Marinette pegou uma das caixas da mão de Adrien – que equilibrava mais duas. O loiro a olhou como se dissesse que conseguia carregar as três caixas sozinho. Então ela devolveu o olhar dele murmurando um "Aham, sei".

— Você esqueceu que eu sou o incrível, Chat Noir? Posso carregar até dez caixas. – a azulada riu e colocou a caixa dentro do apartamento seguida pelo namorado. Ele fez uma pose e Marinette revirou os olhos, cruzando os braços.

— E eu sou a incrível Ladybug. Perfeitamente capaz de ajudar o incrível Chat Noir.

— Você está cada vez mais parecida comigo. – a segurou pela cintura.

— Nossa, então preciso procurar ajuda urgentemente. – eles riram, em seguida Adrien depositou um beijo rápido nos lábios dela.

— Aqui. Conseguimos! – Plagg e Tikki comemoraram depois de terem conseguido carregar uma caixa menor juntos.

— Bom trabalho! – Marinette elogiou, largando Adrien e pegando os dois kwamis para fazer carinho. Ambos riram, enquanto o loiro os encarava incrédulo.

— Fui trocado. – dramatizou. – Tem mais caixas lá em baixo?

— Não, aquela era a última.

— Ok, então lar doce lar. – olhou para o local, que ainda estava completamente desarrumado. Adrien suspirou e deixou seus ombros caírem. – Talvez nem tão doce.

— Por enquanto. Mas logo logo vai ficar incrível, você vai ver. – a azulada caminhou até o meio da sala – Vamos colocar seu sofá aqui e a televisão ali. – apontava para os locais – Aquela estátua feia que você insistiu em trazer, pode ficar naquele canto.

— Ei!

— Desculpa, mas ela é feia. – Adrien fez careta – De qualquer jeito, tem bastante espaço aqui. – olhou em volta novamente – O que pretende fazer com o espaço que sobrar? – ele cruzou os braços e encarou a namorada com um olhar sugestivo.

— Sério que você não entendeu? – ela negou, fazendo Adrien suspirar. O loiro a segurou pela mão e a conduziu para um dos quartos – Tá vendo essa janela grande aqui? Ela é perfeita para trabalhos de desenho e essas coisas, por causa da luz natural que entra. E eu não desenho. – Marinette abriu a boca, finalmente compreendendo aonde ele queria chegar. – Claro que você não precisa vir morar comigo hoje, não quero apressar nada. Mas eu quero saiba que eu pensei em você quando comprei esse lugar. Por isso pedi a sua opinião. – ela sorriu encantada e pulou nos braços deles.

— Eu te amo, sabia?

— É claro. – bateu de leve no braço dele – Também te amo, my lady.

***

— Aqui por favor. – Chloé mandava os dois homens ajeitarem a sua estátua, ou melhor, a estátua da Queen Bee – Não, pensando bem, mais para a esquerda. Não, direita. – eles olharam feio para a loira. – Ok, assim está bom.

— Quase quebraram o meu braço! – Alya reclamou se aproximando dela e de Nino.

— O quê? Como? Eles te bateram? – o namorado questionou preocupado e confuso. Não muito diferente da Bourgeois.

— Não, Nino. Não o meu braço. O braço da estátua da Rena Rouge.

— Ah! – suspirou aliviado – Que susto, mulher! – Chloé riu.

— Boa tarde, como vão as coisas? – Marinette e Adrien adentraram de mãos dadas na antiga mansão Agreste. Que agora seria transformada em museu em homenagem aos heróis da cidade, e que contaria a história dos Miraculous.

— Os funcionários me agrediram com o olhar e quase quebraram o braço da Alya.

— O quê? – a morena revirou os olhos.

— Da estátua.

— Ah! – tiveram a mesma reação de Nino, fazendo os três rirem.

— Já decidiram aonde vai ficar a caixa dos Miraculous?

— Sim, vai ser colocado aonde ficava a minha mãe. O lugar mais seguro da casa.

— Adrien pediu pra trocarem a porta da passagem e ficou ainda mais seguro. Ou seja, ninguém vai encontrar de qualquer maneira, já que é secreto. E obviamente vamos monitorar. – Marinette sorriu, se aproximando mais do namorado – E baseado nas sugestões de vocês, já escolhi algumas pessoas.

— É mesmo? Quem? – Alya perguntou curiosa.

— Em breve vocês saberão. – a azulada piscou. – Hoje à noite vou ter uma conversa com os nossos possíveis novos heróis.

— Que emocionante! – Chloé comemorou, fazendo eles rirem – Mas sobre as identidades?

— Será escolha deles revelarem ou não. – o loiro deu de ombros. – E por enquanto a Bugaboo decidiu que eles serão acionados somente quando necessário.

— Sim, ao menos por enquanto.

— Ótima escolha, Marinette.

— Ela é uma excelente guardiã. – Adrien beijou a bochecha da namorada.

— Obrigada, obrigada.

— Falando nisso, como está o Mestre?

— Ele decidiu que vai se dedicar a fazer massagem terapêutica. – os cinco riram – Eu disse pra ele descansar, mas ele não consegue parar.

— É, não podemos falar muito. – Adrien deu de ombros – Porque também somos assim.

— Verdade.

— Tem razão.

— Não posso discordar disso.

***

— O que acha disso? – Roi Singe indagou depois de chutar um dos bandidos para longe.

— Essa foi boa! – ele e Viperion fizeram um toque. Porém, nesse pequeno momento de distração, quase foram atingidos, se não fosse por Ladybug que entrou na frente girando seu ioiô.

— Atenção! – alertou os dois novos heróis. – Precisam ter cuidado para não serem atingidos, esse armamento é especial.

— Desculpa, Ladybug. – Ryuko riu discretamente, enquanto partia algumas armas com a sua espada.

— Eu disse, mas eles não me escutam! – Queen Bee fez careta.

— Ah tá bom, Chloé. – Kim cruzou os braços, enquanto a loira pousava na frente dele.

— Ok, terminamos. – Ladybug anunciou prendendo o último bandido com o fio do deu ioiô. – Vocês precisam ter mais cuidado. Mas não se preocupem, sei que ainda estão aprendendo. Pegase e Ryuko, parabéns.

— Obrigado. – Max agradeceu e Kagami apenas assentiu.

— Eu acabei me distraindo, mas não vai mais acontecer. – Luka se apressou, encarando Marinette com receio. Estava muito grato por ter sido escolhido, não queria estragar tudo. Ela assentiu e sorriu.

— Eu não prometo nada. – Roi Singe deu de ombros, fazendo Queen Bee olhar feio pra ele. – Calma, eu estou brincando.

— Marinette, Marinette! – Nadja se aproximou com o microfone, junto do câmera da emissora – Será que poderia nos dar uma entrevista?

— Claro, Nadja. Mas no momento eu sou a Ladybug. – piscou para câmera. Malditas manias do namorado que estava começando a pegar.

— Ah claro, me desculpe. Como está sendo liderar uma equipe ainda maior? – os quatro novos heróis e Queen Bee se reuniram atrás de Ladybug, enquanto ela falava. Roi Singe acenava para a câmera, fazendo Ryuko balançar a cabeça em negação e Viperion rir discretamente.

— Está sendo tranquilo no momento. Todos são bem competentes e perfeitos para a missão.

— E quando eles pretendem revelar as identidades por trás das máscaras?

— Ah...

— Meu nome é Kim Le Chien. – Roi Singe disse empolgado e Nadja riu.

— Então, alguns não tem problema com isso, como você pôde ver. Mas os outros ainda estão se adaptando e será uma escolha deles revelar as identidades ou não. – explicou calmamente.

— E sobre o museu contando a história dos Miraculous, novidades?

— Estamos organizando tudo com calma. Agora temos novos heróis e vamos tentar agilizar a inauguração para o ano que vem.

— Que ótimo! – o ioiô de Marinette tocou.

— Agora se me der licença, preciso ir. – acenou para a câmera – Vamos, pessoal. – os demais heróis acenaram também e seguiram Ladybug, saindo de cena. – Alô?

— Ladybug? Preciso de você em uma missão especial. – ela suspirou, balançando a cabeça em negação.

— O que foi, Adrien?

— São muitas caixas, Bugaboo.— choramingou.

— O que posso fazer se você inventou de trazer tudo isso?

— Ajudar o seu namorado incrivelmente lindo a arrumar o novo apartamento dele?— Chloé colocou a mão na frente da boca, segurando a risada.

— Pode ir, LB. Deixa os aprendizes comigo.

— Ok, mas você não pode agredir nenhum.

— Ah, ok! – Queen Bee lamentou e elas riram.

— Já estou indo, gatinho. – respondeu para o namorado.

— Estou no aguardo.

***

— Ok, obrigado por avisar. – Adrien desligou a chamada assim que Marinette entrou no local. – Era a Lena, meu pai vai ser preso.

— Já acabou o julgamento?

— Não. Ele confessou tudo em troca de uma cela especial e ainda tirou o nome da Nathalie de tudo. Ou seja, ela está solta. – a azulada sentou ao lado dele, o abraçando.

— E como você sente sobre isso? – ele deu de ombros.

— Já era previsto. É justiça de qualquer forma. – Marinette sorriu de leve, acariciando os fios loiros. – As coisas estão sendo resolvidas, isso é bom.

— Tem razão. – ela ficou de pé e estendeu a mão – Agora vamos arrumar?

— Ah! – lamentou, segurando a mão da namorada.

— Não faça essa cara. Você e o Nino que inventaram de fazer um “jantar de comemoração do novo apartamento”, agora temos que arrumar tudo até à noite. – ela parou – Mas agora que você recebeu essa notícia, se não quiser fazer...

— Tá tudo bem. – a envolveu nos seus braços – Como eu disse, já era previsto. – beijou o topo da cabeça dela – Amanhã quem sabe, eu posso fazer uma visita pra Nathalie.

— Se quiser eu posso ir junto.

— Será ótimo, obrigado Bugaboo. Por tudo. – Marinette sorriu, segurando o rosto dele e o encarando com intensidade. Amava aquele garoto mais do que tudo.

— Não precisa agradecer. Você sabe que eu vou estar com você sempre. – encostou seus lábios nos dele. – Porque eu te amo, Adrien Agreste.

— Também amo você, Marinette Dupain-Cheng.