Drama Total - A Corrida Amazônica INTERATIVA escrita por Thaywan


Capítulo 14
Capítulo 13 - Nas Garras da Bruxa


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! Me perdoem pela longa demora, ocorreram vários imprevistos para conseguir postar este capítulo (tive até que reescrevê-lo), mas tudo deu certo e conseguimos chegar a metade da fic com louvor!!!Os capítulos voltarão a serem 1 por semana como eram antes. Espero que vocês gostem e continuem cobrando por capítulos (Isso não me chateia, pelo contrário, me motiva ainda mais).



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Chris – E estamos de volta com nossas duas participantes, onde uma se despedirá da competição. Ashley, a youtuber, algo a dizer para os inscritos do seu canal? 

Ashley – Apenas agradecer por todo o apoio que eles me deram. Mal posso esperar para postar todos os vídeos que gravei aqui. 

Chris – Thiara? Gostaria de falar algo? 

Thiara – Não, nada diferente do que disse das outras vezes. *Ela sorriu* Só quero agradecer pela oportunidade mesmo. 

Chris – Certo. Sendo assim, o público voto e decidiu. Foram 722 mil votos para esta berlinda, e quem continua, é você... 

Ashley alisou os cabelos loiros. 

Chris encarou as duas. 

Thiara olhou para a amiga, respirando fundo. 

Ashley juntou as mãos, ansiando pelo resultado. 

Chris apontou. 

Thiara jogou os cabelos para frente. 

Chris – Quem fica é você... 

Ashley ficou paralisada. 

Chris – Thiara! Ashley, o jogo acabou para você. 

Ashley assentiu, sorrindo para a amiga. As duas se abraçaram por alguns segundos. Ashley alisou os cabelos dela. Os olhos de ambas lacrimejavam.  

Thiara – Você vai fazer muito sucesso lá fora.  

Ashley limpou as lágrimas da garota, não percebendo que as suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.  

Ashley – Dê o seu melhor, tá bom? Vou torcer por você lá fora.  

Chris – Thiara, pode voltar para sua equipe, que agora chegou a hora de Ashley. 

Thiara desceu as escadas de madeira, olhando para trás para ver a loira mais uma vez.  

Ashley – Bom, ao menos agora vou rever minha bulldog Elly, que estou morrendo de saudades, e o meu namorado, John.  

Chris – Obrigado pela participação. *Ele entrega o capacete para ela* A tirolesa a espera. 

Ashley coloca o capacete e se prende na tirolesa, pulando em seguida. 

Chris – e mais uma participante se despede da competição, sem repescagem dessa vez. *Ele riu* Vamos ver como foi a volta de Thiara, que venceu a sua terceira berlinda. 

  

Thiara caminhava sem pressa em direção ao acampamento de sua equipe. Ao avistar a sua equipe, ela apenas deu um sorriso de lado. Todos os participantes foram cumprimentá-la, alguns um tanto desanimados. 

  

Chris – Quem será o próximo eliminado? Qual o próximo desafio? Será que haverá algum apresentador tão bem vestido quanto eu? Descubram no próximo... DRAMA... TOTAL... A CORRIDA AMAZÔNICA!!! 

  

Ashley – Eliminada com 43.4% dos votos. 

Thiara – Continua com 56.6% dos votos. 

  

... 

  

Chris entrou em sua suíte particular assobiando e com um jornal debaixo dos braços. Sentou-se em uma cadeira e pegou a xícara de chá que já estava posta sobre a mesa. Ele, no entanto, cuspiu o líquido ao tomar o primeiro gole. 

Chris – ESTÁ FRIO! *Jogou a xícara no chão* Eu já disse que preciso do meu chá quente após a cerimônia de eliminação, mas ninguém me escuta. Alguém será demitido por isso.  

Um barulho na porta pôde ser escutado. 

Chris – Ah, é agora que eu pego um. *Levantou-se e caminhou em direção à porta* 

Novamente, o barulho aconteceu. 

Chris – Já vai, já vai. *Ele abriu a porta* Posso saber quem foi o resp... 

O apresentador não viu nada além de escuridão, sendo levado em um saco amarelo e se debatendo, inutilmente. 

  

                                                                         ... 

  

Chef – No episódio anterior de Drama Total, a nossa produção largou os participantes no meio da floresta, de novo, onde eles precisavam sobreviver. Aconteceu muitas coisas e blá, blá, blá, vamos pular toda essa recapitulação e ir direto para o final: Ashley foi eliminada e eu não sei como será esse episódio, já que o Chris desapareceu completamente! Mas ainda teremos episódio, aqui no... DRAMA... TOTAL... A CORRIDA AMAZÔNICA!!!!! 

  

*Abertura* 

  

Chef estava na sala de câmeras junto ao restante dos estagiários. 

Chef – Vamos, olhem todas as gravações, o Chris tem que estar em algum lugar. 

Estagiário 1: Estou olhando todas as imagens após a eliminação. 

Chef – A xícara de chá estava quebrada na suíte dele, ou seja, ele chegou a entrar lá. Quero as imagens do momento em que ele saiu. 

Estagiário 1: Sim, senhor. Buscando pelas imagens. 

Chef – Espero que ele esteja bem.  

  

>>Araras Selvagens 

  

Alguns membros da equipe já estavam em seus sacos para dormir. Emmett rolava pelo chão, enquanto suava, aparentemente tendo um pesadelo. 

Emmett – Não... Vão embora... Vão embora... Não se aproximem... NÃO!!!! *Ele acordou assustado. Ao ver que Kenzinho ainda dormira a seu lado, ele pega o bebê em seus braços* 

Brady – Emmett, tudo bem? *Ele correu para socorrê-lo, juntamente à Blair* 

Emmett – Eles estão vindo, eu posso sentir. 

Blair – Eles quem? 

Emmett – Mantenha-os longe de mim, eles não podem me encontrar. 

Brady – Emmett, nós não estamos entendendo. 

Blair – É, eu acho que foi apenas um pesadelo. Tente voltar a dormir. 

Emmett – EU NÃO ESTOU DELIRANDO, EU POSSO SENTIR ELES CHEGANDO!!!! 

Brady – Calma cara, só queremos te ajudar.  

Emmett – Argh! *Ele coçou a cabeça* 

Brady – Acho melhor chamar o Ken, Emmett se sentirá mais seguro com ele. 

Blair – Tudo bem, eu fico aqui. 

Brady assentiu e correu.  

Blair – Emmett, você não quer se sentar? Quer água?  

Emmett – Não... Eu quero ficar sozinho!  

Blair – Se precisar desabafar... 

Emmett – Eu disse que quero ficar sozinho! 

Blair – Certo, eu entendo.  

Brady e Ken chegam. O dançarino não pensa duas vezes antes de abraçar o namorado. 

Ken – Emmett, tudo bem? O que foi? Teve um pesadelo. 

Emmett – Não... *Ele encostou a cabeça no ombro do rapaz* Foi um pressentimento. 

Blair – Eu acho melhor deixarmos eles sozinhos. *Sussurrou* 

Brady e Blair deixaram o local. 

Ken – Tá tudo bem... Estou aqui agora. Quer me contar? 

Emmett assentiu, ainda com Kenzinho nos braços. 

Emmett – Eles estão vindo, eu sinto.  

Ken – Quem são eles? *Ele não obteve resposta* O que eles querem? 

Emmett – Eles querem o nosso filho, querem separar a nossa família. 

Ken – Oh, Em... Isso não vai acontecer. Estamos juntos, e juntos nós não seremos derrotados. *Ele sorriu* 

Emmett sentiu-se mais seguro e conseguiu sorrir também. 

  

... 

Blair – Eu fiquei muito preocupada com o Emmett, tadinho. É óbvio que ele precisa de ajuda. 

Brady – É, mas eu acho que nenhum de nós dois é apto para ajudá-lo, e olha que eu sou salva-vidas, primeiros socorros é minha especialidade. Não é o caso dele. 

Blair – Bom... Ao menos podemos aproveitar essa noite. A lua está linda.  

Brady – Ela não é a única. *Ele sorriu, admirando-a* 

Brady pegou a primeira flor que encontrou e entregou a garota, que corou. De trás dos arbustos, Giselle e Jéssica observavam os dois. 

Jéssica – Essa cena me faz querer vomitar. Não sei o que há comigo ultimamente, estou tendo sentimentos estranhos, que nunca tive antes. E não estou gostando disso. 

Giselle – Ah, será que você está doente? Sente-se mal? *Coloca a mão na testa da garota* Não parece febre. 

Jéssica dá um tapa na mão da garota. 

Jéssica – Não é isso! Eu não sei dizer, mas sinto como se houvesse borboletas no meu estômago e isso só acontece quando vejo o Brady e aquele sorriso... Aqueles cabelos... Aqueles olhos... 

Giselle abre um enorme sorriso e seus olhos brilham. 

Giselle – Awnt, você está gostando do Brady! 

Jéssica – Me poupe, isso é coisa de gente fraca.  

Giselle – Ah, já posso ver vocês dois casando. Eu já tenho até meu vestido de madrinha, será rosa.  

Jéssica – Tire essas ideias malucas da sua cabeça, isso não tem nada a ver. Eu não estou gostando do... 

Brady – Jéssica, oi. *Ele sorriu* 

Jéssica – Brady! *Ela corou* Não... Tinha te visto aí. 

Giselle – Ué, mas nós estávamos vigia... 

Jéssica pisa no pé de Giselle. 

Giselle – OUTCH! 

Blair – Vocês também estão sem sono? 

Jéssica – Sim, menina você nem acredita. Insônia é coisa doida, não é? Bom, vamos voltar ao nosso acampamento e tentar dormir, continuem fazendo o que estavam fazendo... Bye! 

A atriz puxa o braço de Giselle e as duas saem dali. Brady e Blair se entreolham confusos.  

Jéssica – Certo, talvez eu tenha algum sentimento pelo Brady, o que pode ser perigoso. Eu preciso tirar isso de mim. 

Giselle – Nós não podemos controlar nossas emoções, bobinha. O amor é algo incontrolável.  

Kirby – Oi meninas. *Ela sorriu* Do que estão falando? 

Giselle – Será que você pode informar à Jéssica que não adianta tentar lutar contra nossos sentimentos? Ela simplesmente nega o que sente pelo... 

Jéssica tampa a boca dela. 

Jéssica – Não diga em voz alta. 

Kirby – Hum... Minha prima faz trabalhos amorosos. Ela traz a pessoa amada em sete dias ou seu dinheiro de volta. 

Jéssica – E ela consegue afastar a pessoa amada?  

Kirby – Olha eu nunca soube de um caso assim, mas... Talvez se fizermos o ritual ao contrário, funcione. 

Jéssica – Ótimo, eu topo. O que eu preciso fazer? 

Kirby – Se vamos fazer de trás para frente, então, primeiramente, é preciso um fio de cabelo da pessoa que você está gostando, e colocar dentro de uma panela com uma maçã, que simboliza o amor, e um pedaço de corda que simboliza a união.  

Giselle – E depois beba tudo. 

Jéssica – Eu vou ter que beber isso? *Ela ficou enjoada* 

Kirby – Não, nada de beber. Apenas deixe perto do seu saco de dormir. Depois, tome um banho de ervas medicinais. 

Jéssica – Ah, que bom, não é tão difícil. Giselle, você fica responsável pelas ervas. 

Giselle – Certo! Seu banho será relaxante. *Ela sai correndo* 

Jéssica – Kirby, você pega o fio de cabelo dele, e eu pego o restante no refeitório. 

Kirby – Certo. *Ela dá de ombros, saindo correndo* 

Ruy observava tudo atrás de uma árvore. 

  

>>Confessionário  

Ruy – Eu ouvi direito ou a Jéssica está completamente gamada em... Mim?! Caramba, até que enfim esse momento chegou. *Ele sorriu* Só não entendi por que toda essa história de querer se livrar desse sentimento, mas a Jéssica é bem focada, então ela deve estar pensando no jogo. E puxa, tudo que eu fiz por ela valeu a pena.  

  

Brady e Blair estavam sentados no chão, olhando para o céu. Os dois se olham e sorriem um para o outro.  

Brady – Blair, eu tenho que te contar uma coisa... 

Blair – O qué? 

Brady – Eu... Eu acho que eu meio que estou gost... 

Kirby – AH NÃO!!!! *Ela apareceu de repente, assustando aos dois* Tem uma coisa na sua cabeça! 

Brady – Na minha?!  

Kirby arranca um fio do cabelo do rapaz. 

Kirby – Ah não, foi paranoia da minha parte. Desculpe. *Ela sorriu e saiu dali* 

Blair – É impressão minha ou o pessoal está meio louco hoje? 

Brady deu de ombros. 

Kirby – Mais fácil do que prever chuva em dia de sol. *Ela avista Ruy, andando com um capacete na cabeça* Ruy? Tem... Alguma coisa diferente em você. 

Ruy – Se você acha que vai conseguir um fio do meu cabelo, está completamente enganada. Você nunca conseguirá! 

Kirby – Hum... Ok. *Ela revirou os olhos e continuou andando* 

Ruy – Hãn... Desistiu tão fácil?! Bom, menos mal. 

Kenzinho engatinha em direção a ele. 

Ruy – Oh, meu nenenzinho, quem é o bebê mais fofo desse mund... *O playboy foi lançado para trás com uma voadora vinda de Emmett* 

Emmett – NÃO ENCOSTA NO MEU FILHO!!! 

Ken – Emmett! Esse é o Ruy! 

Emmett – Ah... Ops. *Sorriu forçadamente* Desculpe. 

  

... 

Thiara estava sozinha na floresta, provavelmente à espera de alguém. Ela sentou-se em uma pedra, quando algo chamou sua atenção. Era uma espécie de caixinha de música azul com detalhes em dourado. Ela pegou a caixinha delicadamente e admirou-a. Alguém a observara, mas ela não percebera. A garota ouviu barulhos de alguém se aproximando. Rapidamente, tratou de guardar o objeto dentro de sua bota, quando a pessoa apareceu. 

Thiara – Que bom que você veio. Queria conversar longe dos outros, por que alguém poderia nos ouvir. Eu ainda não consigo entender toda essa história, por que você não me explica o que está acontecendo, mas pede que eu confie em você. Eu estou tentando, só que tudo isso é muito estranho. Certo, eu vou te dar esse voto de confiança, mas eu espero que não haja nenhum tipo de joguinho nessa história.  

Ela deixou o local sendo seguida pela outra pessoa. 

  

... 

  

Bertha estava atrás de uma árvore, observando o refeitório. 

Bertha – Hum... Por que o Chef não apareceu por aqui ainda? Tem algo errado! Isso com certeza tem a ver com suas ideias psicóticas. 

Fernando – Bertha! *Ele apareceu de surpresa* 

Bertha – Ah, oi Fernando.  

Fernando – Que pena que a Ashley saiu, né? 

Bertha – Ela não era da nossa equipe, mas acho que sim. 

Fernando – É, verdade. Eu gostava dela, mas como amigos, claro, não como outra coisa, eu nem gosto de mulher, e além de tudo eu já tenho o Fox. 

Bertha ergueu uma de suas sobrancelhas. 

Bertha – Sei... 

Fernando – Se você está pensando que nós nos beijamos, isso não aconteceu, nem sequer chegou perto de acontecer, o Chris que fica inventando coisas. 

Bertha – Fernando! *Ela segura nos ombros do garoto* Está tudo bem, você não precisa me explicar nada. 

Fernando – Eu sei, mas... Ah! O Fox foi desempedrado e eu não queria que ele ficasse achando que eu tentei outros relacionamentos enquanto ele não estava. 

Ruby – Você tentou? *Ela se aproximou, juntamente com Hank e Magia* 

Fernando – Claro que não, é isso que estou tentando explicar. 

Hank – O Chris disse que você e a Ashley eram o novo casal. 

Fernando – Era mentira, ele só queria criar intrigas. 

Ruby – Bom... Deve ter dado assunto lá fora.  

Fernando – Você acha?! 

Ruby – É claro! Com certeza tem gente que shippa Fershley. *Ela sorriu, sendo encarada pelos outros* É o shipp de Fernando e Ashley. 

Bertha – Eu acho que seria Ashnando. 

Hank – Ou AshFer. Eu prefiro assim. 

Magia – Fernandshley!!! ADOREI! 

Fernando – PAREM! PAREM! PAREM! Parem de inventar shipps, esse casal nem existe. 

Hank – Mas é por isso que se chamam Shipps. 

Fernando – Quanto mais vocês comentam, mais verídica essa história parece.  

Bertha – Desculpe, mas você é quem mais está dando importância a tudo isso. 

Ruby – É, você é o primeiro a comentar, acaba criando assunto. 

Fernando – Eu só não quero que essa história chegue aos ouvidos do Fox, está bem?! Eu mesmo irei explicar o que aconteceu. 

Bertha, Ruby e Hank assentem.  

Fernando – Magia?! 

Magia – AshFernanLeyDo! 

Fernando – Argh! O que eu acabei de dizer?! 

Magia – Ah, está bem! Desculpe. *Ela sorri e vira as costas* 

Hank – Onde você vai?! 

Magia – Pegar uma coisa que eu esqueci. *Ela sai correndo* 

Hank – Quer... Companhia?! *Mas ele já não podia vê-la mais* 

Fernando – Bom, vou cuidar das minhas coisas também. Até mais. *Ele correu* 

Bertha, Ruby e Hank trocaram olhares. 

Bertha – Eu gostei de Fershley. 

Ruby – Obrigada. *Sorriu* 

  

... 

  

Magia chegou correndo. 

Magia – Onde está?! Onde está?! Eu podia jurar que tinha deixado aquela caixinha por aqui, em cima dessa pedra. *Ela procurou, mas não encontrou nada* Não acredito, será que alguém pegou?! 

A garota escutou um barulho estranho vindo por entre as árvores. Ela virou-se rapidamente para ver o que era, surpreendendo-se. 

Magia – Mas... O que é isso?! O que é você? 

  

... 

  

Um barulho estrondoso ecoou pela Amazônia. 

Chef – (Pelo megafone) Todos os participantes me encontrem próximos à Casa da Árvore, imediatamente! 

Todos os participantes acatam as ordens de Chef. 

Hank – Desafio noturno de novo?! 

Brady – Onde está o Chris?! 

Chef – O Chris foi sequestrado! 

Todos os participantes se assustam. 

Fernando – Será que foi o encapuzado?! 

Thiara – Impossível! 

Bertha – Como pode ter tanta certeza? *Ergue uma de suas sobrancelhas* 

Thiara – Ah... Intuição. 

Chef – Não, não foi esse tal de encapuzado, foi algo muito pior. *Ele estala os dedos* 

Um dos estagiários chega empurrando uma televisão. Chef pega o controle remoto guardado no bolso de seu avental e aperta o botão vermelho. Um vídeo começa a passar na tela. Ele mostrava o exato momento que ocorrera o sequestro de Chris, mas o mais intrigante, foi a aparência dos sequestradores. Eles eram grandes e cobertos de pelos. Um deles virou para a câmera, revelando o único olho que tinha e a enorme boca no centro de seu corpo. Ele atacou a câmera. 

Chef – A gravação termina aí. 

Ken – O que eram aquelas coisas?! 

Hank – Não parecem Yetis. 

Ruby – Não parecem com nada que já vimos antes. 

Giselle – Seja lá o que eles forem, deviam procurar um salão de beleza, necessitam urgente de uma depilação. 

??? - Eles não são Yetis. 

Todos olham para o local de onde vinha a voz. Ali se encontrara Fox. 

Fernando – Fox?! *Ele sorriu e seus olhos brilharam* Você está bem! 

Fernando correu e abraçou o fotógrafo, que retribuiu o abraço.  

Fernando – Fiquei com tantas saudades. 

Fox – Eu também.  

Jéssica – O reencontro de vocês é lindo. *Ela sorriu* Mas, alguém pode me explicar o que está acontecendo?  

Emmett – É, e a propósito, o que houve com você, Fox?! 

Fox suspirou. 

Fox – Há coisas estranhas que acontecem aqui desde que chegamos e eu me dediquei a investigá-las. Acreditem ou não, mas as histórias que ouvíamos quando éramos crianças são reais. Estas criaturas que sequestraram o Chris são Mapinguaris.  

Ruy – Mapinga-oquê?! 

Blair – Espera! Mapinguaris, tipo, a lenda do folclore brasileiro?! Eles existem mesmo?! 

Fox – Sim! E não apenas eles... Todas as lendas daquele folclore vivem aqui, escondidos, na Amazônia. Eu comecei a entender isso quando investigava o desaparecimento do celular da Ashley. 

  

Flashback 

  

Fox se encontrara dentro do banheiro, enquanto a festa acontecia do lado de fora. Ele olhava a foto com a sombra esquisita do celular da Ashley, o caderno de desenhos que Fernando lhe deu, o baú que encontrou na caverna, cujo estava sobre seu colo e ainda, com a foto da neblina que tirara enquanto navegava no rio.  

De começo, aquela sombra que tirou as fotos do celular da Ashley me pareceu esquisita, mas logo entendi que estava tentando decifrá-la da maneira errada. Era claramente uma pessoa, bem pequena, mas uma pessoa. O que me confundiu foi o fato de ela, aparentemente, não ter uma das pernas, e comprovei que estava certo. A silhueta do cachimbo na boca e a touca na cabeça abriu meus olhos. Certamente, se tratara de um saci. Eis o motivo daqueles tornados sem sentido. Curioso e brincalhão, ele roubara objetos que encontra pela floresta, e um desses objetos foi o baú.   

Encontrei a chave do baú na pilha de objetos do desafio da plataforma de madeira. Assim que consegui abri-lo, ouvi um barulho do lado de fora da cabine. Eu abri com cautela a porta para ver o que havia acontecido, e me deparei com ela. 

Ruby – Ela? 

Sim. O ser mais perigoso e horripilante que eu já vi. Os cabelos loiros, olhos vermelhos, o focinho de jacaré e banhada de maldade pura. A bruxa que aparece nas cantigas de dormir das crianças... Cuca! Ela soltou uma gargalhada que me assustou. Tranquei a porta do banheiro na intenção de que, talvez, ela não tivesse me visto. Mas eu estava enganado. A porta se abriu e ela pegou o conteúdo do baú, apontando seus dedos compridos e enrugados em minha direção. Lembro de uma luz sendo liberada e após isso, eu não podia me mexer mais, nem falar, apenas pensar. Não sentia meu corpo,   

Ken – O que tinha dentro desse baú? 

O livro de feitiços dela. O Saci deve tê-lo trancado lá dentro para que ela não usufruísse mais daquele objeto tão poderoso, e eu, fiz o favor de entregá-lo a ela. 

O caderno que o Fernando me deu também me serviu de fonte de pesquisa. Os Mapinguaris já estavam de olho em nós há muito tempo, eles se mantinham escondidos pela floresta. No entanto, os desenhos do Fernando acabaram entregando-os, mesmo que você não tenha notado que os desenhava no meio das paisagens. Quanto à neblina que nos intrigava no rio amazonas, isso sempre acontecia com a chegada de Norato, a enorme cobra que vive naquelas águas. 

Emmett – Então as pegadas que nos confundiam e a sensação de estarmos perdidos... 

Obra do Curupira, o protetor das florestas.  

Kirby – Isso é muita coisa para eu digerir. 

Chef – Se já terminaram as explicações, ainda temos que salvar o Chris. 

Todos encararam Chef. 

Chef – O que?! O que foi?! 

Thiara – Vocês sabiam disso o tempo inteiro, não sabiam? 

Chef – Bem... Sim, mas... 

Magia – Eu pensei que estava óbvio.  

Ruy – Não vamos nos arriscar para salvar o Chris. 

Chef – Mas... E os 4 Milhões de Dólares?! 

Os competidores se entreolharam.  

Chris – Quem salvar o Chris ganha imunidade na próxima votação e... Hãn... Todos ganham uma recompensa. 

Os participantes assentem. 

Blair – Certo. Como vamos encontrá-lo, então?! 

Fox – Simples! Vamos invadir a caverna dos Mapinguaris. 

 

>>Confessionário 

Jéssica - E de repente, estávamos todos nós partindo em uma missão resgate. E pelo Chris! Nós ODIAMOS o Chris! 

 

... 

 

Chris acordou. Estava deitado no chão, dentro de uma jaula. Ele podia ver os Mapinguaris a sua frente, mexendo em um enorme caldeirão.  

Chris – Ah não, não, não, não. Sequestrado novamente, por que sempre sequestram os famosos para pedir resgate?!  

As criaturas olharam para Chris, que se tremeu. 

Chris - Olá amiguinhos, como vão? Vejo que estão preparando o jantar, o que tem para comer? Sabem, ser sequestrado dá uma fome...  

Um pouco do que havia no caldeirão foi jogado por um dos Mapinguaris contra o apresentador, que desviou. 

Chris – Ah! Já vi que vocês não falam a minha língua, então vou falar a de vocês. GRUAH, BLÉH, URGH! 

Um dos Mapinguaris gritou. 

Chris – Ok, vou ficar quietinho na minha jaula. Hum... Vocês ao menos têm uma poltrona de penas de ganso? O chão desta caverna é meio duro... 

 

... 

Os competidores caminhavam pela floresta. 

Giselle - Alguém sabe onde se localiza essa caverna desses bichos? 

Fox - É claro.  Mapinguaris preferem cavernas próximas de cachoeiras onde possam relaxar.  

Fernando – Depois de nos estraçalhar?! *Ele se tremia* 

 

>>Confessionário 

Fernando – Eu tenho um grande medo do sobrenatural, espero que não encontre nenhuma das criaturas que o Fox falou, ou eu juro que terei um desmaio até o fim do episódio... Se sobrevivermos até lá. 

Blair – Esse é definitivamente o desafio mais perigoso que enfrentamos, por que agora nós sabemos da existência desses seres. Hum... Se bem que toda essa história de folclore daria um ótimo plot twist no meu roteiro. 

 

Os participantes encontraram a caverna.  

Ruy - Será que é essa? 

Ken - Só há um jeito de descobrir... 

Os adolescentes se entreolharam e adentraram, um a um, a caverna sombria. Eles andavam cautelosamente, abraçando uns aos outros. Os quinze jovens se esconderam atrás de uma enorme pedra, ao visualizarem a presença dos caolhos.   

Brady – Certo, os Mapinguaris estão ali. Estão em três. 

Thiara – E o Chris está preso na jaula choramingando. 

Chris, sentado no chão, chorava e pedia por sua mãe, com os braços em volta das pernas. 

Hank – Acho que podemos nos dividir em dois grupos: Um liberta o Chris e os outros dão conta dos Mapinguaris. 

Jéssica - É... Só que o Chef disse que ganha a imunidade aquele que salvar o Chris. 

Ruy - É mesmo, eu quero essa imunidade tanto quanto qualquer um de vocês. 

Bertha – Isso não é hora para discussão, aquelas coisas querem assar o Chris, isso é psicótico. 

Kirby – A Bertha tem razão, seja lá quem ganhe essa imunidade, o importante é que todos saiam daqui. 

Os quinze competidores se entreolham. Rapidamente, Jéssica, Ruy, Brady, Emmett e Fernando correm em direção à jaula. 

Kirby - Vocês me ouviram?! 

Mais Mapinguaris aparecem atrás dos participantes escondidos, e acabam segurando-os. 

Giselle - Não bagunça meu cabelo, ciclope.  

Os participantes que tomaram a frente corriam lado a lado. Jéssica coloca o pé em frente ao Fernando, fazendo-o tropeçar. 

Fernando – AAAH!!! 

Jéssica - Desculpe. *Sorriu* 

Ruy passou por ele rindo. Fernando segurou em seu tornozelo, derrubando-o também. 

Fernando – Essa imunidade não é sua.  

Ruy – Larga do meu pé.  

Emmett corria com Kenzinho em sua bolsa. Brady e Jéssica corriam atrás. Mais um grupo de Mapinguaris cercaram-os. 

Emmett – Quem se aproximar do meu filho, se dará mal. 

Jéssica se colocou atrás de Emmett. 

Jéssica - Ouviram ele.  

Brady correu e pulou, passando sobre as criaturas à sua frente. Ele roou no chão e chegou até à jaula, abrindo-a para Chris. 

Chris – ESTOU SALVO!!! 

*Ele abraçou o salva-vidas e deu-lhe um beijo no rosto* 

Chris – Lindo, obrigado por me salvar. 

Brady - É... Eu acho melhor não comemorar ainda. 

Todos os outros participantes haviam sido capturados, enquanto Jéssica e Emmett se encontravam cercados. Os Mapinguaris se aproximavam de Chris e Brady. 

Chris – Eu vou morrer, vou morrer, vou morrer.  

Brady avistou um graveto no chão e pegou-o, arrastando-o pelo chão e conseguindo acender uma pequena chama na ponta.  

Brady - Não dêem mais nenhum passo. 

Rapidamente, as criaturas se assustaram com o fogo e soltaram os participantes, correndo para o canto mais fundo da caverna. 

Ruby – Uau, isso deu certo! 

Brady – Quem diria que o fogo salvaria minha vida e não a água. *Sorriu* 

Blair – Muito bem, Brady! *Ela abraçou o rapaz* Você foi muito corajoso. 

Brady – Obrigado. 

Jéssica - É, foi mesmo. *Ela empurrou Blair, abraçando Brady também* Parabéns. 

Ruby – Eu acho muito legal que o Brady tenha ganho a imunidade, mas vocês também não preferem sair de uma vez antes que eles decidam voltar? 

Os participantes saíram da caverna, acompanhados de Chris. 

Fernando – Esse é o dia mais horripilante da minha vida. 

Hank - Então quer dizer que os Mapinguaris têm medo de fogo? 

Fox – Eu acho que não do fogo em si... Mas... *Ele colocou a mão no queixo* 

Ken – O que você está pensando, Fox? 

Magia – Gente, olhem, luz. Está amanhecendo, uhu! 

Thiara – Hum... Eu não acho que esteja amanhecendo, parece outra coisa. 

Bertha – Ah não... Essa não... 

Giselle – O que foi?! 

Um relincho foi escutado por todos. Logo, eles perceberam que a luz se tratara de fogo, e se assustaram ao avistar um cavalo com a cabeça queimando. 

Fernando – MULA SEM CABEÇAAAAA!!!!! 

Ruby - *Engoliu em seco* A Mula sem Cabeça é um animal simpático e inofensivo, certo?! 

Fox negou com a cabeça. Mais um relincho. A Mula correu em direção ao grupo, os participantes correram em diferentes direções. Ken, Emmett e Magia subiram na árvore. 

Ken – Os Mapinguaris não têm medo de fogo, e sim da Mula. 

Magia – Isso é tão legal e assustadoramente excitante! Tivemos a chance de ver uma Mula Sem Cabeça. 

Emmett – Eu quero ter a chance de sobreviver a ela. 

 

Os outros participantes se dispersaram. A Mula dava coice no tronco da árvore onde os três competidores e o bebê estavam. Eles se seguraram mais firmes. 

Emmett – Ken, se morrermos agora, quero que você leia o poema que escrevi para você. 

Ken – Em, nós vamos sobreviver e você mesmo poderá lê-lo para mim. 

Magia – Gente, vocês já se imaginaram montados em uma mula? Quer dizer, essa pode ser a única chance. 

Emmett – De onde você tira essas ideias?! 

Magia – Nos vemos mais tarde. Iupi! *Ela pulou da árvore, caindo em cima da mula e segurando seu pescoço* Upa, cavalinho!!! 

A Mula tentou se livrar da garota, sem sucesso. O animal correu, com Magia em suas costas. 

Ken – Nossa, espero que ela fique bem. 

Emmett – Acredite, já vi o quanto ela pode ser durona.  

Os dois desceram da árvore. 

Ken – Os outros conseguiram fugir, então vamos voltar para o acampamento. Provavelmente encontraremos todos lá. 

Emmett assentiu. 

 

... 

 

Hank parou de correr, após conseguir fugir da Mula e carregar Ruby nos braços. Ele a colocou no chão. 

Ruby – Hank, eu disse que não precisava me levar. Você está bem?! 

Hank – Estou sim! Fiquei com medo de perder você, não podia deixá-la para trás. *Ele sorriu, fazendo-a corar* 

Ruby – Bom, obrigada. Foi um grande ato de cavalheirismo. Sabe, a cada dia que passa, eu me sinto muito mais tranquila e confiante ao nosso relacionamento e acho que estou pronta para tentar algo e... 

Ruby parou de falar ao ver o naturalista caminhar para longe dela.  

Ruby – Hank? Foi algo que eu disse? *Ele parecia não escutá-la. Ela correu atrás dele* Hank, está tudo bem?! 

Embora fosse capaz de andar, o garoto estava completamente paralisado. De início, a cantora não conseguiu entender o que poderia estar chamando sua atenção, mas a música que escutara naquele momento poderia ser a resposta para a pergunta que a incomodara. Hank passou por um arbusto, enquanto a loira seguia seu caminho. Ela se encantou com o que viu ao passar pelo mesmo arbusto. Um rio de águas cristalinas, e algumas vitórias-régias na água. Uma mulher estava sentada em uma pedra, se olhando no espelho e alisando os compridos cabelos negros. O que mais prendia a atenção era, sem sombra de dúvidas, a cauda verde esmeralda brilhante que batia na água. Iara, a sereia, cantarolava a música que encantara Hank.  

Ruby – Uau! A voz dela é linda mesmo.  

Ruby parou de encarar a mulher metade peixe e voltou o olhar novamente ao Hank, que continuava a caminhar em direção ao rio. A água já alcançara a cintura do rapaz, quando a menina apressou-se para tentar puxá-lo de volta à margem. Ruby, no entanto, acabou chegando atrasada e Hank já se encontrara abaixo d’água.   

Ruby - NÃO! Hank, Hank! *Ela pulou na água, afim de puxá-lo de volta, mas não o rapaz parecia ter sumido. Ela voltou a superfície*  

A sereia desviou o olhar do espelho e fitou a loira.  

Iara - Não adianta chamá-lo e muito menos tentar trazê-lo de volta, o seu amigo pertence a mim agora.  

Ruby – O que você vai fazer com ele?  

Iara – O mesmo que eu fiz com o restante, ele fará parte da minha decoração agora, será um dos meus objetos. 

Ruby – Traga ele de volta, por favor.  

Iara - Não há volta, minha querida. Nunca mais você verá o rapaz, agora ele é propriedade da Mãe d’água e viverá em meu reino. Você não pode entrar lá, a menos que eu permita. *Sorriu* 

Ruby nadou novamente, Iara revirou os olhos e continuou admirando sua imagem no espelho. Ela percebeu algo se aproximando dela, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, o espelho foi arrancado de suas mãos. Iara se irritou e desceu da pedra, pulando na água. Ela viu os pés de Ruby retornando à margem e não conseguiu alcançá-la. 

Iara – Devolva meu espelho! 

Ruby - Só se você devolver o Hank. 

Iara – Isso não é um acordo. 

Ruby - Então agora, o seu espelho me pertence. *Sorriu* 

 

... 

Por outro lado da floresta, Blair, Bertha e Brady corriam para se salvarem.  

Brady – Acho que conseguimos despistá-la, podemos focar em voltar ao acampamento agora.  

Blair – Essa noite está muito esquisita, mapinguaris, mula-sem-cabeça, o que mais vai aparecer para a gente?! 

Após dizer isso, algo de trás de um dos arbustos, assustando os três participantes. 

Chris – Ai, que bom que encontrei vocês. *Ele abraçou os adolescentes* Nunca me senti tão seguro! 

Bertha - Você nos largou sozinhos para se esconder? Sério?! 

Chris – Eu não estava escondido... Estava de olho no movimento.  

Brady – Sei... *Ele cruzou os braços* Então, vamos voltar para o acampamento.  

Chris – No... Escuro?! 

Blair - É! 

Chris — Mas, e aquelas criaturas terríveis que estão vagando por aí?! 

Bertha – Ah, qual é! *Revirou os olhos* Você sempre teve conhecimento delas. 

Chris – Sim, mas elas não tentavam me sequestrar! 

Blair – Ficar discutindo sobre isso não vai resolver nada! Ou fazemos o trajeto de volta, ou montamos um abrigo.  

Chris – Sim! Comecem a montar um abrigo, eu quero piscina, televisão e uma vista para a montanha no meu quarto. *Sorriu* 

Os três encararam Chris.  

Blair - Você não vai ter um quarto! 

De repente, uma gargalhada alta chamou a atenção dos quatro. Todos se entreolharam. Uma fumaça verde começou a aparecer em frente a eles.  

Brady – ESSA NÃO! 

Blair - Não acredito! 

Bertha - É a... 

Chris – AAAHHH!!!! *Pulou nos braços de Brady* 

Cuca – Ora, ora, o que temos aqui? *Sorriu* Vagando pela minha floresta.  

Chris – Er... Mas lembramos que estávamos indo para o outro lado... 

Cuca – Mas por que vocês já vão embora?! Ainda está muito cedo, não querem ficar para o jantar? 

Blair - Não vamos poder, mas... Agradecemos o convite.  

Chris - *A barriga dele roncou* Mas... Por curiosidade, o que vamos ter para o jantar? 

Cuca – Uma sopa muito especial e nutritiva, tenho certeza que vocês irão amar, até por que, irei prepará-la do meu prato favorito... Crianças! 

Bertha - Hãn... Não sei se te convém, mas não há crianças por aqui... Eu acho. 

Cuca – Isso não é problema, minha querida.  

Raios vermelhos foram emitidos das garras da bruxa, acertando diretamente o corpo de Chris. Após isso, os participantes se surpreenderam ao ver que o apresentador havia sido substituído por uma criança.  

Bertha - NÃO PODE SER! 

Cuca gargalhou ainda mais alto. 

Cuca – Ele ficou bem melhor assim, não acham? 

Chris – Puxa, eu era tão lindinho! *Sorriu* 

Brady segurou Chris em seus braços e correu, as duas garotas o seguiram. 

Cuca - Não adianta fugir, a Cuca sempre pega.  

Uma fumaça verde cobriu-a. Os participantes continuaram a correr.  

Bertha – Estamos muito encrencados. 

Blair – Eu sei, se ela nos pegar nós seremos seu jantar. 

Bertha – Ah não, essa parte até que é interessante, estou falando do Chris. Ele vai ser ainda mais mimado agora nessa forma de criança.  

A fumaça voltou a aparecer em frente a eles, e a jacaré retornou. Os três adolescentes pularam atrás de uma pedra, afim de se esquivarem dos raios lançados por ela. Eles começaram a engatinhar.  

Cuca – Onde estão vocês, minhas crianças?!  

Blair – *Sussurrando* Por que nunca pensei em colocar isso no meu roteiro?! 

Brady – Eu acho que essa não é a melhor hora para pensarmos nisso. 

Blair - Não tenho culpa, toda essa história é muito inspiradora. 

O pequeno Chris puxou os cabelos de Bertha. Ela se segurou para não gritar, a criança riu. 

Bertha – Para com isso, seu pestinha.  

Chris encarou a garota. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ele começou a chorar. 

Brady - Não, não, fica quietinho. 

Cuca - AHÁ!!! *Ela andou em direção a eles* 

Eles voltaram a correr. 

Blair - Não vamos conseguir fugir se ficarmos apenas correndo. 

Brady - Então... Vamos ter que pular! 

Bertha - Você não está falando sério, está?! 

Brady – Todos pulem na cachoeira, é o único jeito. 

Blair e Bertha seguraram as mãos uma da outra e pularam. Brady pulou logo depois. Os raios de Cuca não conseguiram acertá-los. 

Cuca - NÃO!!! *Ela grunhiu* Isso não vai ficar assim, eu os encontrarei!  

E ela desapareceu. 

... 

 

Thiara andava sozinha pela floresta, mas não sabia que estava sendo observada. Ela olhava para todos os lados, mas não conseguia reconhecer o caminho de volta. A garota bufou e encostou em uma árvore. Estava escuro, então ela esperaria amanhecer para poder tentar encontrar o caminho novamente. Nesse tempo, a garota retirou de sua bota a caixinha que encontrara mais cedo. Ela passou seus dedos no objeto, e tentou abri-la, mas o som das folhas das árvores chamou sua atenção. Ela olhou para cima, para a árvore que encontrara, e se surpreendeu ao ver, em cima do galho, a pessoa que a observara.  

Ele era, aparentemente, uma pessoa normal, com os cabelos avermelhados e os olhos verde-água, sendo sua única peculiaridade, os pés virados para trás. 

 

Thiara – Curupira...  

Curupira – Quem é você? E o que faz na minha floresta? 

Thiara – Ah, só estou de passeio. *Sorriu* É uma floresta muito bonita, por sinal, é uma pena que não poderei ficar muito mais tempo... 

O Curupira pulou do galho da árvore, caminhando em direção à garota. 

Curupira – Hum... Você é muito bonita, e tem o cheiro bom.  

Thiara – Eu agradeço seu elogio, mas eu preciso voltar mesmo. Mas, foi um prazer conhecê-lo.  

Thiara virou e correu.  

Curupira – Espere aí. 

Ela não deu ouvidos a ele e continuou correndo, porém, antes que pudesse escapar, o garoto aparecera em sua frente. 

Curupira – Eu tenho a velocidade do leopardo, não adianta tentar fugir. 

Thiara – O que você quer? 

Curupira – Garota bonita tem algo que me pertence.  

Thiara – Eu não sei do que você está falando... *Ela colocou as mãos para trás, escondendo a caixinha* 

O Curupira segurou em sua cintura e puxou-a para mais perto de si. Ele passou a outra mão pelo braço da garota, enquanto a encarava pelos olhos. Sua mão tocou na mão dela, e ele tentou puxar a caixinha, mas Thiara segurou firme. 

Curupira - Você não sabe o que tem aí dentro, e nem o que pode fazer. 

Thiara - Não... Mas eu encontrei, então é meu.  

Curupira - Não, pertence ao protetor da floresta, que sou eu. Em mãos erradas, coisas ruins aconteceriam.  

Thiara puxou a mão, afastando-se do rapaz. Ela suspirou fundo, virando de costas para ele. O Curupira sorriu. 

Thiara - Então, podemos fazer um trato. Se você me ajudar a voltar ao acampamento, eu te entrego essa coisa.  

Curupira arqueou a sobrancelha, negando com a cabeça. 

Curupira – Negativo. Quem entra nas propriedades do Curupira, não sai mais.  

Thiara - Então você não vai mais ter isso...  *Ela mostrou a caixinha*  

Curupira – Eu vou ter com a sua cooperação ou não. Tenho muitas habilidades. 

Thiara guardou a caixinha dentro de sua bota novamente.  

Thiara – Certo, eu vou encontrar o caminho sozinha, e eu não quero você me atrapalhando.  

A garota voltou a andar. 

Curupira – Garota teimosa. *Ele suspirou* Muito bem, eu te levo para seus aposentos. *Ele estendeu a mão, quando ela parou de caminhar* Me entregue. 

Thiara –Claro! Depois que eu voltar, não posso confiar em você. 

Curupira – E como eu saberei se posso confiar em você?! 

Thiara - Não sabe, vai ter que se arriscar. *Sorriu* 

Curupira - Não estou gostando disso, mas... Vamos lá. 

Thiara - Você na frente. 

Curupira encarou a garota e andou, ela riu e seguiu-o.  

... 

 

Iara – Garota atrevida, humana de quinta. Me devolva o meu espelho ou você nunca mais verá o seu amigo.  

Ruby – Pois se eu não vê-lo novamente, você também não terá o seu preciso espelho. Aliás, por que tanta importância um objeto destes teria? Você não pode olhar o seu reflexo no rio, Óh grandiosa, Mãe d’Água?! 

Iara - Não é a mesma coisa, sua insolente. A imagem refletida no rio é embaçada, por isso preciso do meus- espelho. 

Ruby - Então aceite o meu acordo. 

Iara – Sem acordos, eu já disse.  

Ruby – Bom, neste caso você é quem sabe.  Até que seu espelho é bonitinho mesmo., seria uma pena se... *Ela passa as unhas levemente no vidro do objeto* 

Iara – Pare com isso, você irá arranhá-lo! 

Ruby – Ele é meu agora, posso fazer o que bem entender com ele. 

Iara - Está bem, já chega! Eu trago o rapaz de volta à superfície. 

Ruby encarou a sereia, esperando por tal ação. Iara esticou seu braço sobre a água, e em poucos segundos, Hank apareceu na superfície.  

Ruby – Hank! *Ela correu para ajudá-lo* 

Iara – Eu cumpri a minha parte do acordo, agora entregue o meu espelho.  

Ruby jogou o objeto contra a garota, que segurou-o no ar. A loira tirou o corpo de Hank no rio. 

Ruby – Calma Hank, ficará tudo bem agora. *Ela se assustou quando tocou em seus braços* Mas isso são... Escamas?! 

Hank olhou para ela confuso. 

Ruby - Você está virando um peixe! 

Iara - É claro que está, e quando ele for um peixe completo, não poderá viver em outro lugar que não seja minhas águas. *Sorriu* 

Ruby – Mas você é mesmo uma bruxa sem coração. 

Iara – Eu?! Metade humana, metade peixe, eu sou uma sereia. Com a voz mais bela que a Floresta Amazônica já ouviu. E agora que eu já tenho o meu espelho e o acordo está terminado... 

Iara apontou o dedo indicador para Hank e voltou a cantarolar a mais bela melodia de todas. O garoto levantou-se novamente, completamente encantado, e caminhou em direção ao rio. 

Ruby – Hank! 

Iara - Você sabe que não adianta chamá-lo, ele apenas escuta o som da minha voz e a ama. 

Ruby se desesperou. Por um momento, ela não sabia o que fazer, mas lembrou-se que Hank também amava sua voz, dissera várias vezes. Rapidamente, Ruby começou a cantarolas mais alto que a sereia. Hank parou de caminhar quando ouviu aquela doce voz. Iara sentiu-se desafiada. 

 Instrumental - https://www.youtube.com/watch?v=cCrKncOpE7Q

Iara – Oh, meu bem, você já pode vir, 

           Venha logo, venha para mim. 

 

Hank andou em direção ao rio. 

 

Ruby – Nada disso, não vá se enganar, 

             Não deixe ela te ludibriar. 

 

Hank parou e virou o olhar para Ruby. 

 

Iara – Meu querido, não a escute não! 

           Pois de você, não abrirei mão.  

 

Ruby – Hank, ouça-me por favor, 

             Te afogar, ela já tentou. 

 

Iara – More comigo, no seu novo lar, 

           Ao meu lado você reinará. 

 

Ruby – Hank, você tem que saber, 

             A verdade é que eu amo... Você! 

 

 Ruby cantou uma nota grave, como em ópera. Iara não conseguiu cantar por cima daquela nota. O encanto que a sereia possuíra sobre Hank se quebrou, fazendo-o voltar à sua própria consciência, com as escamas desaparecendo de seu corpo. Ele caiu no chão. 

Hank – Ruby...? 

Ruby - Até que enfim! *Ela correu em sua direção, abraçando-o* 

Hank – Obrigado por me salvar. *Ele sorriu, abraçando-a de volta* Eu escutava tudo o que você dizia, mas a canção da Iara me puxava para o rio.  

Ruby – Falando em Iara... *Ela olha para o local onde a sereia estava sentada, mas havia apenas a pedra ali* 

Hank - Será que a veremos novamente? 

Ruby – Eu espero que não tão cedo. 

Ele riu. 

Hank – E quanto à última parte?! Aquela sobre... Você me amar. Era verdade ou apenas fazia parte da canção? 

Ruby - *Corou* Era verdade. O que eu posso fazer?! Lá no fundo, eu ainda sonho com meu contos de fada. E... Achei que precisava te dizer, antes que perdesse você. 

Hank – Eu acho que preciso ser hipnotizada mais vezes. *Ele sorriu* 

Ruby riu. Ela segurou nas mãos de Hank e aproximou o rosto lentamente ao dele. Os lábios de ambos se tocaram, mas o beijo durou uma fração de segundos. Os dois ficaram envergonhados. Hank gaguejou. 

Ruby – Isso... Foi bom.  

Hank assentiu com a cabeça. 

Ruby – Foi o meu primeiro beijo. 

Hank – O-o meu também. *Ele deu um sorriso de lado* 

Os dois olharam para os lados, evitando olharem um para o outro, mas repentinamente aconteceu.  

Ruby - Podíamos tentar. 

Hank – Eu iria adorar. Eu esperei tanto por esse momento, e agora eu não sei como reagir, sabe, eu nunca fui muito social, então você foi o primeiro contato que eu tive com uma garota e... 

Ruby levou se dedo indicador para os lábios do rapaz. 

Ruby - Só não começa a falar de cones e bastonetes, por favor. 

Os dois riram. Ainda segurando as mãos um do outro, os dois fecharam os olhos e aproximaram-se para mais um beijo, desta vez mais demorado que o primeiro.  

 

... 

   

Jéssica caminhava com Kirby e Giselle.  

Jéssica - Por um acaso, vocês estão com as coisas que eu pedi para vocês pegarem? 

Giselle – Claro. *Ela sorriu* Aqui as plantas que você pediu. 

Kirby – E o fio de cabelo. 

Jéssica - Ótimo! Você tem certeza que vai funcionar, não é?! 

Kirby – Bom, minha prima nunca tentou, mas... Não custa né?! E aliás, somos mais que amigas, somos irmãs, pode confiar. 

Jéssica - Certo! *Ela continuou andando* 

Giselle puxou o braço de de Kirby. 

Giselle – Que história é essa, de irmãs? Você nunca foi próxima da Jéssica e agora está querendo pular patamar?! Primeiro você é amiga, depois melhor amiga, melhor amiga para todo o sempre, e só então, você vira uma mais que amiga, irmã! E no momento, eu sou a melhor amiga dela. 

Kirby – Bom... A Jéssica diz que sou como uma irmã para ela, e eu confio nela. *Sorri e segue Jéssica* 

Giselle – Ela fala?! *Se entristece* 

 

>>Confessionário 

Giselle – A Jéssica nunca falou nada disso comigo. Na verdade, ela me elogiava bastante no começo do programa, mas depois que essa Kirby se juntou ao grupo... Grr, essa garota sabe como jogar, mas eu já lidei com pessoas assim no colégio.  

 

Jéssica - Eu acho que é uma boa hora para eu dormir um pouco. 

Giselle – Mas... E as criaturas que o Fox falou?! 

Jéssica - Até parece que eu acredito nas palavras do fotógrafo. De qualquer forma, fiquem acordadas e de olho para que nenhum bicho estranho se aproxime de mim e... 

Kirby - Hãn... Tipo esse que está atrás de você? 

Jéssica virou-se lentamente, dando de cara com uma cobra pegando fogo. 

Jéssica - Há! Boa tentativa, Ruy, mas você não conseguiu me assustar come ssa fantasia fajuto e esse fogo falso.  

Kirby – Parece bem verdadeiro para mim. 

Giselle – Humpf, você não conhece o Ruy!  

A cobra ameaçou atacar a garota. 

Jéssica - Eu disse que já chega!  

A cobra cuspiu fogo, que passou raspando pelos cabelos da garota. 

Jéssica - AAAAAHHHH!!!!! 

Ela correu. 

Giselle – Isso significa que não é o Ruy?! 

Kirby – Acho que sim.  

As duas se abraçam e gritam quando a cobra se aproxima delas.  Algo pulou da árvore e acertou a serpente por cima. 

Ruy - NÃO SE META COM A MINHA NAMORADA, SUA SERPENTE INCANDESCENTE!!! 

Giselle – Ele está falando de mim? 

Kirby e Jéssica deram de ombros. 

Giselle – Olha, a proposta é tentadora, mas eu sou casada. 

Ruy - *Revira os olhos* Não é você, Giselle. Eu estou falando da...  

Antes que pudesse terminar a frase, ele foi atacado pela cobra, que lançou-o contra uma árvore.  

Kirby – Temos que ajudá-lo.  

Giselle – O que fazemos, Jéssica?! ... Jéssica?! 

 

>>Confessionário 

Jéssica - É óbvio que eu fugi dali, até parece que vou ficar queimada em rede nacional por aquele bicho estranho! Ela que se divirta com os três palermas lá. 

 

Jéssica corria para o lado oposto.  

—Ei! 

Alguém a chama. 

Jéssica - Quem é você? 

A pessoa aparece para ela. 

Jéssica - O QUÊ?! ISSO NÃO É POSSÍVEL! VOCÊ... VOCÊ... É... 

—Idêntica a você. *Sorriu* 

Jéssica encarou a garota, completamente confusa. Ela caiu para trás, desmaiada. 

A pessoa com a aparência de Jéssica riu. 

Cuca – Isso vai ser divertido. 

 

Giselle – Essa não, ela foi sequestrada igual ao Chris! 

Kirby empurrou Giselle, para evitar que ela fosse pega pelas chamas da cobra. 

Kirby – Ok, tenho certeza que esse é o Boitatá. 

Giselle - Você me salvou... 

Kirby – Sim... E...? 

Giselle - Você nunca gostou de mim. 

Kirby – Bem, não tem como eu dizer por que não lembro, mas até que te acho engraçada. 

Ruy – Onde está a Jéssica? Essa cobra pegou ela? 

Kirby – Eu acho que não! 

Ruy - VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO!!! *Ele correu em direção à cobra, acertando-lhe um soco no rosto* 

Kirby - Rápido, Giselle, faça os mesmos movimentos que eu. 

Giselle – Certo... 

A cobra joga Ruy contra o chão e se posiciona sobre ele. Ela se prepara para lançar chamas de sua boca, quando percebe algumas gotas de água caindo sobre ela. Logo, começou a chover, Boitatá deixou os adolescentes e rastejou para dentro de um buraco. 

Giselle – Isso é incrível! Nós fizemos chover. 

Kirby – O Boitatá tem medo de água. *Sorriu* Está bem? 

Ruy - É... Acho que queimei uma das mãos, mas sim.  

Jéssica se junta aos outros. 

Jéssica - Gente! 

Ruy – Onde você estava? *Ergueu uma de suas sobrancelhas* 

Jéssica - Claro que estava procurando um abrigo. Vamos, antes que o Boitatá apareça novamente. 

Os três participantes seguiram Jéssica, sem notar, entretanto, que a verdadeira estava próxima, desacordada no chão.  

 

... 

 

Fox e Fernando se encontravam debaixo de uma árvore. Eles comiam algumas frutas. 

Fernando - É tão bom estar aqui com você novamente. Senti falta da sua companhia. 

Fox - É, desculpe não ter ido ao encontro. Mas acho que estou perdoado, certo?! 

Fernando - É claro! *Sorriu* O importante é que você está aqui agora.  

Fox pega a sua câmera e fotografa aquele momento. Ele suspira. 

Fernando – Aconteceu alguma coisa? 

Fox - É que eu me sinto tão perdido com os acontecimentos, a saída da Sabrina, a volta dos outros participantes, a eliminação da Ashley...  

Fernando – Er... Sobre a Ashley... Hum... É uma história engraçada. 

Fox – O quê? 

Fernando se levantou, forçando um sorriso. 

Fernando – Bom, é que, meio que, ah, você sabe, não foi o que aconteceu. 

Fox - Você está bem?! 

Fernando – Glup! Quer mais uma dessas? *Ele pega uma fruta e morde* Está delicio...  

Fox – Fernando?! 

Fernando se engasga com a fruta. Fox aperta sua barriga. 

Fernando - Está... Salgada!!! 

Fox – Mas... *Ele observa uma sombra atrás de um arbusto* Hum?! 

Fernando – Preciso de água... *Ele pega uma tigela que estava ali perto e bebe* 

Fox – Eu não me lembro dessa tigela com água... 

Fernando - NÃO É ÁGUA, É PIMENTA! AAAAAAAHHHHH!!!!! *Começa a correr em círculos* 

Fox escuta uma risada baixinha. 

Fox - Já entendi tudo. *Ele sobe na árvore* Nossa, o que é aquela coisa brilhante que estou vendo? Parece muito valiosa! 

Fernando - Quê?! *Ele estava com a língua para fora, enquanto choramingava* 

Fox pulou em cima do arbusto. 

Fox – Peguei! *Ele sorriu* 

Fernando – O QUÊ?! 

O fotógrafo mostrou para ele um capuz vermelho em uma das mãos. Fernando continuou confuso. 

Fox - É claro que isso só poderia ser obra do Saci. 

Saci – Ei, devolva o meu gorro! *Ele pulava em sua única perna para alcançar a mão de Fox, mas era muito baixinho para isso* 

Fernando – Nossa, ele parece um duende.  

Saci – Duende é o seu pai!  

Fernando – E como é mal-educado! 

Fox – E adora pregar peças. Mas não se preocupe, sem seu gorro ele não pode fazer nada. Na verdade, ele fica totalmente submisso aos nossos comandos. 

Saci – Se não devolverem meu gorro, lançarei uma terrível maldição sobre vocês. 

Fox – Ah, é?! Me mostra! *Sorriu* 

Saci – Ah... Ah... Argh! 

Fernando coloca o gorro na cabeça. 

Fernando – Olha, sou o Papai Noel. 

Saci – Isso não é para brincar. 

Fernando - Sério?! Você parecia estar se divertindo muito.  

Saci – Mas agora acabou a graça. 

Flash! 

Fox – Essa vai para o meu álbum de fotos. 

Saci caiu no chão, tonto por conta do flash. 

Fernando – Ih, eu acho que você matou ele. 

Fox – Cuidado! Não se aproxime, pode ser um truque para ele conseguir recuperar o gorro. 

Saci – Ah, tudo bem, vocês venceram. *Ele se levantou* O que eu preciso fazer para me libertarem? 

Fox e Fernando se entreolharam.  

Fox – Por enquanto você fica com a gente. 

Fernando - É, decidiremos no caminho. 

Saci revirou os olhos. Fox e Fernando começaram a andar. 

Saci – Se acham que serei o mascote de vocês, estão completamente enganados. Eu não preciso dos meus poderes para sobreviver aos perigos que rodeiam a floresta e... Mesmo que a Cuca apareça e esteja zangada por eu ter roubado seu livro e eu não poder me defender... Ei! Mudei de ideia, esperem por mim. *Ele pulou atrás* 

 

... 

 

Emmett balançava Kenzinho, que dormira em seu colo, enquanto Ken se livrara das folhas usadas para limpar o garotinho.  

Ken – Foi um dia cansativo, não acha? 

Emmett - É, tem razão. Mas ao menos a chuva reduziu.  

Ken - Então vamos continuar a trilha. 

Os dois protegeram Kenzinho dos pingos de água e continuaram a andar. Eles encontraram Magia debaixo de uma árvore. 

Kenzinho – Magia, oi! 

Emmett – Onde você estava?! E o que aconteceu com a... 

Magia – Shiu! 

Ela deu a volta na árvore, o casal a seguiu. Eles se assustaram ao verem a Mula-Sem-Cabeça. 

 Emmett – Ela ainda está com você?! 

Magia – Eu tive que protegê-la da chuva, se a chama de sua cabeça apagar, ela morre. 

Emmett – E se continuar acesa, nós é que morreremos. 

Magia – Ela não quer nos fazer mal, tem mais medo de nós do que nós dela.  

Emmett – Duvido! 

Ken – Eu acho que a Magia pode ter razão, afinal, ela não fez mal para ninguém.  

Emmett respira fundo. 

Emmett - Tá! Nós vamos te ajudar a cuidar dela, apenas enquanto a chuva não passar. 

Magia – IUPI!!! Ken, me ajude a cobrí-la, Emmett, alimente ela com algumas folhas. 

Emmett – E onde fica a boca dela?! 

Magia – Hum... Eu não sei, não perguntei! 

Ken – Talvez, seja necessário apenas jogar no fogo. 

Emmett – E se ela ficar com raiva e resolver me atacar?! 

Magia – HAHA, eu adoro você, é tão neurótico.  

Ken e Magia cobriram o corpo da Mula com alguns galhos, enquanto Emmett lançou plantas no fogo de sua cabeça. A chama cresceu, assustando o rapaz. 

Magia – Viram?! Ela já está ficando melhor!  

Emmett - É... *Ele ficou paralisado* Não... 

Ken – O que houve?! 

Emmett - Ouço passos... São eles! 

Ken e Magia olharam para os lados. De repente, do alto da montanha, um grupo de índios apareceu. O Chefe da tribo apontou para o bebê nos braços de Emmett. 

Ken – Minha Nossa! Será que eles são os pais do Kenzinho?! 

Emmett – M-mas nós somos os pais do Kenzinho! 

Uma flecha foi atirada ao chão.  

Magia – Epa, eu acho que isso é um ataque.  

Mais flechas foram atiradas, os três jovens se protegeram. A Mula-Sem-Cabeça levantou-se. 

Ken – O que ela está fazendo?! 

Magia – Ela... Está pedindo para subirmos em suas costas! Vamos! 

Magia subiu no animal, puxando os dois logo depois. A Mula correu, mesmo debaixo da chuva. A tribo de índios correu para alcançá-los.  

... 

Ruy, Giselle e Kirby entram em na caverna, acompanhados da falsa Jéssica.  

Kirby – Uau, foi um belo trabalho ter encontrado esta caverna, Jéssica. 

Giselle - Só achei um pouquinho empoeirada demais. 

Jéssica fitou-a. 

Ruy – E bagunçada também. Olhem o tanto de coisas espalhadas, nem o meu quarto é assim.  

Kirby – Parando para pensar, o cheiro também deixa a desejar. É horrível.  

Jéssica - AAAAAH! SILÊNCIO TODOS VOCÊS!  

Jéssica lançou rajadas de energia contra os três competidores, fazendo-os ficarem presos dentro de uma espécie de caixa de luz amarela.  

Kirby – O quê?  

Jéssica se transformou novamente em Cuca, assustando os três ali presentes. Ela gargalhou. 

Cuca – Agora vocês não sairão daí.  

Giselle- Desde quando a Jéssica ficou tão enrugada assim?!  

Ruy – Essa não é a Jéssica, é a Cuca.  

Giselle - Quê?! Então a Cuca é uma atriz e a Jéssica era apenas uma de suas personagens?! 

Kirby - Não! Quer dizer... Até que faz sentido. 

Cuca – A amiga de vocês está dormindo como uma bela adormecida, mas não se preocupem, ela logo fará parte do nosso banquete. *Sorriu* Não só ela, como todos os outros também. Vamos ver quem mais eu posso ter como a minha presa. *Ela dirigiu-se até seu caldeirão* 

Ruy – Me lembrem de nunca mais aceitar salvar o Chris. 

Giselle – Esperem... É A CUCA! 

 

... 

 

Blair, Bertha, Brady e Chris saem da água. 

Blair – Aquela foi por pouco. 

Bertha – Certo, eu preferia mil vezes os desafios malucos do Chris. 

Chris – Eu quero brincar.  

Bertha – Essa não é a melhor hora, acredite em mim. 

Chris – Titia má. *Ele chuta a perna de Bertha* 

Bertha – Outch! *Ela range para Chris* Eu pego você! 

Ela corre atrás da criança. 

Chris — Socorro, a tia malvada quer me pegar! 

Brady – Isso não é hilário? 

Blair – Tirando a parte do quão assustador, sim. *Sorriu* Hãn... Você queria me dizer algo mais cedo?  

Brady - É, queria sim. Pode ser meio loucura o que vou dizer, mas... 

Bertha – CHRIS!!! Venha aqui imediatamente, você não sabe nadar. 

Chris estava na beira do rio, mostrando a língua para Bertha. 

Chris – Sei sim. 

Bertha - Não sabe, é apenas uma criança.  

Chris pulou no rio, Bertha correu para segurá-lo, mas não conseguiu chegar a tempo. Brady e Blair se assustaram.  

Brady – Fiquem tranquilas, eu vou pular lá e... 

Blair – Espere, veja só. *Apontou* 

Chris estava voltando à superfície, em cima de um belo golfinho rosado. Ele pulou no colo de Bertha. 

Bertha – Certo, isso sim me surpreendeu.  

O golfinho chegou à margem, e uma luz branca o envolveu. Ele se transformou em um homem de terno e chapéu. 

Brady – O Boto-Cor-de-Rosa. 

Boto - Olá, bela garota. *Ele sorriu para Blair* Por que é a primeira vez que a vejo por aqui? 

Blair – Ah... Não sei. Eu acho que é a primeira vez que eu passo por aqui mesmo.  

Boto – Hum... Você não tem curiosidade de conhecer o fundo do rio comigo? 

Blair – Parece interessante, mas meio que estamos fugindo da Cuca. 

Boto – Ah, não se preocupe, ela não pode fazer nada com você lá embaixo.  

Brady – O que está acontecendo? 

Bertha – Eu acho que ele está dando em cima dela.  

Chris – Gente, amei esse casal! 

Brady – Eles não são um casal, seu tampinha! Acabaram de se conhecer. 

Chris – Ah, é? Então por que eles parecem que estão prestes a se beijar? 

Brady - Não parece!!! 

Blair – Eu agradeço a sua proposta, mas prefiro ficar em terra firme mesmo, obrigada. *Sorri* 

Brady – Esse assunto está muito interessante, mas acho melhor nós irmos. 

Chris – Ele está com cium... 

Bertha tampa a boca do garoto. Chris morde a sua mão, fazendo a garota gritar. Bertha belisca o braço dele, e Chris começa a chorar. 

Boto – Bom, se precisar de mim, estarei pelas águas. Tome este apito, assopre-o e aparecerei. 

Blair pega o apito. Boto beija sua mão como forma de despedida e retorna para a água.  

Brady – Pode deixar que eu jogo isso fora para você. 

Blair – Muita generosidade, mas acho que vou ficar com isso.  

Brady – Ah... Ta. 

Blair - Então, o que queria me contar? 

Brady – Nada. Não era nada demais não. 

Blair se entristeceu. 

Blair – Ah! Tudo bem então. 

Bertha bateu com a própria mão em sua testa. 

... 

Curupira estava com a lança em suas mãos, observando todos os lados. Thiara estava sentada em uma pedra, massageado os próprios pés. Ele andou até ela. 

Curupira – Tome, caminhamos muito, você deve estar com fome. 

Thiara – O que é isso? 

Curupira - É cupuaçu.  

Thiara - Não está envenenada, não é? 

Curupira - Não, por que eu faria isso? 

Thiara – Nada. *Sorriu, aceitando a fruta. O rapaz ainda observava-a* O que foi? 

 Curupira - Não sei, eu gosto de olhar Thiara.  

O garoto se afastou. Thiara pegou a caixinha e se levantou, ela ficou encarando o objeto por algum tempo. Ao virar-se, deu de cara com o Curupira. 

Curupira - Você que me entregar alguma coisa? 

Thiara – Sim... É claro. O que é aquilo? 

Curupira olhou para trás, e acabou recebendo um chute da garota, que o derrubou para chão. Thiara correu, com a caixinha em mãos. Ela olhou para trás, e não podia mais vê-lo. Ele apareceu em sua frente, segurando seu braço. 

Thiara - Não! Me solta. *Ela se debatia* 

O Curupira aproximou uma flor do rosto da garota, e ela foi desacordando a cada segundo que sentia o forte odor. Thiara acabou desmaiando. O Curupira transformou-se em Cuca. 

Cuca – Olha só, isto é bem melhor do que a garota. *Estava com a caixinha em mãos* 

Ela ouviu passos e uma fumaça verde a encobriu. A bruxa desapareceu assim que o verdadeiro Curupira chegou. 

Curupira - Não sinto mais o cheiro da jacaroa. *Ele avistou Thiara no chão* Thiara, Thiara. *Correu para socorrê-la* A Cuca me atacou, o que será que ela fez com você?! 

... 

 

Chef corria com uma de suas bazucas em mãos. Ele se deparou com Hank e Ruby. 

Chef - Até que enfim encontrei alguém.  

Hank – O que foi, Chef? 

Chef – Esse episódio está uma loucura! Temos que invadir a caverna da Cuca, ela sequestrou alguns participantes.  

Ruby – Minha nossa! Isso será muito perigoso. 

Hank – Vou pedir ajuda.  

 

... 

 

Fox e Fernando encontram Jéssica, ainda desacordada. 

Fox – Olha, o que será que aconteceu com ela?! 

Fox balança Jéssica. 

Saci – Eu acho que já era, ela morreu. 

Fernando - Não diga isso! 

Jéssica - Urgh... O que houve?! 

Fernando - É o que queremos saber. 

Jéssica - AH! Eu tenho uma clone andando por aí com o meu rosto. 

Fox - Você bateu a cabeça?! 

Jéssica - Não, eu acho... 

Saci – Tenho certeza que isso é obra da Cuca. Ela ama se transformar em outras pessoas. 

Jéssica - Até duendes existem aqui? 

Fernando – E onde estão os outros? 

Jéssica - E eu sei lá, eles sumiram. 

Fox – Hum... Será que ela aprontou algo com eles? Vamos descobrir! 

Fernando – O que você planeja fazer? 

Fox – Invadir a caverna da Cuca, é claro! 

Fernando - VOCÊ FICOU MALUCO?! 

Saci – ELA VAI NOS MATAR! 

Fox – Bom, fiquem se quiserem, mas eu estou indo.  

Saci – Ouviu ele, vamos ficar. 

Fernando - Não vou deixar ele ir sozinho, é muito perigoso. 

Saci – Ir enfrentá-la é perigoso. 

Fernando – Olha, se você for com a gente, eu entrego o seu gorro de volta. 

Saci - *Suspirou* Feito! Mas se morrermos, a culpa não é minha! 

Fox - Você vem, Jéssica? 

Jéssica - Estou logo atrás. 

... 

 

Magia – Acho que aqui estamos a salvo.  

Emmett – Eu não posso deixar eles pegarem o Kenzinho, não posso. 

Ken – Hum... 

Emmett – O que você está pensando, Ken? 

Ken - É que... Eu sei que você se apegou a ele, por que eu também me apeguei. Mas... 

Emmett – Mas...? Você não pode dizer que eu tenho que entregar a eles, eu adotei o Kenzinho, ele é nosso filho. 

Ken – Eu sei! *Ele suspirou fundo* Lembra quando a Tina roubou o Kenzinho? O quanto ficamos preocupados? 

Emmett – Como poderia me esquecer? 

Ken – E se... Nós estivermos fazendo o mesmo com os pais dele? Eles devem ter ficado tão preocupados como nós ficamos, e só querem ter o filho de volta. Você não pode tirar isso deles. 

 Emmett fechou os olhos e permitiu que lágrimas escorressem pelo seu rosto. 

Ken – Eu estarei aqui, custe o que custar. *Ele abraçou o namorado* Mas acho que chegou a hora de fazermos o que é certo. 

Emmett assentiu, alisando o rosto de Kenzinho.  

A tribo dos índios se aproximou, eles estavam procurando pelos participantes. Dentro os arbustos, Emmett e Ken apareceram. Os índios miraram as flechas para eles, mas o chefe pediu para abaixar assim que viu o garotinho sorrindo. 

Emmett – Ah, Kenzinho!... Eu nunca vou me esquecer de você. *Ele abraçou o bebê, que retribuiu o abraço* Promete que não irá se esquecer de mim? 

O bebê assentiu. Emmett colocou a criança no chão, e ela começou a engatinhar em direção aos outros índios. O bebê parou no meio do caminho e voltou. A criança limpou as lágrimas do garoto, que sorriu. Ken colocou a mão sobre os ombros do namorado.  

Emmett – Me desculpem por ter fugido... Eu só não conseguia aguentar a dor de deixá-lo ir. 

O chefe da tribo pegou o bebê nos braços. 

Chefe – Nos desculpe por ter atacado vocês, achamos que ele tivesse sido capturado, mas acabamos de perceber que ele foi cuidado. Estávamos muito preocupados com eles, então, obrigado. *Ele deu um sorriso sincero* 

Os índios se prostraram diante de Emmett e Ken e deram as costas. Os dois observavam o pequeno indiozinho indo embora. Ele olhou para ambos e sorriu. 

Kenzinho – Pa...pais... 

Emmett e Ken se abraçaram. 

Ken - Você sabe que foi o correto a se fazer. 

Emmett – Sim... Mas não foi o mais fácil. 

Magia olhou para a Mula-Sem-Cabeça. 

Magia – Eu odeio despedidas. 

A Mula deixou que Magia a acaricia-se.   

Magia – Ainda seremos amigas, não é?! 

A Mula assentiu. Logo após, ela correu para longe daquele local. 

 

... 

Fox, Fernando, Jéssica e Saci se esconderam atrás de uma árvore, próxima à caverna da Cuca. 

Fox – Certo, todos sabem o que vamos fazer. Ela parece que ainda não chegou. 

Saci – Eu trato de averiguar isso.  

O Sacizinho transformou-se em um pequeno furacão e adentrou a caverna. 

Jéssica - Se ele não sair, significa que nós não vamos entrar, certo? 

Fernando – Pelo contrário, vamos entrar logo. 

Fox – Nossa, nunca vi você tão animado para enfrentar criaturas sobrenaturais. *Sorriu* 

Fernando - É... Então vamos.  

Fox – Eu acho melhor criarmos um plano primeiro... 

Fernando revirou os olhos. 

Fernando – Vamos logo! 

Fox - Você está bem?! 

Fernando – Estou, é que... Me preocupo com os outros. 

Jéssica - Concordo com o Fernando, quanto mais cedo isso acabar, melhor. 

Fox assentiu e tomou a liderança, sendo seguido por Jéssica e Fernando. Saci retornou para o mesmo local. 

Saci – Tudo certo, pessoal... ?!... Ué, onde aquela cambada se enfiou?... *Ele se assustou ao ver Fernando preso em uma árvore* 

Fox – Olhem, são os outros participantes! 

Jéssica olhou para as sombras no chão e notou que a de Fernando havia mudado. Ela olhou para atrás. 

Jéssica - AAAHHHHH!!!! 

Fox – O quê? *Ele também olhou* AH! CUCA! 

Cuca riu. 

Cuca – Nos encontramos novamente fotógrafo! Da outra vez você pode ter quebrado meu feitiço, mas desta vez você não escapará.  

Cuca foi atingida por uma sequência de cocos verdes. 

Chef – Cansei dessa palhaçada.  

Cuca – GRR *Ela atirou raios vermelhos contra ele* 

Fox – CHEF! 

Chef - *Coaxando* 

Jéssica - Ótimo, o Chef agora é um sapo. 

Cuca – E VOCÊS FARÃO COMPANHIA A ELE. 

Alguém começou a cantarolar, chamando a atenção de Cuca. 

Ruby – La la la la la! La la la la! *Dançava balé, passando em frente à caverna* 

Cuca – Hum... Essa eu transformarei em um Uirapuru. *Sorriu* O passarinho que canta, mas não pode ser visto. 

Ruby pulou para o lado. Hank apareceu, cruzando os braços e encarando Cuca. 

Cuca – O que foi?! A Cuca comeu a sua língua?! *Riu* 

Hank juntou as mãos e começou a fazer o som de vários animais. Eles iam se juntando ao garoto. 

Cuca – Ownt, está chamando os amigos da floresta.  

Uma tropa de animais formou-se atrás dele.  

Hank – ATACAR!!!!!!!!!! 

E assim, os animais iam entrando na caverna de Cuca, indo em direção a ela. Onças, Jiboias, aranhas, macacos e pássaros. Todos eles combateram a bruxa.  

Ruy – Muito bem, Hank! 

Giselle – Agora nos tire daqui.  

Fox - Não dá, é a magia dela.  

Saci – DESTRUA O LIVRO! *Ele chegou pulando* É A ÚNICA FORMA. 

Hank avistou o livro de magia. Ele correu para alcançá-lo. No entanto, Cuca apareceu em sua frente, em meio à fumaça verde, seguro em seu braço e lançou contra a parede. Todos os animais haviam sido derrotados. 

Ruby – Hank! *Ela saltou em direção à bruxa, acertando-lhe dois socos e três chutes* 

Cuca lançou seus raios vermelhos, deixando a cantora completamente paralisada. 

 

>>Confessionário 

 

Saci - NÓS VAMOS MORRER! 

 

 

Cuca – E agora, apenas vocês podem me enfrentar *Encarou Fox e Jéssica* O que vão fazer? Ah, eu tenho uma ideia ótima do que fazer com você.  

Raios vermelhos foram lançados pela bruxa, atingindo Jéssica. Em instantes, a ruiva havia se tornado apenas uma boneca.  

Fox - Jéssica! 

Cuca – Vou brincar muito com ela. *Riu* 

A jacaré olhou para a entrada da caverna, e viu o grupo de Mapinguaris entrando. Eles estavam acompanhados dos participantes Blair, Brady, Bertha, Emmett, Magia e Ken, com o pequeno Chris e Thiara desmaiada no colo de Curupira. 

Cuca – Eu tenho um feitiço diferente para cada um de vocês. 

O líder dos Mapinguaris fez um gesto e todos correram para atacá-la. Todos pularam em cima da bruxa, na intenção de imobilizá-la. Uma nuvem negra se formou no teto da caverna e raios de energia acertaram cada um deles. Cuca gargalhou ainda mais, por ser a única em pé.  

Cuca – Isso é tudo o que vocês têm? Desse jeito fica sem graça derrotá-los.  

Fernando – Isso era apenas uma distração, sua bruxa burra. 

Cuca olhou para trás. Fernando pegou a sua caneta e começou as rasgar as páginas do livro. 

Cuca - NÃO!!! NÃÃÃÃÃÃOOOO!!! 

O livro de magia brilhou e acabou explodindo, lançando Fernando para trás. Cuca sentia a magia saindo dela. Os animais se levantaram, firmes e fortes, Thiara acordou, ainda estava nos braços de Curupira, que sorriu ao vê-la abrir os olhos. Ruby voltou a se mover, Jéssica deixou de ser uma boneca, a caixa de energia desapareceu, libertando Ruy, Giselle e Kirby. Chef transformou-se de sapo para homem novamente, e Chris cresceu, também estava no colo de Bertha. Ele sorriu. 

Bertha – Argh! *Ela soltou-o, fazendo cair no chão* 

Chris – AIE! 

KIRBY - Não entendi, por que os Mapinguaris nos ajudaram? 

Magia – Eles que nos trouxeram para cá.  

Hank – Bom, na verdade eles nunca foram maus e nem quiseram machucar o Chris, mas sentiram-se ameaçados, afinal estamos invadindo o espaço deles. 

O líder dos Mapinguaris assentiu. 

Chef – Eu falei que não tínhamos direito à Floresta inteira! 

Chris – Bla´, blá, blá, por acaso tenho cara de quem lê os contratos?! 

Brady – E onde foi parar a Cuca?! 

... 

A bruxa estava totalmente enfraquecida, correndo pelas árvores. 

Cuca – Eu posso ter perdido para aqueles adolescentes, mas ainda tenho isto. *Ela sorriu, pegando a caixinha*  

Um nevoeiro se formou nas águas, ela se assustou. A sombra de uma cobra enorme apareceu. 

Cuca – Norato! *Ela deu alguns passos para traz* Você não pode fazer nada comigo, eu tenho isto. *Mostrou a caixinha*  

Os olhos da cobra brilharam. A vilã acabou soltando o objeto, que caiu na água e foi levado pelas correntezas. Cuca fugiu.  

 

... 

 

>>Casa da Árvore 

 

Chris – E hoje foi um dia que nós nunca mais nos lembraremos e nem comentaremos, certo?! Ninguém precisa saber disso. 

Chef – O dia de hoje virou episódio. 

Chris – O quê?! Quero dizer... *Sorrio envergonhado* Bom, enfim. Obrigado a todos por terem ido ao meu encalço, como prometido pelo Chef, Brady está imune à próxima votação, e como eu sou generoso, hoje ninguém será eliminado! 

Os participantes comemoravam.  

Chris – Mas no próximo, alguém pulará da tirolesa. Quem será?! Fiquem ligados para mais surpresas que virão aqui em... DRAMA... TOTAL... A CORRIDA AMAZÔNICA!!! 

... 

Giselle e Kirby conversavam. 

Kirby - Então, a Jéssica fez todos os passos do ritual? 

Giselle –Sim, agora ela está no banho de ervas medicinais. *Sorrio* 

Kirby – Legal! Que erva você pegou?! 

Giselle – Era uma folha verde, um pouco baixa que nasceram ali próximos da cabine do banheiro. 

Kirby – Hum... Não foi Hera Venenosa, não é?! 

Jéssica saiu correndo do banheiro, apenas de toalha. Ela estava toda vermelha e se coçava.

Jéssica - AAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!

Giselle - Ops...


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Notas finais do capítulo

Vocês não imaginam o quão ansioso eu estava por este capítulo! Além de poder trabalhar com lendas da Amazônia e figuras folclóricas brasileiras. Uma pena eu não ter conseguido postar este capítulo no Dia do Saci, mas tudo bem rs.

A música instrumental é Carmen - Habanera.