Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 39
Capítulo 39




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Estevão quando ouviu Maria, a expressão que ele levava no rosto mudou se avermelhando, transparecendo assim rápido uma fúria encubada e regada de ressentimentos. Que enquanto ele se desfigurava com o corpo todo tenso de frente a Maria, ela se manteve firme ali diante dele, mas em silêncio o mirando depois do que acabava de contar. Quando Luciano pela manhã havia comunicado a ela sua chegada, a alegrou e a Estrela também, mas depois, ela pensou em Estevão e como seria se os dois estivessem em algum momento frente a frente com ele levando toda aquela fúria que estampava nele.

Uma fúria que Maria sabia que Estevão não tinha fundamento reais para que ele seguisse alimentando, mas que ele nunca acreditaria que entre ela e Luciano antes de deixarem o México, não havia passado nada entre eles, que por isso, Luciano para ele seguiria sendo sempre como mais um dos seus supostos amantes. E diante disso, como não esperar um confronto entre eles? Ainda mais que do outro lado da moeda, Luciano não tinha nenhum apresso por Estevão, nem qualquer motivo para tê-lo, então era claro para ela que poderia haver um inevitável enfrentamento entre eles. 

Com a respiração irregular e narinas dilatadas, Estevão já se via em várias imagens diferentes de como cobraria as pendências que acreditava ter com Luciano, que para ele, ele havia sido um amigo traidor que não só levou com ele a mulher que amava, mas também teve todo aquele tempo a filha dele ao lado. Duas questões que ele julgava imperdoáveis...

Que assim falando grosso, ele finalmente disse algo e todo ofegante e cego de ciúmes. 

—Estevão: Então esse infeliz estará de volta! Eu quero vê-lo! Já disse muitas vezes que tenho pendências com esse maldito traidor, Maria! 

Depois de falar, Estevão andou nervoso pelo escritório e se afastando de Maria, não podendo mirá-la por também sua mente começar sabota-lo criando imagens dela com o homem que ela dizia amar. 

Maria o olhava parecendo um animal selvagem e que estava preso andando a frente dela e respirou fundo. Não temeria ele, não temeria aquela mentira que ele acreditava que por ela, ele agia como agia. Que ainda que não temesse não podia deixar de sentir indignada por vê-lo mais uma vez preso nos ressentimentos por algo que ela era inocente, ela o respondeu ficando no mesmo estado de nervos que ele estava.

—Maria: Não vai vê-lo, Estevão! Você deve ficar longe de Luciano! Longe da gente enquanto ele estiver aqui!

Depois que ela falou, ela torceu os lábios de lado e puxou o ar ofegante, enquanto Estevão ao ouvi-la, parou e bufou todo vermelho com a fala dela e disse grosso, estampando agora todo seu ciúme. 

—Estevão: Imagino que quer protegê-lo, claro ele é o homem que diz amar! Mas não, Maria, não vou fazer o que diz! Esperei 15 anos por esse momento! Aquele infeliz tem contas pendentes comigo! Ele me tirou você! Você e minha filha!

Maria soltou um riso amargo quando o ouviu e pegou o que trazia nas mãos e jogou sobre a mesa dele, tão mais alterada quanto ele, com a insanidade que ela pensava que tinha escutado vindo dele. Que então indo até ele, ela o gritou deixando evidente também seus ressentimentos.

—Maria: Está falando insanidades, Estevão! Foi você que me pediu o divórcio, me deixou na miséria, me tirou meu filho para simplesmente se vingar e sem ao menos tentar acreditar em mim! Então foi só você que nos tirou da sua vida, não Luciano, então não o culpe pelos seus erros!

Estevão fora de si, caminhou até Maria, ele então de frente com ela, a pegou pelos braços a puxando para perto dele. Os dois ofegantes se olharam refletindo nos olhos deles um poço de ressentimentos. Estevão então subiu as mãos e levou elas na cabeça de Maria, os dedos dele afundaram nos cabelos volumosos dela que estavam soltos e ela levou as mãos nos braços dele pronta para fazer com que ele deixasse de tocá-la daquela forma. Mas que assim com os rostos quase colados e ofegantes, Estevão disse.  

—Estevão: Erámos felizes! Eu te amava, você era minha vida, meu mundo, meu tudo Maria, mas você, você me traiu! Você me traiu antes que eu fizesse tudo isso que diz! Você me feriu, me trocou quando eu pensava que eu era o único homem em sua vida e que você amava!

Estevão então abalado, a soltou e virou de costa. Maria o mirou sentindo que lágrimas desceram dos olhos dela e que ela limpou rápido e com raiva. E depois disse com o corpo todo tremendo de nervoso.

—Maria: Eu não o trai, Estevão! Foi cego e continua perante a verdade que vou encontra-la para que sofra o mesmo que sofri! Mas antes que isso aconteça, não vou permitir que faça algo com o único homem que acreditou em mim e que verdadeiramente me amou!


Estevão então passou a mão no rosto e se virou para ela. Agora ele sorria, mas não era um riso feliz, a ouvia ir contra ele e defender Luciano, seguir o defendendo evidenciando aquele amor que o feria. Que então assim ele disse.

—Estevão: Ama mesmo esse infeliz, não é, para seguir o defendendo assim! Mas até esse amor que dizem sentir, vou ser capaz de destruir, Maria assim como ele fez comigo! Porque ele vai saber que voltou a ser minha, ele vai saber!

Depois de falar, Estevão pegou Maria pelos os braços outra vez e tentou beijá-la desesperado. Maria virou o rosto e empurrou levando as mãos no peito dele. Ela então nervosa deu alguns passos para trás e foi até a mesa dele, pegou a bolsa dela e a pasta que antes ele tinha dado a ela. Que quando ela fez, ela disse.

—Maria: Já chega Estevão, essa discussão não vai nos levar a nada! Então não fico um segundo mais aqui!

Quando ela mirou a porta, jogando a bolsa no ombro, Estevão mais rápido foi até a porta e botou a mão na madeira que de costas para ela enquanto respirava irregularmente, ele disse. 

—Estevão: Você não vai há nenhum lugar, Maria! Não vai!

Ele se virou para ela ficando ainda de frente para porta e ela ergueu a cabeça e disse séria. 

—Maria: Me deixe passar, Estevão!  

Estevão então a respondeu desesperado de ciúme.

—Estevão: Não! Não! Você vai estar com aquele infeliz! 

Maria respirou fundo, pensando que agora a discussão que começariam beiraria o ridículo. Estevão ali impendido que ela passasse para não estar com Luciano como seria seu compromisso ao final da tarde, era algo insano, ridículo já que ela sabia que ele logo cansaria de ficar onde estava e ela deixaria a sala.

Que então, fingindo uma falsa calma, ela disse.

—Maria: Isso o que faz é ridículo, Estevão. Sabe que não vai poder ficar o resto do dia impedindo que eu passe! Então não dificulte mais as coisas!

Eles então se miraram em silêncio. 

Estevão era ciente o quão ridículo era o que fazia, mas estava tão desesperado e tomado pelos ciúmes e despeito, que não podia medir seus atos. Para ele só era válido que Maria não podia estar com Luciano e o pior de estar, era só imaginar que ela poderia voltar também estar na cama dele. Ela não podia depois dela ter caído nos braços dele outra vez e com ele decidido a voltar a tê-la de qualquer forma.

Mas os olhares foram quebrados quando ouviram batidas na porta e em seguida a voz de Heitor nervoso chama-los. 

A breve discussão deles foi ouvida pelo andar que estavam do prédio da empresa e Heitor estava ali para tentar intervir o que fosse o que estava acontecendo entre eles, que então depois dele mexer no trinco da porta e ver que estava destrancada, ele entrou e olhou os pais e disse nervoso. 

—Heitor: O que está acontecendo? Dava para ouvi-los de minha sala!

Ele olhou Maria e depois Estevão. Estevão bufou mais nada disse, enquanto Maria sabendo que a saída dela daquela sala seria com o filho, ela caminhou até ele e disse. 

—Maria: Seu pai não me deixava sair, Heitor. Ele está fora de si, então cuide dele!

Estevão então pegou em um braço dela quando ela passou ao lado dele e disse sério e decidido agilizar o que tinha em mente, ainda que fosse por ato cego de desespero.

—Estevão: Se passar por essa porta, você vai se arrepender Maria. Vai se arrepender por ter escolhido aquele homem!

Maria o mirou em silêncio, enquanto Heitor disse pegando no braço do pai que pegava ela.

—Heitor: Que homem está falando? Solte ela pai!

Maria puxou o braço com força com Estevão a soltando descontente. Que depois que a soltou, ele disse com raiva, mirando Heitor. 

—Estevão: Deixe que ela explique que mais um dos amantes dela estará no meio de vocês. E você como meu filho, Heitor, te considerarei um traidor se ao menos eu pensar que estará junto de Luciano! 

Heitor sabendo quem era Luciano olhou Maria e Estevão arrumou a roupa do corpo e saiu da sala dele, pensando que poderia enlouquecer. Maria então ficou com Heitor, que quando ela viu que podia falar com ele sobre o que ele acabava de ouvir, disse calma, mas séria. 

—Maria: Ao contrário que seu pai diz, Luciano não é meu amante, nunca foi filho eu já disse a você. Mas ainda assim, quero lembra-lo que estou solteira, que sou uma mulher livre, portanto posso ter um relacionamento com ele ou com qualquer outro, com seu pai me acusando de traí-lo ou não. 

Heitor respirou fundo depois de ouvi-la. Sabia o que Luciano havia feito pela mãe e irmã, mas também não tinha gostado de saber agora qual era o motivo que havia deixado o pai do modo que ele havia visto, fora do controle, transtornado. 

Que então ele disse sério. 

—Heitor: Já me disse o que esse homem foi capaz de fazer pela senhora e minha irmã, mas ainda assim, senhora, nessa questão tenho só um lado, que é meu pai. Enquanto Luciano estiver aqui, eu sei que meu pai precisará de mim para ele não fazer nenhuma loucura como já estava fazendo quando cheguei. Então só me procure quando esse homem ir.

Maria suspirou temendo retroceder todos os passos que havia dado com o filho tendo Luciano presente, mas tentando entender o posicionamento dele, ela disse podendo compreender que entre um desconhecido e o pai, claro que a escolha de Heitor seria Estevão. 

—Maria: Eu o compreendo, filho e estando ao lado de Estevão evitará um possível enfrentamento dos dois, o que é que vejo que também teme. Além do mais, ele é seu pai, me surpreenderia se sua escolha fosse outra. Agora, meu querido, só te peço que não duvide em nenhum momento sobre mim e Luciano. Por favor. 

Heitor respirou fundo sentindo Maria tocar um lado do rosto dele com a mão que assim, ele a mirando nos olhos disse.

—Heitor: Se segue dizendo que não foi amante dele, como não fez o que foi acusada, juntos buscaremos todas as provas para limpar seu nome senhora. Mas agora se no passado nada passou entre ele e a senhora, agora segue o mesmo?

Maria assentiu com a cabeça se afastando e disse.

—Maria: Sim. Entre Luciano e eu, só tem uma bonita amizade. Mas antes sim confesso que tentamos ter algo quando Estrela já estava crescida, mas não, não deu certo.

Heitor enfiou as mãos nos bolsos da calça investigando Maria com o olhar e depois disse. 

—Heitor: Vou acreditar. Só não me decepcione por favor, não sei se vou suportar se isso volte a acontecer, mãe.

Maria deu um leve sorriso com ele chamando ela de mãe, leve porque ainda que era raro ouvi-lo chamando de mãe e não de senhora, a situação que estavam ali não era de muita alegria e sim de preocupações.

Momentos depois ela já voltava para o trabalho pensativa. O que seria um motivo para celebrar, estando ao lado dela no banco do carro todos os documentos que davam poder e acesso a ela nas empresas San Román para finalmente infiltrada nela chegar aos verdadeiros culpados do que foi vítima, a trazia desgosto e preocupações que ela sabia que estaria com ela o resto de seu dia. A briga que teve com Estevão, o inevitável enfrentamento que ela sabia que teria entre ele e Luciano e então a breve conversa com Heitor, a tinha tirado todo o ânimo de celebrar aquela conquista. 

Ela suspirou então pensando que em seus maiores problemas sempre haveria um homem, mas que entre qualquer um, ela era ciente que o único digno de seu amor mais sincero e preocupação era o que ela chamava de filho.

 

Quando ela chegou no trabalho séria, ela não falou nada com ninguém e se trancou na sala dela que ela dividia com Vivian. E que Vivian, tomando café fora da sala a via pela parte de vidro que era feito a parede e ouviu por trás dela, Geraldo dizer. 

—Geraldo: Estou com medo de perdê-la. 

Vivian então se virou para ele. Como Geraldo soube que Maria precisaria trabalhar menos no escritório para se dividir em dois trabalhos e ele aceito a condição dela, Vivian também sabia e sabia mais, que ela além das ações que havia herdado havia herdado também uma fortuna. 

E que já ciente de qual era a intenções de Geraldo com Maria, Vivian entendendo que a preocupação maior dele não era perder uma advogada e sim a mulher por trás da profissão, ela disse sincera. 

—Vivian: Não se perde o que nunca teve, chefinho. Mas torço para que tenha êxito no que quer com Maria. 

Ela bebeu mais do café dela e Geraldo encarou a sala com Maria de cabeça baixa na mesa enquanto trabalhava. Ele sabia que Vivian estava certa, não a tinha e tinha certeza que ela estava envolvida com o ex marido, já que ela dentro dos dias passados havia confirmado que a empresa que seria sócia, o pertencia. Estevão San Román o nome e a empresa, eram conhecidos para Geraldo e ele podia lembrar em alguns eventos sociais que já esteve no mesmo ambiente que ele. 

A tarde caiu e Estevão estava em casa. Ele chegou sentindo mal-estar, inquieto e perturbado com o fato que Maria estaria com Luciano a qualquer momento. Mas que havia raciocinado que se agisse como queria só perderia, então agiria da maneira mais ardilosa que ele pensava que tinha ao favor dele. Que para isso, ele tinha Demétrio com ele e que ele exigiu a presença dele longe das paredes das empresas San Román. E com os dois trancados no escritório, Estevão cego de rancores dava a palavra final que Demétrio precisava para garantir o êxito do que queriam.  E que Alba escutando por trás da porta, pensava que Estevão parecia ter voltado a ser quem era antes da volta de Maria. O homem que a desprezava. 

Ela riu de lábios fechados e saiu da porta depois de pensar que tinha escutado o suficiente, pegou o telefone da casa e discou um número. 

Patrícia a atendeu, que passou para Bruno e que ele soube o que tinha que fazer também pois Maria não podia regressar para as empresas San Román como na reunião breve que Estevão tinha feito com ele e Demétrio, ele soube que ela teria mais poder e acesso a tudo que nem mesmo quando foi casado com Estevão ela teve.

Conspirações de um lado e de outro, aconteciam contra Maria, enquanto ela, no meio do aeroporto internacional da capital, recebia Luciano de sorriso no rosto. Ele não tinha culpa do que estava acontecendo, ele não precisava saber do que ela temia, ele não merecia que ela mostrasse que aquela visita podia ser inoportuna e trazê-la problemas, ele merecia dela apenas coisas boas, como o amor dela que ela nunca havia sido capaz de dar a ele. 

Com eles já juntos, Luciano depois de abraçar Maria a levantou do chão e a rodou, rindo. Maria sentiu se ruborizar pela ação dele no meio das pessoas, mas que quando a soltou ele por trás dela viu com um sorriso de orelha a orelha, Estrela que os via. 

Que assim, Luciano disse, brincando com a adolescente. 

—Luciano: O que andou dando a essa menina, Maria? Parece que ela cresceu nos poucos meses que estão aqui, equivalente há um ano! 

Estrela sorriu e então correu para abraçar Luciano pela cintura, que cheia de amor ela disse. 

—Estrela: Senti tanto sua falta, Luciano. 

Luciano levou as mãos nos cabelos dela e Maria os vendo sorriu. Luciano havia sido para Estrela todos aqueles anos como um pai, a única figura masculina que conviveu com ela e que ela poderia ver assim. Que depois de vê-los juntos ela disse.

—Maria: Então vamos? 

Luciano que puxava uma mala de carrinho e tinha outra de mão, disse, começando a andar com elas. 

—Luciano: Me deixem em um hotel e depois vamos comer em um restaurante, por favor. Estou morrendo de saudade da culinária de meu país! 

Estrela depois de ouvi-lo parou então e disse.

—Estrela: Como assim hotel? Vai ficar com a gente! Não é mãe? Tem 3 quartos aonde moramos, Luciano, então nada de hotel!

Luciano sabendo em qual situação Maria estava com o filho com a imagem toda distorcida como mãe dele, ele disse.

—Luciano: Eu só não quero trazer inconvenientes.

Depois de falar ele mirou Maria dando sinal a ela que entenderia ele ter a opção de estar em um hotel e ela suspirou. O que Estrela falava era certo, mas ela havia pensado em Heitor também assim como entendeu que Luciano fazia, mas que ainda assim arriscando não negar a estadia a ele, ela disse. 

—Maria: Eu creio que não terá inconveniente, estaremos os 3 juntos, não? Então será um prazer tê-lo com a gente, Luciano. 

Estrela sorriu animada e Luciano pegou em uma mão de Maria e acariciou a olhando nos olhos. Trazia perguntas com aquela visita, além de preocupações com ela e que ele agora pensava que poderiam ser esclarecidas. 




Longe dali já com a noite caída. Estevão saiu da Mansão San Román. Ele saiu antes do jantar preocupando Alba e Heitor que enquanto soubesse que o amigo da mãe dele estivesse entre eles, queria estar pendente apenas dele.

Mais tarde em um bar, por mais de uma hora, Estevão bebia virando um copo atrás do outro. De um lado que ele estava, ele podia ouvir músicas que vinha de qualquer canto do bar que ele estava e que elas narravam assim em cada letra a desgraça que vivia em relação ao amor, enquanto do outro lado, ele via mais homens parecidos com ele trajado formalmente e claramente ricos, parecer sofrerem do mesmo mal que ele, quando sentavam na mesa do bar e pediam todas doses de álcool que poderiam tomar.

E era apenas 21:00 da noite quando ele já falando embriagado, pediu ao barman outro copo dizendo. 

—Estevão: Manda, manda mais que hoje eu preciso voltar para casa anestesiado dessa dor que me consome, especialmente hoje, que a mulher que amo vai estar m outros braços que não serão os meus.

Ele bateu o copo na mesa e o barman encheu com uma garrafa de uísque o copo dele. 

 

Enquanto longe dali. 

Maria junto com Estrela e Luciano, deixavam o restaurante que tinham ido jantar juntos. Todo o tempo, Maria temeu ver Estevão. Afinal, ela o conhecia e sabia como ele cego como estava poderia ser levado a fazer. Que assim, no estacionamento do restaurante, ela sentiu Luciano alisar as costas dela, enquanto caminhavam com Estrela mais atrás deles. 

—Luciano: Esteve tensa o jantar todo, Maria. O que está acontecendo?

Maria parou virando para ele e suspirou. Estava acontecendo tantas coisas que ele não sabia e que ainda não puderam falar por ainda terem Estrela entre eles, que entre as coisas, a maior era o medo dela de ver ele e Estevão se enfrentando. Que então, ela expos baixo o que pensava.

—Maria: Sabe que Estevão pensa que fomos amantes, então para ele existe um acerto de contas pendente entre vocês, Luciano e é isso que me deixa apreensiva, mas não só isso.

Ela tocou os cabelos agora desviando os olhos dos deles e Luciano suspirou pensativo. E depois fazendo com o que ela o olhasse, ele disse.

—Luciano: Deixe que ele venha, Maria. Eu também gostaria de ter eu mesmo o meu acerto com ele.

E momentos depois, com ele dirigindo o carro de Maria, voltavam para o apartamento.

 

Agora ainda mais apreensiva, Maria entrou no apartamento dela com Luciano presente e a filha. As horas estavam passando e ela sabia que em algum momento Luciano e ela teriam a conversa que precisavam e sobre tudo que envolvia a volta dela também.

E depois de Estrela entrar no quarto dela e lembrar de algo que temia, ela voltou correndo para sala mais branca que um papel pegando Maria e Luciano já cochichando no meio da sala. 

—Estrela: Mãe! Hoje é sexta, amanhã vou ser obrigada ir para casa de Estevão também? Diz que não! 

Maria arregalou os olhos, havia esquecido daquele detalhe. Estevão estaria na porta dela na manhã seguinte, exigindo a filha e Luciano também estaria presente. Ela então sentou devagar no sofá levando a mão na testa, depois de sentir uma leve fraqueza nas pernas. 

Daquela vez, Estrela teria sim que ir com Estevão por saber que não deixando ela ir só a prejudicaria. Que assim ela disse, depois que mirou a filha.

—Maria: Sabe que sim. E dessa vez Estrela não poderá repetir o que fez. 

Estrela então ficou toda vermelha e olhou Luciano e disse revoltada. 

—Estrela: Está vendo? Está vendo Luciano o que estou sendo obrigada passar? Eu odeio esse lugar! Eu odeio morar aqui! Odeio! Odeio! 

Ela saiu batendo o pé indo assim de volta ao quarto e Maria e Luciano em seguida ouviram o bater da porta dela da sala. Que Luciano surpreso, por nunca ter visto Estrela gritar como fez e agir daquele modo, disse. 

—Luciano: O que é isso Maria que acaba de acontecer aqui? Eu não reconheci Estrela. 

Maria respirou fundo jogando a cabeça para trás, fechou os olhos e depois sentiu Luciano sentar do lado dela lhe pegando na mão. Que então depois de mira-lo, ela disse. 

—Maria: Estrela desde que cheguei pede para voltarmos para Londres e agora com a garantia dos direitos de Estevão como pai, ela está agindo assim, totalmente rebelde, Luciano. E eu não posso fazer nada, nada, porque não estou disposta abandonar Heitor outra vez e nem de perdê-la, porque sabe que corro o risco de perdê-la se sigo descumprindo a ordem do juiz. 

Angustiada Maria suspirou quase chorando frustrada. Estava entre a cruz e espada como mãe, desde do início havia entendido que estava naquela condição, quando percebeu que tinha tirado Estrela de toda vida cômoda que haviam vivido em Londres, para trazê-la onde agora viviam e ela claramente odiava. Na conclusão do que passava, ela estava cada vez mais ciente que para recuperar um filho, ela corria o risco de perder outro. 

Luciano então tocou no rosto dela e disse. 

—Luciano: Para mudar essa situação sabe o que tem que fazer, Maria. Agora já tem as armas que precisávamos.

Ele acariciou com o dedão a acariciou na bochecha sem tirar a mão do rosto dela e Maria assentiu com a cabeça, pelo menos tinha aquela arma em favor dela em meio de tanta que guerra.

—Maria: Pelo menos aquele infeliz do Evandro Maldonado, me serviu de algo, agora sim estou a poucos passos da verdade do que me fizeram e o porquê!

Luciano ficou a olhando em silêncio, ainda com a mão onde estava. Os olhos dele, deixou de mira-la nos dela e depois Maria buscou eles que a olhavam na boca, ela então subiu o olhar ele fez o mesmo e depois ela disse baixo. 

—Maria: Luciano, precisamos conversar.

Ela sabia ainda que não devesse explicações a Luciano que não poderia esconder dele que entre ela e Estevão passava algo mais que as brigas que tinham. Amigos eram sinceros um com o outro e ela queria ser com ele. 

Mas que não querendo ouvi-la aquele momento, Luciano aproximou mais o seu rosto do dela e disse. 

—Luciano: Não vamos conversar agora, Maria. Antes só me deixe fazer o que desejei desde que voltei a vê-la. Por favor…

Ele então tomou os lábios dela devagar. Maria fechou os olhos deixando ser beijada por ele. Enquanto a boca dele começou a tomar a dela e lhe pedindo espaço, ela pensou em Estevão e nos beijos que já tinham compartilhado. E para ela aqueles beijos eram completamente diferentes. Eram homens diferentes, um delicado que dizia que a amava e a tratava com carinho, o outro era rude e deixava claro todo o momento seus ressentimentos ainda que tivesse jurado amá-la um dia. 

O beijo seguiu com ela tentando entender o que mais gostava, o que mais lhe atraía e o que desejava que fosse sua debilidade.

Com o beijo ainda seguindo, o interfone de Maria tocou alto o que fez ela e Luciano se afastarem ao ouvir o som. 

Ela então tocou com uma mão os cabelos, a outra levou na boca e o interfone tocou mais uma vez ela então deixou Luciano e se levantou para atender.

E então quando Maria ouviu o porteiro do condomínio falar, ela sentiu o coração acelerar e suas mãos tremerem. Estevão estava na portaria alterado a chamando e pelo que ela entendia, estava embriagado também.

Ela então desligou o interfone quando disse que resolveria aquela questão pessoalmente e olhou Luciano que estava a olhando da sala.

Que vendo ela pálida, ele disse.

—Luciano: Era seu porteiro, não era? O que aconteceu?

Maria então suspirou nervosa e andou até ele, dizendo.

—Maria: Estevão está lá embaixo Luciano. Tenho que descer, antes que ele faça um escândalo a essa hora da noite ou até uma loucura.

Luciano então pensando que daquela vez podia estar com Maria em relação a Estevão, disse de corpo tenso.

—Luciano: Então vou com você. Agora ele tem que saber que não está sozinha, que estou aqui com você e Estrela, Maria!

Maria então temendo mais ainda o que ela queria tardar, disse.

—Maria: Não, por Deus Luciano, ele está me chamando. Irei, tentarei acalma-lo e farei com que ele vá embora. Se desce tudo pode ser pior.

Luciano então suspirou e disse, ainda que descontente.

—Luciano: Está bem, Maria. Mas se demorar demais, eu descerei.

Maria assentiu com a cabeça e olhando para o lado dos quartos ela disse.

—Maria: Só não deixa ela saber que ele estar aqui.

 Luciano entendeu de quem Maria falava e a viu logo depois abrir a porta do apartamento e passar por ela.


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