Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 55
Capítulo 55


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas. Ler e escrever nesse friozinho que está fazendo no sul do país para mim, é a coisa mais gostosa que há!! Tanto que enquanto eu terminava o capítulo, tinha uma caneca de chá ao meu lado, que eu bebia me sentido uma escritora profissa enquanto fanficava para vocês que então nessa vibe relaxada que eu estava entre meu chá e cobertas foi que saiu o capítulo e a revisão dele, agora só espero que gostem dele e que ele em certa parte, esquentem vocês também kkkk bjss Obs: Ganhei essa capa nova de uma leitora linda, iti kk



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Estevão destravou o portão só apertando um botão e se apressou para pegar um guarda-chuva que ficava junto com outros ao lado da porta e dentro de um vaso. O abriu com pressa e em seguida também abriu a porta e saiu para fora da casa.

Não acreditava que tinha Maria ali e levando toda aquela chuva.

Quando Maria ouviu o portão sendo destravado, ela entrou para dentro. Sem bolsa e sem seu sobretudo, e naquela espera ela havia levado mais chuva do que na sua saída do restaurante. E quando traçou o caminho reto até a porta, ela encontrou Estevão de guarda-chuva indo ao encontro dela. Que assim, falando alto sobre o barulho da chuva, Estevão disse.

—Estevão: O que faz aqui Maria? E nessa chuva? Deus do céu!

Ele cobriu a cabeça dela com o guarda-chuva ficando de frente dela. Nem Maria acreditava que estava ali, só quando começou a apertar a campainha com seu corpo levando água, havia percebido que já não tinha volta. Estava ali para vê-lo e não sairia até ser atendida.

E assim deixando a pergunta dele no ar, ela não o respondeu. A chuva caindo e fazendo barulho em cima do plástico do guarda-chuva penetrava a audição de ambos enquanto se olhavam no silêncio de suas vozes. Até que Estevão voltou a dizer.

—Estevão: Vamos entrar! Está encharcada!

Ele então passou a mão na cintura dela, mas ela o segurou no braço e ele mirou o rosto dela enquanto ainda segurava o guarda-chuva. Ela estava com os olhos vermelhos que pareciam que ela havia chorado, o rosto pingava água e os cabelos molhados estavam grudados na testa. Era assim que Maria estava uma bagunça por fora como por dentro. Até que então ele ouviu a voz dela por cima do som da chuva e de seus pensamentos, dizer.

—Maria: Me beije, Estevão. Me beije e então saberemos o que vim fazer aqui.

Ao ouvi-la, ele tocou no rosto dela, se aproximou mais e fez o que ela havia pedido. A beijou devagar passou seu braço em um lado do corpo dela enquanto o outro tentava manter o guarda-chuva no lugar. Até que Maria levou as mãos em volta do pescoço dele e ele então aprofundou o beijo largando o guarda-chuva no chão e a abraçou mais forte nos braços dele.

Deixaram que a chuva molhasse eles por longos minutos, até que o beijo se desfez e Estevão pegou na mão de Maria, se abaixou e com outra mão pegou o guarda-chuva e mirando ela, disse.

—Estevão: Vamos entrar.

Correram juntos até porta e quando passaram por ela, assim quando Estevão a fechou ouviram um trovão e a chuva aumentar. Que então olhando Maria pingando água na entrada da casa dele, Estevão disse agora mais preocupado por vê-la daquele estado do que interessado em saber o que ela fazia ali.

—Estevão: Antes que possamos conversar sobre qualquer coisa que a trouxe aqui, tem que se livrar dessas roupas, Maria.

Ele caminhou guardando o guarda-chuva no lugar. Estava curioso, ainda era cedo, Maria devia estar no seu jantar com Geraldo e não ali no meio da sala dele. Não que ele preferisse que ela não estivesse ali, mas queria explicações do porquê ela estava com ele.

Maria olhou ao redor passando a mão nos seus braços. Estava com frio, ainda que dentro da casa estava mais quente que onde ela esteve suas roupas encharcadas, não ajudava que seu corpo esquentar. Que então depois de mirar a escada, ela disse.

—Maria: Heitor, está aqui?

Estevão negou com a cabeça indo até ela, enquanto passava mão no seu cabelo agora úmido e disse.

—Estevão: Não, não está. Ele nunca está aqui nesse horário depois que começou andar com aquela mocinha sua amiga. Mas não vamos falar nele, ainda. Vem, vou te arrumar toalhas para se secar e se livrará dessas roupas.

Ele a tocou nas costas e mirou a escada. Maria sentiu seu coração acelerar. Estava ali porque quis e como pensou, não tinha volta, necessitou dele em um surto, assim pensava. E agora via que poderia parar no quarto de Estevão onde ele normalmente arrumaria toalhas para ela e consequentemente na cama que um dia foi deles e no quarto que dividiram. Não. Não sabia se estava preparada para subir aquela escada e enfrentar aquele passado onde foram tão felizes. Que por isso perdendo toda coragem que havia levado ela ali, ela disse.

—Maria: Eu prefiro ficar aqui enquanto busca, Estevão.

Estevão a olhou e viu ela olhando a escada mais no alto e logo entendeu seu olhar e disse.

—Estevão: Está bem. Na sala de estar a lareira está acesa. Me espere lá enquanto se esquenta, hum. Eu já venho com as toalhas.

Maria assentiu e se virou para onde era a sala. Ela caminhou até ela pensativa. Dirigiu frustrada até decidir estar ali, até pensar onde poderia se sentir melhor como mulher, se sentir viva e desejada com tanta vontade. E ela sabia que era nos braços dele que ela teria tudo aquilo e por isso dirigiu até ali. Porque apesar de tudo, Estevão seguia sendo o homem que causava aquilo nela. Toda aquela intensidade, todo despertar de seu corpo, era ele capaz de despertar.

Ela entrou na sala sentindo o calor da lareira acesa. Mirou todos os cantos, o copo vazio de bebida na mesa, o celular de Estevão também nela, o que fez ela lembrar que tinha deixado o dela no carro. Ela então enfiou a mão dentro de um bolso da calça dela tirando a chave do carro dela, o que era o que só tinha com ela e largou no meio da mesa também e andou até a lareira ficando de frente dela.

Ela se abraçou se esquentando e então passou alguns minutos e Estevão apareceu. Ele trazia 1 toalha e 1 roupão de banho nas mãos. E disse.

—Estevão: Te trouxe uma toalha e um roupão Maria. Precisa se livrar dessas roupas, você pode gripar e na condição que está não é bom que fique doente.

Estevão entregou na toalha na mão de Maria que pegou olhando nos olhos dele e suspirou.

—Maria: Obrigada, Estevão. Assim que a chuva diminuir, eu vou embora.

Estevão tinha trocado de blusa no quarto dele, que por ele tinha apenas a calça que não tinha molhado tanto para ser trocada. Depois de ouvir Maria, ele a olhou não entendendo ainda o porquê daquela visita que ele notava que ela se arrependia dela, por aparentemente vê-la ter pressa para ir embora.

Maria começou a desabotoar os botões pequenos que tinha na frente da blusa dela, depois mirou Estevão que estava olhando aonde os dedos dela se moviam.

E então Estevão quando percebeu que foi pego olhando ela se despir, ele disse a mirando nos olhos.

—Estevão: Quer que eu saia? Ou melhor não quer usar um banheiro, Maria? Poderia até tomar banho se quisesse.

Maria negou com a cabeça. Já estava ali e não tinha como fingir que seu desespero interno a tinha levado ali, mas pensando que tinha sua razão de volta, só que queria se secar e se vestir em seguida para ir embora como pretendia. Que então assim ela o respondeu.

—Maria: Não precisa sair. Além do mais, não é como que se eu não tivesse visto o que estou revelando, Estevão. E não, não preciso de um banheiro. Eu prefiro apenas me trocar. Obrigada.

Estevão respirou fundo e deixou ela continuar o que fazia. Ele andou pegou o seu copo vazio e foi até o bar de bebida e disse, de costa para ela.

—Estevão: Tomara que não pegue um resfriado depois da chuva que levou. A propósito o que faz aqui, Maria? Não entendo não. Não era para você estar no seu jantar com o Geraldo Salgado.

Maria retirou a blusa que estava ficando apenas com um sutiã preto, o olhou deu um sorriso de lábios fechados e o respondeu.

—Maria: Preferiria que eu estivesse com ele nesse momento, Estevão?

Ele de copo na mão, a mediu da cabeça aos pés suspirou e disse sério.

—Estevão: Óbvio que não, só estou confuso para entender o que te trouxe aqui e no meio de uma tempestade praticamente, sendo que insistiu tanto em ir nesse infeliz jantar.

Ela pegou a toalha que deixou acima do sofá passou por trás do pescoço enxugando e em seguida seu colo também e depois de enrolar ela nos cabelos, ela disse.

—Maria: Eu não quero falar sobre o meu jantar com Geraldo, Estevão.

Estevão a olhou mais confuso do que já estava e disse buscando desvendar o que tinha acontecido.

— Estevão: Não consigo entende-la. Não entendo ainda o porquê está aqui. Onde que esse jantar entra nisso, Geraldo ele...

Ele não continuou falando apenas analisou, lembrando da forma que a encontrou com ela debaixo de chuva na frente da casa dele naquela repentina visita em uma noite que ela teria aquele infeliz. Um jantar que tanto ele pediu e insistiu que ela não fosse, mas acreditou em todo aquele momento que ela tinha ido só que em troca estava ali. Não com outro. Com ele. E então ele pensou que poderia ter acontecido algo que ele não gostaria de saber, como se Geraldo tivesse feito algo que a machucasse de alguma forma. Maria percebeu a impressão que ele tinha no olhar e juntou com as palavras dele ditas e logo disse.

—Maria: Se está pensando alguma besteira. Não aconteceu nada. Estou aqui porque eu quis.

Ela mexeu na toalha acima da cabeça e pegou no roupão indecisa se tirava as calças. E Estevão disse.

—Estevão: Volto te oferecer um banho quente. Enquanto sua roupa, eu posso colocar na secadora.

Ela o olhou pensando que teria que esperar que sua roupa secasse para ela ir e disse.

— Maria: E o que eu faço até lá? Não posso ir embora vestida em um roupão e ainda tão enorme como esse.

Ela estendeu o roupão na frente do corpo dela. Era obvio que era dele. Estevão então sorriu, não tinha outro roupão do tamanho dela para ela usasse. Mas não ligava de vê-la dentro de um de seus roupões e recorda-la depois dela ir como ela havia ficado dentro dele. Ele então deixou seu copo entre as garrafas de bebida e disse caminhando devagar até ela.

—Estevão: Passe a noite aqui. Durma comigo e até o amanhecer suas roupas estarão limpas e secas.

Maria suspirou dividida entre sua razão e seus sentimentos de aceitar aquele convite. Ele já tinha passado uma noite com ela na situação que estavam ela fazendo o mesmo era como estar na chuva já molhada e querer usar guarda-chuvas, não mudaria nada. Mas ela pensou no mais a impedia e era mais forte que ela para responde-lo, certa que não era capaz de subir até o quarto que um dia foi deles.

—Maria: Seria demais para mim voltar a estar dentro do quarto que um dia foi nosso, Estevão. E na cama que posso apostar que já colocou outra, como Patrícia por exemplo.

Ela fechou a cara e começou a vestir o roupão. Estevão respirou fundo pensando que o quarto que parecia afetar tanto nela a ideia de voltar pisar nele já não era mais o mesmo, mas pensava que poderia entender. Poderia entender mais do que ela poderia imaginar como aquele quarto poderia afetá-la. Que então assim, ele disse.

—Estevão: Troquei a mobília do quarto para poder estar nele outra vez. Eu mudei tudo Maria até mesmo o papel de parede dele. É o mesmo quarto, mas totalmente diferente do que deixou.

Maria sorriu sem vontade, cruzou seus braços já coberto pelo roupão e disse.

—Maria: Claro. Como ia querer dormir no mesmo quarto de uma adúltera, não é mesmo.

Ela virou o rosto de lado e Estevão quis expor a verdade dos dias que não teve ela mais no ninho de amor que foi deles.

—Estevão: Não foi por isso. Aquele quarto me lembrava de você, cada canto, até o cheiro dele me fazia lembrar de você, Maria. Passei 8 longos meses para voltar a usá-lo e para ter a coragem de tirar tudo que foi seu também.

Ele tocou no rosto dela, fazendo ela olhá-lo. E quando fez, ela disse de olhos úmidos.

—Maria: E quando conseguiu certamente ficou em paz.

Estevão puxou o ar do seu peito. Lembrando daquele passado e do vazio que ficou dentro de seu peito sem ela todos aqueles anos. Que então a respondeu.

—Estevão: Fiquei vazio. Mais vazio do que eu já estava. E não vou negar que aquele quarto já não é digno que esteja nele, nem naquela cama, Maria. Eu mesmo preferiria que não estivesse.

Ele recolheu a mão que tocou no rosto dela, envergonhado dos seus tantos erros e andou se afastando dela. Maria então mirando suas costas largas tomando distância dela, disse.

—Maria: Então por que me fez esse convite?

Estevão parou de frente para lareira, pôs as mãos sobre ela e de costas para Maria, ele a respondeu.

—Estevão: Porque não quero abrir mão já que está aqui de ter mais uma noite ao seu lado. Além do mais, existe mais que um quarto nessa casa.

Ele então se virou para olhá-la deixando estampado no seu rosto a necessidade de tê-la toda noite com ele. Maria suspirou, baixou a cabeça mirando o chão e depois que o mirou, passando uma mexa de cabelos atrás da orelha, ela disse.

—Maria: Mesmo assim, eu prefiro não estar com você em nenhum quarto dessa casa. Na verdade, eu nem sei o que deu em mim em ter dirigido até aqui. Me desculpe o incomodo, Estevão... Eu...

Ela suspirou. Os levou a ter aquela conversa sobre o passado com aquela visita e pensava que não precisava estar de frente com aqueles ressentimentos do passado para terminar de deixar sua noite ainda mais deprimente. Estevão então andou até ela novamente, dizendo.

—Estevão: O que aconteceu de verdade para te trazer aqui? Não me incomoda sua visita. Estou feliz que está aqui comigo e não com ele. Não com Geraldo, Maria. Não sabe como fiquei todo esse tempo enquanto pensava que estava com ele.

Ela ergueu a cabeça já o tendo perto demais dela e o respondeu, séria.

—Maria: E eu deveria ter estado com ele. Colocou outras mulheres em nosso quarto, na nossa casa!

Ela torceu os lábios de lado, revelando mais do que gostaria de como ficava em pensar que ele teve outras mulheres. E Estevão mesmo sabendo que não tinha por onde se justificar, revelou.

—Estevão: A única que coloquei nele, foi por apenas estupidez. Acreditava que de algum modo me vingava. Estive completamente errado e sou merecedor de que no final de tudo isso, não fique comigo, Maria. Mas não posso aceitar perder sem lutar porquê ainda que eu não te mereça mais, eu te amo Maria e sofro com o medo de que nunca volte para mim e agora que se apaixone por outro alguém.

Ele a olhou com um olhar sofrido. Ela aceitando convites de outros homens, não era um bom sinal, ele era consciente desde do início que estaria sempre em desvantagem perto de qualquer rival. Maria sorriu em um sorriso que não acompanhava seu olhar. E assim o respondeu.

—Maria : Eu estou começando acreditar que esse tal amor não é para mim, Estevão. Talvez meu destino como mulher é apenas ser mãe e devo me conformar com isso.

Estevão negou com a cabeça e a tocou nos braços. Para ser mãe, antes a mãe tem que ser uma mulher e ele muito bem conhecia como Maria era como mulher. Apaixonada, intensa. Era uma mulher perfeita como era como mãe. Que então assim, ele disse.

—Estevão: Antes da mãe, em você existe uma mulher que eu muito bem conheço, Maria. Te conheço como mulher e me agrada muito, sempre me agradou e não acredito que o amor não seja para você. Eu o conheci contigo, e se for ver eu que não teria nascido para ele, e me olhe aqui com 15 anos já passados e eu ainda amando a mesma mulher. Você...

Ele tocou os lábios dela com os deles e se beijaram com vontade. Até que Maria quebrou o beijo virando o rosto sentindo os lábios pulsando e a respiração dele bem próxima do rosto dela, por ele ter ficado com o rosto ainda próximo. E então assim, ela confessou o mirando nos olhos.

—Maria: Geraldo não apareceu no jantar. Não sei o que houve. Ele só não apareceu e a única coisa que quis foi estar com você Estevão. Com você é tudo intenso, do sofrimento ao prazer. É tudo diferente quando estou com você. Tem algo em mim é como um maldito ima que te chama e foi o que me levou até aqui.

Ela baixou o olhar depois que falou. Estevão tocou em um lado do rosto dela e fechou os olhos. Sabia qual era o nome do ima que ela falava. Era o amor e a paixão que ainda sentiam, que o atraiam um para o outro e que ela estava recusando se render totalmente a ele. E não tinha como culpá-la. O sofrimento que ela dizia que agora eram regados de ressentimentos eram intensos demais, ele os sentiu até abrir os olhos e se livrar deles. Mas com Maria ele sabia que era não a questão de ela abrir os olhos, e sim de perdoá-lo. Que então assim, ele disse sem quebrar o contato com os olhos dela.

—Estevão: Eu não quero mais ser o causador do seu sofrimento Maria, apenas do seu prazer, da sua felicidade como mulher. Me perdoe e volte para mim. Me deixe provar que ainda possamos ser felizes juntos.

Maria piscou os olhos segurando as lágrimas neles e andou se afastando e depois parou cruzando os braços. Ela o mirou parado a mirando em silêncio e finalmente disse.

—Maria: É certo, Estevão. Eu ainda te amo. Eu ainda te amo, mas não queria ama-lo. Não é certo. Não está certo eu ainda amá-lo depois de tudo, de tudo que me fez!

Ela viu os olhos de Estevão umedecidos de lágrimas mas com ele calado. E então ela seguiu.

—Maria: Com você eu aprendi amar mas aprendi também o quanto o amor machuca. Então por que eu desejaria me entregar a esse amor novamente?

Estevão engoliu em seco e disse agora de voz embargada.

—Estevão: Digo quantas vezes for necessário que sou consciente que não sou merecedor do seu amor, Maria. Não sou mais. Mas eu preciso dele. Preciso do seu amor, preciso de você e posso ser egoísta o suficiente para não deixar que deixe de me amar, que ame outro. Por isso insisto. Me dê outra chance. Me perdoe, querida. Me ame.

Estevão se abaixou de frente para Maria. Ela baixou a cabeça e viu ele ali de joelhos abraçar a cintura dela deixando seu rosto de frente com o ventre dela. Que trêmula, pela atitude dela, Maria disse.

—Maria: O que está fazendo, Estevão?

Estevão sem soltá-la disse firme.

—Estevão: Te pedindo que seja minha outra vez. Que se entregue de vez ao amor que ainda sente por mim, ao nosso amor, Maria.

Ele ergueu a cabeça mirando ela nos olhos e Maria sentiu uma lágrima descer dos olhos dela. Ela limpou e disse pensando que ainda não tinha descartado seu pensamento de ir embora.

—Maria: Eu consegui viver 15 anos com esse amor ainda dentro de mim, sem senti-lo e sei que eu posso viver o resto da minha vida fazendo o mesmo.

Estevão abriu o roupão dela e beijou o ventre dela, beijou todo, o umbigo e toda parte que já era evidente que tinha um bebê sendo formado ali. Que depois desesperado, ele a respondeu certo.

—Estevão: Viveu infeliz como eu. Eu sei que viveu. Volte para mim e vamos ser felizes junto aos nossos filhos. Me perdoe.

Ele alisou o corpo dela com as mãos e depois voltou a abraçar a cintura dela firme e Maria levou a mão na cabeça dele e de olhos fechados, ela disse abalada.

—Maria: Levante, Estevão. Por favor, levante.

Estevão negou com cabeça e depois levantou ela buscando olhá-la de novo e disse.

—Estevão: Quero que entenda que sou o único homem que ama, e que se entrega como faz. Então aceite isso, querida. Não pode me tirar do seu coração nem da sua pele, como eu não pude fazer.

Ele olhou a calça dela e não hesitou em abrir e descer o zíper da frente dela. Maria ergueu a cabeça e olhou o teto sentindo em seguida o pano da calça dela escorregar sobre suas pernas.

Enquanto Estevão ali, olhou o sexo dela coberto por uma calcinha de renda branca. Ele suspirou excitado com a visão e levantou a cabeça, enquanto segurava dos lados da peça pronto pra descê-la.

—Estevão: Eu não posso permitir que renuncie ao nosso amor. Não posso permitir que não seja apenas minha se segue me amando, Maria.

Ele desceu a calcinha dela e Maria o olhou onde estava. Ela abriu a boca e fechou tomando ar, sem saber o que falar apenas sentindo seu sexo pulsar e sua libido fazendo ela escorrer entre as pernas sem ao menos ter sido tocada. Até que ela foi e foi com a boca de Estevão.

Como tinha feito no quarto dela, ele a puxou pela cintura e enfiou o rosto no meio das pernas dela. Ofegante ele a beijou ali e ela sentiu sua língua quente e ávida tomar seu clitóris. Estevão gemeu e ela segurou nos cabelos dele com tesão.

Ele desceu lento sua língua na divisão do sexo dela, querendo enlouquecê-la, e quando voltava o movimento, ele buscou olhá-la e Maria estava ali o olhando com a boca levemente aberta e os olhos brilhantes de desejo.

Ele beijou onde tinha a boca, duas vezes e ficou de pé e quando esteve com o rosto de perto dela, ele disse.

—Estevão: Vamos até o sofá, querida. Preciso reivindicar o que é só meu. Seu prazer...

Ele retirou com pressa o roupão dela e pegou ela nos braços livrando ela dos panos que se enroscou nos pés dela e caminhou até um sofá encostado na parede.

Maria se viu sentada de pernas abertas e retirou a toalha que tinha entre os cabelos jogando do lado e disse, já molhada demais para querer usar um guarda-chuva.

—Maria: Faça o que deseja, Estevão. Mais uma vez me faça esquecer tudo...

Estevão se ajoelhou no meio dela. A olhou entre as pernas, deslizou as mãos nas coxas dela, subindo e descendo e depois buscou olhá-la no rosto.

Maria estava ofegante com os olhos detonando desejo. Linda aos olhos dele.

Ele então se movimentou para beijá-la nos lábios como estava e ela aceitou o beijo abrindo as pernas, amparando o corpo dele entre elas. Ele buscou com uma mão nas costas dela o feixe do sutiã para abrir e quando achou, ele abriu e a peça ficou larga nos seios dela. Ele então se afastou e mirou os seios redondos e cobertos pelo sutiã.

aria o olhou também e mordeu de leve os lábios. Ele desceu as alças do sutiã, ela moveu braços para elas saírem e quando esteve livre dele, Estevão lançou a peça longe para fazer companhia a toalha.

—Estevão: Pronto. Já está nua para mim.

Quando falou, ele a tocou nas pernas com uma mão e a boca levou em um seio dela. Ele gemeu com tesão quando sentiu ela mais molhada e a ouviu também gemer assim que teve a boca no seio dela.

Maria sentiu dois dedos dele invadi-la e a língua dele brincar no seio dela depois dele ter sugado e gemeu.

—Maria: Oh, Estevão.

Ela o olhou mamar onde tinha a boca e seu dedo começando a entrar e sair de dentro dela rápidos, de uma forma que a palma da mão dele batia de frente a seu sexo, estimulando assim junto seu clitóris. E então ela gemeu mais perdendo a noção onde estava, do tempo, gemeu alto sentindo seu corpo tremer e um orgasmo tomá-la.

Tinha gozado rápido e quando Estevão percebeu tirou os dedos de dentro dela, soltou também o seio dela, e a olhou ofegante colocar uma mão na frente do rosto dela.

Ele sorriu vendo que ela queria fechar as pernas com ele ainda estando ali, e então ele disse.

—Estevão: Ainda não terminamos, querida.

Ele baixou o olhar mirando o triângulo bem depilado dela e depois baixou o rosto também, segurando as pernas dela e em seguida as abrindo mais.

Maria o mirou, descendo mais seu corpo e gemeu sentindo a língua dele de novo tocando seu ponto sensível entre as pernas.

Com a chuva ainda intensa caindo lá fora e a lareira por trás de Estevão ainda pegando fogo, ele minutos depois a fez gozar mais uma vez e ficou de pé, começando a abrir a blusa que usava.

Maria o olhou se despir com desejo e depois mirou mais embaixo a calça dele. A ereção que ele tinha evidenciava na frente dela. E ela então abriu a boca e depois passou a língua entre os lábios. Havia passado vontade de também tocá-lo como ele tinha feito quando estiveram no apartamento dela, e agora não queria voltar a passar. Que então assim ela sentou reta e o surpreendeu o puxando pelo cós da calça, subiu à cabeça e disse o olhando em pé na frente dela.

—Maria: Eu também quero fazer em você.

Estevão terminava de se livrar da blusa. Sabia do que ela falava e sentiu que sua ereção havia pulsado dentro da calça em só ouvi-la. Como que seu membro tivesse consciência própria e se alegrado pelo que o esperava.

Maria baixou o zíper da calça dele que para facilidade dela, não tinha cinto e por isso em seguida desceu ela e depois o acariciou com uma mão por cima da cueca. Estevão sentiu seu corpo todo tremer com a mão dela onde estava e disse.

—Estevão: Não me torture Maria...

Maria enfiou a mão por dentro da cueca. O membro grande e grosso, encheu a mão pequena dela e ela subiu e desceu ela em uma carícia que fez Estevão esticar o pescoço e olhar o teto gemendo.

—Maria: Você gosta de fazer isso comigo. Nada mais justo que eu faça o mesmo, querido.

Ela sorriu maliciosa depois de falar e sem deixar de tocá-lo com uma mão, enquanto a outra ela o livrou da peça para deixa-lo livre.

E então a boca dela encontrou a robusta ponta molhada do membro dele.

Estevão gemeu e baixou a cabeça, vendo ela fazer movimentos o tomando com a boca e também movendo uma mão no comprimento de sua ereção. Ela gemeu aumentando suas sugadas e ele teve certeza que gozaria logo com a intensidade dela e o tamanho do desejo que ele estava. Ele então segurou nos cabelos dela pronto para afasta-la quando seu orgasmo viesse e desfrutou das sucções que os lábios dela fazia nele.

Maria de olhos fechados começou a alternar o que fazia, descansou sua boca quando apenas começou a lambê-lo e quando voltou com a sucção, ouviu Estevão dizer algo que não entendia e depois puxar os cabelos dela que a fizeram gemer. O quadril dele quis fugir do agarre dela e ela então o apertou com as mãos em volta dele, dando sinal que o queria ali até o final. Estevão então entendeu, jogou a cabeça para trás e minutos depois ele gozou.

Tudo ficou em silêncio apenas as respirações de ambos se ouvia e até a chuva havia se tornado silenciosa. E então se olharam com fome um do outro. Com um desejo que seguia e eles conheciam muito bem. Ele seguia ali mesmo depois de 15 anos. Seguia vivo ardente como o amor dentro de seus corações. Aquela paixão e junto ao amor, eram os aliados mais presente entre eles.

Que então assim, o sofá virou cama.

Deitada sobre ele, Maria abraçava Estevão que a beijava e tocava com as mãos e lábios. Ela o agarrou nos cabelos gemendo enquanto ele chupava um seio dela e lhe apertava na coxa. Até aquele ele se afastou e segurou sua ereção presente mais uma vez e a olhando, a penetrou. Maria abriu a boca e arqueou as costas o agarrando outra vez e colaram as testas ofegantes.

Estevão com as mãos nas coxas dela começou se mover, a mirando nos olhos, respirando próximo a boca dela como ela fazia com ele. E ambos se sentiram completos, com aquela ligação dos corpos os deixando mais loucos de desejos.

Estevão passou se mover cada vez com mais intensidade e por suficiente minutos para ter Maria gozando outra vez. Ele sorriu vendo o corpo dela relaxado diante do orgasmo e se levantou trazendo ela nos braços dele.

Ele se sentou encostando a costa no sofá, a abraçou e depois que sentiu ela sentar sobre a ereção dele, ele a beijou rápido e pediu de voz rouca.

—Estevão: Vamos para o quarto. Vamos, querida.

Maria não respondeu. Passou os braços ao lado da cabeça dele, apertou o couro do sofá e começou cavalga-lo.

Só o queria. Seu corpo literalmente só o queria. Ela gemeu baixo e rebolou. Estevão envolveu suas mãos nos cabelos dela. Era sua mulher e para ele deveria ser sempre daquela maneira, ela na companhia dele, ele satisfazendo ela. Só ele sendo causador daquele tesão que ela se encontrava.

Ele então a beijou cheio de fome. Ela aumentou agora seus movimentos gritando de prazer e ele então jogou a cabeça para trás. Iria gozar logo se ela continuasse com aquela rapidez que ele sabia que por já ter gozado aquela segunda vez duraria mais e poderia dar mais tempo de prazer a ela. Por isso ele abriu os olhos e a segurou pela cintura. Maria o olhou como uma felina que tinha afastado dela um prato com seu alimento e ele então riu.

—Estevão: Temos a noite toda, querida.

Ele riu mais a tirando do colo. Faria amor com ela como ela também gostava. Com a intensidade que ela queria, mas com ele no comando.

Ele então a virou, ela entendeu como ficaria. De costa para ele e de joelhos no sofá. Ela se agarrou na costa do móvel abriu as pernas e se preparou para tê-lo novamente.

Estevão a penetrou e a segurou pelo cabelo com as mãos. Então depois só se ouviu o som dos gemidos e o bater dos corpos.

Os planos que tiveram para aquela noite, não os levariam ali. Jantar com um homem que não amava, era o de Maria e do permitir que aquilo acontecesse trancado naquela sala, o de Estevão. Em troca a noite estava os brindando com aquele momento, que de bom agrado aceitaram.

Que então assim longos minutos depois. E encontraram no chão deitados sobre o tapete da sala depois de terem feito amor também sobre ele. Deitada de lado, Maria tinha Estevão atrás dela. Sobre as almofadas do sofá, ela tinha a cabeça nelas e ele abraçando por trás. Saciados, ele beijava o ombro dela enquanto a tocava nos cabelos.

Ela olhava o fogo queimando na pouca madeira que restava sobre o fogo baixo da lareira. Não fazia ideia que horas eram, apenas que tinha que ir embora. Que então assim ela disse baixo.

—Maria: Tenho que ir, Estevão.

Estevão afastou os cabelos dela. De nenhuma maneira queria deixa-la ir. Tinha certeza que ela não tinha deixado a filha deles só, então pretendia mantê-la ali até o amanhecer. Queria adormecer novamente com ela nos braços dele. Que então assim, ele disse.

—Estevão: Dorme aqui. Amanhã cedo você vai, meu amor.

Maria sentiu ele beijar o pescoço dela e depois deslizar a mão na lateral do seu corpo nu.

—Maria: Não. Não era nem para essa noite terminarmos assim. Tenho que ir.

Ela o mirou nos olhos e depois boca. Pensava que tinha que rapidamente se vestir já que tinha certeza que mais alguns minutos o olhando, se renderia ao desejo de novo.

Estevão enfiou as mãos nos cabelos dela ao tocá-la no rosto e a respondeu.

—Estevão: A noite ainda nem terminou, querida. Vamos ao meu quarto.

Ele a beijou em um rápido beijo e ela o mirando nos olhos com os rostos próximos, ela disse.

—Maria: Disse que não me queria nele e tampouco quero estar.

Estevão suspirou ciente do que tinha revelado a ela, e disse.

—Estevão: Vamos ao meu quarto. Ele é conjugado. Lembra? O outro era de Heitor quando criança. E hoje ele está lá para que eu também o use e só.

Maria puxou o ar do peito com força. O só dele. Tinha entendido e sentia de novo aquela raiva que ela sabia muito bem o nome. Que por isso ela disse.

—Maria: Tenho mesmo que ir.

Ela se levantou sentando, Estevão a seguiu sentando por ao lado por trás dela e então eles ouviram uma barriga roncando.

Maria suspirou nervosa e Estevão sorriu. Lembrando que ela tinha falado que Geraldo não tinha aparecido para alegria dele, ao jantar o que significava que não houve janta para ela.

—Estevão: Está com fome. Não vou deixar ir até que coma algo.

Ele a abraçou por trás e ela acabou se entregando naquele abraço e revelou sua fome, dizendo.

—Maria: Agora percebo o tamanho da minha fome.

Ele alisou os braços dela e ela buscou o olhar no rosto e o ouviu.

—Estevão: Mesmo que não fique. Já não pode rejeitar meu convite para ao menos usar o chuveiro do banheiro do meu quarto, enquanto arrumo algo para que possamos comer. Porque que a verdade seja dita, eu também estou cheio de fome, Maria.

Ele riu e a beijou no pescoço apertando ela em seguida nos braços e Maria também acabou rindo. No final das contas só se importaram com a fome que seus corpos tinham um do outro.

Depois de rirem, ela suspirou tendo o corpo ainda encostado no peito dele. Miravam o fogo outra vez da lareira e então se fez um silêncio que Estevão quebrou, dizendo.

—Estevão: Então vamos?

Ele se levantou de devagar, dando a mão para levantar em seguida. Maria se abraçou estando nua ela se encolheu tapando os seios. Estevão pegou o roupão dela e lhe entregou. Ela pegou o pano macio na mão e disse, sabendo que ele parecia mais uma coberta no corpo dela.

—Maria: Não tinha um roupão menor para mim?

Ela brincou passando os braços pelo roupão enquanto ele vestia a cueca para deixar a sala também vestido.

—Estevão: Posso providenciar que dá próxima vez tenha um do seu tamanho a sua espera.

Ele piscou para ela pegando agora a calça na mão e Maria amarrando o laço do roupão, disse.

—Maria: Não temos garantia que isso vai voltar a acontecer, Estevão. Agora penso melhor no que fizemos nessa sala. Poderíamos ter sido pegos, por Heitor ou até por Alba.

Estevão fechou a calça e Maria pegou suas roupas molhadas junto com as peças intimas dela e voltou a dizer.

—Maria: Eu preciso que minhas roupas sequem, Estevão para ir.

Estevão colocou a blusa dele, mas não abotoou os botões e então disse.

—Estevão: Já iremos dar um jeito nelas, hum. E o seu carro, onde está a chave dele? Ele não pode passar a noite lá fora.

Maria tocou os cabelos querendo arrumá-los e disse.

—Maria: Eu não vou passar a noite aqui Estevão. Só quero ver que horas são e esperar que minhas roupas sequem e irei.

Estevão pegou ele mesmo a chave que viu em cima da mesinha que tinha sido afastada para longe, andou até a porta, pôs uma mão levemente nas costas dela e disse.

—Estevão: Sabe que não compensa mais que vá antes do amanhecer além de que, duvido que deixou nossa menina sozinha. Então não precisa ter pressa para voltar, vem vamos.

Maria suspirou ao ouvi-lo. Era certo, tinha deixado Marta para dormir com Estrela por não saber que horas voltaria do jantar com Geraldo. E no final, serviu para ela estar com Estevão sem ter pressa para voltar. Eles passaram pela porta, Maria viu tudo iluminado, mas em silêncio como sempre era aquela casa grande.

Ela então segurando suas roupas com uma mão passou a outra nos cabelos tentando arrumá-los mais uma vez. Quando havia chegado soube que Heitor não estava, mas tinha passado tempo suficiente que pudesse fazê-lo retornar a casa e pegá-la saindo daquela maneira e Estevão também como estava. Com ambos com a cara que não passaram todo aquele tempo naquela sala conversando. Que então assim, ela disse.

—Maria: Será que nosso filho chegou?

Estevão negou com a cabeça dizendo.

—Estevão: Talvez sim, talvez não. Como disse, depois que ele conheceu aquela sua amiga que aparentemente não vai com minha cara, ele não está passando as noites como antes em casa.

Ele pegou na mão dela e caminhou com ela.

—Maria: Ela tem motivos para não aprecia-lo. Agora, onde está me levando? Eu posso me lembrar onde fica seu quarto, Estevão.

Ele parou beijando a mão dela que segurava e disse.

—Estevão: Vamos até a lavanderia juntos e depois até o quarto.

Ele sorriu para ela e seguiu puxando ela pela casa, enquanto seguiu falando.

—Estevão: Agora sobre sua amiga e namorada ainda não oficializada ao menos para mim por Heitor, não irei me defender. Mas se ela seguir com isso que têm com nosso filho, ela terá que me aturar, não?

Maria sorriu de lábios fechados e pararam na lavanderia com 3 máquinas de lavar e uma secadora em inox. Maria soltou da mão dele, agora poderia se virar colocando suas roupas em uma das máquinas de lavar e depois trocá-la para secadora. Ela caminhou abrindo uma e colocou as roupas dela nela. Estevão pegou de um armário pendurado na parede o sabão e deu para ela. Ela usou e em seguida ele deu o amaciante, os dedos se encostaram e sorriram e então Estevão disse.

—Estevão: Como explicar o fato de eu estar vendo você fazer algo tão simples e comum em minha casa estar me dando uma felicidade, como que se eu tivesse ganhado um lote milionário?

Maria ligou a máquina e se virou para ele. Não podia negar que tinha uma felicidade parecida com a dele, mas ela titulava mais como uma nostalgia dos tempos que foram casados e fizeram coisas parecidas juntos naquela mesma casa. Que mexida também pelo que sentia, ela apenas disse.

—Maria: Agora posso tomar o banho que me ofereceu.

Estevão puxou ela pela cintura colando o corpo dela ao dele, a beijou em um curto beijo e disse.

—Estevão: Não sente nada em estarmos assim outra vez e em nossa casa? Ela voltaria a ser nossa casa agora mesmo se você quisesse, Maria.

Ele suspirou encarando o rosto dela, Maria baixou os olhos olhando o peito dele e puxou o ar antes de voltar a olhá-lo e responder.

—Maria: Confesso que sinto sim. É claro que sinto, Estevão. Mas agora está tudo diferente. Essa casa não é mais minha mesmo se eu quisesse que ela fosse.

Ela o afastou tocando no peito dele e ele a soltou saindo atrás dela.

Andaram até que ouviram a porta da entrada da casa bater. Era Heitor chegando que assim que passou com seu carro, ele viu o carro de Maria o reconhecendo, que por isso quando adentrou na casa não ficou surpreso quando seus olhos, bateu com os dela e logo atrás com os de Estevão. Os dois pararam a frente da escada o olhando.

Heitor mexeu com a chave do carro dele que ele tinha na mão, encarando os pais como eles faziam com ele. Até que ele resolveu dizer um tanto constrangido por ver como se vestiam.

—Heitor: Oi... Então ainda estão acordados... e juntos...

Maria tocou no cabelo, sentindo seu rosto queimar de vergonha e olhou para Estevão como que se pedisse socorro com os olhos. E ele então, começou a abotoar a blusa saindo de trás dela e Maria levou a mão na testa, como que se ele arrumando a camisa, não denunciava o que eles andaram fazendo.

—Estevão: Oi, filho. Você veio dormir em casa.

Heitor que olhava Maria cruzando os braços contra o peito o respondeu.

—Heitor: Sim. Tive que deixar Vivian no hospital.

Maria então agora deixando seu constrangimento de lado, disse passando por Estevão.

—Maria: Hospital? O que aconteceu com ela?

Ela o olhou preocupada depois de falar e Heitor respondeu.

—Heitor: Com ela nada. Mas parece que aconteceu com o chefe dela. Ele sofreu um acidente ou foi atacado, assaltado, não sei dizer ao certo...

Maria abriu a boca em choque agora entendendo o porque ele não tinha aparecido jantar e então falou rápido.

—Maria: Geraldo é o chefe dela e ele também é o meu.

Ela levou as mãos nos cabelos e depois voltou a dizer necessitando saber o que tinha acontecido.

—Maria: Eu preciso do meu celular.

Ela andou agora se afastando lembrando que ele estava no carro, e Estevão olhou Heitor sério de uma forma que ele não pôde entender e disse.

—Heitor: Disse algo errado?

Estevão então rápido disse em um tom sério.

—Estevão: Não disse nada. Vou levar sua mãe até um dos quartos. Quando ela veio, ela acabou levando chuva. Vamos, Maria.

Ele tocou o braço de Maria, ela então puxou ele indo até Heitor e pediu.

—Maria: Filho, sei como pode ser estranho me ver aqui e assim. Mas por favor me leve você até um quarto de hospede que eu possa usar o banheiro e também queria outro favor.

Ela então olhou para mão de Estevão que tinha as chaves do carro dela e disse, voltando a olhar o filho.

—Maria: Me empresta seu celular para que eu possa falar com Vivian? O meu deixei no meu carro quando entrei.

Estevão por trás dela fez um sinal com a cabeça de não para Heitor. Estava desconfiado daquela atitude de Maria que então ele disse em seguida.

—Estevão: Eu posso pegar seu celular Maria quando eu for colocar seu carro na garagem.

Maria o olhou desconfiada e disse séria.

—Maria: Não será mais necessário que faça isso, Estevão. Só quero que Heitor me ajude. Filho?

Sem entender o que acontecia Heitor apenas assentiu e Maria se encolheu no lugar cruzando os braços outra vez. Ele então indicou a escada para subirem e então Estevão disse, vendo Maria simplesmente ignorá-lo.

—Estevão: Não vai deixar essa casa até conversarmos sobre o que seja que esteja pensando, Maria.

Ele tocou no corrimão da escada e depois tocou o rosto. Não precisava ler pensamentos para simplesmente entender a forma de Maria agir depois que ela soube que algo tinha passado com Geraldo. Tinha acontecido algo a ele justo na noite que iam jantar e claro que ela estava pensando que ele tinha algo a ver.


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