Roller Coaster escrita por Helo


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bom???
Mais um capítulo, aproveitem.
Beijos ♥



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Pov Rose 

Era o primeiro sábado chuvoso das férias das crianças e o tédio tinha se instalado dentro de casa. De manhã os levei em um dos orfanatos que ajudava, eles conheceram todos e tiveram uma boa experiência com as crianças de lá, mas desde que voltamos para casa, os três estavam deitados no sofá da sala, Alex com fone de ouvido mexendo no celular, Peter jogando no tablet e Aggie assistindo tv. Eu odiava vê-los tão dependente da tecnologia, mas com a chuva que caía lá fora, não tinha muito o que fazermos mesmo. 

Emmett estava concentrado num livro. Do mesmo jeito de sempre, um shorts e sem camisa, maldito homem gostoso que gostava de andar sem camisa, me dava até raiva. Desde o dia do meu aniversário, a gente não teve nenhuma chance de ficar sozinhos, mas algo mudou nesses dias, ele me olhava mais intensamente, eu retribuía, fiquei tão curiosa para saber se iria rolar um beijo entre nós dois aquele dia, que simplesmente não conseguia parar de pensar nisso, toda vez que falava com ele. Meu telefone tocou me fazendo limpar meus pensamentos, a foto sorridente de Allie apareceu na tela e atendi sorrindo: 

Ligação On: 

 — Oi, amiga linda! 

— Oi Rose, não diga meu nome de o Emmett estiver por perto. - Dei uma olhada pela sala e vi Emmett olhando para mim.

 – Está tudo bem ? - Perguntei sentindo algo de errado na voz de Allie 

— Sim, mas você pode vim me encontrar?

— Claro, onde você está?

— Sabe aquele café que costumávamos ir nos intervalos do curso ?

— Sim! 

— Vou ficar te esperando aqui, só não diga nada para o Emmett.

— Tá, tudo bem! 

— Obrigado! 

Ligação Off 

 Ela desligou o telefone quase sem me dar Tchau. Troquei um olhar preocupado com Emmett, mas desviei, eu odiava mentir, não sabia o que tinha acontecido com Allie, mas eu faria conforme a vontade dela:

— Está tudo bem Rose? - Ele me perguntou 

— Sim, apenas uma amiga precisando de uma ajuda. 

— Hun. 

— Emmett, será que posso pegar o carro emprestado para encontrá-la? Juro que é um caso de extrema urgência. 

— Tudo bem, não se preocupe! 

— Obrigado! 

Subi para meu quarto para trocar de roupa, coloquei uma calça jeans e uma camiseta branca. Dei uma arrumada no meu cabelo com as mãos, peguei minha bolsa e desci novamente. Três pares de olhinhos me olhavam curiosos  isso me fez rir.

— Você vai sair Rose? - Alex perguntou 

— Vou amor, mas não vou demorar muito.

— Podemos ir junto ? - Aggie perguntou 

— Infelizmente não pequena, vou resolver um assunto de adulto. 

— Você volta para o jantar? - Peter perguntou - Não nós obrigue comer a comida do papai! - Ele brincou 

— Estarei aqui homenzinho! - Baguncei o cabelo dele com as mão. 

Dei um beijo em cada uma das crianças e Emmett me acompanhou até a porta da garagem.

—  Tem certeza que está tudo bem? - Ele perguntou de novo

—  Sim! 

—  Tá bem,  estou com o celular ligado, não hesite em ligar se precisar de qualquer coisa, ok? - Ele parecia apreensivo e bem preocupado por eu sair. 

—  Não hesitarei! - Sorri para ele

—  Toma cuidado dirigindo com essa chuvinha chata!

— Pode deixar! 

Ele se aproximou de mim e depositou um beijo na minha bochecha, me assustei um pouco, e engoli em seco, antes de morder meus lábios. Ele se afastou de novo e falou: 

— Vai com Deus!

—  Amém. 

Sorri para ele e entrei no carro. Emmett ficou de pé na porta da garagem ate eu dar a ré no carro e sair de sua visão, suspirei, logo toda essa aproximação minha e dele sairia do controle e o que faríamos? Liguei o rádio do carro e tentei não pensar mais naquilo, Allie precisava de minha ajuda sabe lá para que, e ficar pensando em Emmett não me ajudaria muito. 

Em menos de quinze minutos estacionei em frente a cafeteria Chiefs, desci, travei o carro e entrei no local. Lá não tinha mudado nada, ainda era um pequeno ambiente mau iluminado, com várias mesinhas redondas brancas que cabiam, no máximo, três pessoas. Alice estava sentada numa mesa no fundo do lugar, sozinha e com cara de choro. Nunca tinha visto ela daquela forma, calça e blusa de moletom, um número maior do que ela usava, cabelos bagunçados, como se ela mau tivesse penteado e sem, nenhum pouquinho de maquiagem. Sentei na cadeira de frente com ela, já perguntando preocupada. 

—  Allie, meu amor, tudo bem?

— Uhn! - Ela respondeu com os olhos cheios de lágrimas - Eu preciso conversar com alguém Rose!

— Você tem todo meu tempo Allie. - Sorri incentivando. 

— Eu nunca conversei sobre isso com ninguém Rose. - Ela mexia as mãos ansiosamente. 

—  Pode confiar em mim Allie, você é minha melhor amiga, estou aqui por você!

—  Você sabe por que minha mãe criou a fundação?

—  Claro que sim, todo mundo sabe sobre isso Allie. A garota Cullen, desaparecida, é notícia mundial. 

—  Pois é, minha irmã essa semana completaria 28 anos Rose.

—  Minha idade! - Falei 

—   Uhun! - Ela limpou uma lágrima que escorria em sua bochecha - Meu irmão chega hoje com minha cunhada e meus sobrinhos. 

— Isso é bom, não é? Estar junto das pessoas que amamos nos dias mais difíceis. - Falei 

—  Sim, no dia que ela realmente desapareceu ficamos todos em casa, mas toda a situação acaba comigo Rose, todo mundo se culpa pelo desaparecimento dela - Fiquei em silêncio e deixei ela continuar - Mamãe casou cedo, ela tinha apenas 17 anos, o pai dela, meu avô, estava jurado de morte por causa de dívidas, então ofereceu a filha como forma de pagamento. Três anos depois Edward nasceu, mas mamãe temia pela vida dele, Charles era um homem horrível e mamãe viveu um inferno dentro da própria casa. - Alice fez uma pausa tentando se acalmar das lágrimas insistentes que caiam de seu olhos. Um nó enorme se formou na minha garganta, eu nunca na vida imaginei que Esme poderia ter passado por algo assim.  -  Ela estava fugindo com Eddie ainda pequeno quando conheceu meu pai. Papai a escondeu daquele monstro e com ajuda do tio Eleazar, tia Carmen, logo ele estava na cadeia. 

— Quantos anos o Edward tinha? – Perguntei para ela, secando agora minhas próprias lágrimas, eu sempre soube sobe a irmã da Alice desaparecida, mas nunca li as histórias, nunca fui atrás das reportagens ou de qualquer coisa sobre o assunto, era surreal ouvir o relato de Allie!

— Não tinha completado dois ainda, mas Charles não ficou muito na cadeia e saiu preparado para infernizar a vida da mamãe e do papai. E ele realmente conseguiu, foi ele que tirou minha irmã da gente. É por isso que Edward se culpa, por ter o mesmo sangue dele. - Ela respirou fundo mais uma vez e enxugou as lágrimas com a manga do moletom. – A investigação inicial foi feita toda sobre ele, mas a policia nunca conseguiu uma prova concreta e encerraram o caso, como se o bebê que mamãe teve nós braços por apenas três dias, nunca tivesse existido. - Ela pegou a xícara de café em sua frente e tomou um gole, respirou fundo e continuou. - Cinco anos depois que ela sumiu, eu nasci. Papai e mamãe nunca mediram esforços para encontrar Nicole, temos um detetive particular que trabalha no caso até hoje, mas apesar disso tudo, vivemos bem e somos até que feliz, mas todo ano, durante essa semana, eu simplesmente não suporto como a escuridão toma conta de casa. Eu odeio ver meus pais deprimidos, meu irmão chorando. Me sinto tão impotente Rose.

— Você não precisa ser sempre forte Alice! - Falei secando algumas lágrimas que caiam de meus olhos - Você não nasceu para substituir sua irmã, você sabe disso, não sabe? 

— Eu só não suporto vê-los assim! - Ela choramingou

— Eu posso imaginar, mas não tem muito o que ser feito Allie. O sofrimento de vocês é imensurável, ninguém nunca vai conseguir imaginar o quanto é doloroso tudo isso. 

— Se ao menos soubéssemos alguma coisa! - Ela suspirou - Não tivemos nenhuma pista verdadeira, nos últimos 28 anos.- Ela secou suas lágrimas mais uma vez com a manga do moletom. - Deus me perdoe, mas acho que seria tão mais fácil lidar com o luto do que com o desaparecimento dela. 

— Quando temos que lidar com o luto é dolorido e triste, porém encontramos algumas formas de conforto, tipo na nossa fé, na carinho da família, nas palavras bondosas dos nossos amigos. Eu imagino o quanto tudo isso é sofrido Allie. 

— Por que passamos por certas coisas na vida Rose ? Minha mãe nunca foi uma pessoa ruim, aceitou se casar com um monstro para ajudar o pai. Sofreu tanto com Eddie ainda pequeno. Você não tem ideia do que os dois passaram! Mamãe andou três dias seguidos no meio de uma floresta nativa até bater na porta da casa do papai pedindo pelo amor de Deus por algum tipo de ajuda!

— Eu não sei Allie! - Comentei tristemente tentando controlar minhas próprias lágrimas. - Eu realmente não entendo!

Segurei a mão dela por cima da mesa tentando passar algum tipo de conforto. Ela fechou os olhos e se permitiu chorar mais. Me levantei, puxei a cadeira ao lado dela e a abracei com força. Passamos um tempo em silêncio, até o celular  dela começar a tocar em cima da mesa. Ela não se mexeu para atender, olhei para o aparelho e era Carlisle, e já havia mais de cinco chamadas perdidas dele.

— Não quero atender! - Ela falou 

— Mas, você precisa Allie. Seus pais te amam, seu irmão também. Eles devem estar preocupados com você!

— Eles costumam me dar muita atenção nessa semana. - Ela deu o ombro triste - Por isso pedi para você não falar para Emmett!

 – Eles só querem ter certeza que você está bem Allie. 

— Eu sei! 

Peguei o celular da mesa e falei para ela: 

— Você liga, ou eu ligo?

— Pode fazer isso por mim? - Ela ainda chorava um pouco 

Balancei minha cabeça e retornei a ligação a Carlisle. 

Ligação on:

— Filha, por Deus, onde você está. - Ele suspirou aliviado. - Estou te ligando a horas! - A voz dele era triste e falha.

— Oi Carlisle, é a Rose. Alice está comigo. 

— Oi Rose, estávamos preocupados com Alice! 

— Eu sei, sinto muito que ela não tenha atendido as ligações de vocês. Não ouvimos o celular tocar. 

— Posso falar com ela? 

— Ela está no banheiro! - Menti - Mas, já vou leva-lá para casa. 

— Tudo bem! - A voz dele soou melancólica. Ele sabia que a filha não queria falar com ele. - Apenas avise que amamos e que esperamos por ela em casa.

— Pode deixar que eu aviso!

Ligação Off 

Coloquei novamente o celular em cima da mesa e olhei para Allie.

— Eles precisam de você Allie. 

— Eu vou voltar para casa, eu só precisava desabar longe deles sabe, eles já me tratam com um cristal inquebrável, é tão difícil não conseguir faze-los feliz! 

— Estou aqui para todas as vezes que você precisar desabafar. 

— Obrigado Rose! Você é a melhor amiga que eu poderia ter. 

— Você também é Allie! 

Ficamos mais um tempo ali sentadas até ela se recuperar por completo, então decidimos ir embora. Alice estava de Uber, então a levei para casa. Ela me fez descer quando chegamos lá, eu não queria atrapalhar o momento de família deles, mas Alice quase implorou para não descer sozinha. 

Quando entramos na casa dela, Carlisle foi quem nos recebeu, ele abraçou carinhosamente a filha e mesmo visivelmente triste e abatido, me abriu um largo sorriso. 

Acompanhamos ele até a sala, a situação estava muito próximo do que eu imaginava. Esme estava com um pijama sentada num sofá. Ela levantou e também abraçou Alice e quando as duas se soltaram chorando, foi minha vez, enquanto Alice cumprimentava o irmão e a cunhada. 

— Esme, eu realmente sinto muito! - Nós abraçamos.

— Obrigado! - Ela me soltou e tinha lágrimas nos olhos. - Obrigado por ficar ao lado de minha menininha nesse dia tão difícil. - Ela engoliu em seco, para não começar a chorar e falou: - Deixa eu te apresentar meu filho. - Ela segurou minha mãe e nós viramos para o casal que estava no outro sofá. - Esse é meu filho Edward e minha nora Isabella. 

— Muito Prazer. - Falei esticando minha mão para Edward que apertou. Ele era um homem alto e bonito. Cabelos pretos e bagunçados, pele clara, olhos verdes e um sorriso simpático como os de Esme.

— O prazer é todo meu! - Ele soltou minha mão.

— Nossa, eu estava louca para te conhecer - A mulher me abraçou, ela era bonita também, um pouco mais baixa que eu, cabelo comprido e liso, mas meio enrolados na ponta, a cor era maravilhoso, meio que um marrom avermelhado. - Alex passou uma hora falando para Nessie o quanto você era maravilhosa. - Ela me soltou e sorri para ela.

 – Alex está extremamente ansiosa para a chegada de vocês, ela não vê a hora de passar o tempo com a Nessie e o Tommy. 

— Alguém falou meu santo nome em vão ? - Uma miniatura de Isabella entrou na sala acompanhada por uma miniatura de Edward e de Alice, que eu nem tinha visto sair da sala. As duas crianças eram lindas, Nessie tinha provavelmente a idade de Alex. Ela tinha a pele bronzeada e os cabelos iguais os da mãe. O garotinho tinha a idade entre Aggie e Peter, ele era polaquinho e com os cabelos bem preto. - Oi, você é a Rose né, a Alex veio com você? Ou você veio nos buscar para ir para lá ?

— Nessie, filha! - Edward a repreendeu .

— Prazer conhecer vocês dois! - Falei sorrindo para eles - Alex não sabe que estou aqui, se ela soubesse provavelmente me mataria, mas, se os seus pais não se importarem, posso servir de carona para vocês até a casa do tio Emmett. 

— Mamãe, podemos ir ? - Nessie falou empolgada

— Por favor mamãe?? - O garotinho também pediu 

A mulher olhou para o marido e não obtivemos respostas. Esme foi quem falou:

— Deixem eles irem, são apenas crianças.

— Tudo bem! - Bella exclamou e as duas crianças comemoraram - Vamos pegar algumas coisas. 

Enquanto eles saíram da sala, sentamos no sofá. Eu entendi o quanto Alice se sentia sufocada ali, pela primeira vez, desde que conheci aquela família, a tristeza pairavam pelo ar daquela casa. 

Esme começou a puxar assunto com Edward, perguntou como estava o hospital, como estava os pais de Isabella e como estava a vida deles. Edward respondia, sob nossos olhares. Notei o quão lindo era a forma de Carlisle olhar para ele, um olhar realmente de pai orgulhoso, e se Alice não tivesse me contado que Carlisle não era o pai biológico de Edward, juro que eu nunca desconfiaria.  

As crianças desceram as escadas correndo, ambos com uma mochila de costa. 

— Tia, já podemos ir! - Tommy falou, não pude deixar de sorrir ouvindo ele me chamar de tia, até as crianças dessas família, me faziam sentir parte dela.

— Ok! - Me levantei - Não se preocupem, peço para Emmett ligar hora que chegarmos em casa.

— Tudo bem! - Edward falou um pouco desconfortável 

Despedimos de todos e fomos para casa. O caminho foi rápido, Nessie e Tommy me contaram um pouco da vida deles, ela tinha 11 anos e ele 7. Moravam em Phoenix no Arizona, o pai era médico e a mãe professora. Moravam lá para estar mais perto da avó materna, mas, como agora ela tinha um namorado e sempre viajava com ele, Edward e Isabella estavam pensando em se mudar para cá. Eles eram faladores e animados, assim como todos da família. 

Quando estacionei o carro na garagem de casa, Emmett nós esperava na porta que entrava da garagem para a cozinha, ele fez um cara de extrema surpresa quando viu as crianças descendo do carro. 

— Tio Emm. - Os dois praticamente gritaram e correram para o colo dele. 

Desci do carro, Emmett, depois de muito abraçar os dois, os colocou no chão, abrindo passagem para eles entrarem. Ele me olhou com a sobrancelha arqueada,  abriu a boca para falar algo, mas sorriu ouvindo a gritaria que veio de dentro da casa.

— Foi Alice que me ligou aquela hora! - Expliquei - Sinto muito não falar nada, mas ela precisava conversar e não queria te envolver nisso! 

— Esses são os piores dias do ano para a gente! - Ela falou se encostando na porta. - Não é só sobre uma criança desaparecida é sobre todo o sofrimento que enfrentamos nessa época do ano. - Ele suspirou. - Eu não consigo ir lá durante esses dias, não consigo passar a força que eles precisam. Eu tinha apenas quatro anos, mas ainda me lembro como foi difícil entender que tia Esme tinha um bebê e voltou do hospital sem. 

— Sinto muito Emm! - Passei a mão em seu braço na tentativa de conforta-lo. - Os dias difíceis se tornam mais fáceis quando temos quem amamos por perto. - Ele sorriu fracamente para mim - Alguém me disse algo parecido algumas semanas atras e meio que virou um tipo de filosofia de vida. 

—Obrigado por tornar as coisas mais fáceis. - Ele me puxou para um abraço e suspirei em seu peito, sentindo o cheiro gostoso de sabonete com bamboo. Ele beijou meus cabelos - Eu amo o fato de ter você em nossas vida!

— Eu amo estar aqui! 

Falei fechando meus olhos,  eu realmente amava estar ali, me sentia uma parte  dos Cullen’s e McCarty’s, e com eles, tinha uma boa ideia do amor e carinho que nunca tive na minha vida. 

POV Emmett. 

Eu passei a droga da metade do dia preocupado com Rose. Uma preocupação boba e sem sentido nenhum, era sábado, normal ela querer passar o tempo com os amigos e longe da gente, mas eu realmente fiquei decepcionado quando ela saiu pela porta.

Eu amava ter ela por perto e esse foi um dos motivos que me fez quase beijar ela no dia de seu aniversário, foi bom Garrett ter aparecido bem na hora, porque eu não me controlaria e não tinha certeza que Rose me via dessa forma, apesar que, essa semana, ela começou a me olhar de uma forma diferente, mas intensa e carinhosa. Isso me deixava um pouco confuso, depois de Irina, essa era a primeira vez que me interessava por outra pessoa, e na maioria das vezes, quando Rose estava ao meu lado, eu ficava sem saber o que fazer. 

Assim que ouvi o carro estacionar na garagem fui até lá para vê-lá chegar e garantir que tudo estava bem com ela, fiquei surpreso ao receber um caloroso oi dos meus sobrinhos de coração, filhos dos Eddie, mas de repente uma grande tristeza se instalou dentro de mim, sabendo o real motivo deles estarem aqui nesta época do ano. 

Como sempre, após uma pequena conversa com Rose eu me senti mais leve, estávamos abraçados na entrada da garagem e eu não queria soltá-la. Eu inalava o leve cheiro de morango que vinha de seus cabelos e me sentia no céu por toda essa aproximação com ela. 

— Podemos ficar assim o resto do dia? - Perguntei 

— Seria bom! - Senti um pequeno sorriso se formar em sua boca. - Mas acho que eles derrubam a casa se não entramos logo. 

— Sim! 

Nós soltamos e entramos, Alex, Nessie e Aggie,  estavam sentados no sofá, conversando. Tommy e Peter estavam em cima do tapete, deitados, vendo algo no tablet. Eu e Rose sorrimos para a cena. Ela comprimentou as crianças e depois fomos juntos para a cozinha, preparar um lanche, já que Peter avisou que estava com fome. Começamos conversar sobre o caso de Nicolle Cullen, após Rose confessar que não sabia muito, contei tudo que sabia e ele fez a conversar fluir bastante. 

Comemos com as crianças e passamos o resto do final de semana em casa como uma verdadeira família. 

  

**** Uma semana depois. 

A semana passou devagar e tristemente. Como todos os anos, na terça , real dia do desaparecimento de Nicole Cullen foi realizado uma missa pela vida dela e todos nós estávamos presentes, além de mais alguns conhecidos da família. Na quarta e quinta, ninguém saiu de casa, e na sexta mamãe começou a preparar o almoço de domingo. para reunir a família e nos despedirmos de Edward, que voltaria para casa. 

Domingos fomos cedo para a casa da mamãe, todo mundo foi convidado, incluindo Kate e meus sobrinhos, que todo ano estava com a gente nessa data, Jasper e Garrett, os irmão queridos de Rose e nossa família. 

O dia estava ensolarado, papai e tio Carl estavam assando algumas carnes e legumes na churrasqueira enquanto mamãe e tia Esme fazia algumas saladas e molhos.  Eu, Garrett, Jasper, Edward, Bella, Allie, Rose e Kate estávamos sentados conversando, enquanto as crianças brincavam no quintal. Aggie veio correndo até nós com um bico na boca que me fez sorrir, imaginando qual séria o motivo do pequeno drama que ela faria: 

— Rose, eu não tenho ninguém para brincar. - Ela falou no meio de todos nós, mas olhando apenas para Rose - Todo mundo tem alguém, Nessie e Alex não se desgrudam, Peter e Sky só sabem jogar basquete, Levi e Thommy estão brincando com os bonecos deles e eu não tenho ninguém. - Ela sentou no colo de Rose - Você pode, por favor, conseguir uma criança da minha idade também? 

— Acho que não posso arranjar uma criança da sua idade pequena, mas posso brincar com você, do que você quer brincar? - O rosto de minha filha se iluminou 

— De monstro. - Ela levantou animada.

— Ah, mas eu achei que você era uma princesa! - Rose sorriu amorosamente para minha filha e meu coração se derreteu. Eu amava a forma que ela interagia com meus filhos. 

— Eu posso ser uma princesa e você outra, as barbies vão ser as pessoal do nosso reino. Então vem um monstro, grande e poderoso e tenta comer todos eles, mas ele não vai conseguir, porque vamos salvar todo mundo. - Aggie falou tudo sem ao menos parar para respirar 

— Sim, isso vai dar uma boa brincadeira! - Rose se levantou - Vai indo pegar suas bonecas e arrumar nosso reino que eu já vou lá.- Rose esperou minha pequena sair correndo e falou para mim - Pare de assistir filme de terror com Aggie por perto, sério, ontem ela queria ser a mulher sem cabeça!

— Eles gostam Rose. - Sorri para ela. - Você deveria assistir com a gente. 

— Nem morta!

Ela revirou os olhos e foi em direção a minha filha, a observei sentar na grama com Aggie e começar a mexer nas bonecas.  As conversas em nossa volta tomou outro rumo e ninguém comentou nada sobre a troca de olhares entre eu e Rose, apesar de ter notado Kate e Alice trocarem sorrisinhos vitoriosos logo após Rose sair de perto da gente. 

Passamos o dia ali, almoçamos, rimos, conversamos era mais um domingo gostoso com a família. Por volta das cinco da tarde Edward e Bella começaram a arrumar as coisas, o voo deles para Phoenix sairia as 20 horas e a gente ajudou com a bagunça do almoço e do café da tarde. 

Despedir de Edward, Bella, Thommy e Nessie era sempre muito difícil. Uma choradeira interminável começava e ficamos por um tempo, muito deprimidos, por eles não estarem com a gente todos os dias. 

Quando voltamos para casa já era de noite, as crianças dormiram no banco do carro quase instantaneamente e eu e Rose ficamos em silencio. Enquanto dirigia notei o braço de Rose sobre o descanso de braço entre nossos bancos. Coloquei meu braço ao lado do dela e todos meus pelos se arrepiaram. Com cuidado e um pouco de medo também, segurei sua mão com carinho. Ela não tentou se afastar, apenas me olhou e sorriu. 

Dirigi até em casa com a mão dela junto a minha e um sorriso bobo no rosto, nunca pensei que me apaixonaria de novo, mas a cada dia que passava eu gostava e desejava mais Rose. Não sabia até quando me controlaria sobre isso, mas o pouco que ela correspondia a minhas investida me fazia me sentir extremamente feliz, como se o mundo fosse colorido novamente. 


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