Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 48
Capítulo 48


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer por me deixarem mais relaxada. Pior coisa para uma pessoa criativa é se sentir limitada em expor sua criação, que no caso a minha é com as palavras que me fazem criar mais essa fanfic. Eu tinha proposto a mim mesma dar logo o final dela como já disse e queria que até o capítulo 55 eu conseguisse dar, mas vejo que vou passar dele o que me deixou impaciente e agora estou mais confiante que vocês me esperarão ainda que esses 55 tornem 60 capítulos, não é? kkk Enfim, em todo caso caminho para o final da história que espero dar um que ela mereça. Obrigada por me lerem!!!



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Maria e Estevão chegaram ao um restaurante que ficava perto da empresa San Roman. De frente para uma mesa mais afastada de todos, Estevão puxou a cadeira para Maria sentar. Ela suspirou antes de sentar e ele passou do outro lado para fazer o mesmo.

Ela olhou dos lados, tensa. Ainda pensava no que tinha acontecido na sala de Estevão. Ele tinha contratado um detetive e pela primeira vez ela tinha falado com alguém que poderia ajuda-la de verdade a chegar até o homem que titularam como amante dela. Ela fechou os olhos por alguns segundos, se aquilo que Estevão estava fazendo fosse antes. Antes de tudo, ela seria a mulher mais feliz do mundo por ter encontrado nele o apoiou que precisou.

Estevão despertou ela dos pensamentos dela, quando a tocou na mão levando ela aos lábios dele, a beijando em seguida.

Ela abriu os olhos para olhá-la e ele sem soltar a mão dela, disse, por vê-la aparentemente nervosa e lembrar muito bem da última vez que tiveram juntos em um restaurante para almoçar.

—Estevão: Antes de mais nada, não estamos aqui para brigarmos, estamos aqui para conversarmos sobre o que antes falávamos, Maria. Relaxe, minha vida.

Quando ele falou, ela puxou a mão das mãos dele e disse o mirando nos olhos.

—Maria: Agora sou sua vida, Estevão.

Ela puxou o ar do peito e Estevão por perder o contato com ela puxou o ar do peito também e disse não deixando de mirá-la, mas sentindo o peso das palavras dela.

—Estevão: Sempre foi, Maria. Quando você apareceu em minha vida, foi como uma luz que eu estava necessitando e quando você foi tirada dela, essa luz voltou a se perder de dentro de mim. Eu nunca fui o homem que se apaixonou, mas me tornei ele para ser merecedor do seu amor. Essa é a verdade e assumo ela. Sem mentiras, sem mascarás.

Maria o encarou. Era verdade o Estevão real era aquele que tinha lhe tirado um filho e tentava tirar outro, era o homem que tinha sido injusto com ela, mas ainda assim sabendo dessa verdade sabia que ainda o amava. O que a desesperava.

Que então assim ela disse.

—Maria: O que pensa que vai acontecer se acharmos o homem que me deram como amante e ele revelar porque fez aquilo comigo, Estevão? Pensa que vou perdoá-lo por não ter acreditado em mim? Por ter tirado meu filho e ainda tentar tirar agora a minha filha também?

Ela o olhou com os olhos cheios de ressentimentos e ele respirou com pesar dizendo.

—Estevão: Eu estou ciente de todos meus erros, Maria. Eu tive muita culpa também de nossa separação. Eu a feri, fui injusto e cada vez que essa realidade me toma, eu me desespero porque sei que não tenho perdão. Mas ainda assim, eu desejo ele e quero conquistá-lo, mas não só ele e sim também seu amor. Já disse que te quero de volta.

Estevão respirou fundo buscando a mão dela outra vez. Mas Maria doída, quando viu que ele quis tocá-la, tirou a mão da mesa e pôs sobre o colo, o mirou em seguida de olhos lagrimejados e disse o respondendo.

—Maria: Mas eu não quero. Não te quero de volta, Estevão muito menos acredito em seu falso amor. Além do mais, que futuro teríamos depois de tudo que nos fizeram? Eu não vejo nenhum.

Depois de falar ela sustentou o olhar sobre o dele e Estevão ainda que sentiu o impacto das palavras dela, a olhando sério, disse.

—Estevão: Não vê um novo futuro ao meu lado, ou está com medo dele, Maria? Hum? Porque eu te amo. Sempre te amei. Nunca foi falso meu amor por você, tanto que ele segue vivo dentro de mim. Ele segue vivo, Maria.

Ele seguiu olhando nos olhos dela depois de falar. Não queria desviar um segundo do olhar dela, necessitava que ela pudesse acreditar nas verdades que ele trazia, que deixava exposta mais uma vez. Estava desesperado por uma chance de ser amado outra vez por ela, estava desesperado por perdão.

Maria em troca deu um sorriso de lábios fechados. Não queria seguir com aquele assunto. Seu coração estava saltando aos pulos e não queria demonstrar que Estevão ainda podia causar aquilo nela. Que então assim ela disse.

—Maria: Então me trouxe aqui para falar da gente? Não acha melhor falarmos o que acontece em sua empresa, Estevão ? Esqueça o que tínhamos não voltaremos ser quem um dia fomos.

Relutante e fria era assim que Maria aparentava estar para Estevão. Como uma pedra impenetrável que nada que ele dizia parecia surgir efeito. Mas ele sabia que ela tinha razões para agir como estava agindo e também não acreditar nele. Ele sabia, mas que mesmo assim não se abalaria. Estevão sabia que havia se tornado o homem que era, não desistindo fácil do que queria e faria o mesmo com ela. Valeria a pena para tê-la de volta não só de corpo, mas também de alma e coração. Que então assim, ele a respondeu convicto.

—Estevão: No momento concertar meus erros cometidos é o mais importante para mim, Maria. Eu quero minha família de volta, minha mulher, meus dois filhos onde sempre tiveram que estar todos juntos. Não me importa minha empresa, não me importa o dinheiro, não me importa nada esse momento, a não ser você querida e nossos filhos.

Maria ficou calada e ele se moveu para mais próximo dela, lhe tocando no rosto. Eles se miraram em silêncio, Estevão desceu os olhos para boca de Maria. Seria capaz de vender sua alma ao diabo se ele se martirizasse entre eles, para tê-la mais uma vez, para toca-la e beija-la sem pressa e o quanto quisesse enquanto fazia amor com ela. Amor de verdade, como deviam ter feito.

Maria se afastou quebrando os olhares, Estevão recuou a mão respirando fundo e ela então, ignorando o que ele acabava de dizer, insistiu.

—Maria: Mesmo que não queira falar das empresas San Román, Estevão, quero ser sincera que se encontro os culpados da falsa fraude que me acusaram, sua empresa sofrerá consequências. Consequências que estou disposta dessa vez deixar que você arque com elas apenas para limpar meu nome.

Estevão passou a mão no rosto. Lembrava o quanto foi amado, quanto foi adorado pela mulher em sua frente e duvidou desse amor. Havia perdido tanto amor, tanta bondade tantas coisas boas. E como recuperar? Ele falava de amor, de nova chance e ela seguia sem ter interesse. Estava perdendo. Tinha tudo para perder naquela luta que travava com ela. Não mais a mesma que antes. Agora a guerra dele era contra o passado, contra seus erros.

Pensando nos pós e contra, os olhos dele umedeceram e ele depois a olhou calado, sem saber o que dizer. Maria era a única mulher que poderia deixa-lo sem fala.

O menu da mesa chegou na mão de um garçom que trouxe uma garrafa de vinho branco com ele e duas taças, por conta da casa.

Maria observou que quem tinha oferecido aquele vinho sem eles ainda pedir, era o chefe da cozinha, que então ela disse depois que as taças foram servidas.

—Maria: Parece que vem muito aqui e com certeza acompanhado.

Estevão a olhou diante daquele comentário. Ele era amigo do chefe da cozinha que era sócio e dono também daquele restaurante, por isso ele sempre era tratado com aquela gentileza quando estava ali.

Que por isso ele a respondeu.

—Estevão: Das muitas vezes que vim aqui, vim mais em almoços de negócios Maria, mas também não vou negar que já vim acompanhado.

Quando terminou de falar, Estevão tomou seu vinho. Não queria mentiras, não queria voltar a agir como antes. Maria por sua vez olhou descontente com a resposta dele, sua taça cheia em sua frente e depois deu de ombros antes de olha-la e dizer, com um fingido descaso.

—Maria: Claro.

Maria pegou o menu na mesa e depois de folheá-lo em silêncio, minutos depois ela soube o que queria. E Estevão que também já tinha escolhido o que comer, chamou depois o garçom lhe fazendo os pedidos.

Assim ambos ficaram sozinhos de novo, Estevão bebericou do vinho dele, olhando que Maria não tocava no dela e disse, intrigado.

—Estevão: Vai rejeitar mais um bom vinho de novo, Maria? Por acaso está doente e por isso não bebe mais?

Ele investigou ela com o olhar depois de sua pergunta. Maria negou rápido com a cabeça ainda que nervosa, enquanto ele seguia olhando-a atentamente em busca de sua resposta.

Que então ela disse.

—Maria: Disse que estou de regime. Só não rejeitei o vinho antes por educação.

Estevão a olhou agora minuciosamente. Pensava que era uma besteira ver o que ela seguia em mente com aquele estúpido regime. Lembrava de suas sensuais curvas debaixo da roupa que ela usava, que só de lembrar sentiu seu corpo formigar em desejo e seus olhos com seus bonitos verdes, evidenciar ele. Que então, levando a taça até a boca, ele disse.

—Estevão: Pare com essa besteira, minha querida. Voltei te ver debaixo das roupas que usa depois desses 15 anos e está maravilhosamente bem.

Ele sorriu agora bebendo e Maria ofegou desejando fugir de seu olhar que seguiu devorando ela como antes ela tinha percebido, enquanto ele bebia.

Os pratos que haviam pedido chegaram. Que então assim, conseguiram comer trocando curtas palavras. Estevão entendeu que falar de sentimentos com ela colocava ela arisca, que por isso não quis arriscar fazer aquilo enquanto comiam, optando assim, falar com ela sobre os filhos deles. Assunto do qual Maria mostrou interesse.

Que então assim seguindo o assunto, Estevão limpou os lábios com um guardanapo e disse em seguida.

—Estevão: Queria que me avisasse quando Estrela tivesse outra apresentação como aquela. Gostei muito de vê-la, Maria.

Ele sorriu orgulhoso e de olhos brilhantes. Lembrava do que sentiu ao ver Estrela se apresentando. Sua menina era boa e claramente tinha um espírito competitivo que ele identificou como herdado por ele.

Maria bebeu um pouco da água gelada que tinha pedido no lugar do vinho e disse.

—Maria: Ela ama o que faz, Estevão. E talvez eu converse com ela para que você não precise ir clandestinamente vê-la da próxima vez.

Estevão sorriu e disse, surpreendido.

—Estevão: Sério? Faria isso por mim, Maria?

Maria negou com a cabeça e o respondeu.

—Maria: Por você não Estevão, mas sim por mim, por nossa filha. Estrela está me despertando preocupação. Ela segue ainda muito ressentida por um passado que ela ainda estava em minha barriga. Por isso penso que está na hora que eu faça alguma coisa.

Estevão puxou o ar do peito. Havia sentido o nível dos ressentimentos que Maria falava que Estrela tinha. E ele era o alvo de todos e sabia que ela tinha toda razão em senti-los. Lembrava ainda do momento que ela esteve nas empresas e como tinha a tradado impondo sua autoridade. Que por isso ele disse.

—Estevão: Ela tem as razões dela de sentir o que sente por mim. Quero também consertar isso e começando com que ela escolha fazer visitas a mim sem que seja obrigada a isso, Maria. Apesar que todos os dias que consegui pelo juiz, nenhum de fato consegui tê-la então acredito que amanhã, já que estou bem para recebê-la não será diferente.

Maria o mirou incrédula e o questionou.

—Maria: E o fato que comprou o juiz para tira-la de mim? Vai renunciar a isso também, Estevão?

Estevão assentiu dizendo, certo que poderia ter aquela opção ao invés da que ele tinha apresentado a ela quando ele confessou o que tinha feito.

—Estevão: Vou. Se não houver outro jeito para intervir o que fiz. No dia da audiência, quero que esteja tranquila Maria. Que mesmo que eu ganhe, eu não vou tirá-la de você.

Maria piscou e disse rápido.

—Maria: E como acha que vou acreditar no que diz, Estevão? É a segunda vez que age pelas minhas costas em relação a ela.

Estevão respirou fundo não tirando o direito de Maria seguir duvidando das palavras dele, e a respondeu.

—Estevão: Sei que é difícil, Maria acreditar que vou cumprir o que digo. Mas é a mais pura verdade. E para provar, vou confessar como consegui a prova de paternidade. Nunca me perguntou como consegui.

Maria revirou os olhos e disse, mexendo no seu prato com garfo.

—Maria: Tenho certeza que com magia que não foi Estevão. Usou algo para comprovar o DNA de minha menina e até o meu.

Ela o olhou o vendo beber mais do vinho dele e depois, o ouviu dizer.

—Estevão: Pedi para que entrasse no seu apartamento. Paguei para pegarem algo que servissem para eu ter essa prova. E chegou a mim duas escovas de cabelo, sua e dela. E foi assim que tive a prova de que ela era sim minha filha, Maria.

Maria bufou largando os talheres, riu respirou fundo e depois disse se esforçando para que sua voz não saísse alta por ter se alterado.

—Maria: Você é tão sujo, Estevão. Tão egoísta, acha que pode tudo, que manda em tudo só porquê tem dinheiro, mas não é assim, não é!

Ela torceu o lábio de lado e virou o rosto para outro lado do restaurante para evitar olhá-lo. Estevão viu como ela tinha ficado vermelha de raiva e suspirou, para depois responde-la.

—Estevão: E acha que não sei? Se faço coisas como essas é totalmente ciente que não posso ter o que quero e quando quero Maria. Por exemplo, não te tive durante 15 anos muito menos agora tenho, não tenho também ao menos o respeito da filha que tanto desejei ter. As maiores coisas que quero, meu dinheiro não compra.

Ela então olhou ainda com raiva, mas calada e Estevão ficou calado também. E momentos depois a mesa deles estava vazia e eles preste a deixar o restaurante.

Maria fuçava na bolsa dela fazendo Estevão entender que ela já ia. Que por isso ele disse.

—Estevão: Eu te trouxe, eu te levo Maria.

Maria tirou o celular dela de dentro da bolsa e o respondeu.

—Maria: Vou voltar para o meu trabalho no escritório de Geraldo, Estevão. Então prefiro chegar de táxi já que estou sem meu carro.

Estevão deu um sorriso de lábios fechados, sentindo ciúmes do homem que Maria acabava de mencionar e disse.

—Estevão: Não quer que seu querido chefe te veja comigo, é isso?

Estevão ficou vermelho rápido e Maria respirou fundo e disse.

—Maria: Disse que não estávamos aqui para brigar, Estevão. Então não seguiremos por esse lado.

Ela se levantou rápido e ele também e disse sério.

—Estevão: Já disse que te levo.

Ela o mirou. Não ia naquele momento, não sem antes ir ao banheiro para ver como estava sua maquiagem mais que isso queria ir usar também o banheiro. Que com sua condição que escondia de Estevão já sentia a diferença nas suas idas já repetitivas ao banheiro.

Que então ela disse.

—Maria: Eu vou retocar minha maquiagem antes Estevão. Não se desespere.

Ela então passou deixando a mesa com a bolsa na mão e Estevão sentou novamente tocando a gravata impaciente. E ao mover as pernas ele ouviu o arrastar de algo que um de seus pés tinha tocado.

Ele então mirou debaixo da mesa e viu um CD dentro de um plástico com uma etiqueta em cima e ele se abaixou para pegar. Não sabia se aquilo já estava ali ou tinha caído de dentro da bolsa de Maria já que estava mais para o lado dela do que do dele.

Ele então se ajeitando teve certeza que pertencia a ela, quando leu o nome dela completo e mais ainda, paciente destacando no nome dela. Ele sentiu seu peito acelerar. Maria estava de fato doente e escondida aquilo, assim ele pensou nervoso enquanto escondia aquele CD por dentro de seu terno.

Não demorou muito para ele ver Maria regressar. Que então assim ele se levantou e insistiu em deixa-la em frente do trabalho, até que conseguiu e quando ela já descia do carro, ele pegou na mão dela pelo pulso, fazendo ela olhá-lo e disse.

—Estevão: Pense no que conversamos, no que falei Maria. Pela primeira vez estamos tendo uma chance. Mesmo que já nada sinta por mim, me deixe concertar o que fiz para conseguir seu perdão.

Maria baixou o olhar, suspirou e depois quando voltou olhá-lo, ela disse.

—Maria: Estevão, já é muito tarde para nós. Muito tarde.

Estevão negou com a cabeça e disse.

—Estevão: Eu não concordo, Maria. Sabe porque, hum?

Ela negou com a cabeça e ele a respondeu com um beijo, puxando ela assim para seus braços.

Ele a beijou com os braços em volta dela, abraçando-a. Maria fechou os olhos sentindo a língua dele encontrando na dela com gosto e com ela saboreando também aquele beijo, o retribuindo. Até que faltou folego para os dois, Estevão a soltou e disse.

—Estevão: Quando deixar de tremer como faz, quando te toco e te beijo, então para mim será tarde Maria. Enquanto isso não acontecer, seguirei lutando por seu amor.

Ela levou a ponta dos dedos nos lábios. Não sabia o que dizer, só queria deixa-lo e fugir daquele olhar intenso que Estevão dava a ela depois de suas palavras expondo o que de fato ela sentia sempre quando ele a tocava. Que então assim, ela se virou para abrir a porta do carro e ele voltou a falar, mas de outro assunto.

—Estevão: Amanhã cedo estarei em seu apartamento para ver nossa filha. Vê-la e não obriga-la ir comigo. Posso?

Maria o olhou e assentiu com a cabeça decidida em concertar aquela questão pelo bem de sua menina e sua consciência.

—Maria: Ela acorda depois das 9.

Estevão deu um sorriso e ela deixou o carro.

Ele olhou o por minutos o prédio de advocacia que ela entrou. Se Maria regressasse a ele, seria capaz de compra-la um como aquele para que ela trabalhasse com que agora exercia. Não ligaria que não teria a mulher negócio ao seu lado, mas contanto que ela ficasse ainda na capital e não regressasse para Londres onde ele sabia que ela tinha um escritório, uma vida nova sem ele que tinha construído lá.

Ele então suspirou e lembrando do que trazia escondido com ele, ele dirigiu para casa, evitando as empresas San Roman.

Na mansão, quando ele chegou Alba que estava agoniada por ver que ele tinha saído, disse.

—Alba: É um teimoso Estevão. Saiu sem ainda ser liberado pelo médico!

Ela o mirou séria e Estevão a encarou tendo duvidas daquela preocupação. Que por isso ele disse.

—Estevão: Se importa mesmo por mim, tia? Se importou mesmo todos esses anos, com tudo que houve, por mim e Heitor?

Alba nervosa pelas palavras dele, disse rápido.

—Alba: Mas que pergunta, faz Estevão. Claro que me preocupo! Os dois é tudo que restou de nossa família.

Estevão bufou e seguiu.

—Estevão: Ainda tem minha filha, não esqueça que ela também é uma San Roman.

Alba lhe sorriu certa que não poderia esquecer daquele fato e disse.

—Alba: Sim, claro. Ainda tem aquela menina que para mim tem seu mesmo sangue ruim.

Estevão passou a mão na cabeça e depois a respondeu, pensando em sua menina e nos primeiros comentários que Alba havia feito dela quando ele descobriu que Maria também tinha uma filha. Que por isso ele disse.

—Estevão: Antes chegou a mencionar que ela não era minha filha.

Alba deu de ombros e disse, de braços cruzados.

—Alba: Eu errei. E talvez tenha errado muito. Mas não duvide do amor que tenho por vocês, Estevão, por nossa família.

Estevão a encarou em silêncio, mas cheio de pensamentos. E então apostou naquele suposto amor que Alba dizer ter por eles, dizendo.

—Estevão: Me prove esse amor, Alba. Me dê nomes de quem estava vinculado no que fizeram com Maria. Ou se você estava, me confesse agora mesmo.

Alba arregalou os olhos tremula, o respondeu.

—Alba: Maria te roubou e traiu, só existe essa verdade Estevão.

Estevão respirou fundo decepcionado, mas não surpreso pela resposta dela e disse.

—Estevão: Sabe muito bem que essa é a verdade que me fizeram acreditar. Mas cada dia que passa creio na inocência de Maria. E juro tia, que quando eu souber de toda verdade, não ficará pedra sobre pedra porque eu passarei em cima de todos os culpados como um furacão, até mesmo se tiverem meu sangue!

Ele andou nervoso em direção ao escritório e Alba sentiu um arrepio. Tinha se vendido por sua ambição, se unindo a Bruno quando descobriu o que ele pretendia, cobrando pelo seu silencio ainda que não tinha as mãos sujas naquele plano. Tinha traído sua família por dinheiro e esse fato fazia dela também uma vilã, cumplice daquela maldade.

Estevão entrou no escritório frouxando sua gravata, foi até sua mesa e abriu seu computador que estava em cima dela, tirando o CD que tinha escondido com ele.

Saberia aquele momento do que ele se tratava e se Maria estava mesmo doente.

Maria no trabalho, sentada por trás de sua mesa agora com uma sala só para ela, depois de ter sentado e pensado por minutos em Estevão e na conversa que tiveram na empresa San Roman e no restaurante, reparava só aquele momento que tinha uma rosa ali e um bonito cartão.

Ela olhou mais à frente a porta de sua sala fechada podendo enxergar depois dela por ela ter um vidro e as paredes também que dividia com a madeira como em todas salas ali eram, seus amigos de trabalho circulando. Ninguém a olhava para denunciar quem tinha deixado aquela rosa ali. Mas por que procurar se ela já sabia a resposta?

Ela então suspirou pegando a única rosa na mão que tinha um plástico em volta dela e depois o cartão que viu embaixo dela e o leu.

"Sei que já deixei mais claro que água e o verde dos seus olhos Maria, quanto você me interessa. Mas quero oficializar esse interesse, te propondo um jantar. Amanhã, as 20:00. Se sua resposta for sim, me procure antes que termine o dia. Senão me procurar, saberei que novamente terei que tentar até que me regale esse privilégio de sua companhia” Geraldo Salgado.

Maria levou as mãos no rosto depois que leu aquelas palavras e pensou em Estevão outra vez. Pensava na conversa que haviam tido, na nova chance que ele pedia, nos sentimentos expostos. Ainda que havia confessado a si mesma que ainda o amava, não aceitava aquele amor e não tinha confessado a ele. Não queria corresponde-lo. Só pensava no passado que tinha, tão sofrido por ela apenas ter o amado. Teriam mesmo chance de reviver aquele amor?

Ela negou com cabeça se respondendo. Estar na cama com Estevão ela sabia que era quase que inevitável quando se via só com ele, a maior prova era que esperava mais um filho dele. Mas fora dela, onde a realidade vinha com tudo, como ela lidaria se um sim fosse a resposta dela para a chance que ele pedia? Passaria o resto de seus anos ao lado dele cheia de ressentimentos? Depois que provasse sua inocência não deixaria duvida que foi vítima de uma armadilha, mas seria justo Estevão começar a jurar amor a ela só naquele momento que estavam preste alcançar a verdade? Ela se levantou pensativa. Não podia esquecer que ele começava mudar radicalmente quando havia revelado que não tinha sido capaz de voltar amar que por isso, também não tinha voltado a fazer amor com outro homem que não fosse ele.

Revoltada, ela pensou que homens eram todos iguais. Amá-los demais eram um erro que ela tinha aprendido em seu momento de dor e humilhação.

Ela então ouviu batidas na porta e depois Vivian pelo vidro, interrompendo assim seus pensamentos. E Vivian entrou já dizendo.

—Vivian: Eu não paro de babar nessa sala, Maria.

Maria olhou ao redor a sala bem bonita e disse.

—Maria: Talvez possa ficar com ela quando eu ir embora.

Vivian quando a ouviu a olhou triste e disse.

—Vivian: Que, como assim? E nosso bebê? Eu quero vê-lo quando ele nascer.

Maria deu um curto sorriso, voltando para mesa e juntando alguns papeis nas mãos e disse, pensando em sua opção que ela pensava que seria a mais certa a se fazer. Que não tinha Geraldo nela, muito menos Estevão. Apenas uma vida de tranquilidade depois dela ver tudo que estava passando, superado.

—Maria: Depois que eu limpar meu nome, devo voltar para o país e a pessoa que me acolheram quando eu mais precisei, Vivian. Além do mais prometi isso a minha Estrela. Agora pegue isso, temos que deixar no fórum até ás 17h desse dia e gostaria que fizesse para mim.

Vivian pegou os papéis e disse desanimada.

—Vivian: Se regressar como pensa, o que vai fazer com Heitor e esse bebê?

Maria suspirou também tendo resposta para aquilo e a respondeu.

—Maria: Heitor poderá me visitar quando quiser e eu o farei o mesmo. Dessa vez não será como que se eu tivesse o abandonado, só vou quando tudo estiver aclarado para podermos viver em paz como mãe e filho. Enquanto esse bebê, claro que não poderei escondê-lo de Estevão por tanto tempo, quando ele nascer permitirei mesmo eu longe que ele esteja presente para que essa criança saiba quem é o pai dele diferente do que fiz com Estrela.

Ela levou a mão na barriga e sorriu agora mais alegre ao relembrar o vigor das batidas do coração do filho que ela esperava. E depois voltou a dizer, enquanto Vivian apenas a olhava.

—Maria: Hoje fiz a primeira ultrassonografia dele e ela foi gravada. Quer ver, Vivian?

Vivian assentiu dizendo, agora com um riso contido no rosto.

—Vivian: Claro que sim. Só estou triste que vai embora.

E Maria fuçando na bolsa dela, disse.

—Maria: Poderá me visitar também, Vivian. Mas não vamos pensar nisso. Ainda tenho que limpar meu nome e...

Ela se calou quando percebeu que não tinha mais o CD na bolsa dela e voltou a dizer.

—Maria: Ele estava aqui, mas não está mais. Não entendo.

Longe dali Estevão estava nervoso.

De início quando viu que o Cd tinha imagens para analisar, ele logo deduziu que era uma ultrassonografia de qualquer parte do corpo de Maria, que destacava um ponto em um espaço negro. Primeiro ele pensou que era o rim dela e nele tinha uma pedra, depois temeu que aquela pedra fosse um tumor, mas só então quando ele começou a ouvir um som de bater de um coração e um gráfico medindo as batidas foi que ele entendeu o que acontecia. Maria estava gravida e aquela ultrassom era do filho deles, o coração que batia tão forte era do bebê que esperavam. Ele tinha certeza disso. Tinha certeza que o que tinha feito quando estiveram no hotel, já há várias semanas, tinha garantido aquele bebê.

Ele então levou a mão fechada em frente a boca emocionado. Quando as imagens terminavam ele voltava apenas para ouvir aquelas batidas outra vez, que o emocionava mais, o arrepiava fazendo de seus olhos descerem lágrimas. Ele e Maria teriam outro filho.

Feliz ele decidiu ligar para o médico da família.

Sabia agora que Maria escondia aquela gravidez dele e por isso antes de dizer a ela que já sabia, queria uma análise melhor do que via, queria saber como estava seu filho, quanto tempo ela levava de gravidez que ele a olho nu não sabia dizer ainda que deduzisse. Tiraria suas dúvidas com um profissional, que assim quando o médico o atendeu, ele disse.

—Estevão: Doutor, estou te enviando as imagens de uma ultrassonografia. Quero que veja. É urgente por favor.

Ele tocou a tela do computador sorrindo como um bobo e depois procurou o contato de seu médico.


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