Oitava Fileira escrita por Nanda Vladstav


Capítulo 4
Mais um dia esquisito pra lista




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Depois de toda aquela catástrofe, eu já estava mais por baixo que tapete de porão, aí vem o Duque dos Sortilégios e me passa um sermão de iniciante. Jamais admitirei que ele estava com a razão. Ah, quando eu pegar aquela... Nem posso xingar aquela multicolorida do futuro, argh!

Alguém não podia ter mencionado esse detalhezinho antes de nós precisarmos fugir por nossas vidas? Provavelmente Bianconero acompanhou cada passo nosso através da Infernet e quando paramos, ele só precisou parar no último ponto conhecido e fazer o que faz de melhor.

Nós quatro andávamos de volta em silêncio. Ou melhor, nós três. Nimbus parecia um Branco de Neve jornalista. Dríades e animais imensos o paravam a cada minuto por notícias, e o boy magia falou numas dez línguas diferentes antes de encontrarmos a casa deles. Já o Cas nos ignorou todo o caminho, parecia um idoso caminhando num parque. As pegadas dele literalmente marcavam o chão e a cada dez metros o bofe parava e desfazia o estrago.

Entramos, e Cascão tinha sumido. Havia uma onça-pintada e dois filhotes à vontade num dos pufes. Mamãe onça olhava preocupada na direção do corredor. Gizuis, esse dia estava além de maluco! Desde quando tem onça (e zebras, e orangotangos, e juro que vi um elefante) no Limoeiro? Ninguém conhecia os benefícios de trancar a porta não?

(Oh. Talvez tenha sido eu quem a esqueceu aberta. Esquece, esquece. Próximo tópico)

Xavier me cobriu com o corpo, enquanto Nimbus caminhava tranquilamente até o felino imenso. O tom da resposta era congelante:

— Vocês são hóspedes na minha casa, mas minha paciência tem limite, Xavier. A menos que queira digerir essa arma, tire a mão daí.

Xaveco levantou a mão do coldre bem devagar, e pude ver a tensão em cada músculo do antebraço. A expressão dele mudou umas duas ou três vezes antes de responder igualmente frio:

— Vamos esperar por vocês no quarto. Vem, Denise. — Entramos no quarto e ele começou a tirar a roupa gasta, queimada e um pouco desintegrada pra entrar no chuveiro.

Seria errado aproveitar a vista enquanto ele estava mal-humorado e coberto de cinza? Mesmo com toda a crise, o fim do mundo tinha feito um bem danado pros rapazes em geral. Cascão estava musculoso, Nimbus bonitinho pra caramba, mas o Xaveco... Gente, o bofe ficou mesmo um escândalo. Onde ele achou tempo enquanto lutávamos por nossas vidas pra ficar gostoso daquele jeito, meu pai?

(Ah, se eles tiveram academia no fim do mundo deles, eu merecia pelo menos um cabeleireiro decente no meu)

Quanto mais envelhecia, mais o Xaveco parecia com o Xavecão, pelo menos com a versão gostoso-misterioso-vim-salvar-o-mundo, não essa de agora. Meu Xav só tinha o cabelo mais cacheado e não usava barba, fora isso os dois poderiam ser gêmeos. Meu namorado também não curtia tanto calça colada, o que francamente acho um desperdício, mas enfim...

O upgrade não foi só no físico. Se ele fosse o banana da nossa adolescência, não teria a menor chance. Mas se tornou mais decidido, menos reclamão, e eu podia contar com ele nas — raras — vezes em que precisava de ajuda. Ele também é ótimo com crianças, e faz um churrasco como ninguém.

O que mais admiro nele é que enquanto muitos homens queriam ser o Nuck Chorris do Apocalipse, ele nunca idolatrou a violência e a morte.  Às vezes é necessário, mas ele não se gaba disso. E olha que ele é muito bom no que faz.

(E eu, vocês vão perguntar, o que mudou em você, Denise? Nada, amores. Não dá pra melhorar a perfeição. Continuo linda, absoluta, com cabelos castanhos maravilhosos e uma elegância natural, mesmo nessas roupas de viagem velhas)

Sem o gato do meu namorado no campo de visão, podia pensar no plano mais recente.  Como eu não pensei nele antes? Verdade, nas aulas Cebola disfarçava muito melhor, mas passou quase um ano nervoso como peru em véspera de Natal. No primeiro dia do ano em que ele era professor e diretor, Cebola quase deu um... Quase não, ele deu um chilique espetacular. Mônica precisou dar uns sacodes pra ele voltar à razão (e aquilo rendeu views infinitos, claro que filmei. Ainda assistia quando precisava rir um pouco).

Xaveco saiu, e Nossa Senhora, quando ele ficou tão perto do fogo? As sobrancelhas e a ponta dos cabelos queimaram, e ele estava muito vermelho. As mãos estavam horríveis, óbvio que ele sentia dor. Ele se sentou na cama com cuidado.

— Eu vou ficar bem, pode tomar seu banho. — A voz estava estranha. Tomei um banho a jato, mas precisava limpar as mãos e o rosto pra usar magia, e duvidava que pomada fosse resolver tudo aquilo. Flagrei o gato no meio de um acesso de tosse.

Meu mestre podia não ter me ensinado sobre nomes, mas eu era especialista em queimaduras. E o boy tinha inalado muita fumaça soltando as pessoas, aqueles postes infernais o deixavam fora de si.

— Lindo, me deixa cuidar disso. Você não está respirando bem.

— Ok...

Terminei o encantamento, ele estava cochilando no meu colo, mas respirava normalmente e as mãos já não tinham queimaduras graves. Como sempre, Denise absoluta e necessária salvando o dia sem descer do salto.

Um bom corte de cabelo e estaria novo em folha. Como ele dormia tão bem, tão fácil? Quase todo mundo que eu conheço gemia, gritava ou parecia a garota do Exorcista quando dormia. Não que eu tenha pesadelos, longe disso. Mas o Xaveco, ele deitava e dormia. O Xavecão era especialmente perturbado à noite. Não que eu o observasse dormir, mas qualquer coisa menos surda que uma pedra saberia quando o Xavecão estava dormindo.

Dessa vez, Nimbus bateu na porta. O homem parecia uns trinta anos mais velho.

— Estou interrompendo?

— Não, pode entrar. Nem precisa falar baixo, quando o Xaveco aqui dorme, nem um foguete decolando acorda o rapaz.

— Ele está bem?

— Está. E o Cascão?

— Nos chame pelos nomes, por favor. O Cas... vai ficar. — Tudo na postura dele dizia “eu acho”, mas ignorei isso.

O rapaz ficou na porta. — Eu não agradeci pelo apoio lá embaixo. Ter uma manipuladora de fogo ajudando dessa vez salvou algumas vidas, e Xavier realmente sabia o que fazer. Sei que não é desculpa, mas ver Cássio daquele jeito me afeta. E há muito tempo somos só nós dois.

— Vocês são um casal?

— Dois precisam querer — respondeu com simplicidade. Foi tão bonitinho que doeu. Gente, um amor impossível sempre toca meu coração. Se ainda fosse outro obstáculo eu mexeria meus pauzinhos, mas sexualidade não dá, né? E pelo jeito que Cas olhava pra Nim...Mauro, era a única coisa que faltava. O ciborgue amava aquele cara com cada parafuso do seu coração. — Mas está todo mundo bem. Duvido que essa sua mania de cupido tenha mudado com o tempo. Não. Preciso. De. Ajuda. Cássio. Também. Não. Entendeu?

— Relaxa, gato. Denise sabe quando não é necessária, embora eu tenha certeza que o Cas ficaria superfeliz te vendo com-

Denise.

— Tá bom, parei, parei. — Levantei as mãos, rendida. Pelas últimas horas, não podia nem pensar em algum esquema pra arrumar aqueles dois sem o risco de virar algum bicho figurante.

— Sim, um risco sério de virar algum animal de carga. Levou anos pra ficarmos bem, não vou deixar você estragar tudo.

Chocada. Animal de carga? Mais educado me ameaçar com a morte, amore. Nem sei como ele escuta até a narração.

— Eu sou mágico, já disse.

Me erra, Doutor Esquisito! Uma garota não pode ter privacidade nem na própria mente? Deixa pra lá. Mauro saiu, e eu estava tão cansada que fechei os olhos por uns minutos, sempre ajuda depois de gastar tanta magia.

Eu disse que não tinha pesadelos, não é? Bem, isso às vezes é verdade. Dessa vez, tive um sonho pra lá de esquisito, com fogo, caos e muitos robôs. Quando acordei, foi com o Xaveco me balançando e chamando baixinho.

— Amor, acorda. Você estava fazendo aquilo de novo.

— Droga. Que horas são?

— Umas três da tarde. Tudo quieto lá fora. Tá ficando mais frequente, Dê. Também tá acontecendo comigo?

Concordei em silêncio. Nenhum de nós dois — ou nós quatro — vinha se sentindo muito normal nos últimos meses. Talvez o Franja ou a Magali pudessem explicar o que acontecia conosco, mas nenhum estava no Skáipe pra eu perguntar. Provavelmente a conexão não era boa no céu.

— De quem você falava lá fora?

Passei um minuto procurando escutas mágicas… Bom, outras escutas fora as do Mauro. Só por curiosidade, tentei bloqueá-lo também.

“Boa sorte.”, ouvi na minha cabeça, tão claramente como se ele estivesse ao meu lado.

Não se pode culpar uma garota por tentar. — Nosso professor Licurgo. Lembra como achávamos o verdura meio… sabe, pirado? Sempre com aquelas histórias sem sentido, coisas malucas que aconteciam quando o Licurgo estava com ele, mas nenhum de nós via? Que sempre o chamava de Louco?

— Era o que ele mais falava, fora derrotar a Mônica. As coisas que ele fazia pra evitar ficar só no campinho… Era engraçado demais.

— Quando o Ceboludo ficou tão perturbado no colégio, eu fiz umas perguntas por aí sobre o professor. Ninguém sabe direito coisas básicas como família, amigos de infância ou onde estudou. Sabiam do avô dele e só. E um avô parecido demais com ele. Eu sei que isso acontece com frequência nas histórias, mas dá o que pensar, né?

— Sério? Como deixavam esse cara ensinar pra gente?

— Ele era o dono do colégio, meu bem. Dezesseis anos atrás, entre nossa infância e adolescência, ele sumiu. Nada, em lugar nenhum. Ele é diferente de nós, e conseguia virar a cabeça inteligente do Cebola a ponto dele arrancar cada um dos cinco fios. Se ele fizer o mesmo com a Maria, nos der tempo… Com a força bruta de Cas...sio e Mauro, eu vou me lembrar, pra separarmos os generais dela, ela é só uma humana. Adotada pelo capiroto, mas humana. Você e eu podemos vencê-la, e desmantelar toda a operação.

— Por que você continua a dizer o nome dela?

— “O medo de um nome aumenta o medo da coisa em si”, nem sei quem disse, mas tinha razão. Essa diva aqui vai tratar Maria como ela é: uma piranha delirante de grandeza e com sangue nas mãos.

Xaveco tinha nos olhos aquela mistura de humor e compaixão típica dele.

— E quem não tem?

***

Quando voltamos pra sala, Cássio tinha retornado do sei-lá-onde, mas ainda parecia atropelado por uma carreta. E não tinha mais onça, graças a Deus. Os dois tinham um mapa com relevo estendido na mesa e pareciam discutir os detalhes de uma guerra.

Aproveitei e dei uma olhada mais séria no lugar. Cada parede era num tom diferente, como se a casa tivesse sido reformada várias vezes, e fora o estilo de brechó que eu já falei e uns quadros legais pendurados, nada. Sequer uma pista do que aconteceu com eles esses anos todos. 

Claro que não fomos ao bairro Limoeiro, lindos: seria o primeiro lugar que o Clube do Inferno Júnior pensaria em nos procurar, e tenho certeza que já falei o quanto quero continuar nesse plano de existência. A curiosidade de saber o que tinha acontecido com todo mundo estaria acabando comigo, mas olhar pra essas paredes e estantes vazias de fotos ou lembranças… Pior, lembrar o jeito triste que Mauro falou “há muito tempo somos só nós dois”... 

O Mandrako oriental sempre foi meio reservado, mas o Cas amava viver rodeado de gente. Só nós dois. Essas palavras ficavam pesando no peito, me contando tudo que eu não queria saber. 

É isso, não é? Todo mundo está morto. 

Mauro fecha a cara, e a forma como ele não olha pra mim confirma minhas suspeitas. Acertei na mosca ou cheguei bem perto. No que eu estava pensando? Que todo mundo estaria bem e nos ajudaria a consertar as coisas, e tudo acabaria com um lanchinho na padaria do Quim? 

As pessoas não sobrevivem ao fim do mundo porque são gentis, decentes e esse mundo seria mais legal com elas; não é assim que a vida funciona. Droga, Denise, você já devia ter aprendido a essa altura. Esquece isso e foca na Carmem. Ainda dá pra salvar uma amiga.

Contamos tudo que conhecíamos da Maria Louca e dos Filhos da Tormenta, e como pensávamos em procurar o Licurgo na antiga casa dele. Se alguém pode sobreviver sozinho ao fim da civilização, esse é o nosso querido diretor. Ele morava numa atração de parque, imagina!

— O caminho mais curto pro Parque é por aqui, e descendo aqui. — Cássio deslizou o dedo por um caminho estreito e tortuoso na mata.

 (Estourando a escala de bizarrice com um cego nos mostrando um caminho num mapa)

— Não saiam da trilha. Isso é importante — acrescentou Mauro.

Deteve o dedo num descampado amarelo. — Esse ponto é muito fácil de emboscar alguém. Dêem a volta por aqui. A mata é um tanto densa nessa área, mas tem as trilhas de elefantes, não é realmente difícil contornar.

— Elefantes?

— Digam ‘oi’ à Ayana por mim. Baloo é barulhento, mas ama qualquer um com mangas.

— Quem diabos é Ayana? E Baloo?

— Tem uma família de elefantes por ali. Somos amigos há muito tempo, salvaram nossas vidas uma vez. Baloo era um filhotinho bobão sete anos atrás, agora é só um jovem metido a besta.

— Vocês são mais que um pouquinho excêntricos, alguém já disse?

— Você. Várias vezes.

Xaveco examinava o mapa, de rosto franzido — Essa distância, se ninguém torcer o pé ou quebrar nada, quatro dias inteiros pra ir e voltar.

— Peraí, meu bem. Sou absoluta e fantástica, mas não faço milagre. É o Louco, posso levar qualquer coisa entre cinco segundos e a vida inteira pra convencê-lo. No mínimo quatro dias.

— No máximo cinco. Não temos todo o tempo do mundo. Quando partimos? — Nós três olhamos pra Cássio.

— Nós dois não vamos, Cas. Temos muita coisa pra fazer aqui. E ver o Louco…

— Você acha uma boa ideia deixar esses dois andarem por ali sozinhos?

Gente, os dois pareciam um casal de velhos. Ficaram uma eternidade naquele lenga-lenga “Vou” “Não vai” “Vou”... Eu teria feito as unhas e pintado, e ainda não teriam terminado. Droga, eles eram casados, sem a parte divertida.

 Xaveco pigarreou alto. — Pessoal, estamos perdendo tempo. Podem decidir?

Cássio virou uma última vez pra Mauro. — Mau tem razão. Temos responsabilidades aqui. Nós dois vamos resolver tudo e quando vocês voltarem, vamos até os Filhos da Tormenta. Quando vocês partem?

— Esta tarde.

— Amanhã cedo. — Olhei desconfiada pro Xaveco. Cama e um chuveiro quente por mais uma noite seria pedir muito? Mas estava cheia da discussão boba dos anfitriões pra insistir numa coisa tão pequena. — Ok, vamos hoje.

Xaveco me olhou espantado. Qual é, não discuto todas as vezes. — Valeu, Dê — sussurrou sorrindo.

 — Vou te lembrar disso na próxima, lindo — respondi sorrindo também.

Queridos, vou poupar vocês dos longos e tediosos planos feitos antes da viagem. Quanto mais conversávamos, mais estranho ficava o Cássio. Falava de um jeito cada vez mais baixo e calmo, como se discutíssemos um funeral. Fiquei aliviada ao sair dali. Apesar de morrer de curiosidade sobre o motivo da depressão do Cascaboy, não queria ficar e ouvir a DR.

Todos nós temos nossos fantasmas (até mesmo eu, lindos. Impressionante, não é?), mas se meus cálculos estiverem certos, Mauro e Cássio destruíram o equivalente à população de um país. Dos grandes. É um carma muito pesado. Começamos a caminhar com mochilas carregadas e uma lanterna que cabia na palma da mão, com uma luz lilás chiquérrima.

Horas depois, eu estava caída no chão, um zumbido irritante acima da cabeça, enquanto Xavier corria pra dentro da mata, coisa que Mauro tinha dito bem claramente pra gente não fazer.

Eu queria me levantar e impedi-lo, mas não conseguia me mover. Ou respirar. Por que eu não conseguia respirar?


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Notas finais do capítulo

Olá novamente.

Quanto às referências:

* Denise e Xavier têm versões de um futuro alternativo na mesma realidade há muitos anos ( os conhecemos na saga Filhos de Umbra, lembram?). Denise do futuro usa mechas multicoloridas e um cabelo mais escuro. A do Xaveco é conhecida com Xavecão. E adivinhem: Eles enfrentavam o Cebola, que tinha dominado o mundo;

* Infernet e Céunet são brincadeiras do volume 100 da Primeira Série. Na verdade, dá pra rastrear quem pronuncia um nome (idéia descaradamente copiada de Harry Potter), mas não é inevitável;

* A maior parte das histórias do Louco na turma clássica realmente são ele e o Cebolinha. Há muito tempo atrás, realmente tinha uma atração no Parque da Mônica que era a Casa do Louco. Volta e meia, a turma entrava lá sem querer e era um sufoco pra sair;

* "O medo de um nome aumenta o medo da coisa em si" é uma frase de Dumbledore (Harry Potter);

* Clube do Inferno é, entre outras coisas, uma sociedade secreta de vilões da Marvel;

* Inalar fumaça pode ser muito perigoso. Em incêndios em lugares fechados, pode ser mais mortífero que as chamas em si;

Curiosidade: Xaveco mantém o cabelo um pouco mais comprido hoje em dia. Precisou cortar um pouco, mas ainda era meio grande e cacheado.

Muito obrigada mais uma vez, e até o próximo capítulo.



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