Falso amor escrita por EllaRuffo


Capítulo 37
Capítulo 37




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Maria torceu o lábio por ter Estevão em sua porta e falando como falava, que descontente ela tentou fechar a porta segundos depois. Estevão ao notar a ação dela, meteu o pé pra dentro do apartamento e segurou a porta com a mão, então a ação seguinte dele, foi ele dentro do apartamento e batendo a porta atrás dele. 



Maria então se afastou da porta o olhando feio, que como tinha a bolsa entre os braços ela os cruzou de frente ao seu peito e um gesto de proteção e então disse, nervosa pela ação dele. 



—Maria: Se não deixar meu apartamento agora mesmo, chamo a polícia Estevão! O que faz outra vez, é invasão, não te convidei para entrar, então saia!



Estevão, fez que não com a cabeça e depois com o dedo indicador e disse nervoso como ela. 

 

—Estevão: Eu disse que temos que conversar e daqui não saio, Maria!

 

Maria bufou, ergueu a cabeça empinando o nariz e torcendo o lábio logo em seguida, ela jogou a bolsa dela no sofá ao lado deles e caminhou em passos largos até o interfone do apartamento. 

 

Estevão entendeu o que ela queria fazer  e então disse, o que era um dos assuntos que o trouxe ali. 



— Estevão: Nessa manhã mesmo, Demétrio está indo notificar ao juiz o descumprimento da ordem dele, Maria. Então é por isso que estou aqui, para que possamos resolver essa questão sem mais guerras! Quero minha filha e não abro mão disso, que para tê-la, sou capaz de tudo! Então vamos sentar e chegar a um acordo que seja bom para ambos, hum. 



Ele mexeu na gravata vermelha que ele usava antes dele mesmo se sentar em um dos sofá de Maria enquanto ela já tinha o telefone do interfone na mão, o que fez ela bater com ele de volta o colocando no lugar e se virar com raiva para mirar Estevão, depois de ouvi-lo. 

 

Ela poderia imaginar de que acordo que Estevão poderia falar, por ela lembrar de um que ele propôs a ela que nem morta, ela pensava que faria o que ele havia proposto quando estiveram a caminho da casa de Evandro quando foram em vão tentar confrontá-lo.

 

Ela então andou batendo os pés com saltos neles no chão para ir até Estevão que quando esteve na frente dele, ela parou e disse, de braços cruzados outra vez. 



—Maria: Sei de que acordo pode voltar a falar Estevão e não tenho interesse nele! Minha filha não te quer e não te aceita como pai e você devia respeitá-la, porque viu que por sua culpa ela se pôs em perigo fugindo de casa! 



Estevão a encarou sério depois ouvi-la. Esteve pensando o final de semana todo naquela ação de Estrela, que como pai ele também entendia que aquilo não podia se repetir por ter sido grave. Estrela sozinha pela cidade sem conhecer era uma situação deles como pais, para se preocupar e temer que se repetisse, que por isso ele só pensou na proposta que ainda tinha dentro dele, que se Maria não aceitasse, ele ainda poderia seguir naquela guerra com ela, mas não muito limpa pelas ações que Demétrio poderia em juízo fazer para ele ganhar a guarda definitiva de Estrela e assim fazer ele conseguir o que queria. 

 

Que por isso, ele disse depois querendo dar uma opção a ela, a que ele pensava que facilitaria as coisas para ambos . 

 

— Estevão: Então me ouça Maria, se sabe do que vou voltar a propor entenderá que esse será o caminho mais fácil para todos nós, até para nossa menina, que não precisará aprontar o que fez, te colocando aflita, hum. Então sente-se, vamos conversar, por favor. 



Ele respirou fundo depois de pedir por favor e Maria virou a cara quando o viu depois de falar, tocar ao lado dele no sofá, a chamando assim pra sentar ao lado dele. Ela depois voltou olha-lo, se era só uma conversa que ele queria ter mesmo que para a resposta do que ela sabia que ele ia voltar propor, seria a mesma, ela suspirou e disse, para ser mais breve possível com o que iam falar. 



—Maria: Está bem Estevão, vamos ter essa conversa, mas minha resposta seguirá a mesma e ela terá que ser breve, já que eu ainda trabalho hoje!

 

Estevão deu um sorrisinho, mas não foi de felicidade ao pensar no chefe que Maria tinha e disse, incomodado com o homem que ele estava certo que a queria depois das cenas que ele presenciou no bar e a conversa dela com Vivian que ele havia escutado. 

 

—Estevão: Pensei que agora que está milionária deixaria de trabalhar. 

 

Maria sentou no mesmo sofá que Estevão estava, mas na ponta e distante dele com as pernas juntas e de lado, colocando depois a bolsa que tinha deixado nele no colo dela, que depois que se ajeitou ela o respondeu. 

 

—Maria: Pensou errado, Estevão. Porque vou seguir trabalhando na firma de Geraldo Salgado como nas empresas San Roman, porque o prazo que dei para tomar posse de minhas ações começa essa semana! 



Estevão cruzou as pernas e puxou o ar do peito com as questões que ela havia falado. Sobre as ações que ela tomaria posse, ele ainda tinha que se reunir em uma reunião do conselho e comunicar a chegada dela como sócia, tinha que rever os valores das ações que ele sabia que só ficava atrás das dele, tinha também que reservar uma sala a ela nas empresas, tantas coisas, que ele não sabia o que sentia ao pensar em tais questões. Teria Maria novamente nas empresas San Roman, mas agora em uma circunstância que não o agradava. Não tinha como agrada-lo, com ela deixando claro o que ia fazer nas empresas e depois do passado que houve também com eles e ainda tê-la herdeira de Evandro, que tudo isso fazia ele se sentir dividido entre tantas questão. Mas também, a teria com ele por mais tempo, a teria debaixo de seus olhos toda a semana e manhãs, como já não tinha por 15 anos e para ele, era muito melhor ter ela em algumas horas de um dia ainda que seguindo em guerra, do que não tê-la e era ainda mais melhor, tê-la nas empresas San Roman do que na Firma de Advogados de Geraldo Salgado.



Que assim ele disse sem se impor com o que ela voltava cobrar como fez na última vez que foi vê-lo nas empresas San Román . 

 

—Estevão: Terá todos seus direitos como sócia, só me dê tempo, Maria. Mas não vamos falar de trabalho, hum, e sim de nossa filha. 



Maria suspirou o encarando e então ela o respondeu descontente. 

 

—Maria: Minha resposta ainda é não!

 

Estevão sorriu de lábios fechados, ainda que a via seguir relutante, não desistiria do que queria. Tinha cartas na manga e usaria a que fosse mais conveniente pra não ter só Estrela mas também ela. Que assim ele disse.

 

—Estevão: Pense bem, Maria. Se aceita regressar a minha casa e casada comigo, os dois sairão ganhando. Você terá Heitor mais vezes nos seus dias morando conosco e eu Estrela. 

 

Maria riu de nervoso ao ouvir aquele absurdo outra vez e o mirou sabendo que a intenção dele com aquela proposta não vinha só pelo pai que queria a filha, por ela vim com um pedido descarado de casamento. 



Que por isso ela disse, brava. 



 -Maria: Você não me engana Estevão. Por que essa sua proposta tem que vim com casamento? Não! Minha resposta segue sendo essa! Nunca mais volto unir minha vida com a sua! 



Ela se levantou nervosa e Estevão com a evidente rejeição dela, também se levantou e disse, bravo. 

 

—Estevão: É isso ou vai perder Estrela, Maria! Porque não irei medir esforços para tê-la aonde é o lugar dela, ela querendo ou não!



Maria então se exaltando o gritou. 

 

—Maria: Você é um desgraçado, Estevão! Viu o que ela foi capaz de fazer para não passar uma noite em sua maldita casa e ainda segue ameaçando tirá-la de mim? Não vê que só vai prejudicá-la mais? 

 

Estevão então a respondeu nervoso como ela. 

 

—Estevão: Você que não está vendo Maria! Estou te dando uma solução mais simples que é todos nós no mesmo lugar, mas não quer! Então vai ser dessa forma brigando de frente a um juiz e que já está começando perder! É advogada já deve perceber que está ficando em desvantagem Maria, só não assume. 



Maria ergueu a cabeça reconhecendo que de fato poderia sair perdendo se Estevão seguisse disposto a lutar pela guarda de Estrela. Poderia perder pelas próprias ações da menina que cairia sobre ela a imagem de mãe irresponsável ao ver de um juiz, mas ainda assim também teria muita coisa ao favor dela, que ela pensava que valeria a pena lutar se Estevão quisesse levar a briga pela guarda dela adiante. Que então ela o respondeu o desafiando. 



— Maria: No passado conseguiu fácil e sem eu ter a chance de lutar a guarda de Heitor, porque eu não tinha onde cair morta, Estevão mas 15 anos passou e muita coisa mudou, inclusive minha conta bancária que graças ao desgraçado do Evandro também, ela está muito mais alta! Agora eu me igualo a você querido, que se quiser usar seu maldito dinheiro contra mim e ao seu favor, eu também tenho o meu ao meu!



Estevão bufou todo vermelho ao ouvi-la. Estava ciente que agora por Maria ter tanto dinheiro quanto ele, a deixava mais em vantagem em relação a segurança e o conforto de Estrela que uma briga judicial pela guarda de Estrela ele sabia que ia contar muito, Demétrio o tinha alertado sobre aquilo, mas que ainda assim, ele estava disposto usar todo seus recursos para ter o que queria. 



Que por isso ele a respondeu. 



— Estevão: Então prefere arriscar perder sua filha para mim, do que deixar de orgulho e vivermos todos juntos, Maria? Diz que ama Heitor que voltou para recuperá-lo mas não é capaz de fazer o que proponho e ainda coloca em risco a tutela que têm de Estrela! Bravo, Maria, poderia tornar isso mais fácil, mas não quer!



Maria o olhou agora com ódio e rancor de entender o que ele fazia, a colocando ali com a fala dele, como uma mãe egoísta que estava pensando apenas nela, que por isso ela foi pra cima dele dizendo, com toda raiva que tinha. 



—Maria: Não ousa colocar meus filhos e meu amor por eles, contra mim e a favor dessa sua jogada suja para me ter em suas mãos Estevão, seu desgraçado covarde!

 

Ela bateu nele no peito mais de uma vez e ele a segurou nos braços e disse grosso. 



—Estevão: Por que não aceita de uma vez o que proponho, Maria?!

 

Maria se sacudiu puxando os braços e o respondeu gritando. 

 

—Maria: Não, eu já disse que não! Me solte! 



Estevão a puxou de volta pra ele quando ela fez mais força pra sair. Ele a puxou pela cintura colando os corpos e disse, a olhando nos olhos.  





—Estevão: Por que não aceita, hum? Na cama estamos nos dando bem, sabe disso, esse nosso casamento também será vantajoso para nós dois nesse aspecto. 

 

Ele desceu a mão nas costas dela alisando ela, enquanto a outra mão dele seguia segurando ela por um braço.  Enquanto Maria, ficou toda vermelha cada vez mais ciente do que ele também queria, que era ela na cama dele. Que assim ela disse.



—Maria: Desgraçado, é por isso que também me faz essa proposta! Me quer em sua cama e presa a você com esse maldito casamento! Mas não, Estevão! Eu disse que não! Me solte já!



Ela se sacudiu com mais fúria, mas Estevão a segurou mais firme, subindo as mãos nos braços dela e a fez olha-lo e disse bravo e a mirando nos olhos.

 

— Estevão: Eu te perdi uma vez, deixei que fosse de minha vida, mas agora não vou deixar que além de querer minha filha que tirou de mim, eu também a quero Maria, eu quero você, desgraçadamente eu ainda quero você!



Não houve tempo de Maria raciocinar com as palavras de Estevão por ele buscar a boca dela para beijar. Maria relutou, se sacudiu e mordeu os lábios de Estevão quando o sentiu nos seus. O sangue da boca dele foi sentido na boca de ambos, mas ele não recuou a prendeu mais firme nos braços e andou com ela de volta para o sofá. 

 

Maria sentiu o sofá atrás dela e foi empurrada pelo corpo de Estevão para sentar nele. Ela então respirou quase sem ar o vendo em pé em frente a ela e olhou dos lados para ver se tinha algo que pudesse afastá-lo. 

 

Quando ela achou um objeto ao lado do sofá em um móvel e fez o movimento de pegá-lo, ela sentiu as mãos de Estevão nas pernas dela e parou. Ele tinha se ajoelhado entre elas e a olhando, ele disse. 

 

— Estevão: Estou morrendo para tê-la mais uma vez Maria. Mas antes, quero sentir seu gosto, querida. 

 

Ele beijou uma perna dela por cima da calça que ela usava e levou a mão a frente dela procurando o zíper. 

 

Maria então ofegou, pegou na mão dele e disse em um tom sofrido. 

 

— Maria: De novo não, Estevão. Não devemos seguir com isso. 

 

Estevão a olhando com ela segurando a mão a dele, moveu ela e a apalpou entre as pernas. Maria se mexeu no sofá abrindo a boca em um gemido silencioso e ele disse. 



—Estevão: Tem certeza que não vai querer? Sei que como eu, desfrutou muito das vezes que estivemos juntos e ainda mais naquele hotel, Maria e está mais do que na hora de repetirmos o que houve lá. 

 

Maria tirou a mão de cima da de Estevão e cravou os dedos no couro do sofá, em silêncio ela viu ele descer o zíper da calça dela e quando Estevão teve a visão da calcinha branca em renda transparente que ela usava, ele fez um som com a boca de puro tesão e depois procurou olhá-la outra vez.  



Que ofegante, Maria mordeu os lábios incapaz de dar a ele a resposta que agora ao invés do não era o sim, o sim que ela também o queria naquela manhã e ali mesmo no sofá, para assim, ele seguir fazendo o que fazia. 

 

Que não precisando de mais de que o corpo de Maria se entregando a ele, Estevão fez o movimento de descer a calça dela depois de abri-la. Ela facilitou para ele a retirada da calça erguendo o corpo e depois fazendo o mesmo quando a calcinha foi tirada.

 

Estevão então rápido abriu as pernas dela, beijou uma, lambeu e foi subindo a boca. Maria fechou os olhos e levou a mão na cabeça dele e foi então que ela sentiu a boca dele tomando o sexo dela. 

 

Ela baixou a cabeça olhando ali ele com o rosto enterrado entre as pernas dela, e ela ergueu um braço e tocou atrás as costas do sofá, descendo em seguida mais o corpo abrindo assim mais as pernas. E ela soube que já não tinha volta atrás para ela, já estava entregue e insana para o que Estevão fazia. 



Estevão gemeu, chupando Maria. Ele sugava o clitóris dela de olhos fechados, e ficou assim entre movendo a língua nele e o sugando até que viu Maria se contorcer no sofá e gritar  quando gozou. 

 

Ele então se afastou e levou a mão na gravata para tirá-la cheio de  tesão e pressa. Maria viu ele se atrapalhar e começar tirar o terno que ele usava por cima da camisa para depois tirar a gravata. 

Enquanto ele lutava para se despir ela decidia que ficaria com a blusa social que usava estampada, no corpo para tentar manter assim sua dignidade ou pensar que mantinha, toda certa que faria sexo com Estevão, um sexo rápido e o mandaria embora depois dele. 



Que assim com ele voltando pra ela, com o terno no chão e a gravata, abrindo um pacote de preservativo na boca, ela entendeu que por ele ter tirado do bolso o que abria, ele já tinha aquela intenção ao estar ali. 

 

O que poderia fazê-la fechar as pernas aquele momento, recusá-lo, já que estaria novamente dormindo com um inimigo. Era isso que Estevão era pra ela. Não era amigo, não era amor, era um ex que a odiava, mas que como ela também o desejava, ele a desejava. 



Era o inferno deles aquele desejo, aquela situação. Era como um karma, o castigo de ambos, que não conseguiam fugir do que ainda sentiam. 



Maria voltou pra sala quando Estevão a penetrou. Ela o olhou nos olhos sentindo ele todo dentro dela e mordeu os lábios apertando ele nos dentes enlouquecendo Estevão que a olhava. Ele tinha um joelho sobre o sofá e outra de sua perna fora dele, naquela posição ele se debruçou para penetrá-la, e assim a mirava nos olhos com todo desejo que tinha. 



E então ele começou se mover. Sem quebrar o contato dos olhos ele levou as mãos na parede, com elas abertas ele se apoiou nela enquanto seu quadril começou se mover para dentro e fora de Maria. Ela agarrou na blusa dele, segurou nelas com desejo e baixou a cabeça vendo assim a união dos corpos quase proibida mas mais irresistível exatamente por isso e gemeu. 

 

Ela não devia se entregar a ele, mas mais uma vez se entregava e sentia tanto prazer ou mais como da primeira vez que havia se entregado aquele estúpido desejo, que ela pensava que o que a conformava era que não estava nele sozinho, que Estevão investindo nela como um desesperado estava tão entregue como ela. 




Que seguindo com os movimentos dele, ele desceu a mão e tocou a estimulando no clitóris e Maria gemeu mais apertando um dos seios sobre a blusa que usava. Estevão então a puxou para os braços dele e em seguida sentou com ela em cima dele e disse, erguendo a blusa dela. 



—Estevão: Tira isso minha querida, tira. 



Ele a beijou depois de falar tentando subir blusa dela, mas Maria retirou as mãos dele nela, virou a cabeça quebrando o beijo e disse, ofegante. 



—Maria: Não, não, Estevão, só vamos terminar logo isso.



Como não o tinha dentro dela mais, ela tateou ele até encontrar o que queria e se penetrou agora montando nele. Estevão segurou na cintura dela e deixou que ela fizesse os movimentos que começava a fazer, enquanto ela tinha as mãos ao lado da cabeça dele segurando o couro do sofá. 

 

Estevão respirava irregular sentia prazer mas não tinha gostado das palavras dela, da pressa que ele entendeu que ela tinha de terminar. Sentiu impotência como que estivesse falhando aquele momento onde mais doía nele, que era como um homem que não foi capaz de satisfazê-la quando foram casados. Que assim, ele a segurou firme e mirou a televisão a frente deles que servia como espelho que refletia o que faziam e ele teve outras imagens, de repente não sendo mais ele ali com ela. 

 

Ele então apertou os olhos fortes os fechando, querendo despertar o que sua mente criava, que Maria depois de gozar outra vez e parar com os movimentos, fez ele olhar nos olhos dela.  Os cabelos dela grudados na testa, a respiração ofegante e o rosto corado, mostrava a ele uma mulher satisfeita aquele momento, que então ele tocou nos cabelos dela, tocou devagar de um lado deles e disse. 



—Estevão: Será que te fiz feliz como mulher, ao menos uma vez quando fomos casados, Maria? Hum?

 

Ele fechou os olhos tomando os lábios dela em um beijo rápido e voltou olhá-la.

 

Que não desejando falar do passado que para Maria tudo que viveu de feliz com Estevão havia sido uma ilusão, tudo falso ela apenas disse. 



—Maria: Se veste e vai embora Estevão, a festa acabou. 



Ela então fez o movimento de sair e ele a segurou dizendo, indignado. 



—Estevão: Por que sempre que terminamos é fria? Será que não posso ser digno de um pouco de seu afeto, Maria? Não posso ter uma migalha de seu carinho, de sua atenção?



Maria molhou a ponta dos lábios com a língua, toda nervosa. Não acreditava que Estevão estava lhe fazendo aquele tipo de cobrança, não depois do que ele havia sido capaz de fazer por não acreditar nela. Que por isso ela disse. 

 

—Maria: Um dia teve o que me cobra Estevão. Mas jogou fora, então não tem o valor nem a moral de cobrar qualquer sentimento ou afeto meu, que não seja o que acabamos ter . 



Ela então saiu com ele deixando ela ir, que a mirando ele disse algo que passava em sua mente. 



—Estevão: Se realmente me amou e é inocente em tudo que diz, Maria. O que sou pra você?



Maria sorriu mas de lábios fechados, por não ser de felicidade e sim um riso que substituia as lágrimas dela. Que então, lembrando da conversa que tiveram no hotel, ela disse. 



—Maria: Você é mais um vilão do que eu acreditei que era meu conto de fadas, Estevão. 

 

Ela pegou a calça dela também a calcinha para não deixar ali e saiu da visão de Estevão, que ele como estava depois de ouvi-la, olhou para o teto jogando a cabeça pra trás e respirou fundo. 



Se estivesse errado no julgamento que havia feito, ele sabia que nunca teria o perdão de Maria. Sabia e que por isso, por 15 anos passou ele justificando tudo que havia feito para não ter que lidar com o peso na consciência que sentia só uma pequena parte dela aquele momento.

 

Que espantando o que agora também passava em sua mente, ele olhou pra baixo seu corpo seminu. 



Ele então notou que não havia gozado. O que havia passado no último segundo na mente dele, havia tirado dele aquele prazer. Que assim se levantando precisando de um banheiro, ele subiu a calça e procurou pelo apartamento de Maria o banheiro social e entrou nele enquanto ela estava trancada no quarto dela. 





Em alguns minutos Estevão fez sua higiene no banheiro de Maria, buscou sua gravata e pôs junto ao terno e já arrumado como tinha chegado e mirando a hora no relógio que tinha no pulso e que marcava mais de 9 horas da manhã, ele saiu e bateu na porta do quarto dela. 




—Estevão: Não vai sair daí de dentro, Maria? Não pode ser assim toda vez que isso acontecer. Não pode me evitar toda vez que transamos. 

 

Ele bateu mais uma vez. Maria do quarto dela, já tinha se vestido com outra roupa para sair como pretendia quando Estevão havia chegado, mas queria fazer voltar a tentar aquilo com ele longe, ainda mais depois da conversa que ele havia abordado, cutucando como só ele conseguia fazer,a ferida dela.



Que por isso ela apenas disse, da cama dela. 



—Maria: Só vai embora Estevão. 



Estevão suspirou da porta e depois disse. 

 

—Estevão: Ainda nos veremos durante a semana, Maria. Não tem como evitar, depois do seu regresso nossos caminhos estão sempre se cruzando, seja por nossos filhos ou não querida. 



Ele então se afastou e andou tomando o corredor, no meio do caminho sentiu sede, que por isso ele olhou do lado que daria a cozinha e foi até ela. 



Estevão olhou tudo agora com mais atenção do que antes esteve ali, procurou um copo e quando achou parou a frente da geladeira inox, vendo nela algumas fotos que chamou atenção nela. Tinha uma grudada que era Maria e Estrela de rostos colados e sorrindo, Estevão sorriu vendo, outra era uma menina pequena e loira sobre uma bicicleta rosa, outro sorriso saiu da boca dele, sabendo que era Estrela aquela menina e então ele subiu os olhos, pondo o copo para encher no filtro que havia na porta mesmo da geladeira e então ele leu um bilhete que tinha uma data e o nome de Estrela, ele então encarou e percebeu o que era, que tirando o celular do bolso, ele tirou uma foto daquele bilhete e aproveitou também para tirar foto das duas fotos que tinha visto e depois tomou da água gelada que havia pego que quando fez, ele saiu da cozinha e parou no meio da sala observando com atenção o ambiente. 



Então ele ouviu a voz de Heitor na mente dele que dizia que aquele apartamento, era tão Maria e a filha deles que era impossível pensar que teria mais alguém nele que não fosse só elas. Que de fato ele concordava que aquele lugar era tão só elas duas. 



 

 

Sacudindo a cabeça. Estevão saiu então do apartamento, que quando ouviu o barulho da porta, Maria depois saiu do quarto devagar, quando fez ela andou até sala e olhou o sofá e então ela sentiu os olhos arderem em lágrimas.

 

Que então sentando na poltrona ela se encolheu nela e chorou de verdade e saber como seguiria com seu dia que estava apenas começando. Ela chorava arrependida, chorava sem entender porque seguia não tendo forças para resistir Estevão e chorava por entender mais uma vez que ele deixava claro que não acreditaria que realmente ela o tinha amado. A falsa traição e o roubo que a fizeram de culpada a Estevão, para ele tinha enterrado qualquer verdade do que um dia ela sentiu por ele.  




Estevão dirigia para as empresas San Román. 

 

Não gostava de se sentir como estava sentindo ao deixar o apartamento de Maria, que era o temor que apenas ele havia cometido um erro na história que havia vivido com ela.  Que parado no trânsito ele fechou os olhos e reviveu um momento.




Flashback



 

—Estevão: Maria nunca mais voltará a pisar nessa casa e nem ver o filho dela, tia. Nunca mais! 



Na sala de estar com as portas fechadas e Alba junto com ele, Estevão falava de frente para uma lareira que ele queimava fotos que trazia recordações a ele de Maria. 



Uma garrafa já pela metade de conhaque e um copo estavam no chão ao lado dele e ele então abriu o álbum de casamento com mais de 100 fotos da cerimônia e a festa. Estevão então pegou ele e o lançou no fogo. A capa grossa do álbum começou ser consumida pelo fogo e ele ficou olhando, ficou olhando se sentindo desesperado ao vê-lo ser tomado pelas chamas como outras fotos foram. Estava ali em cada click o dia mais feliz que ele pensava que havia vivido ao lado da mulher que amou que por isso com lágrimas já tomando seu rosto ele não aguentou e retirou o álbum do fogo. Alba olhou ele pisar no álbum para conter as chamas e correu até ele. 



—Alba: Vai se queimar Estevão ou tacar fogo na casa desse jeito! 

 

Depois de apagar o fogo do álbum ao abrir, Estevão viu que poucas fotos podiam ser salvas que por isso, ele retirou do álbum as que ele viu intacta e foi jogando do lado ignorando a presença de Alba, que quando fez, ele lançou o álbum de novo ao fogo e mirou as fotos espalhadas no chão. Maria de noiva sozinha era algumas que tinha ali, mas também tinha dos dois se beijando depois do sim dado ao padre . 

 

Ele então pegou a garrafa de bebida e ficou de pé, cambaleou bêbado mas se apoiou na parede, mirou Alba e então disse. 




—Estevão: Maria foi a mulher que mais amei nessa vida e será a última Tia, nunca mais vou voltar a me entregar a esse maldito amor como me entreguei a ela! Nunca mais!



Fim de flashback

 

O som de buzinas alertou Estevão que ele tinha ficado mais do que devia parado com o carro e então ele acelerou pra chegar logo ao seu destino. 





O dia começava passar. E pela tarde, Maria estava tendo uma conversa franca com Geraldo dentro da sala dele.

 

Como chefe dela, ainda que ela quisesse seguir representando a Firma dele, ela sabia que a carga horária dela no escritório dele seria diminuída por ela também precisar estar nas empresas San Román quando tomasse posse das ações. 



Que então depois de ouvi-la, decidido não perdê-la como funcionária e mais que aquilo, Geraldo antes de dizer a ela a decisão que tomava, perguntou. 



—Geraldo: Antes que eu diga Maria a minha decisão sobre o que me pede. Só me responda se quiser a pergunta que vou fazer, Estevão San Román é o presidente das empresas San Román, e é ele também o seu ex marido? 



Sem entender aquela pergunta pessoal quando falava de trabalho vindo de Geraldo, Maria o mirou buscando uma explicação dele. Lembrava da sexta-feira a noite no restaurante bar que foram, quando ele deixou seu lado chefe e demonstrou o interesse que tinha por ela como homem, que por aquele momento ela pensava que era o homem falando com ela, que para o fim das dúvidas que tinha, ela respondeu ele com outra pergunta. 

 

—Maria: Quer saber isso como meu chefe ou como homem, Geraldo?




Sentado por trás de sua mesa Geraldo com Maria sentada à frente dele, a respondeu. 



—Geraldo: Como homem, Maria. Estou curioso e se não for muito invasivo para você, gostaria da resposta, porque eu realmente estou interessado em você. 



Maria suspirou também lembrando que havia dito a ele que não estava a procura de um relacionamento . Que então ela disse. 



—Maria: Quando me confessou seu interesse e me fez uma pergunta, Geraldo, eu disse que não estava em um momento bom para ter qualquer tipo de relacionamento. 



Geraldo mexeu na caneta que tinha na mesa dele lembrando que tinha visto ela aos beijos com um o homem que ele suspeitava quem era por isso que fazia aquela pergunta e disse.



—Geraldo: E eu disse que poderia esperá-la Maria. Mesmo que não queira, eu posso esperá-la se me deixar ao menos mostrar como posso ser fora desses escritório que não estarei sendo seu chefe.




Maria então sem saber o que responder balbuciou. 



—Maria: Geraldo, eu... 



Geraldo pegou na mão dela, tocou e beijou a mirando e depois disse. 



—Geraldo: Me dê uma chance para que me conheça melhor e eu a você Maria. 




Indecisa no que responder, Maria escutou batidas na porta que a fizeram suspirar aliviada. Que então, depois os dois se levantaram preocupados ao ouvir de um dos advogados que uma desgraça havia acontecido

Que assim momentos depois, o final da tarde de Maria e Geraldo acabou sendo em uma delegacia. 




Cecília aparentemente havia se suicidado e deixado uma carta. Uma que desmentia toda acusação contra o marido, que por essa fatalidade enquanto Maria prestava depoimento por ter a representado no processo de separação dela, em todos os jornais davam a notícia que inocentou o governador Canedo como marido agressor o deixando livre de todo processo que enfrentava. 

 

 

 


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