Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 9
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mais um capítulo para vocês. =)



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Pov Rose 

Levar as crianças para escola estava sendo uma loucura, na verdade, a semana estava corrida, Emmett tinha viajado para Flórida, para uma conferência do Hospital e eu e as crianças ficamos sozinhos. Sozinhos é modo de dizer, por que me encontrei com Esme, Carmen, Allie e Kate todos os dias dessa semana. 

Depois de levar as crianças para escola tive que ir ao centro, o dia das bruxas estava chegando e as crianças queriam fantasias únicas e personalizadas. Alex queria se vesti de Eleven, de Stranger Things, mas ela queria especificamente o vestido rosa e a peruca loira, que a garota usava na série. Pete queria ser um zumbizinho, eu não precisava necessariamente de fantasia, mas sim se tinta de tecido e maquiagem. Aggie, minha bebezinha, invocou que queria ser a Maves do filme Hotel Transilvânia, e passei um bom tempo procurando a fantasia para ela. 

Depois de comprar tudo o que precisava, passei na Fundação, conversar com Esme e Carmen. As duas queriam mudar algumas coisas para o próximo verão e estava ajudando elas nesse projeto, estávamos pensando em algo que não ajudasse apenas crianças que viviam em lares ou orfanatos, até porque, no verão essas crianças costumavam ir para acampamentos, queríamos focar em crianças de baixa renda que ficavam em suas casa, sozinhas o verão todo, porque os pais precisavam trabalhar. 

Passei a manhã com elas e depois nos encontramos com Allie e Kate para almoçar, já que as duas estavam trabalhando juntas no hospital.   Fomos a um restaurante japonês, eu gostava tanto desses momentos que passava com elas, me sentia bem e em família.

— Eu preciso contar duas coisas para vocês! - Kate falou depois de um tempo de conversa jogado fora. 

— Pode nós contar qualquer coisa Kate! - Carmen falou 

— Laurent vai sair da cadeia! - Ela revirou os olhos ao falar. – Advogado me ligou essa semana dizendo que ele tinha ganho liberdade condicional. 

— Você acha que ele vai procurar vocês? – Esme perguntou apreensiva. 

— Acho que não, mas saber que ele pode estar por perto das crianças me assusta. 

— Você já contou pra Garrett ? - Perguntei interessada. - Ele tem meios de deixar você é as crianças protegidas.

— Eu não ia contar, mas ele estava comigo quando o advogado ligou e não tive escolhas. Ele falou que procuraria alguma forma de manter Laurent longe. 

— Qualquer coisa ligue para a gente Kate. - Carmen falou - Não vamos deixar nada de ruim acontecer com vocês! 

— Obrigado Carmen! – Ela sorriu para a gente agradecida. - To mais preocupada com a reação das crianças.

— Você não contou a eles ainda ? - Allie perguntou 

— Não tive coragem ainda, não quero que eles se preocupem a toa. 

— Aconselho você a contar Kate! - Esme falou - mesmo que eles nem se lembrem de Laurent, ele ainda é o pai deles! 

— Infelizmente - Kate suspirou. - Vou contar, só quero esperar para ter certeza que ele realmente saiu dela. 

— Se precisar de ajuda com eles, não deixe de pedir Kate. - Carmen falou

— Obrigado gente, de coração. 

— Qual a segunda coisa? - Allie perguntou mudando o assunto. 

— Então, eu e Garrett meio que estávamos ficando! 

— Sério? - Perguntei animada - Isso é maravilhoso! 

— Ai meu Deus que legal! - Allie também se mostrou animada. - Como foi isso? Eu preciso saber de tudo ! 

— Tem certeza que vocês querem detalhes, acho desnecessário, sério! - Kate falou num tom de brincadeira.

— Mas é claro! - Esme falou 

— Apenas aconteceu. - Ela deu um sorrisinho maroto para a gente. - nos beijamos na cozinha um dia e vem se repetindo quase todas as noites.- Ela falou 

—  Desde quando? - Carmen perguntou 

—  Mais ou menos um mês! - Ela respondeu 

— Mas, você está incomodada com algo, certo? - Perguntei

— Sim, para falar a verdade. Essa semana ele meio que se afastou um pouco, evitou ficar sozinho comigo e faz duas noites que não posa em casa.

— Ele voltou a trabalhar de noite ? - Perguntei

— Sim! - Ela respondeu 

— Típico dele. - Falei. - Ele vai se afastar um pouco porque morre de medo de se relacionar e se machucar.

— Pois é, mas não posso me dar ao luxo da dúvida, tem duas crianças envolvidas nisso, Sky e Levi adoram ele! - Ela suspirou mais pausadamente. - Vocês não tem ideia de como foi difícil explicar para os dois que Garrett tinha a vida dele e não nos deve satisfação nenhuma de onde ele vai quando não está em casa. 

— Ele é louco por seus filhos também, ele já me falou isso, altas vezes.  - Falei. - Mas, esse apego emocional assusta um pouco, acredite, eu sei bem o que to falando. Ele já contou sobre a vida dele para você? 

— Não, já tentei conversar sobre isso com ele, mas ele não se abre! 

— Vou tentar resumir, Garrett foi para o orfanato desde que nasceu. A mãe o entregou para adoção ainda no hospital. Quando ele completou 16  anos ele resolveu que queria saber sobre os pais e foi atrás. O pai, ele descobriu que era um viciado que vivia na rua e a mãe, é uma mulher muito rica, casada e com uma filha, que na época tinha uns 6 anos.  Ele meio que se revoltou em ver a mãe com uma família e o pai na rua e, teimoso que só ele, conversou com o pai e não quis saber da mãe. Eu já fiquei indignada, primeiro o pai nem se quer se lembrava do nome da mãe, depois contou que a mãe de Garrett era vagabunda que tinha traído ele com o colégio inteiro. Eu odiava quando ele decidia ir ficar com o pai e a gente brigava bastante, por que eu queria que ele ouvisse a história da mãe também, já que , toda história tem dois lado. Numa bela tarde, aquele ser queria dinheiro e lógico que Garrett não tinha para dar, mas ele queria tanto o carinho e amor de um pai que resolveu roubar. Foi pego na primeira tentativa e  sentenciado a cumprir um ano de trabalho voluntário junto com a polícia, ele só tinha dezessete anos na época.

— Eu nunca imaginaria. - Kate falou 

— Foi uma época difícil, mas teve algo bom nisso tudo, o policial que supervisionava ele, era o pai do Jim, e acabou que ele meio que apadrinhou Garrett. 

— Ele fala muito mesmo do Sr. Smith e de Jim. 

— Ele foi um anjo na vida de Garrett e influenciou muito em quem Garrett é hoje em dia. 

—  Ele nunca mais teve contato com o pai? - Alice perguntou 

—  O pai foi preso e morto na cadeia. - Respondi. - Garrett nunca mais falou sobre o pai ou a mãe, mas o conheço muito bem para saber que, em muitas coisas na vida dele ele se espelha na história dele mesmo. 

— Séria bom se ele soubesse o que realmente aconteceu entre os pais deles. - Esme falou. - Só sabendo a verdade ele vai enterrar essa história.

— Sim, Esme tem razão! - Carmen completou. - Nem sempre as pessoas abandonam os filhos pelo simples fato de abandonar.

—  Bom, eu já tentei convencê-lo de todas as formas possíveis, inclusive já falei que a situação dele é diferente da minha, porque eu nunca quis saber, mas ele sim , então ele tinha obrigação de ouvir os dois lados da história. - Esme e Carmen trocaram olhares preocupados e eu suspirei. - De qualquer forma, quero chegar ao ponto em que Garrett nunca se abriu de verdade para um relacionamento.

— O que devo fazer então? - Kate perguntou 

— Acho que ter paciência com ele. 

— E conversem! - Carmen complementou. - É através das conversas que ele vai confiar cada vez mais no sentimentos dele por você. 

— E o deixe saber que as crianças se importam com ele. - Esme falou. -  Esse apego emocional vai fazer bem tanto para ele quanto para as crianças. 

Kate suspirou e continuamos a conversar sobre Garrett. Eu estava tão feliz em saber que ele estava se abrindo a alguém como Kate e seus filhos, talvez essa fosse a chance dele de ter sua tão desejada família.

Fiquei com a consciência pesada  por não contar que eu e Emmett estávamos ficando por um bom tempo, mas, ainda não era o momento para isso, podíamos aproveitar primeiro Kate e Garrett juntos. 

Já passava das 13:30 quando quando saímos do restaurante, todos voltaram para seus serviços e eu, peguei o caminho para o aeroporto, iria pegar Emmett, que chegaria no voo das 14. 

Estacionei no aeroporto, depois de dirigir cerca de dez minutos, desci com minha bolsa e fui para área de desembarque. Meu coração estava acelerado, eu estava com saudades de Emmett, e toda a ansiedade que eu estava para vê-lo, era algo que me pegou completamente de surpresa. Não demorou para ve-lo caminhando em minha direção, ele estava tão bonito de  calça jeans cinza, camiseta bordo e paletó cinza claro.

Ele caminhou até mim sorrindo, da mesma forma que eu estava indo em sua direção, quando estávamos frente a frente, ele largou as coisas que estavam em suas mãos e eu praticamente pulei em seu colo. Ele envolveu seus braços em meu corpo e me agarrei ao dele, Senhor, como senti falta daquele corpo e daquele cheiro. 

Ele me colocou no chão e nós beijamos com necessidade, um beijo longo e quente. Tive que empurrá-lo um pouco quando lembrei que tinha pessoas ali, olhando para a gente. Falei assim que nós separamos: 

— Eu estava morrendo de saudades de você!

—Eu também estava meu bem! - Ele fez um carinho no meu rosto. 

— Foi tudo bem por lá? - Perguntei depois que nós beijamos mais uma vez e nos soltamos.

— Foi tudo bem, fiquei com Edward e alguns amigos da época da faculdade. - Ele pegou suas coisas do chão e começamos a caminhar. - Foi divertido, na verdade,  depois das palestras a gente saia para jantar juntos e aproveitar o clima quente da Flórida. 

—  Que bom! 

— E aqui, tudo ficou bem?

— Sim, estive com Carmen, Esme, Alice e Kate todos os dias. As crianças se comportaram, mas tivemos um ocorrido na quarta. 

—  O que aconteceu? 

— Pete arranjou um sapo de estimação e prendeu ele dentro do banheiro, sabe lá Deus como, o sapo fugiu e mobilizei a família inteira para achar o sapo. 

— Serio? 

— Sim, você tinha que ver a cena, Carlisle e Esme foram os primeiros a chegar, Graças a Deus, por que eu e Alex já estávamos em cima da mesa há mais de meia hora.  

— Não acredito que perdi isso! - Ele riu 

— Foi engraçado, mas tenebroso ao mesmo tempo, você tem ideia do que é ter um sapo pulando de um lado para outro dentro de casa? 

— E que fim deu o sapo? 

— Seu pai levou embora, soltou lá no jardim de Carmen. – Falei rindo. – O pior foi a choradeira da Aggie porque o Sr. Hop, não ia mais morar com a gente. 

— Sr. Hop??? – Ele perguntou 

— Sim, Pete deixou ela escolher o nome do sapo!

Nós dois demos risadas e fomos o caminho para casa assim, rindo e conversando sobre nossa semana. Em casa ele foi tomar um banho e fui arrumar algumas coisinhas que estava fora de lugar. Não demorou para ele descer, ele me deu um selinho antes de falar: 

— Trouxe um presente para você! - Ele falou e notei que ele tinha umas das mãos escondidas nas costas. 

—  Sério!?

Ele me entregou uma caixinha vermelha de veludo, eu abri um pouco receosa, meu olhos com certeza brilharam quando vi o que tinha dentro, fiquei chocada e não consegui falar nada, era um relógio de ouro rosé e, pelo que me parecia, com diamantes no lugar das horas.  Olhei para Emmett e ele sorria. 

— Gostou!?

— Emmett de Deus, é lindo! 

— É mesmo!

— Obrigado, obrigado, obrigado. - Dei um selinho nele intercalando com os obrigado que falava. 

— Que bom que você gostou, o Edward que me ajudou a escolher. 

—  Eu adorei Emm, de verdade! - Dei outro selinho nele. - Deve ter sido um absurdo de caro. - Falei tirando o relógio da caixa para experimentá-lo. 

— Não importa o valor, importa que você tenha gostado. 

Sorri para ele e me sentei tentando colocar o relógio no pulso, Emmett era maluco, por comprar algo tão caro para mim,  mas eu tinha adorado o mimo e não ia tirar mais ele de meus pulsos. 

Pov Garrett 

Dirigindo pelo meio de Seattle eu não tinha muita certeza se iria direto para casa. Eu tinha acabado de sair de Hospital, Esme e Carlisle haviam me chamado para pedir ajuda sobre um caso, mais especificamente, o caso Nicole Cullen. A gente já tinha conversado algumas vezes sobre isso e eu estava estudando o caso para ver se eu conseguia ajuda-los de alguma forma. 

Já passava das 18:30 e eu estava numa tentativa boba de evitar Kate e as crianças. Digo tentativa boba porque, em primeiro lugar, eu morava na casa deles e em segundo eu que tinha beijado Kate, eu que tinha me aproximado dela e eu que precisava aprender lidar com isso agora. 

Não que eu não gostasse de ficar com ela, pelo contrário, toda vez que a tocava, sentia como se uma forte corrente elétrica atravessa-se todo meu corpo, mas sei lá, relacionamento era algo tão complicado e que eu sempre fugi, não sei se eu queria me preocupar com isso agora.  Outro ponto era as crianças, nesses três meses morando aqui, notei que os via de uma forma diferente agora, queria estar perto deles, vê-los felizes, ajudar no que fosse preciso, mas quem eu era para dar qualquer coisa boa para essas crianças? 

Sem ao menos perceber eu tinha feito o caminho de casa e me vi estacionando o carro na rua, pois Sky estava jogando basquete na cesta que tinha pendurado para elá, bem em cima da porta da garagem. 

A garota parou com a bola e ficou olhando para o carro, suspirei e desci. Caminhei até ela e ela me acompanhou com os olhos. Ela tinha um bico de brava na boca que quase me fez rir.  

— E ai pirralha, tudo bem? - Falei quando cheguei até ela. 

— Oi! - Ela falou sem nenhuma empolgação, diferente dos outros dias. - Lembrou o caminho de casa? - Ela arremessou a bola e errou a cesta. 

— Estava trabalhando Sky! - Respondi pegando a bola que tinha rolado até meu pé. 

— Você poderia ter ligado!  - Ela falou enquanto eu arremessei e fiz a cesta. Ela correu, pegou a bola e arremessou para mim novamente. - Eu ia te ligar, mas mamãe não deixou, disse que você tem sua vida e a gente não pode intrometer. 

— Não é bem assim! - Falei antes de arremessar novamente. A bola bateu no arco e não caiu na cesta, Sky pegou ela e como eu tinha errado, era a vez dela de arremessar, essa era a regra. - Estou trabalhando em algo sério!

— Sobre Laurent? - Ela me encarou séria por um segundo, mas desviou o olhar, bateu a bola duas vezes no chão e arremessou acertando a cesta. 

— Também! - Respondi pegando a bola e arremessando para ela. - Sua mãe te falou? 

—  Não! - Ela arremessou e fez outra cesta. - Eu escutei ela chorando ontem enquanto falava com alguém no telefone. – Meu coração se partiu por saber que Kate havia chorado. 

— Não se preocupe com isso Sky, Laurent não vai chegar perto de vocês! 

— Convença mamãe disso, ela anda um pouco nervosa! - Ela sorriu para mim e voltou a arremessar a bola na cesta, acertando novamente. 

— Vou falar com ela, ok! - Sorri quando ela me olhou. - E me desculpa por não ter avisado onde estava ontem.

—  Tudo bem, é só que é legal quando você janta com a gente. 

Ela me deu um sorrisinho e correu para pegar sua bola. Entrei em casa encontrei Levi deitado no sofá, com a tv ligada e um livro na mão. 

—  Oi mosntrinho! - Falei enquanto tirava meu casaco. 

— Oi Garrett. - Ele falou sentando no sofá, mas também não estava muito animado. - Prendeu muitos bandidos ?

— Alguns! - Caminhei até ele. - Por aqui tudo bem? E a escola? 

— Tá tudo bem, eu acho! 

— Porque, eu acho? 

— Sei lá, mamãe estava chorando ontem e Sky tentou descobrir por que e também chorou, mas ela não me disse o que estava acontecendo. 

— Não está acontecendo nada que você e sua irmã devam se preocupar. 

—  É sobre Laurent né? - Ele me perguntou curioso. - Mamãe só chora por causa dele. 

—  Eu já resolvi tudo sobre Laurent, não tem com que se preocupar Levi. 

— Você vai proteger a gente dele, não vai ? - Precisei morder meu lábios para não começar a chorar, minha vontade era pegar aquele garotinho no colo e falar que nada e nem ninguém faria mal para ele. - Você é um policial, o melhor que eu conheço, e vocês policiais protegem as pessoas, não protegem? 

—  Ei, sou o único policial que você conhece!- Falei rindo, mas eu continuou me encarando sério. Me abaixei na frente dele e falei olhando em seus olhos. - Eu estou aqui, ok? Nada de ruim vai acontecer! 

— Você pode prometer isso? 

— Sim, eu posso.  - Falei sem ao menos pensar. 

— Promessa de dedinho? 

Ele fechou a mão e me mostrou apenas o dedinho, apertei o dedinho dele com o meu dedinho:

—  Promessa de dedinho. 

Ele sorriu para mim e me levantei de novo, ele voltou a atenção para a tv. Fui para cozinha procurar Kate, como eu era burro, tentei ficar longe dos três bem quando o que eles mais precisavam era de alguém em casa, passando o mínimo de confiança. 

Suspirei antes de entrar na cozinha, mas meu coração disparou quando olhei para Kate. Ela estava lavando alguns legumes na pia, de calça de pijama e um suéter amarelo, cabelos bagunçados e com a fisionomia cansada. Ela me olhou, e sorriu, um sorriso sem graça:

— Oi! - Falei me aproximando do balcão.

—Oi! - Ela secou a mão e virou para mexer no fogão. - Tudo bem ? 

— Sim e por aqui? 

— Sim, tudo bem! 

Ficamos em silencio, um silencio chato como se a gente não tivesse mais nada para conversar: 

— Tudo bem no hospital? 

— Uhun! - Ela voltou lavar legumes na pia. 

— Kate me desculpe, ok? Não quero ficar nesse clima ruim com você! 

— Do que você está falando? - Ela olhou para mim. - Não tem porque pedir desculpas, você não fez nada, eu só estou com a cabeça cheia. 

— Preocupada por causa de Laurent? 

— Também. - Ela suspirou. - Eu acredito que ele não vai vim atrás da gente, ele nunca foi presente em nossas vidas, não é agora que ele vai começar a ser.

— Eu consegui uma medida protetiva com um juiz amigo meu. Laurent não pode chegar perto de você ou das crianças.  

— Obrigado por isso, mas alguma coisa sobre ele estar livre me assusta um pouco. 

— Eu estou aqui com vocês Kate. - Dei a volta no balcão e fiquei de frente com ela. - Sei que tenho estado muito tempo fora de casa, mas vou estar ao lado de vocês para qualquer coisa Kate. 

— Você não tem essa obrigação Garrett! 

— Não tenho mesmo, mas eu quero. Você e as crianças são importantes para mim e farei o que for possível para ver vocês bem. 

— Obrigado! 

Ela sorriu novamente para mim, agora um sorriso mais doce e sincero. Passei a mão em seu rosto, carinhosamente e a beijei, eu era um tonto por sentir medo de estar com Kate e seus filhos, eles já estavam em meu coração e, agora já era muito tarde para tentar se afastar.  

POV Alice. 

Sai do hospital animada, eu tinha um “date” com o Jasper. Nós dois saímos juntos desde que ele voltou da Síria, mas estávamos ficando a algumas semanas. Ninguém sabia ainda, não estamos namorando e nem nada, por isso não queria envolver todos nisso, por que se não desse certo, seria bem mais difícil, a pesar de que, eu me apegava cada vez mais nele. 

Procurei meus pais pelo hospital para me despedir deles, mas como não encontrei desci para onde Jazz me esperava. Ele estava lindo, uma calça jeans preta, uma camisa branca por baixo de uma jaqueta preta, óculos de sol e cabelo num coque, ele estava encostado numa moto Harley Davidson.

— Oi, princesa! - Ele falou quando me aproximei dele 

— Oi Jazz ! - Sorri para ele 

Ele me puxou para um beijo, doce e cheio de necessidade, paramos quando ouvimos a voz da minha mãe, atrás de nós.

—  Alice!?

—  Jasper? - Foi meu pai que perguntou 

Nós soltamos rapidamente e senti meu rosto queimar. Jasper olhou para os dois, coçou a cabeça e falou : 

— Esme, Carlisle! 

— Então é você o garoto misterioso que a Allie anda saindo? - Mamãe perguntou  

— Mãe! 

— Quais suas intenções com minha filha ? - Papai perguntou sério.

—  Pai! 

— Sinto muito, não era para vocês ficarem sabendo dessa forma! - Jazz se desculpou.

—  Tudo bem querido! - Mamãe falou com o carinho habitual dela - Apenas tenham juízo. 

—  Cuide da minha menina Jasper! Eu posso chutar sua bunda, a qualquer momento.

—  Eu cuidarei! 

—  Deixa os dois aproveitarem Carl! - Mamãe pegou na mão do meu pai - Vamos meu bem?

—  Vamos! - Papai sorriu para mamãe e depois olhou seriamente para nós! –  Se cuidem! 

Mamãe também se despediu de nós e os dois foram caminhando para o estacionamento. Eu e Jazz sorrimos um para o outro. 

—  Pelo menos agora eles já sabem! - Jazz falou me entregando um capacete 

—  Eles e o resto da família inteira. - Falei colocando o capacete enquanto Jazz colocava o dele - Eles simplesmente não sabem guardar segredos!

—  Não temos realmente um problema! - Jazz falou 

— Acho que não, a família é de boa. 

—  Desculpa para que Jazz? - Eu subi na moto 

Ele deu partida na moto e me agarrei em sua cintura. - Para onde senhorita? 

—  Para onde você quiser Jazz! 

Ele saiu pilotando pela cidade, me agarrei com força nele para não cair,  limpei minha cabeça de qualquer pensamento e apenas aprovei a brisa gelada que batia em meu corpo. 


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