Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 10
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, mas um capítulo.
Eu não estou com muito tempo para revisar, me desculpem...



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Pov Rose 

Acordei no meio de noite assustada, na verdade foi sorte eu ter acordado, por que após as crianças irem para cama, eu e Emmett estávamos no quarto dele, aproveitando um pouco o tempo sozinho e acabamos pegando no sono.  Essa semana fazia três meses que eu e Emmett estávamos juntos, foram dias de muitos beijos roubados no meio da noite, vários beijos de bom dia, mensagens durante os dias e muito carinho a todo momento. Meu sentimento por ele crescia a cada dia que passava e eu estava gostando daquilo. 

Peguei meu celular em cima e olhei as horas, duas da manhã. Olhei para Emmett e sorri, ele estava dormindo tranquilamente com a boca meio aberta, parecia estar num sonho tranquilo. 

Levantei e saí do quarto em silêncio, não queria acordá-lo, amanhã ele faria um plantão de doze horas no hospital e precisava descansar. No corredor escuro, notei a luz do quarto de Pete acessa, esse garoto estava com mania de esperar a gente dormir e ficar até de madrugada jogando vídeo game, ia corrigi-lo, mas ouvi ele e Alex conversando:

— Eu estou esquecendo dela Peter! - Alex parecia estar chorando. - Eu não quero me esquecer!

— É só você não esquecer então! - Peter tinha a voz tranquila 

—  Eu não consigo, todas as minhas lembranças com mamãe estão sendo substituídas por lembranças com Rose. Eu não lembro mais de mamãe penteando meus cabelos, mas me lembro de todos os penteados que Rose já fez nele. Eu não lembro de dormir com a cabeça no colo da mamãe, mas lembro de acordar no sofá deitada no colo de Rose, você consegue me entender?

—  Mais ou menos, eu gosto de tudo que Rose faz por nós, queria realmente que ela e papai ficassem junto para ela ser nossa mãe de coração. 

— Ela nunca será nossa mãe! 

— Mamãe não está mais aqui Alex, ela morreu e não vai voltar. Agora, Rose está aqui com a gente e faz por nós tudo que uma mãe faz por um filho. 

— Você fala da mamãe como se ela não fosse nada! 

—  Ela é  nossa mãe biológica, que nós amou muito enquanto elas estava com a gente, mas ela  morreu e não pode cuidar da gente como a Rose faz!  

— Você se escuta quando fala Peter? É da mamãe que você está falando.

Fui para meu quarto assim que ouvi Alex andar pelo quarto, meu coração se apertou por saber que Alex estava confusa com minha presença na vida deles. Eu não queria ser a mãe deles, tanto Emmett quantos as crianças já haviam deixado bem claro, por várias vezes, que Irina era insubstituível, eu só os amava demais e gostava de cuidar deles, com todo amor e carinho, que eu nunca recebi na vida. 

Deitei na cama e senti uma tristeza absurda, lágrimas começaram a cair de meus olhos, sem eu menos perceber. Passei o resto da noite ali chorando, pensando o quanto estava sendo injusta com Alex, tendo um relacionamento com Emmett, o quanto estava errada em deixar que Peter se esquecesse da própria mãe e o quanto as coisas poderiam mudar entre nós, a partir daquele momento. 

Adormeci chorando e acordei com a sensação de um caminhão ter passado em cima de mim. Levantei e comecei minha rotina diária, fiz minha higiene matinal, coloquei uma roupa e fui para o quarto de Alex. Quando abri a porta ela já estava sentada na cama:

— Bom dia, Querida!

—  Já estou acordada Rose. 

Ela falou se levantando da cama, passou por mim sem me dar ao menos um bom dia e seguiu para o banheiro. Suspirei profundamente e desci para começar o café da manhã. 

A semana passou lenta e dolorosamente, Alex foi se afastando cada vez mais de mim e consequentemente me afastei de Emmett. Dei tantas desculpas para não ficar sozinha com ele que já não tinha mais o que inventar. Quanto mais eu pensava sobre o assunto, mas eu me machucava, eu não queria perder o amor de Alex, mas isso aconteceria assim que ela ficasse sabendo que eu e o pai dela estávamos juntos, então decidi que, tentaria ficar o mais longe possível dele, para ver se o que eu sentia por ele, e ele por mim, não era apenas uma paixão momentânea, mesmo sabendo que, da minha parte, eu nunca tinha gostado tanto de estar junto com alguém como gostava de estar com Emmett. 

Olhei no relógio era quase 18:30, horário que Allie saia do hospital, peguei meu telefone e liguei para ela: 

Ligação On: 

—  Oi amiga, tudo bem? 

—  Oi Allie, mais ou menos, quais seus planos para hoje? 

—   Nada em especial, por que?

—   Estou precisando de algum lugar para passar esse final de semana!

—  Uê, o que aconteceu? Você e o Emm brigaram?

—  Não, mas a história é muito longa e só precisava passar o final de semana um pouco afastada. 

—  Venha aqui para casa, papai vai trabalhar essa noite, será apenas eu e mamãe, podemos tomar um vinho ou alguma coisa. Amanhã a gente pode hibernar no quarto, de noite podemos sair e no domingo, hibernamos de novo. 

—   Me parece um ótimo plano. Se não for pedir muito, você poderia me dar uma carona?

—  Claro, passo ai em meia hora! 

—   Obrigado Allie! 

—   De nada! 

Desliguei o telefone e peguei uma bolsa, coloquei meu pijama, uma roupa de sair, outra pra ficar em casa, alguns itens de higiene pessoal e desci para falar com Emmett. Passei pelo quarto de Alex, a porta estava fechada, como todos os dias dessa semana, ela se trancava e carregava Aggie com ela, a Chocolatinho devia estar amando toda a atenção que estava recebendo da irmã. A porta do quarto de Peter estava semi aberta, meu menino jogava vídeo-game, todo esparramado na cama. Tive vontade de chorar mais uma vez, pegar minhas coisas e passar o final de semana fora não ia me ajudar em nada, mas eu realmente, não aguentava mais ser tratada com indiferença por uma das crianças que eu mais amava no mundo. 

Desci para sala e encontrei Emmett deitado no sofá, sem tv ligada, sem um bom livro na mão  e nem vendo algum vídeo bobo no celular. Ele estava deitado de barriga para cima, de olhos fechados, inspirando e expirando tranquilamente. Parei ao lado do sofá e falei: 

—  Ei! 

—  Ei! - Ele abriu os olhos e se sentou.

—  Eu preciso ficar fora esse final de semana Emm, tudo bem? 

—  Aconteceu alguma coisa Rose ? - Ele se levantou e parou na minha frente.  - Poxa, você tem me ignorado a semana inteira e agora, do nada, precisa ficar fora o final de semana inteiro?

—   Achei que não tinha problema eu querer folga um final de semana. - Falei me virando para ele não ver lágrimas se formando em meus olhos. 

—  Não tem, contanto que você pare de me esconder as coisas e me diga o que está realmente acontecendo! - Ele se levantou e caminhou até mim. - Por favor, Rose, eu sei que algo está errado, apenas me diga o que está acontecendo!

— Eu só preciso de um tempo longe de você Emmett. - Suspirei tentando conter minhas lágrimas. - É errado o que estamos fazendo e precisamos parar antes que alguém saia machucado disso. - Falei sem ao menos pensar direito no que estava falando. 

—   De onde você tirou isso Rose? Não estamos fazendo nada de errado, somos dois adultos, eu viúvo, você solteira. Onde está o erro nisso ?

— Você é meu patrão e seus filhos. 

— Isso não é sobre eu ser seu patrão, e sobre as crianças, combinamos em esperar a hora certa para contar para eles, mas se você quiser, podemos fazer isso agora, tenho certeza que eles não se importarão por estarmos juntos. 

— Se importarão sim Emmett! 

— Do que você está falando Rose, eles te adoram! 

— Ouvi Alex falando com Peter, ela não me quer dessa forma! - Falei com a primeira lágrima caindo de meus olhos. 

— O que ? – Ele caminhou até mim e me afastei,  mais uma vez.

— Alex não quer nós dois juntos, e não pretendo quebrar o coração dela! 

— Alex entenderia se conversarmos com ela! –  Ele insistiu 

— Não Emmett! - Falei um pouco mais alto, mas sem gritar.  - Sua filha quer a mãe perto dele e de vocês, não outra pessoa. 

— Irina morreu Rose, não posso mudar isso. 

— Exatamente! - Passei a mão pelo rosto tentando controlar minhas lágrima, e caminhei até a porta. - Eu preciso ir Emmett, segunda cedo a gente conversa e tenta ver alguma forma desse nosso contrato funcionar, mas hoje eu só preciso ir. 

— Não faça isso Rose, por favor, nós precisamos de você aqui. – Ele se aproximou mais uma vez - Estávamos tão bem, tudo estava funcionando. 

— Seu filhos não estão bem comigo aqui. - Abri a porta. -  Eu sinto muito Emmett, mas não vou quebrar o coraçãozinho de sua filha apenas porque nós dois achamos que estamos apaixonados. 

Ele tentou falar alguma coisa, mas não permiti, apenas fechei a porta e sai. Alice já estava me esperando, entrei no carro aos prantos é pedi. 

—  Apenas dirija Allie! 

Pov Emmett 

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo, Rose pegou algumas coisas e simplesmente saiu pela porta. Eu não sabia o conteúdo da conversa de Alex e Peter que ela havia escutado, mas com certeza foi algo que a magoou e à fez ter medo de perder o carinho e amor de Alex. Fui até a janela assim que ela saiu de dentro de casa, suspirei um pouco aliviado ao ver que era o Porsche amarelo de Alice estava estacionado lá na frente. Assim que elas saíram com o carro, pensei em ir atrás dela, traze-lá de volta para casa e resolver tudo agora, mas os gritos de Alex e Peter, no andar de cima, não me permitiram fazer isso: 

— SAI DO MEU QUARTO PETER! - Alex gritou 

Subi correndo a escada, dois degraus de cada vez, quando cheguei no quarto de Alex, me assustei. Alex estava chorando sentada no chão encostada na parede, Peter estava vermelho e chorando, de pé em frente sua frente e Aggie estava na cama tampando o ouvido, chorando e tentando não ouvir a discussão. 

— O que está acontecendo aqui? - Perguntei, indo pegar Aggie no colo.  

— ESSE IDIOTA ME EMPURROU. - Alex falou se levantando 

— ROSE FOI EMBORA POR SUA CAUSA! - Peter a acusou 

— EU NÃO MANDEI NINGUÉM EMBORA! - Os dois gritavam enquanto eu acalmava Aggie.

— NÃO MANDOU, MAS FICOU A TRATANDO MAL.. 

— EU NÃO A TRATEI MAL, EU SÓ ACHO QUE ELA DEVE SER APENAS NOSSA BABÁ, NADA MAIS QUE ISSO. 

— NÃO, VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO POR QUE É UMA EGOÍSTA QUE NÃO QUER VER NINGUÉM FELIZ. 

— CHEGA! – Gritei para os dois pararem com a discussão, o que eu menos precisava agora era os dois brigando. Eles me olharam assustados, respirei fundo antes de falar, por que minha vontade agora era de chorar junto com eles.  – Peter, pegue Aggie e vai para ser quarto, eu e Alex vamos conversar. 

— Mas eu não fiz nada papai.! – Alex falou protestando - Esse idiota que entrou aqui gritando e me empurrando. 

— Eu vou conversar com você e depois com ele. - Peter abaixou a cabeça, pegou Aggie do meu colo e saiu do quarto. Alex sentou em sua cama e me aproximei, ela chorava. Sentei em sua frente e perguntei. - O que aconteceu aqui? Você e o Peter nunca discutiram dessa forma! 

— Ele entrou aqui gritando que a Rose tinha ido embora, então me empurrou e continuou a gritar. - Ela falava em meios as lágrimas. 

— Rose não foi embora, mas ela não quis passar o final de semana com a gente, não sei te dizer o que fez ela tomar essa atitude, mas sei que você ficou afastada de todos nós essa semana e to tentando entender o porque. 

— Eu não sei o que está acontecendo  papai! – Ela secou as lágrimas com o punho da blusa – Tudo estava bem! Muito bem, na verdade, mas um dia acordei pensando na mamãe e percebi que eu estava me esquecendo dela. – Ela chorava realmente sentida. –  Era como se todas as lembranças que eu tinha da mamãe fossem substituídas por Rose e fui falar com Peter sobre isso, mas ele não se importou, disse que queria que você e Rose ficassem juntos para virarmos uma família, mas eu não quero isso papai, mamãe era a nossa mamãe e não Rose! – Já havia entendido o por que Rose disse que nunca poderia quebrar o coração de Alex, minha filha estava sofrendo, e Rose só queria protegê-la. 

— Eu sinto muito filha por sua mãe não estar aqui agora, você era tão pequena, e Peter, coitado, era menor ainda! 

— Antes de Rose eu lembrava da mamãe todos os dias, eu sonhava com ela. - Ela continuava chorando o nós que havia se formado em minha garganta, crescia cada vez mais. - Agora eu simplesmente não lembro papai, já tentei de tudo, mas não me lembro, e eu realmente não quero me esquecer dela. 

— Filha, sua mãe está aqui com a gente todo momento! – Puxei minha garotinha para meus braços - Ela vive dentro de nossos corações, você e seus irmãos são um pedacinho dela e mesmo que você não se lembre tanto dela, o amor dela por nós, e nosso por ela, não tem como ser esquecido. 

— Você ainda pensa muito nela papai? – Ela me perguntou sentando de frente para mim.  

—Sim! – Respondi com sinceridade para ela - Sua mãe ocupa uma boa parte do meu coração filha, mas eu estou aprendendo a me abrir para todo o resto que temos aqui e agora. Isso não significa que vou esquecê-la, eu agradeço todos os dias pelo tempo que vivi com sua mãe, pelas coisas que construímos juntos, por ter tido com elas três filhos maravilhosos e pela linda história de amor que vivi ao lado dela. – Suspirei tristemente – Eu daria qualquer coisa para sua mãe estar aqui com a gente Alex, mas infelizmente não tenho esse poder. 

— Eu sei! - Ela abaixou a cabeça.

— Agora, quanto a Rose, ela nunca substituirá a mãe de vocês, você sabe disso, mas o que ela tem feito por nós vai muito além do que uma babá faz. Ela é cheia de amor por você e por seus irmão, ela esquece dela para fazer qualquer com vocês três.  

— Eu sei! – Ela enxugou um pouco das lágrimas.  - E por você também, ela te faz rir a todo momento e vocês sempre estão de olhando, com os olhos brilhando. 

— Eu achei que nunca mais iria gostar de alguém na minha vida, então Rose chegou aqui, toda amorosa com vocês, toda cheia de felicidade, mesmo tendo vivido um inferno de vida. – Sorri um pouco – Quando vi, já era muito tarde para não gostar dela. 

— Então vocês estão juntos? 

— Não Alex, ela não está disposta a perder o amor de vocês para tentar algo comigo. 

— Vocês ficaria bem com ela, e ela com você? Mesmo tendo a mamãe no meio disso tudo? 

— Rose sabe todo meu amor por sua mãe, e sabe do amor de vocês, ela sabe que não substituirá Irina para nenhum de nós, mas ela tem seu próprio estilo de amor e carinho, algo novo em nossa vida. 

— Ela tem feito um trabalho duro, por todos nós! - Alex falou – É por isso que Peter e Aggie não se importam  por ela fazer o papel de nossa mãe, eles amam o amor que ela dá para eles. 

— E você também ama ,não ama? 

— Sim, eu me senti mal essa semana toda por ignorar ela. – Ela fez quase uma careta – Eu só não quero me esquecer da mamãe, papai. 

— Sua mãe sempre estará em seu coração Alex, você é um pequeno pedaço dela, mas e tenho certeza que ai dentro. - Coloquei a mão no peito dela - Tem um pedacinho reservado para Rose e para todas as pessoas que nós cercam e que nós fazem felizes. 

— Eu acho que tem mesmo. 

— Sinto muito por não termos tido essa conversa antes. - Sorri para ela. - Eu deveria ter percebido antes o que estava acontecendo. 

— Não papai, eu que sinto muito por não ter ido conversar com vocês sobre isso antes, Rose normalmente me entende melhor do que eu mesmo, chega ser até assustador.  – Ela sorriu para mim e enxugou mais uma vez as lágrimas.  –Podemos ir buscar ela agora? - Ela me fez um biquinho, como os de Aggie. - tenho que pedir desculpas  e Peter vai me odiar se ela não voltar para casa.

— Por mais que eu queria, a gente não vai atrás dela hoje, talvez amanhã cedo. Eu preciso conversar com Peter e quero mostrar uma coisa para vocês. 

— Tudo bem! 

— Você pode dar um banho na Aggie e tomar banho? - Falei me levantando.

— Sim! 

— Coloque um pijama e nos espere na sala, ok? 

— Tudo bem! 

— Mais uma coisa Alex, eu amo você e seus irmãos mais que tudo nesse mundo e eu tenho certeza que sua mãe está lá no céu, olhando por nós e feliz por estarmos sendo felizes por aqui. 

— Também te amo papai! 

Sai do quarto da minha pequena e fui para o quarto de Peter. Eu estava feliz por nossa conversa, Alex era uma boa filha, estava assustada e com medo, não podia culpá-la, ela já tinha sete quando Nina morreu, imagino o quão difícil pra ela receber de Rose tudo que um dia ela recebeu  de Nina. 

No quarto de Peter, meu garoto estava deitado na cama juntos com Aggie, ele ainda estava vermelho de chorar, mas contava alguma coisa boba que fazia a irmã pequena dar risada.

— Oi! - Falei quando parei na porta. 

— Oi papai! - Ele me respondeu 

— Papai, a Rose foi embora mesmo? - Aggie perguntou fazendo biquinho e se sentando na cama. 

— Não, meu amor! -  Fui até a cama e sentei com eles – Ela está na casa da vovó Esme, Alice foi quem veio buscá-la. 

— Podemos ir buscar ela? – Aggie perguntou 

— Hoje não bebê! – Respondi 

— Mas eu quero a Rose! - Ela fez um biquinho maior. 

— Amanhã a gente vai lá buscá-la, para hoje, tenho algo legal para nos quatros fazermos juntos! 

— O que? – Ela se animou um pouco

— Depois que o papai conversar com o Peter eu te conto, agora vai lá com a Alex que ela vai te ajudar com o banho, e filha, eu não quero você brigando ou gritando com sua irmã, ok? Rose não foi para casa da vovó Esme por causa da Alex, ta bem?

— Uhn! 

Esperei ela sair do quarto e falei para Peter:  

— Acho que precisamos conversar! 

— Eu sinto muito papai! – Ele falou se ajeitando na cama, seus olhos voltaram se encher de lágrimas. - Eu não quero que Rose nos deixe por causa da Alex. Rose é legal com a gente e cuida de nós, a Alex só está sendo egoísta o bastante pensando só nela! 

— Primeiro de tudo filho,  sua irmã ficou confusa com tudo que aconteceu em nossas vidas nos últimos meses, ela não está sendo egoísta, está apenas assustada. 

—  Ela disse que não me importo por mamãe ter morrido, não é verdade, sinto falta da mamãe também, mas fico mais feliz quando penso nela e lembro que temos Rose fazendo de tudo por nós. 

— Eu sei disso e Alex também sabe, por que ela se sente da mesma forma que você.  Ela é feliz com Rose aqui, apenas é um pouco mais difícil para ela do que para você. Você precisa entender isso filho, quando a mamãe morreu Alex já tinha sete anos e um pouco mais difícil para ela receber todo amor e carinho igual ela recebia da mamãe. 

— Eu sei papai eu também sinto falta da mamãe, mas gosto de como as coisas funcionam com Rose aqui em casa. 

— Eu também gosto filho, manhã a gente vai atrás dela, e tudo volta ao normal, mas agora precisamos falar sobre outro assunto, você não pode simplesmente empurrar sua irmã, você poderia ter machucado ela. 

— Eu estava com raiva dela papai, eu ouvi você e Rose discutindo na sala.  

— Não importa o quanto de raiva você estava sentindo, você nunca deve relar numa garota para fazer algo de ruim com ela. Você não deve empurrar, você não deve bater,  não deve gritar. Isso não é só sobre suas irmãs, isso é sobre qualquer garota da face da terra. Alguém que machuca e maltrata uma garota é apenas um covarde e eu não estou te criando para ser um covarde.  

— Eu sei papai! – Ele me olhou tristemente - Eu sinto muito! 

— Você deve pedir desculpas para sua irmã e não para mim. 

— Vou fazer isso! 

— Eu amo você Pete, você e suas irmãs são os melhores presentes que Irina me deixou.

— Também te amo papai! - Ele sorriu para mim. - Você acha que a mamãe vai ficar chateada se vermos a Rose como nossa segunda mãe?

— Eu acho que a mamãe está muito feliz e cheia de orgulho lá no céu vendo que, você e suas irmãs são as crianças mais maravilhosas desse mundo. - Sorri para meu filho e baguncei seu cabelo com a mão arrancando uma gargalhada dele. Me levantei. 

— Tome um banho, coloquei um pijama e desça lá na sala, quero mostrar algo pra vocês. 

— OK! 

Ele pulou da cama e o deixei escolhendo seu pijama. Passei no banheiro das meninas e sorri ouvindo as duas cantando uma música e dando risada. . Fui para meu banheiro e tomei um banho rápido. Tudo tinha sido resolvido, Alex estava bem com Rose, amanhã buscaremos ela, as duas se acertarão e então, minha relação com Rose daria o primeiro grande passo, a aceitação dos meus filhos.

Sai do banheiro, coloquei um moletom e desci para sala, Alex e Peter conversavam com Aggie, fiquei feliz por que eles estavam se acertando sozinhos. 

Fui para a garagem e peguei a caixa escrita Irina, levei para a sala e falei: 

— Tem algo que queria fazer com vocês! – Eles se viraram para prestar atenção em mim - Aqui nessa caixa tem todos os vídeos que eu e a mamãe fizemos quando vocês eram pequenos, proponho a gente passar o tempo assistindo eles, o que me dizem? 

— Vai ser legal! - Alex falou 

— Sim! - Peter falou - Vamos matar um pouquinho a saudade da mamãe. 

Sorri para eles e sentamos em volta da caixa, tinha vários vídeos caseiros que havia mandado transformar em dvd, de Vick e as crianças.

Começamos a assistir tudo aquilo, era emocionante relembrar o tempo de Nina com a gente, eu precisava daquilo e com certeza, as crianças também. 


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