que tinha. Devia anos ao lado do filho dela e queria cobrar eles todos de Estevão.

E para começar estava decidida contar algumas verdades para a jovem. E assim, Maria disse indo até sua menina.

— Maria : Quero contar a você quem é seu pai, filha.

Estrela piscou várias vezes sentindo seu coração acelerar e abriu a boca sem saber o que dizer. Ela já tinha se conformado com o silêncio da mãe. E então depois que levou para a sua razão o que ouviu. Ela disse sorridente .

— Estrela : É sério, mamãe?

Maria sorriu de volta e tocou no rosto dela. Ela sentia que era uma pena que talvez pudesse tirar aquele sorriso de sua menina com as verdades que ia dizer a ela. Talvez, deixaria Estrela até contra ela quando soubesse que era uma filha que seu pai desconhecia por ele ter acreditado em uma falsa traição e ela ter escondido que ela. Mas Maria sabia que não podia mais guardar seu silêncio . Não, com elas de volta a capital do México e ela correndo risco de se encontrar com o pai. Que mesmo que não quisesse aquele encontro, Maria sabia que ele com ela tentando se aproximar de Heitor como mãe uma hora ou outra iria acontecer. Estevão iria saber da existência da filha.

E então, Maria depois que puxou o ar do peito disse, calma mas com o coração já aflito sem saber qual seria a reação de Estrela ao ouvir a verdade.

— Maria :Vamos sentar, meu amor, que vou contar como conheci seu pai e como chegamos aqui.

Pegando na mão da menina, Maria levou ela até um dos sofá de couro no meio da sala e se sentou com ela.

Não seria fácil contar. Mas não tinha outro caminho. Pois, Maria estava disposta voltar pra o México, reencontrar seu filho Heitor e mais que aquilo, se fosse capaz limpar seu nome. Sim, limpar sua honra. Não para ter Estevão de volta e sim para mostrar que nunca havia o traído. Mesmo que o que ela mais queria do que vê-lo se arrepender, era recuperar os anos perdidos que não teve o seu primogênito ao lado dela. Pois agora ela podia. Agora era suficiente madura, não era boba muito menos dependente de um amor que acreditou ter sido real. Mas era falso, falso!

E longe dali. Na capital do México.

Nas empresas San Román.

Estava nela por trás de uma mesa envolvido nos negócios, Estevão San Román.

Perdido em seus pensamentos de cadeira virada pra porta enquanto olhava a janela de sua sala que estava de portas fechadas, ele se corroía pensando em no passado de sua fracassada história de amor, onde sentiu que tinha amado mais uma mulher do que a ele mesmo. Aquela história de amor era o passado de um homem como ele que o tornou em o mais feliz da terra, mais amado e depois o mais infeliz, mais humilhado e traído pela mulher que tinha mais amado na vida. E que desgraçadamente ele sentia que ainda a amava. A mulher que o feriu ainda estava cravada dentro do peito dele. Ela, Maria era como tatuagem que ficou dentro do peito de Estevão e não saiu mais. E por isso ele a desprezava e a odiava tanto, quanto desgraçadamente ainda a amava. E como, Maria estava todo aquele tempo? Aonde ela estava? Estava com seu amante ou seus amantes?

Enquanto fazia essas perguntas. Estevão só pensava que tinha a subestimado demais. Havia pensado que Maria era um anjo, um anjo mais belo que apareceu em uma linda tarde na vida dele para concorrer a vaga de sua secretária e assistente. Ainda aos 18, a doce jovem dona de uma beleza hipnotizante, o enfeitiçou assim que a viu. Mas o que tinha de linda, tinha de traiçoeira e seu doce ele havia descoberto que na verdade podia ser amargo e que ele podia também ser veneno para alma dele. Que mesmo depois de todos aqueles anos passados quando ainda pensava nela o deixava daquele modo, perturbado enquanto remoía o passado deles.

E como pôde ser tão burro? Estevão fazia outra pergunta a si mesmo cheio de rancor. Era 5 anos mais velho que Maria quando a conheceu e mais tarde se casaram passando 5 maravilhosos anos juntos. Até que tudo se acabou. E ele abriu os olhos, vendo quem era a mulher que amou e dava o mundo a ela. Mas Maria quis mais. Quis mais dinheiro, mais prazer.

E se levantando se sentido sufocado, Estevão frouxou a gravata todo vermelho. Doía mais todo aquele tempo, a traição no casamento deles do que a tentativa de rouba-lo. Maria tinha buscado prazer nos braços de outro homem e isso ele não conseguia aceitar mesmo com já anos passados.

Ele chorou. Estevão chorou lágrimas de sangue. Maria, a mulher que amou realmente tinha lhe enfiado uma faca de dois gumes. O ferindo de duas maneiras.

E sentindo aquele amargor, ele sorriu de lado. Pois tinha se vingado dela. Ainda que já não fosse o mesmo homem, ainda que já não acreditasse no amor e que não quisesse mais amar. Tinha com ele o que ele sabia que Maria mais amou. Mais que ele, mais que qualquer coisa! Ele tinha Heitor para ele. Ele tirou dela o filho sem remorso algum. Tirou o filho deles que achava que ela não merecia ter. O filho que com a índole que tinha, ele nunca permitiria que ficasse com ela.

E o telefone da mesa tocou. Estevão apertou o botão no viva voz e deixou sua secretária falar.

—X: Senhor, San Román. Já te esperam na sala de reuniões.

E ele suspirou. Ia enfrentar mais uma reunião com seus sócios e amigos de longa data. E todos ali sabiam da história dele, da vergonha que a mulher que amava lhe fez passar. E assim ele respondeu a secretária.

— Estevão : Lupita, em cinco minutos já estarei presente. Obrigado.

Ele suspirou e passou a mão na cabeça. Não queria saber mais aonde Maria estava e como estava . Não queria pensar mais nela. Não queria jamais voltar a vê-lá!

Uma semana depois.

Na frente do prédio que já não ia morar. Maria na calçada depois de colocar as malas dela e de Estrela, dentro do carro de seu querido amigo e advogado, Luciano Cerezuela. Com ele em pé na frente dela e a menina já dentro do carro. Ele disse pela milésima vez a ela.

— Luciano : Ainda pode mudar de ideia, Maria. Não precisa ir pra ficar na cidade do México. Não precisa voltar ver aquele homem . Não vá!

Maria baixou os olhos. Lembrava que havia sofrido humilhações antes de deixar aquele país. Humilhações que não poderia esquecer que vieram do homem que ela mais amou. Que sem dinheiro, sem honra como mulher e na praça, se viu sem ninguém, sem aonde ficar com todos virando a costa a ela. Todos que ela cria que eram seus amigos. E uma em especial. Patrícia. Que foi a primeira em virar as costas para ela quando ela havia pedido ajuda. E o único que lhe tinha estendido a mão era o homem que estava em sua frente. Luciano tinha sido um anjo na vida de Maria, que ela iria sempre ser grata a ele.

E Luciano tinha feito parte das empresas San Román como advogado, e foi o único que acreditou que ela era inocente quando foi presa até ter tido a compaixão de Estevão. Que se não tivesse, talvez ainda estaria presa pela acusação de ter tentado desfalcar a empresa do próprio marido. E Luciano dando uma oportunidade para Maria recomeçar longe da capital do México, foi que ela viveu todos aqueles anos no país que estavam. Ele deu emprego para ela na firma de advogados que ele era sócio com um primo dele. O que fez, Maria ter interesse pela profissão que por isso, estudou e ser formou em direito, tornando-se uma advogada e por ter se destacado, sócia também da empresa.

Agora mais do que nunca Maria sentia que não era mais ninguém. Não era dependente de um falso amor e tinha recursos financeiros que antes não teve. E por isso ela sentia que estava preparada para enfrentar tudo e todos e reencontrar seu primogênito. E por nada mais ela adiaria aquele encontro.

E assim depois de soltar um suspiro sem poder ceder ao pedido de Luciano. Ela o respondeu.

— Maria : Sabe que tenho que ir, Luciano. Há algo meu com ele e sabe o que é.

Luciano então, tocou no rosto dela, acariciou e depois disse, não falando só por ele, pois Maria tinha feito vínculos naquele país.

— Luciano: Sentiremos sua falta. Eu mais que ninguém.

Luciano então beijou Maria nos lábios e que ela logo cortou o beijo triste. Sabia dos sentimentos que ele nutria por ela, tinha tentado recomeçar com ele na tentativa de ter um relacionamento sério ao lado dele. Mas sentindo que um lado dela estava morto por sentir que estava morta para o amor e desacreditada nele, não conseguiu retribuir todo aquele sentimento que ele sentia por ela. Pois os beijos que trocaram eram como se fossem dado em uma geladeira que como era a mulher que ela sentia que havia se tornado não voltando desejar estar com nenhum outro homem e só vivendo ao lado de sua menina sendo mãe dela. Fria como uma geladeira era como Maria se sentia. Fria por já ter tentado estar com ele mas com seu lado mulher adormecido não tinha conseguido. 

E sem nada mais a dizer por saber que não podia fazer nada para ver Maria ficar, Luciano beijou a testa dela daquela vez para se despedir. Ele sabia da vida toda dela e queria ainda assim espera-la mesmo que Maria havia deixado claro que não queria que ele fizesse aquilo. Pois ela sentia que era injusto com ele. Já que cria que nunca mais voltaria amar e nem desejar estar com homem algum.

E então juntos entraram no carro para se dirigir ao aeroporto.

E mais tarde. No avião, Maria olhou de lado vendo Estrela olhar a janela enquanto tinha fones de ouvido e pegou de leve em uma mão dela. A menina, estava distante todo o tempo desde que ela havia contado mais sobre Estevão e como o casamento deles tinha terminado. Maria não sabia o que pensar. Tinha contado a sua filha entre lágrimas que já podia entendê-la, o que tinha passado e agora tinha medo de ser julgada por ela também e não só por aquela falsa traição mas também por ter escondido ela do próprio pai.

Mas Estrela, tirou o fone do ouvido e beijou a mão de Maria que ainda segurava a dela . E disse a olhando nos olhos depois que se virou para ela.

— Estrela: Eu vou proteja-la dele, mamãe. Não vou permitir que ele te machuque mais como fez .

E só bastou aquelas palavras para Maria entender, que Estrela acreditava nela e que a verdade lhe causou revolta sim, mas contra o pai. O que não estava no poder dela mudar aquele sentimento e sim o próprio Estevão, mas que se dependesse de Maria, ele ficaria longe da filha deles.

E na capital do México.

Muito cedo, Estevão tomava café da manhã com Alba, sua única tia, Heitor e Patrícia, que tinha dormido na mansão com ele.

Patrícia, foi a melhor amiga de Maria. E que ainda assim, enquanto ele sofria pela ausência de Maria e sua cruel traição, ela se ofertou a ele de pernas abertas e Estevão, ainda que não se sentisse atraído por aquela mulher, aceitou aquele consolo só pra ser consolado pela melhor amiga da sua ex esposa infiel. E até então durante aqueles 15 anos ainda que não tivesse só estado com ela, Patrícia insistia em um casamento com Estevão. O que ele fugia daquele compromisso como o diabo foge da cruz.

Como não acreditava mais no amor, casamento não fazia mais parte dos planos do empresário cobiçado que Estevão com já mais idade estava se tornando ainda mais. Estava decidido em nunca mais se casar tão pouco jurar amor eterno a uma mulher mais.

E de cara séria na mesa. Ele estava calado. Tinha tido um pesadelo a noite. Sonhou com o Maria e acordou chamando por ela e quem a viu do lado dele foi Patrícia. O que fez ele odiar por ver ela presenciar aqueles momentos que até em sonhos Maria resolvia perturba-lo.

E assim, ele ouviu Alba dizer.

— Alba : Está calado, Estevão.

Patrícia que estava ao lado dele na mesa e ele na ponta dela, pegou na perna dele e disse .

— Patrícia : Estevão, não dormiu bem essa noite. Não é querido?

Estevão sentiu a mão dela tocar a coxa dele e ele lembrou da intensa noite que tiveram. A liberação do corpo dele dentro do dela pareceu aliviar algumas tensões que andava tendo aqueles dias, mas depois do seu sonho com Maria sentia que tinha ficado pior. Mais tenso... Mais infeliz.

— Heitor : Por que não dormiu bem, papai?

Ele então olhou seu filho lhe sorrir depois da pergunta que tinha feito. Ele era tão inteligente, tão calmo.

Heitor trabalhava com ele nas empresas San Román pela tarde e pela manhã fazia faculdade. E algumas características dele, como ser manso e atencioso, fazia Estevão lembrar Maria. Mas o que ele se negava assumir aquilo em voz alta. Além do mais, não acreditava que Heitor gostaria de saber suas semelhanças com sua mãe adúltera. Porque, sim, foi aquele nome que Estevão ouviu o rapaz chama-la quando ele já teve uma certa idade e ele contou com mais detalhes aonde estava a mãe dele. Pois quando o menino ainda aos 5 anos começou perguntar de Maria, Estevão apenas dizia que a partir daquele momento só seriam eles. Que a mãe dele foi embora. E que quando contou a verdade, Heitor ficou ao lado dele como o pai que não o tinha abandonado. Mesmo que Estevão não tivesse aclarado como devia que Maria não teve opção de abandonar o filho deles . Ela não teve escolha, apenas ele não iria permitir que ela ficasse com ele. Deixando apenas a imagem na cabeça do rapaz que ela tinha ido embora preferindo o amante.

E depois de dar um sorriso para seu filho, Estevão disse.

— Estevão : Levei trabalho pra cama . Esse foi o problema, filho. Não se preocupe, sim .

Alba limpou os lábios com o guardanapo olhando Patrícia de lado. Sabia muito bem o que Estevão tinha levado pra cama e não era trabalho. Tantos anos ao lado do sobrinho, incluindo os 15 anos sem Maria na casa dele. Já viu não só Patrícia sendo inconveniente ali. Podia dizer  listas de mulheres que queriam se tornar a senhora San Román, que ela rindo cria que aquilo nunca ia acontecer. Pois ela sabia que depois da traição de Maria, Estevão nunca mais tinha sido o mesmo. E que falar nela. Alba, também sabia que aquela traição, era mais falsa que nota de 3. E soube dela antes mesmo de toda desgraça acontecer, mas não mexeu um dedo pra impedir. Apenas sentou e assistiu ao espetáculo que veio em seguida.

Flashback 15 anos atrás.

Delegacia.

Maria estava sentada na beliche de uma cela provisória de uma delegacia feminina, que nela esperava a transferência para um presídio feminino longe da capital que sabia que podia passar mais que 10 anos presa pelo o desfalque dado na empresa do próprio marido.

E em duas horas ela seria transferida. Em duas horas seria uma detenta, que conviviria com muitas classes de mulheres criminosas mas também inocentes como ela era. Porque a vida era injusta.

E o coração de Maria estava em pedaços. Já levava sete dias naquela delegacia. Sete dias implorando que Estevão acreditasse que estavam sendo vítimas de uma terrível armação . Mesmo que ainda não poderiam entender, ela acreditava que se ele confiasse nela e no amor que ela jurava ainda sentir por ele, juntos chegariam na verdade.

Mas Estevão não queria saber . Estava cego e sofrendo. Tinha bilhões retirado da empresa dele em uma conta fantasma que ligava a ela e também fotos dela nua com um homem em uma cama e que segundo também os e-mails que recebeu, era o amante dela e que juntos iriam rouba-lo e fugir. Não tinha como ele perdoa-la daquilo . Não tinha como acreditar que Maria não o tinha apunhalado. Tinha provas que ela tinha o enganado em duas vergonhosas formas. Uma que doía mais nele que a outra.

E pensando nele, Maria ouviu passos que se aproximava da cela dela. E então ela se levantou e seu coração acelerou quando ela viu Estevão a frente da cela com um carcereiro abrindo ela para ele.

Os olhos dele encontraram o dela sério. E depois que a cela se abriu, Maria viu Estevão de costa para ela fazer um movimento, levando a mão no bolso e entregando algo ao carcereiro. O que ela deduziu que era dinheiro. E então ela viu a cela ser fechada e deixando os dois trancados.

Maria arregalou um pouco os olhos ficando nervosa em notar que iam ficar sós. Naqueles sete dias, Estevão só esteve dois ali para visita-lá e nas duas vezes, foi agressivo com ela nas palavras, mas não mais como foi quando ela havia retornado para mansão na maldita manhã que havia os levado naquela situação.

E então ela suspirou e disse quando ele se virou para ela.

— Maria : Veio me ofender novamente, Estevão?

Chorosa Maria soltou aquela pergunta cheia de dor. Era aos olhos de Estevão uma das piores mulheres da face da terra. E o pior de tudo era que antes dele estar ali naquele fim de tarde, ela havia descoberto que estava grávida. Luciano como advogado dela, tinha conseguido em sigilo que um médico ginecologista a visitasse na cela e que ele entregou a ela um teste de gravidez que deu positivo quando ela o fez. E que pelos cálculos do médico e o dela, ela já estava grávida de 2 meses. E aquela gravidez seria uma notícia maravilhosa se recebida em outra situação. Já que ela e Estevão, estavam tentando ter uma menina e já fazia um ano que estavam naquela tentativa. E Maria com aquela notícia queria dar a Estevão mesmo que não soubesse como faria . Mas sabia que tinha que dar. Cria que talvez aquela gravidez que ele tanto pediu a ela por querer ser pai de menina mais que ela, de alguma forma quebrasse a dureza do coração dele. Mas Maria não sabia quais carta Estevão tinha nas mãos naquele momento.

E assim sem rodeios ele disse.

— Estevão : Retirei a denúncia. No mais tardar pela noite será uma mulher livre.

Maria então piscou e abriu a boca em choque. Não acreditava no que estava ouvindo. Mas sorriu em se dar conta que era Estevão que tinha o poder de fazer aquilo, seguir condenando ela ou não e ter cedido em não. O que fez ela se ilusionar em pensar que ele finalmente tinha se convencido que ela nunca tinha tentado roubar ele muito menos trai-lo.

E então já deixando lágrimas descendo do rosto ela disse indo até ele.

— Maria : Então acredita em mim? Acredita que não fui capaz de rouba-lo e tão pouco trai-lo?

Ela chorou levando as mãos no peito dele e Estevão suspirou, tirando as mãos dela dali e as segurando pelos pulsos. E disse, de olhos frios enquanto dos dela desciam lágrimas de ilusão.

— Estevão : Retirei, porque sou um imbecil que ainda se importa se a mãe do meu filho vai passar anos em uma prisão e quantos dias vai se manter ilesa ou viva nela.

Maria então gemeu sofrida e tentou falar o olhando nos olhos.

— Maria : Este...

Estevão de olhos no rosto dela que estavam já banhados de lágrimas sem soltar as mãos dela, ele voltou a dizer .

— Estevão : Não faz ideia do que podem fazer com uma mulher como você na prisão. E eu devia não me importar pelo que me fez. Sua pele...

Estevão soltou a mão dela e levou a dele no rosto dela. E Maria fechou os olhos com a carícia que sentia falta vindo dele. E ouviu ele dizer.

— Estevão : Acha que não vão invejar a pele tão perfeita que tem? Acha que manterá sua beleza naquele lugar? Estou te dando uma chance que não merecia. Me traiu. Me roubou. Me enganou, Maria...

Ao fim das palavras, Maria percebeu a voz de Estevão falhar. Sabia que ele sofria por aquele engano e por isso seguia tentando fazer ele dar uma chance para que juntos descobrissem a verdade do que eram vítimas. E assim ela disse.

— Maria : Por Deus, Estevão. Eu sei que é difícil acreditar nas minhas palavras. Mas não te trai. Não te roubei. Nunca estive naquele apartamento antes. Não sei ainda como cheguei lá e nem o que aconteceu e também desconheço a conta que liga a mim ao desfalque que sofreu. Eu te amo. Nunca faria isso com você. Acredite em mim.

Estevão riu de lado olhando o rosto de anjo de Maria enquanto ouvia ela dizer pela milésima vez que não tinha feito nada. E então ele disse sofrido, por pensar que a mulher que se casou não era aquela que ele tinha na frente dele.

— Estevão : Me enganou direitinho. Recusou que nos casássemos em total comunhão de bens . Não aceitou as ações que um dia quis te presentear, porque jurava que o dinheiro não lhe importava e sim meu patético amor . E se casou virgem comigo... Foi só minha. E isso tudo foi parte do seu plano de me roubar com seu amante, não foi?

Maria rapidamente negou com a cabeça. Doía nela saber que Estevão, ainda que tivesse acontecendo com eles toda aquela desgraça, que ele duvidasse do amor que fez ela se casar com ele. Só se perguntava quanto foi pouco o amor dela para que em um dia ele todo foi posto a prova. E então ela disse.

— Maria: Não existe amante nenhum. Nunca foi um plano meu casamento com você Estevão! Me casei com você por amor!

Estevão que mantinha uma mão nas dela a pegou pelos braços. Segurou ela querendo ver no seu olhar algo real. Algo verdadeiro que ela dizia sentir por ele durante aqueles 5 anos. E então ele disse.

— Estevão : Me diga então se dentro desse seu falso amor, existiu algo verdadeiro. O prazer que te fazia sentir, pelo menos ele era verdadeiro? Ou fingia?

Ele então roçou os lábios na boca de Maria sem larga-la. Depois desceu eles até o pescoço dela. Ela ainda cheirava a perfume caro que ela sempre usava e que ele mandou junto aos pertences pessoal dela que ela usava naquela cela. Maria era tão fina como ele tinha a transformado. E Estevão sabia que por isso agora aquela linda mulher mas não mais um anjo para ele, na prisão seria vítima de outras agressiva e infelizes mulheres quando a identificassem como uma madame que era. E ele sabia que não devia se importar. Mas se importava. Se importava em pensar que a pele de Maria e o rosto lindo que ela tinha fosse ferido junto aquela boca que ela tinha e que sempre o havia enlouquecido, aparecer com hematomas. E era um tolo. Que ainda que tivesse recebido um par de chifres que doía a alma dele sentia que não iria querer saber que ela estava sofrendo qualquer agressão. Pois a mulher que via em sua frente ainda que agora acreditasse que o amor que ela dizia sentir por ele era falso, tinha dado a ele 5 anos felizes e neles um filho que não conseguia ser capaz de deixar a mãe dele apodrecer em uma prisão ou pior morrer nela. Para Estevão seria mais preferível ter Maria como adúltera para o filho deles do que como uma criminosa que ele veria, ele visita-lá na prisão ou talvez saber que ela foi assassinada nela.

Maria ali na frente de Estevão usava um vestido preto que sentia ele deslizar a mão e subir ele enquanto beijava o pescoço dela. E então ela o respondeu nervosa.

— Maria: É o homem que sempre amei e sempre quis estar como mulher Estevão. Nada foi falso! É o pai do meu filho, é o homem que amo!

Estevão parou de beija-lá entre o pescoço e todo vermelho buscou o rosto para encara-la nos olhos. Ainda tinha as mãos nela e não tinha a intenção de larga-la. E depois ele disse .

— Estevão : Não acredito em você . Mas quero... Quero te ter, Maria nem que seja pela última vez.

Ele então levou ela até a parede próximo ss grades da cela. E Maria de cara pra parede e de costa para ele, disse mais nervosa.

— Maria : Não... Não podemos fazer isso aqui... Vão... Vão nos ver, Estevão!

Estevão desceu a calcinha dela com pressa sem querer ouvi-la e disse rude. Por saber como ela podia ter alguns pudores com ele.

— Estevão : Não precisa mais fingir pudores comigo. Me mostra, hum! Me mostra quem realmente você é Maria!

Ele esfregou os dedos na vagina dela com uma mão enquanto a outra abria a calça dele. Ele não temia que chegasse alguém tinha pago o carcereiro para ter aquele tempo com ela.

E enquanto sentia os dedos de Estevão toca-la rudemente, Maria gemeu sofrida entre o tesão que começava sentir e nos sentimentos que causava nela por entender o que ele queria fazer com ela não era em hipótese alguma amor. E então ela disse.

— Maria : Não me tome assim. Ainda sou sua esposa, Estevão. Assim não.

Estevão ofegou cheio de desejo. Já tinha levantado a parte de trás do vestido de Maria e via ela nua ali. Estava sentindo seu sangue correr mais rápido e não era só desejo mas também raiva. Não aceitaria Maria dizer não. Sentia ela molhada nos dedos dele e com aquilo não recuaria no que queria com ela . E então para tê-la para ele, ele disse de voz mais grossa que antes.

— Estevão : Por que assim comigo não, hum? Com seu amante devia fazer de tudo!

Ele então não deixou ela responder, com sua ereção já fora da calça, afundou para dentro dela e ele gemeu contido. Maria era apertada e sempre sensível demais a ele que mesmo naquele momento, Estevão sentia o interior dela mais molhado do que seus dedos sentiram.

E assim ele levou as duas mãos na cintura dela, segurou forte e começou sacudir o corpo dela entrando e saindo com força. Maria com aquele vai e vem apertou os dentes nos lábios para não gritar de prazer e Estevão subiu uma mão na frente do vestido dela e prendeu os dedos ali puxando os botões que ele viu ao meio dos seios dela.

E sem poder se segurar ela gemeu baixinho.

— Maria : Oh, Estevão.

Estevão sem parar de se mover, fechou os olhos. Estava todo vermelho de tesão mas também de raiva. Sentia ciúmes por ter acreditado que tinha sido o único homem que Maria escolheu se entregar. Mas era tudo mentira. E ele abriu os olhos olhando ela de costa para ele e foi mais rápido . Ele desejava ficar dentro dela por horas até vê-lá implorar para que ele saísse depois de deixar ela exausta e ver que podia ser melhor do que o amante que viu fotos dela com ele. Ele estava ferido. Tinha o orgulho ferido.

O tal amante que ele viu em fotos, parecia mais novo que ele. Tinha tatuagem e a cara de um garoto de programa por parecer um modelo daquele todo sarado . E por isso, ele não entendia como Maria de repente não era mais a mulher que se casou. A doce Maria, a romântica que sorria mais em receber flores do que uma caixa com jóias. Quem era aquela que que ele tomava daquela forma? Ele já não sabia.

E entre tantos vai e vem, Estevão sentiu Maria contrair gozando. E ele riu satisfeito porque aquele prazer ela não tinha mais motivos de fingir ter com ele, ainda mais tão rude como ele estava. E então ele saiu dela, a virou de frente e ergueu uma perna dela e entrou novamente para dentro dela. Maria segurou no ferro da grade da cela. E olhou ele penetra-lá agora naquela posição. Estevão era tão grande como homem que a enlouquecia sentir sua vagina recebendo ele com ele exigindo espaço dentro dela gostosamente, enquanto ela sentia as paredes vaginais dela se moldar em torno do cumprimento dele e sua largura para tê-lo por completo.

E os olhos dela e enquanto respirava agitadamente buscou os deles, e ela tentou dizer ao que sentia quando estava com ele daquele forma.

— Maria : Eu... Eu, eu nunca fingi.

Estevão fechou os olhos. Não queria ver ela falando. Encontrava verdades no corpo dela mas nas palavras não podia. Que homem seria ele se só tivesse a palavra dela que dizia que era inocente e colocasse uma pedra em tudo fingindo que nada tinha acontecido? Certamente, seria apontado como o maior dos imbecis e o corno do ano. Pois a vergonha que também sentia por ter sido enganado pela pobre mulher que fingiu ser inocente, também estava ali doendo no peito de Estevão. E por isso ele precisaria de mais. De mais do que palavras e lágrimas dela perto das provas que tinha contra ela, que ele não foi só traído mas também roubado.

E momentos depois.

Estevão estava lavando as mãos na pia que tinha naquela cela, enquanto Maria estava na mesma parede que ele tinha deixado ela.

Ela tinha a calcinha dela ao chão do lado dos pés dela e a frente do vestido dela estava esfolado. E dessa forma ela ouviu ele dizer, ao se virar pra ela enxugando as mãos em um pouco de papel toalha. Maria não só tinha uma pia ali, também tinha um minúsculo banheiro na própria cela que dividia apenas um lado com uma parede perto da beliche.

— Estevão: Sai hoje desse lugar e amanhã assinará nosso divórcio. E Heitor... Ele ficará comigo.

Estevão enfim jogou a outra parte do verdadeiro motivo que estava ali . Sem algum tipo anestesia para aquele golpe, só comunicava a Maria que iam se divorciar e mais que aquilo que ela ficaria sem Heitor e que para ele não haveria acordo nenhum.

E Maria depois de sentir o impacto das palavras dele. Se ajeitou como pôde . E disse o que mais lhe importava no que ele acabava de dizer.

— Maria : Já esperava essa decisão de nos divorciar, Estevão. Mas Heitor não é um bem material. Ele é nosso filho! E quero que ele fique comigo que sou a mãe dele . Poderá vê-lo quando quiser, nunca iria proibí-lo.

Estevão riu ironicamente mas também sentindo desapontado por não ver ela fazer caso do divórcio deles. Ele via que pelo menos Heitor tinha o verdadeiro amor dela. E então ele a respondeu decidido mais ainda em manter o menino longe dela, que por estar sendo aconselhado por um advogado ele sabia que conseguiria fácil aquilo.

— Estevão : Ficar com você? Não me faça rir, Maria. Meu filho não vai ficar com você! Não tem boa índole para cria-lo! E eu posso provar o que digo. A guarda de Heitor ficará comigo! E tomarei medidas para que fique longe dele!

Maria se desesperou mais. Parecia que tudo que andou passando naquela semana não significava nada perante a provável perca de Heitor. Sabia que Estevão podia fazer o que dizia. Ele tinha provas, todos tinham! Agora tinha a ficha suja e não só como mulher, mãe, mas também como cidadã. E então histérica ela avançou nele dizendo.

— Maria : Está louco, Estevão! Não pode fazer isso comigo! Heitor também é meu filho! Não pode tirá-lo de mim!

Estevão nervoso segurou os braços dela. E então ele a respondeu de voz grossa.

— Estevão : Um filho que não pensou nele quando estava com outro! E sabe que posso fazer isso, Maria! Tenho recursos que não tem! Porque você não tem nada! Tudo que tinha era meu! Mesmo que tente lutar contra mim, qualquer juíz vai dar a guarda dele para mim!

Ele soltou os braços de Maria e ela sentiu que tomava um choque de realidade depois de ouvi-lo. Realmente não tinha nada. A empresa, casa e tudo que tinham enquanto viveram naqueles 5 anos de casamento pertenciam a Estevão. Mesmo que tinham contas em bancos, ele tinha acesso nelas e ela tinha certeza que estavam bloqueadas juntos com cartões de créditos que ela também tinha posse. E as jóias que ganhava dele estavam na mansão. E para terminar, ela não tinha ações na empresa e eram casados em total separação de bens. Realmente, Maria tinha a realidade que não tinha nada. Era ninguém e Estevão era o todo poderoso que estava ditando o que aconteceria com ela depois de livre. E sem dúvida alguma ele estava querendo se vingar dela tirando Heitor.

E então depois de soluçar entre um choro que não sabia o que fazer. Ela disse.

— Maria : Está sendo cruel, Estevão! Quer se vingar de mim me tirando meu filho! Por Deus, não faça isso!

E Estevão então a ofendeu de nomes que ela já ouviu dele antes.

— Estevão : É uma adúltera oportunista, que Heitor quando puder entender vai saber disso! E ele vai escolher se quer a vergonhosa mãe dele ao lado dele ou não! Mas o enquanto isso eu que vou decidir, Maria! Meu filho não vai viver com uma mãe como você!

Maria sentindo zonza tocou discretamente a barriga enquanto se encostava nas grades da cela. Naquela briga enquanto chorava ela saia perdedora também. Como na qual ela havia perdido na tentativa de fazer ele acreditar nela. Não tinha realmente os recursos para lutar por Heitor. E nem por aquele filho que esperava que olhando nos olhos de Estevão ela sabia que ele faria igual se soubesse que ela estava grávida. Então decidia ali com um destino incerto mesmo sabendo que não ficaria mais presa, que não revelaria que esperavam mais um filho. Não para também perde-lo.

Mas ainda não podia deixar de tentar pela última vez implorar que Estevão não lhe tirasse Heitor. E então, ela disse de lágrimas nos olhos.

— Maria : Se me amou de verdade Estevão. Não veja a mulher que acredita que lhe feriu mas a mãe que ama mais que tudo nosso filho e não faça isso, pelo amor de Deus! Eu, eu posso trabalhar honestamente, posso cria-lo ao meu lado. Não faça isso!

Estevão então pela primeira vez sentiu que choraria na frente de Maria. E ele respirou fundo para segurar aquelas lágrimas que ela não merecia depois de ouvia-la . Já tinha feito muito em tirar a queixa mas não faria em mudar de decisão em relação ao filho deles. E então ele disse.

— Estevão: Agora põe em prova meu amor! Que bonito, Maria! Você me trai, me rouba e acha que pode duvidar do meu amor que senti por você!

Maria limpou os olhos e o respondeu ferida.

— Maria : Não me dá nem o voto da dúvida. Nem uma única chance para tentar provar que tudo que houve é um terrível engano, Estevão! Está claro que aqui quem só amou foi eu! E foi meu amor por você meu maior erro!

Estevão suspirou. Não podia mais se manter ali e nem naquela questão com Maria. Ela sempre iria negar que o traiu mesmo perante as provas que tinham e ele não ia voltar atrás na decisão dele. E então ele tirou um envelope do bolso do termo dele. Faltava só deixar aquilo com ela para ele virar as costas e por em prática o que a comunicou. E assim ele disse com dureza.

— Estevão : Aqui está esse dinheiro. Use ele para sumir depois que assinar nosso divórcio. Porque não quero te ver próximo a mim, Maria nem de nosso, filho. E se insistir eu te mando pra cadeia da qual eu estou te livrando agora. Não se esqueça disso! Teve minha compaixão que não merecia. Agora retribua ela sumindo de nossas vidas.

Maria soluçou. Se sentia tão humilhada, tão ferida. Qualquer valor que teria no envelope que Estevão oferecia a ela, ela sabia que necessitaria. Necessitaria ajuda do homem que estava tirando o filho dela. E ela ergueu a cabeça tentando pegar alguma dignidade que restava dela para poder enfrenta-lo. E então ela disse, de cabeça erguida ainda que sentisse a decepção doer no seu peito por ter amado um homem sem coração como via que Estevão era, que mesmo que ele tivesse ferido como homem por aquela falsa traição ele a feria como mãe, onde a dor não poderia ser substituída com nada. A não ser com um filho, com o filho deles que ele queria arrancar dela.

— Maria : É um desgraçado sem coração, Estevão! Está me ferindo como mãe pra cobrar a dor que sente! Eu não te trai! Tenho certeza que não faria isso em sã consciência! E por isso vai se arrepender quando souber a verdade. E eu jamais irei perdoa-lo, Estevão! Jamais!

Estevão ficou alguns segundos em silêncio depois que ouviu Maria. Sentiu o corpo dele ficar todo rígido em só pensar na hipótese que poderia estar enganado e precisar do perdão de Maria. Mas espantando o que sentia ele disse.

— Estevão : Não quero mais saber dos seus contos, Maria. Está avisada. Suma de nossas vidas!

Estevão então bateu na grade da cela dando sinal que já iria deixa-la e momentos depois ela foi aberta pelo mesmo carcereiro que os deixou só. 
E quando ele saiu, Maria gritou o nome dele com todo ódio que estava sentindo. 

Fim de flashback. 

Dias atuais. 

— Maria : Estevão! 

Em um salto sentando na cama, Maria acordou chamando por Estevão. Ela dormia em um quarto de hotel já na capital do México. Era de madrugada e Estrela dividia a cama com ela. E por isso a menina despertou assustada ao ouvi-la .

E então, Estrela disse buscando o rosto da mãe dela enquanto ela a via acender um abajur .

— Estrela: Mamãe, está tudo bem?

Maria tocou no lado do rosto de Estrela. Não estava nada bem. Acabava de sonhar com Estevão . E não era nada bom ter qualquer sonho com ele. Mas mesmo assim ela respondeu Estrela.

— Maria: Sim, está tudo bem, meu amor. Eu só tive um pesadelo.

E Estrela então por ter escutado bem o nome que Maria havia gritado. Ela disse.

— Estrela: Sonhava com meu pai? Gritou o nome dele.

Maria então não soube o que dizer. Tinha chamado por Estevão em voz alta despertando de um sonho, que para ela sempre que tinha um sonho com ele não passava de um pesadelo. 

 


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