Ordem da Fênix - Origens escrita por Juliana


Capítulo 1
O Convite


Notas iniciais do capítulo

Esse primeiro capítulo é quase como um treino, quero ver qual vai ser a reação de vocês, se vão comprar a ideia/o jeito que eu escrevo.
Acredito que esse também vai ser um dos capítulos mais "leves" e todos. Pretendo que a série seja bem dark, retratando bem uma guerra.



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A gravata ainda não estava do seu agrado, James percebeu bufando. Maldita hora em que havia prometido a Lily fazer um nó tipicamente trouxa e ainda por cima, manualmente. Já havia tentado de todas as formas que imaginava ser possível mas nada adiantou. Olhou no espelho mais uma vez e de repente sua gravata estava perfeita, soltou uma exclamação assustada antes de ver Remus Lupin, pelo reflexo do espelho, apontando a varinha para ele. 

— Remus, eu prometi! 

— Por Merlin, James, sabe que ela não vai se importar. Estou lhe fazendo um favor, e à todos nós, se nos atrasarmos para formatura McGonagal nos mata. 

James concordou lamentando, o amigo tinha razão, como sempre. Lily realmente não se importaria com a gravata, na verdade, ele até mesmo podia imaginá-la rindo ao constatar que ele falhara na promessa, “Parece que até um nó trouxa derrotou James Potter, vejam só” ela diria abraçando-o. 

 Lupin também tinha razão em dizer que Minerva os mataria se atrasassem; ela, assim como todos, andava tensa nos últimos tempos. Desde que a guerra começara, todos os professores e alunos estavam estressados, preocupados, sem saber o que esperar do dia seguinte, ou melhor, do instante seguinte. Tudo parecia incerto o tempo inteiro desde que Voldemort - céus, James sentia o ódio só em pensar no nome dele - surgira com sua ira contra os trouxas e nascidos-trouxas. Por isso, também, que o habitual baile de formatura havia sido cancelado, haveria apenas uma solenidade com as famílias dos formandos para que a data não passasse em branco. 

Dumbledore temia que, ao realizar um grande evento, pudesse chamar atenção de Voldemort e seus comensais para a escola pondo em risco a vida de seus alunos. James, apesar de um grande fã de festas, e diferente de muitos alunos, concordava com a decisão do diretor. Na verdade, ele nem conseguiria aproveitar qualquer festa que fosse, não quando sua namorada – por ser uma nascida-trouxa – era um alvo óbvio para Voldemort. O medo de perdê-la fazia sua espinha estremecer e, por isso, não conseguia pensar em outra coisa além de formar-se logo e enfrentar essa guerra de frente. Ele nunca foi um garoto de se esconder e estar preso atrás dos muros da escola o fazia sentir impotente. Queria estar lá fora, duelando com comensais, lutando, fazendo algo importante de fato. 

Era por esse motivo, também, que dia e noite ele se encontrava treinando duelo em salas vazias de Hogwarts com os amigos e Lily, sem nem ao menos se importar em entregar as tarefas de disciplinas desimportantes como Adivinhações e Herbologia – talvez devesse atribuir à isso suas notas nem tão boas nos N.I.E.M.s 

— Vamos? - A voz de Sirius tirou-o de seus devaneios. - Já está quase na hora, precisamos descer logo!

— Ele fala como se não estivéssemos até agora esperando-o sair do banheiro, não é mesmo? - Lupin debochou do amigo, arrancando pequenas risadas dos demais. 

Potter olhou para os amigos e sorriu, sentia orgulho da família que havia formado em Hogwarts, até mesmo de Peter que no momento dava uma última olhada no traje horroroso que usava. Não fazia ideia de como seus dias na escola teriam sido se não fosse por eles, também não fazia ideia de como seria sua vida dali em diante, mas tinha segurança em dizer que eles estariam presentes o tempo inteiro. Sirius principalmente, já que este morava em sua casa lembrou-se revirando os olhos.  

Todos caminharam para a saída, não sem antes dar uma última olhada naquele que havia sido o lar de cada um deles nos últimos sete anos, o dormitório dos Marotos. 

 

~~~~ 

 

James mal podia acreditar em tamanha beleza ao vê-la descendo as escadas do saguão principal. Lily Evans usava um vestido simples, preto e escorrido, sem muitos detalhes mas que combinava perfeitamente com seus traços delicados, o cabelo solto porém cacheado, diferente do normal. Deslumbrante, ele pensou, como sempre. Apressou-se para estender o braço antes que ela chegasse ao último degrau. 

— Madame, por favor. - Uma reverência exagerada feita por ele indicava o caminho que ela devia seguir. 

— Sempre tão exagerado, Potter. - Ela riu estendendo-lhe o braço, James amava o som de sua risada principalmente por estar cada vez mais rara - Você está lindo, amor. 

— Ainda não o suficiente para andar ao seu lado. 

— Hey Evans, está muito bonita. - Sirius aproximou-se do casal seguido de Remus e Peter. 

— Sirius tem razão, Lily, está muito bonita. 

— Obrigada, rapazes, vocês também merecem parabéns. 

Os comentários dos amigos não enciumava James – diferente de muitas outras coisas que o deixavam realmente louco – na verdade, agradecia por todos terem ficado tão próximos depois de ele, finalmente, ter conquistado Lily Evans. Tudo aconteceu tão naturalmente, tanto seu relacionamento quanto a proximidade dos amigos com sua namorada que eles nem ao menos perceberam o momento exato em que Evans virara praticamente a quinta integrante do grupo. 

Seguiram os cinco para o salão principal, que havia sido magicamente expandido para receber os familiares de cada bruxo. 

— Estou chateada que eles não tenham podido vir. - Lily confessou baixo no ouvido do namorado referindo-se aos seus pais. 

— Está tudo bem, amor, eles sabem que fez isso para sua proteção. E amanhã já vamos vê-los. 

Isso pareceu deixá-la ainda mais triste. Lily havia decidido deixar seus pais definitivamente longe de magia, por isso os proibira de comparecer à sua formatura e no dia seguinte iria até a casa deles para uma despedida definitiva. Fazia isso porque descobriu, após investigar durante semanas cada ataque de Voldemort à vilarejos trouxas, que sempre havia pelo menos um parente próximo de um nascido-trouxa morando por lá, às vezes os pais, outras os avós, nem mesmo os tios saíam ilesos. 

— Lily. - A voz calma de James em seus ouvidos pareceu tirá-la do transe em que emergira pensando nos pais. - Eu te amo, está bem? E estou aqui, não fique triste, tudo vai melhorar. 

A menina respondeu com um pequeno sorriso. Tudo vai melhorar, era a frase de James. Ele falava a todo instante, todos os idas, incansavelmente. E, por incrível que pareça, ela acreditava. Sentia-se segura ao ouvi-lo falar com tanta convicção, não duvidando nem por um segundo de suas palavras. 

— Filhos!  

Uma voz conhecida de James e Sirius os fez virar. Seu pai chegara. Eles sorriram como nunca e abraçaram-no juntos, quase sufocando-o. 

— Com calma, rapazes, com calma! O velho Charlus já não é mais o mesmo! - A risada característica fez Lily sorrir também, James tinha mesmo a quem puxar. 

— Senhor Potter. - Lupin adiantou-se para apertar a mão do mais velho assim que os outros dois o soltaram, sendo seguido por Peter. 

— Olá, garotos, quanto tempo! E, vamos ver, essa deve ser Lily Evans, minha nora. - O homem sorriu para a ruiva ao lado de James, estendendo-lhe a mão. - É um prazer finalmente conhecê-la, não sabe o quanto ouvi falar de você. - Ele riu, fazendo-a rir também. 

— Também ouvi muito falar do senhor, senhor Potter. - Evans observava o sogro atentamente, James era ainda mais parecido com ele do que as fotos mostravam. 

— Oh, não tanto quanto eu, eu espero. James aqui só fala o seu nome durante as férias desde que tinha, sei lá, 13 anos? 

— 12. - Sirius corrigiu. 

— Isso mesmo, 12 anos! - Charlus soltou uma risada alta que contagiou a todos.  

James abraçou Lily ainda mais apertado, não tinha vergonha nenhuma de todo o tempo em que fora perdidamente apaixonado pela garota. Pelo contrário, sentia-se extremamente feliz, estar com Lily era um sonho realizado. Estava realizado também por ter o pai ali naquela noite, sua risada contagiante era revigorante depois de toda a tensão que eles vinham enfrentando nos últimos tempos. 

— Vamos sentar. - A voz de Peter foi ouvida pela primeira vez na noite – Dumbledore já vai começar o discurso. 

Sentaram-se todos juntos e James aproveitou a oportunidade para cochichar no ouvido do pai: 

— Preciso falar com o senhor, não vá embora antes disso. - Charlus assentiu, curioso. 

— Boa noite, damas e cavalheiros. - Dumbledore levantou-se, fazendo com que todo salão ficasse em silêncio. - Estamos aqui hoje para parabenizar nossos nobres estudantes que concluíram, com êxito, seus estudos em Hogwarts. Todos sabemos, no entanto, que não há clima para comemorações exacerbadas. - Seu tom de voz ficou ainda mais sério. - Todos aqui presentes perderam um ente-querido ou conhecido nos últimos tempos, a guerra que nos ronda é devastadora e cruel, apesar disso, creio que não devemos nos deixar abalar, é preciso enfrentá-la de frente. A festa de hoje foi cancelada como um sinal de respeito à tristeza e o luto de todos e não porque estamos acovardados e Lord Voldemort sabe muito bem disso. - A menção do nome fez com que muitos se contorcessem em suas cadeiras. - Tenho certeza de que com força, coragem e principalmente, união venceremos todos os obstáculos que nos forem impostos. Aos jovens que estão saindo daqui, faço um apelo: usem todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos nesta escola, para a luz e nunca, jamais, para as trevas. Aproveitem a cerimônia e bom jantar à todos!  

O discurso terminou com um sorriso acolhedor e quase todo o salão levantou para aplaudir o diretor. Exceto, James notou, o pequeno grupinho que todos sabiam ser  jovens comensais e sua família. 

— Não sei como Dumbledore permitiu que se formassem. - Sirius pareceu ler os pensamentos do amigo pois comentou isso olhando exatamente para o mesmo grupo que James encarava. - Vocês sabem, MalfoySnapeHawley, Lestrange, essa trupe toda. Todo mundo sabe que eles têm a marca negra no braço muito antes do ano começar. 

— Talvez tenha sido exatamente por isso. - Foi Lily quem respondeu. - Talvez ele tivesse esperança que em Hogwarts eles pudessem mudar de ideia, talvez quisesse mantê-los afastados de Você-Sabe-Quem o máximo de tempo possível. 

— Voldemort. - James falou, sério. - O nome dele é Voldemort e não podemos ter medo de pronunciar. 

— Eu só... não sei, parece tão aterrorizante... - ela pareceu refletir por alguns segundos antes de suspirar e acabar concordando. - Tem razão, não chamá-lo pelo nome torna tudo ainda pior. 

Todos na mesa assentiram em concordância, era preciso nomeá-lo para humanizá-lo e, dessa maneira, fazer com que ele se tornasse tão fraco e comum quanto qualquer um. 

 

~~~~ 

 

Depois da cerimônia e antes que o jantar fosse servido, James chamou seu pai para longe dos amigos.  

— O que houve, filho? Desse jeito você me preocupa. 

—Não é nada demais. - O garoto, levou a mão aos cabelos, bagunçando-os ainda mais. Seu pai o conhecia o suficiente para saber que esse era um claro sinal de nervosismo. - Bom, na verdade é, mas nada preocupante. - Ele pigarreou e soltou de uma vez só. - Lily vai morar conosco! 

Seu pai o olhou, as sobrancelhas arqueadas e sua expressão sempre divertida foi substituída por uma severa. 

— Não acredito que você engravidou a garota antes mesmo de saírem de Hogwarts. Pelas cuecas de Merlin, James, quantas vezes disse pra controlar suas calças?! - Antes que o filho pudesse responder, a expressão de Charlus suavizou-se novamente. - Bom, quer dizer, isso não é de todo ruim. Sempre quis conhecer meu neto e, você sabe, estou ficando velho. Já passei noites sem dormir imaginando que nunca teria essa oportunidade e... 

— Lily não está grávida. - James o interrompeu, falando como se o pai fosse louco só de imaginar essa possibilidade. - Céus, o que você pensa que eu sou, hein? 

— Uh, não está, é? - Ele pareceu até um pouco decepcionado. - Então, porque ela virá morar com a gente, assim tão rápido? 

— Bom, você sabe, Lily é filha de trouxas e ela realmente teme que, morando com seus pais, possa colocá-los em perigo. Conversamos sobre isso muitas vezes durante o ano, ela não queria aceitar no início, queria ir morar sozinha, mas eu a convenci. Quero tê-la por perto. Eu só esqueci de... hum, pedir pro senhor antes? 

— Você sabe que não precisa me pedir nada! A casa é nossa. Fora que será bom, não é mesmo? Ter uma presença feminina em casa novamente, depois que sua mãe nos deixou. 

Os dois trocaram olhares tristes, a mãe de James havia falecido no meio de seu sexto ano escolar. Vítima de uma enfermidade que a acompanhou por anos. Quando partiu, tanto James quanto Charlus sabiam que ela havia descansado, ainda assim, ainda era doloroso lembrar dela. 

— Queria que ela estivesse aqui. - O garoto murmurou, um nó se formando em sua garganta. 

— Eu não. - James encarou o pai surpreso, e até um pouco irritado. Então ele continuou. - Sua mãe era boa demais, filho. Sinto que ela partiu quando devia partir. Antes dessa guerra toda explodir e mostrar o que há de pior nessa humanidade. Tenho certeza que tudo isso acabaria ainda mais com sua saúde. Eu sempre vou amá-la e lamento todos os dias sua morte, mas agradeço que ela não esteja vivendo toda essa a desgraça que tem rondado nosso mundo. 

Potter mais novo sentiu-se obrigado a concordar. Sua mãe fora boa demais pra um mundo tão cruel. Antes que pudesse responder, McGonagal aproximou-se dos dois. 

— Potter. - Ambos se viraram, mas Minerva olhava apenas para Charlus. - Dumbledore está chamando em sua sala. - Então, a contragosto, virou-se para James. - Na verdade, Merlin sabe o quão contra isso eu sou, mas ele está chamando você também, James. Você, seus amigos e Evans. 

— Porque? O que... 

— É sobre aquele assunto, Minerva? - Charlus interrompeu o filho. 

— Sim. Aquele assunto.  

E foi embora, deixando um Potter extremamente confuso e outro, preocupado. 

 

~~~~ 

 

Nenhum dos amigos havia entendido o que estava acontecendo, quando James os chamara eles o seguiram pedindo por explicações mas aparentemente, nem ele sabia o que estava acontecendo.  

Lily segurava a mão de James tão forte que ele achava que a menina quisesse arrancá-la. 

— Peter, por Merlin, nenhum de nós conseguiu jantar, pare de resmungar! - James extravasou, não aguentaria nem mais um minuto de reclamações do amigo. Virou-se para namorada e prosseguiu, num tom mais baixo. - E, amor, por favor, desse jeito você vai acabar quebrando os meus dedos. 

— Desculpa. - A ruiva pediu envergonhada. - Estou nervosa. O que será que Dumbledore pode querer com a gente? 

— Não sei. Não faço a mínima ideia. 

— Sapos de Chocolate.  

Eles haviam chego e todos pareceram surpresos ao perceber que Charlus Potter sabia a senha do escritório do diretor. A surpresa foi ainda maior quando entraram na sala e encontraram mais de 20 pessoas dentro dela, inclusive outros alunos da escola, James foi capaz de reconhecer Alice Green, Frank LongbottonDorcas Meadowes, Marlene McKinnonEmmeline Vance e Amos Diggory. 

James gostaria de ter estado na sala de Dumbledore em outra circunstância, alguma que não o deixasse tão apreensivo pela curiosidade e não tivesse deixado o cômodo tão lotado de forma que tornava quase impossível observar o local com clareza, mas todos os lugares em que seu olho pousava o deixava intrigado – e maravilhado – inclusive a Fênix que pousava elegantemente seu vôo no ombro do diretor. Mesmo sendo de família bruxa, Potter jamais havia visto uma Fênix antes, não eram criaturas comuns. 

— Finalmente, só esperávamos vocês! - A exclamação do diretor tirou-o de seus devaneios. - Receio que não haja lugar para todos sentarem, então esta pequena reunião terá de ser feita de pé, sinto muito. Estou vendo que muitos estão confusos com o motivo pelo qual os convoquei, ficarei feliz em esclarecer. - Ele prosseguiu, a voz calma e suave que magicamente conseguia relaxar todos os presentes. - Como bem sabem, estamos em guerra. E, pensando nisso, eu, Moody, Minerva e o senhor Potter decidimos criar uma força-tarefa de combate aos comensais e ao próprio Voldemort.  

Ele parou de falar e todos os presentes seguiram em absoluto silêncio. Olhando-se entre si, ansiosos e curiosos, ainda sem saber exatamente o que estava acontecendo. 

— E aí? Não vão falar nada?  

Um homem, que não parecia velho mas que já possuía cabelos grisalhos questionou, James não deixou de reparar em suas inúmeras cicatrizes e seu olho falso, girando em todas as direções da sala. 

— Oh, permitam-me apresentá-los Alastor Moody, o chefe dos aurores e a quem me referia. - Dumbledore comentou, ainda com tranquilidade. 

Mais alguns segundos de silêncio até que: 

— O que exatamente estamos fazendo aqui? - Foi McKinnon quem perguntara.  

— Não é óbvio? - Mesmo que a pergunta parecesse grosseira, o tom simpático de Dumbledore amenizava a situação. - Tenho observado cada um de vocês, alunos, presentes nesta sala e sei o quanto têm treinado e se dedicado para o que virá. Os demais são bruxos experientes e de extrema confiança. Conheço cada um aqui e sei o quanto repudiam, assim como eu, os pensamentos e ideais de Voldemort. Reuni todos aqui hoje, enquanto os demais se distraem com a singela comemoração, para convidá-los a se unir a nossa força-tarefa, a Ordem da Fênix. 

Aquelas palavras aqueceram o coração de James. Era isso. Era isso o que esperava de quando saísse de Hogwarts, sem todos aqueles meses de treinamento para virar auror antes de ir para a guerra. Nem podia acreditar que Dumbledore o havia convocado, e ainda por cima que o diretor vinha trabalhando a ideia com seu pai e... 

— Eu quero. - A voz de Lily trouxe James de volta. Ela foi a primeira a se pronunciar depois do silêncio. - Quero lutar. Estou disposta a fazer o que quer que seja para acabar com essa guerra. 

— Eu também.  

Foi James quem falou, abraçando a namorada pelos ombros. Em seguida, cada um de seus amigos concordou, assim como todos da sala, uns mais receosos do que outros, mas todos parecendo determinados. 

— Só uma coisa me intriga, se temos os chefes dos aurores, não temos também os aurores? Quer dizer, porque precisamos dessa força-tarefa se temos pessoas preparadas para tal? 

— Senhorita Evans, - Dumbledore olhou no fundo de seus olhos verdes enquanto respondia - presumo, pela sua pressa em concordar, que esteja ansiosa para lutar e que não esperaria sentada em casa enquanto “as pessoas preparadas” cuidam de tudo, estou certo? - Lily foi obrigada a concordar. - Pensando nisso e sabendo que ninguém nesta sala aguardaria outros acabarem a guerra, achei melhor que nos organizássemos enquanto grupo. Além disso, por mais que meu amigo Moody discorde, não podemos confiar nos aurores só porque são do ministério. Não podemos confiar em mais ninguém praticamente. 

— Com todo respeito, senhor, mas como vamos confiar uns nos outros se nem nos conhecemos? 

— Bom, senhor Black, eu confio em todos os presentes nesta sala. E vocês terão de confiar em mim. - Dumbledore parecia sereno e todos sabiam o quão confiável ele era. - Mais alguma pergunta? Se não o tem, gostaria de marcar uma reunião mais calma e adequada ainda para a primeira semana de férias. 

— Albus. - Minerva o interrompeu. - Sabe que ainda não temos um local e não podemos nos reunir na escola, é perigoso demais. 

— Já disse pra ficar tranquila, Minerva. - Era Charlus quem respondia agora. - Comprei uma casa exclusivamente para isso, assim que todos saírem, eu e Dumbledore executaremos o Fidelius e assim poderemos marcar a próxima reunião. 

— Certo. 

— Sendo assim, gostaria de encerrar esta pequena reunião, os alunos ainda têm uma longa viagem de trem esta noite. Creio que não seja preciso dizer que este assunto é estritamente confidencial e que não deve ser comentado com mais ninguém, vocês receberão a mensagem com o local e o horário de nosso próximo encontro. Boa noite à todos e boa viagem de volta às suas casas! 

E assim, de uma maneira nem tão sútil, Dumbledore os mandou embora. Logo após deixarem o escritório, James abraçou Lily e sussurou em seu ouvido: 

— Eu falei, tudo vai melhorar, Dumbledore está cuidando de tudo. 

A garota o abraçou de volta, confiante. Mal sabiam eles que não tinham conhecimento nem de 1/3 do que uma guerra significava. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e, por favor, comentem!
Como eu disse, não escrevo há cinco anos, ainda estou desenferrujando, preciso de críticas construtivas pra que eu possa melhorar. Particularmente, não gostei muito do final, então se souberem apontar quais foram meus erros, serei grata.
Boa noite e estou feliz por estar de volta!



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