Revolução Vilã escrita por Sirena


Capítulo 4
Capítulo 4 - É sério, Gaston?




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Após o grito totalmente desnecessário, o tapa buraco da Frozen... Digo, o “vilão” do filme da Elsa, respirou fundo tentando se recompor, enquanto todos mantinham os olhos nele, julgando seu grito de novela mexicana.

— Ah, pelo amor de Deus, né? – ele riu, nervoso. – Ninguém realmente acredita nisso, e de qualquer forma, eu tive muito espaço no musical de palco, tá legal?

 - Em algum lugar você tinha que ter espaço não é? - Gaston murmurou para o Capitão Gancho e Jafar.

— Sem mencionar que nos musicais todo mundo brilha mais. - o Jafar lembrou dando de ombros.

— E... E... Além do mais, Cruela... Você não conseguiu nem matar um bando de cachorros! Logo, não tem moral para falar coisa nenhuma!

— A culpa não foi minha! Eu só contratei os capangas errados! — Cruela que ainda estava abraçada a bruxa do mar, defendeu-se estressada empurrando Úrsula como quem joga uma boneca de pano no chão.

— Vulgo, os mais baratos. — Úrsula bufou, se levantando com dificuldade e ajeitando o vestido.

— Com este argumento sou obrigado a concordar. — Jafar interviu quando Cruela lançou um olhar cruel para a mulher polvo. — Você era rica! Podia muito bem ter gastado alguns milhões a mais por um trabalho bem feito.

— Ah, e você é muito melhor não? Perdeu para um pivete!

— Pelos menos eu consegui virar sultão! — Jafar bufou.

— E mesmo assim foi derrotado por um pivete e agora mora num lugar que mal da pra andar direito né? E como se não bastasse, ainda foi o pior vilão de live-action, pelo que eu fiquei sabendo! Ficou lá, sendo a coisa menos memorável do filme todo! Até a Malévola ficou mais memorável!

— Ah é? Ah, é? Pois saiba que se minha versão em live foi tão ruim quanto gostam de dizer, é só porque é muito difícil captar uma maldade tão grande quanto a minha! E mais, a minha lâmpada é muito mais confortável do que aquele buraco que você chama de casa.

— Briga! Briga! Briga! — Gaston, Gancho, Rainha Má e Úrsula incentivaram batendo palmas.

Malévola e seu corvo reviraram seus olhos.

— Como você se atreve? — Cruela empinou o queixo, se ajeitando no enorme casaco que usava, tentando parecer mais alta.

— Deixe-me lembrar que a sua casa não tem nem água quente!

— Nem água na verdade, ela não pagou a conta. — Úrsula zombou.

— Nossa! — Gaston provocou.

— Ah, não sejam tão cruéis, todo mundo sabe que ela só não pagou porque está falida! – a Rainha se intrometeu dando risada.

— Eu não deixava hein! — e o Capitão Gancho entrou na onda.

— Isso é um complô! — Cruela bateu o pé.

— É, de fato, mas, deixe-me lembrá-los, idiotas, que era pra ser um complô contra essas duas hienas. — Malévola bufou enfim intervindo na discussão apontando para Hans e Gothel que gargalhavam com a cena.

— Ah, é... — Gancho murmurou.

— Acho que me empolguei. — Gaston concordou.

— Só um pouquinho... — não dá pra dizer com certeza, mas, apesar da pele roxa, Úrsula parecia corada. — Então, voltando ao assunto, esses dois aí, nem são vilões, sejamos sinceros. Até aquele siri da Pequena Sereia é mais malvado do que esses dois e veja, que eles são bonzinhos.

— O Sebastião?

— Não, esses dois aí. O siri ao menos fazia cara de bravo e de tudo para autopromover, esses aí, nem isso.

Facilier uniu as sobrancelhas confuso, mas resolveu deixar para lá e simplesmente fingir que havia entendido.

— Na minha época, os vilões, além de conquistarem os coraçãos de...

— Corações, Gaston. — a Rainha Má corrigiu sem graça.

— Que seje... Conquistar todas as mocinhas inocentes, também davam medo e pra isso era só acender uma tochas e pronto.

— Umas tochas, Gaston! Sabe, começo a achar que você ficaria melhor do lado deles, é tão burro quanto. — a Rainha bufou cruzando os braços e revirando os olhos.

— Nem vem, eu sei usar o plural. — Gothel levantou as mãos e recuou.

— Só não vou me defender por uma razão.

— Qual? — Hans questionou arqueando a sobrancelha.

— Não entendi o que vocês falaram. — Gaston admitiu vermelho.

Não, é sério isso produção? Tipo... Sério? Eu sei que ele é contra pensar, mas... Não pode ser! Forçou demais! Demais! É piada, né?

Ah, pera, essa situação toda já é uma grande piada, que diferença vai fazer uma a mais? Mesmo uma que ficou tão ruim quanto essa...

— Ok, agora chega! Sai do meu castelo Gaston, burrice pega! Xô, xô. – Malévola mandou o empurrando para fora.

— Malzinha, não esquece que ele teve duas músicas e você não teve nenhuma... — Gancho recordou dando risada.

— É, tá certo... Então por que você não o acompanha até lá fora, maneta? — Malévola bufou erguendo o cetro em sua direção de maneira ameaçadora.


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