Sakura fica chocada com tudo que foi revelado, ela olhava para Sasuke e de repente parecia que não o conhecia, a decepção em seu olhar era presente, enquanto Sasuke estava transtornado, porem rendido, e finalmente quebrou o silencio.

—Basta, já é o suficiente, saiam da igreja hoje não vai haver um casamento, mas antes que todos vão embora, peço que venham a minha casa. Ele foi em direção a Sakura, pegou em seu braço, para guia-la, mas esta resistiu, ela mantinha um olhar firme, e o dele entristecido, derrotado.

—Quero que conheçam alguém. Ele pega na mão de Sakura e todos o seguem, em um silencio sepulcral, Sakura não tinha mais forças, os braços caídos o olhar perdido, aquela longa caminhada os pés lhe machucavam, o vestido a sufocava, quando chegaram a casa, os criados estavam para felicita-los, Adele jogou pétalas na entrada.

— Nada, congratulações. Disse áspero, seguiram em direção a torre, subiram as escadas até chegar a pequena porta, Sasuke retira uma chave de seu bolso, e abre a porta, antes olha para o rapaz, que o entregara.

— Lembra-se dessa porta, quando quase perdeste a vida. O rapaz nada disse, simplesmente baixou a cabeça, Sasuke entrou com Sakura encontrou Juugo sentado, que se assustou com a entrada repentina.

— Bom dia, senhor. O rapaz disse.

— Bom dia Juugo como esta sua paciente.

— Esta um pouco instável senhor.

Sakura vai seguindo a direção do olhar de Sasuke, e lá estava ela, uma bela mulher, cabelos longos castanhos, olhos cor de mel, e traços latinos, cantava uma canção olhando uma flor, era claro, que já não tinha nenhum rastro de sanidade, o rapaz demonstra medo e exclama.

— É melhor irmos embora agora. Disse com desconforto, Sasuke fala com escarnio.

— Por que Richard, esta com medo? Senhoras e Senhores lhes apresento minha esposa.

A mulher vendo que foi mencionada olha com um sorriso, e faz uma reverencia, ela olha para todos com um sorriso, Juugo fica apreensivo, ela olha para Sasuke, e sorri, mas vê Sakura atrás dele esta mantem o olhar firme, ela se levanta com ódio no olhar grita e parte para cima de Sakura, Sasuke a segura e Juugo tenta controla-la, ela bate em Sasuke, todos saem do pequeno quarto, Juugo consegue segura-la. – Saia do quarto senhor, eu vou acalma-la. Sasuke sai e fecha a porta, ele encosta nela tentando controlar o folego.

—Esta era minha esposa, como alguns daqui sabem, meu pai era um homem ambicioso, que queria aumentar seu status, casando seu filho com uma mulher de grande dote, mandaram-me ao Caribe, onde conhecendo minha preferencia por mulheres bonitas, jovem e tolo demais, fui enganado por Richard e seu pai a cortejar sua irmã, Bertha, era linda como as estrelas e igualmente sedutora, antes de perceber estava casado, antes de conhecer sua mãe. Ele pausa por um momento. –Que descobri mais tarde, por essa época que estava internada por anos em um manicômio, a loucura corria por essa família como o sangue corre em suas veias, com o tempo é claro percebi o tipo de mulher em que fui enganado para casar, em poucas semanas já estava completamente claro a natureza de sua doença, que crescia em gravidade e violência a passos largos. Ele parou por ai como se as palavras tivessem entalado ele olhou para a janela e continuou.

—Enfim, bem merecidamente por sua maldade, meu pai morreu, e meu irmão o seguiu depois, sendo então o único herdeiro, a fortuna do Uchihas intacta, bem decidi então traze-la comigo para o Japão, pretendendo fazer desta casa uma boa prisão pra mim e para ela e passei pelos anos viajando, pra tentar esquecer o horror do meu destino.

Sakura se manteve firme ouvindo tudo, mas de repente, se tornou difícil de engolir, a garganta estava seca, Sasuke olhou para ela. – Até que um dia, essa moça apareceu, ela que ignorou tudo isso, ela que se mantem tão seria e calma  ás portas do inferno, esta moça que é toda tranquilidade, candura e inocência. Sasuke segurava toda a emoção, em falar da mulher que amava, e agora Sakura tentava a todo custo segurar suas lagrimas, os dois se encaravam como se um deve-se segurar a dor e as lagrimas um do outro.

— Agora devo pedir que se vão, devo ir ver minha esposa.

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Sakura foi para seu quarto, ficou sentada na cama, ainda vestida de noiva, ela passou a mão pelo pescoço e tirou o colar que Adele havia escolhido para ela, neste momento, Sasuke bateu na porta.- Sakura, Sakura, por favor, me perdoe, se lhe dissesse você não ficaria, Sakura por favor fuja comigo, vamos para um lugar bem distante onde ninguém possa interferir em nossas vidas. Sakura o ouvia caminhar pelo corredor, e a bater na porta e chamar por ela, ela retirou seu véu, e aos poucos desabotoou  o vestido o dobrou sobre a cama, pegou o seu vestido, o mesmo que usou quando chegou aquela casa, pegou seu véu o dobrou sobre o vestido, e na grande caixa o colocou de volta, Sakura voltou para a cama e deitou quando a noite avançou, Sakura levantou, pegou seu casaco mais quente, colocou a toca sobre a cabeça, abriu a janela de seu quarto e pulou, ela olhou ao redor e correu, correu com toda a força que tinha nas pernas, quando chegou na colina olhou para traz e vislumbrou pela ultima vez aquela casa que tanto amava, e seguiu sem rumo, caminhou até o sol nascer, deitou-se  em baixo de uma pedra para descansar, não fazia ideia de onde estava, mas também não se importava,  ela continuou a caminhar, o sol já há estava desidratando, seus lábios estavam rachados, os pés machucados, ela já não aguentava  mais andar então ela deitou em uma grande pedra e lembrou de quando estava no orfanato, sentiu saudades de Ino, até que por exaustão desmaiou, e antes de apagar totalmente viu uma grande silhueta, depois disso só a escuridão.

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—De onde você acha que ela veio?

—Deve ter ficando ao relento por dias.

Sakura ouvia vozes, mas não tinha forças para abrir os olhos, e apagava, tinha pesadelos,

Sasuke gritava por ela, chamava por ela.