A última Malfoy escrita por Tostes Prih


Capítulo 4
A bússola de Salazar.




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   O caos tomava conta dos corredores do castelo nos finais de semana, estudantes alvoroçados para ir para Hogsmeade passavam aos bandos pelos portões. Aqueles que não haviam recebido autorização dos pais para sair tentavam ludibriar Willian’s e outros professores que controlavam a abertura dos portões, enquanto isso os alunos que estavam devidamente autorizados tinham pressa  para aproveitar bem o dia, e assim tudo virava uma mistura de empurrões e bagunça sem fim.

   Ágata aguardava impaciente pelos colegas para que pudessem ir também, no bolso esquerdo de seu casaco sentia o peso da bússola que havia pego na caverna. Lembrou-se das palavras de Tom: “Essa é a bússola de Salazar, uma herança de família que recuperei junto com mais algumas jóias. Essa em específico foi encantada para guiar quem a usasse de volta aos objetos que deixei pelo castelo, assim você vai encontrá-los com mais facilidade. ”

    Já estava na hora de revelar a seus colegas alguns de seus planos e esperava que todos continuassem do seu lado. Do contrário as consequências seriam desastrosas, para eles é claro!  Enquanto pensava no que faria se alguém não concordasse, Alex, Darla e as gêmeas se aproximaram apressados conversando animadamente.

—Desculpa a demora, Lizzie não conseguia encontrar um sapato que combinasse com o casaco. – Disse Rosie como se aquilo fosse algo de grande importância.

—Não temos tempo a perder, precisamos ir logo para o Vassoura quebrada. – Dizendo isso, a Malfoy começou a caminhar apertando o passo com os colegas logo atrás.

   O Vassoura Quebrada era um local novo, basicamente um concorrente do antigo Três Vassouras, o dono era o jovem Antony Wesley que assim que se formou em Hogwarts abriu o local. Era um lugar tranquilo para se encontrar com os amigos, o que mais agradava a Ágata eram as salas particulares e a exclusividade do local: se você reservasse com antecedência teria acesso a pequenos cubículos, ideais para encontros românticos privados ou no caso dos cinco: para reunir os amigos e falar sobre objetos movidos a magia negra com mais privacidade.

       Chegando lá foram guiados até a sala que Ágata havia solicitado e assim que a garçonete fechou a porta um feitiço de isolamento sonoro foi lançado para que ninguém pudesse ouvi-los do lado de fora.

—E então, o que precisava falar conosco? – Darla mal podia conter a ansiedade.

—Sobre isso. -  Ágata colocou a bússola em cima da mesa.

—O que é? – Perguntou Lizzie finalmente interessada na conversa.

— A Bússola de Salazar.

—Salazar Slytherin? Fundador da nossa casa? – Alex questionou enquanto pegava o objeto nas mãos e o analisava.

— O próprio! – Respondeu Ágata com orgulho.

—Onde conseguiu isso? – Darla parecia desconfiada.

— Aquela noite que o Alex me salvou do Pirraça. Eu estava voltando da floresta proibida depois de tê-la encontrado.

—Você entrou na floresta proibida a noite? Porque não nos levou com você para ajudá-la? – Perguntou Rosie séria.

— Era algo que eu precisava fazer sozinha, mas não se preocupem, hoje todos vocês vão ficar a par de quase tudo. Como vocês sabem tenho muito orgulho do passado da minha família, e recentemente encontrei o diário de Bellatrix Lestrange uma de minhas antepassadas. De alguma forma esse diário me guiou até esse objeto. A bússola de Salazar não tinha nenhuma propriedade mágica, era apenas um objeto passado de geração em geração como herança de família, até que Voldemort quando jovem a encontrou. Ao ouvir o nome de Voldemort, eles olharam um para os outros com animação. Ágata não era a única que admirava seus feitos e o poder que ele havia alcançado.

Alguém bateu na porta e Alex rapidamente pegou a bússola de cima da mesa e guardou no bolso enquanto a garçonete entrava com as bebidas de todos.

—Obrigada! – Darla agradeceu enquanto a jovem serviçal se retirava deixando-os a sós novamente.

   Assim que a porta foi fechada, ela continuou explicando:

—Nas mãos do Lorde das trevas essa bússola foi encantada para encontrar objetos  mágicos que ele deixou por Hogwarts para que um dia alguém pudesse ser seu sucessor e usasse esses objetos para que seus ideais não fossem apagados ao longo da história. Como todos sabemos, é o que o Ministério da Magia tem se esforçado tanto para fazer durante todos esses anos.

—Se não fossem as histórias de família, ninguém teria nenhuma informação sobre o antigo Lorde das trevas. – Concordou Alex.

—As pessoas tem medo de falar sobre ele e as famílias com antepassados Comensais foram obrigadas a se calar, tanto que encontrei esse diário bem escondido no porão da minha casa. – Continuou Malfoy. - Ainda não descobri o que tem de errado com a bússola, mas ela não está apontando para lugar algum, preciso da ajuda de vocês para consertá-la e recuperar os outros objetos.

—Espere um momento, isso quer dizer que você quer se tornar a sucessora de ...Voldemort? – Questionou Darla com uma expressão séria.

—Não apenas isso, quero ser mais poderosa e conhecida do que ele foi e quero que vocês sejam meus primeiros Comensais da Morte. É claro que não vamos nos chamar assim, quero seguir os passos dele, porém de forma autentica criarei minha própria marca na história.

—Eu estou dentro! Os Goyle sempre apoiam e seguem os Malfoy. – Disse Alex segurando a mão de Ágata e apertando carinhosamente para transmitir seu apoio.

—Também apoiamos. – Disseram as gêmeas sorrindo.

— Tenho uma dúvida. – Começou Darla. – Depois de encontrar os objetos o que pretende?

—Vamos mudar e revolucionar tudo! Nos últimos anos o Ministério da Magia vem tentando nos alienar, quase transformando Hogwarts em uma escola trouxa. Eles têm tanto medo que a história se repita que esconderam tudo de nós, o pouco que sabemos foi passado de boca em boca pelas famílias. Na escola, só ensinam magia de defesa, não sabemos atacar e quando aprendemos algo diferente é porque descobrimos sozinhos e escondidos. Enquanto eles nos transformam em um bando de molengas, os trouxas só avançam em suas tecnologias e chegando cada vez mais perto de descobrir sobre o mundo mágico e nos dominar, somos a raça superior porque temos que nos esconder?

—Olhando por esse ponto, concordo com você! O mundo da magia está cada vez mais inferiorizado e já é hora de pararmos de nos esconder.

— Vamos ser muito discretos e dessa vez. – Disse Ágata lembrando-se do fim do Lorde das trevas. – Manteremos a fachada que sempre mostramos, e vamos dominar de dentro do ministério. Eles estão tão acomodados que ao invés de batermos de frete com eles, nós vamos nos infiltrar de alguma forma e depois atacar.

   Nenhum deles além de Ágata realmente havia pensado em tudo que estava em jogo, em todos os riscos e consequências que aquilo tudo envolvia. Apenas concordaram prontamente, talvez pela excitação de fazer história, ou então pela empolgação que as palavras firmes da garota criava neles. O caso, é que todos sentiam que era a coisa certa a se fazer, e reviver a velha glória dos Comensais da morte, ou seja lá qual seria o nome que dariam a eles, fazia com que eles se sentissem especiais.

—Que comece uma nova era! – Disse a garota sorrindo e olhando cada um deles nos olhos.

  Alex ficou responsável em descobrir como a bússola funcionava, e por a isso levou com ele quando foi para a Travessa do Tranco, queria ver se encontrava algum livro antigo de magia das trevas. Lizzie foi fazer compras enquanto puxava a irmã junto com ela. Darla resolveu tirar o resto do dia para repor seus itens pessoais de poções. Cada um foi realizar suas tarefas pessoais e Ágata ficou sozinha caminhando pelo povoado, geralmente a solidão era uma benção, mas hoje ela desejou não ter deixado o diário no castelo. Se o tivesse trazido com ela poderia estar com Tom naquele momento.

   Entediada e sem paciência para passear pelo povoado decidiu voltar para o castelo, aparentemente toda Hogwarts havia decidido ir para o povoado naquele sábado e o local estaria quase vazio. Chegando no castelo praticamente correu até o dormitório buscando o diário de Bellatrix.

—Voltou rápido. – Tom imediatamente se materializou ao lado dela.

—Não tinha muito para fazer no povoado. – Respondeu ela indiferente.

—Eu também não tinha paciência com coisas supérfluas, somos iguais Malfoy.

  Ela corou,ele era o único que a fazia sentir-se como uma adolescente. Ela nem sabia o porquê reagia daquela forma quando estava com ele. Disfarçou antes que ele percebesse e achasse que ela era fraca e vulnerável a sentimentos tolos:

—Eles aceitaram, estão do meu lado.

—Eles dizerem que estão do seu lado não é a mesma coisa que estarem de verdade quando realmente você precisar. Terão que provar a lealdade.

— O que sugere?

—Um voto perpétuo talvez? Faça-os jurar que vão ficar do seu lado até a morte.

—Talvez seja melhor usar um outro tipo de magia, vou pensar melhor sobre isso. – Respondeu imaginando as possibilidades.

  Com o diário nas mãos e Tom ao seu lado caminhou até o lago embaixo de uma árvore, um local isolado onde não corria o risco de alguém vê-la falando “sozinha”. Estendeu uma toalha verde esmeralda com o brasão da Sonserina (ela era muito fiel à sua casa) e deitou-se. Logo ele também deitou ao seu lado com as mãos cruzadas sob o peito olhando o céu.

— Às vezes me pergunto se você realmente é real ou se eu desejei tanto que agora posso te ver.

—De alguma forma a parte de mim que está nesse diário é real, você consegue me tocar, quer prova maior de realidade do que esta?

— É estranho, como as outras pessoas não conseguem te ver, me confunde.

—Você me vê porque é diferente, especial.

    Ela virou o rosto para o lado encarando-o.

—Gostaria de ter vivido aqui quando você era um estudante e tinha minha idade.

—As coisas são da forma como tem que ser. Se você vivesse naquela época seria apenas uma Comensal, mas hoje você tem a chance de ser muito mais poderosa que isso, basta você querer.

—Sobre isso, não tenho nem idéia de como fazer a bússola de Salazar funcionar.

—Isso é uma coisa que você vai ter que resolver sozinha. E agora você tem aliados, isso vai te ajudar a resolver tudo mais rápido, porém, não se acomode ou abaixe a guarda, as coisas mais importantes têm que ser feitas por você pessoalmente, não lhes de poder demais ou eles podem tentar te derrubar.

— Eu sou uma Malfoy! Jamais abaixo a guarda.

—Você sabe o que tem acontecido com os Malfoy ao longo das gerações né? – Disse ironicamente.

— Eu vou fazer diferente. – Disse entredentes tentando controlar a raiva pelo comentário.

  -É essa fúria que eu quero que você canalize para lutarmos pelos objetos perdidos nesse castelo.

   Olhando no fundo de seus olhos negros ela podia ver seu próprio rosto pálido refletido neles. Sentia-se como se tivesse hipnotizada não conseguia parar de fitá-los. Quando percebeu que estava agindo de forma estranha ela desviou o olhar rapidamente e voltou a fitar o céu. Malfoy andava tendo alguns sentimentos confusos em relação a ele e não sabia como reagir, então fazia questão de reprimir a todos eles. Como ela poderia sentir-se atraída por alguém que sequer existia completamente? Talvez fosse uma atração intelectual ou algo do gênero, de qualquer forma ela não queria dar espaço a nenhum tipo de sentimento, nem por Tom ou por outro garoto normal, isso atrapalharia seus planos. Ela mal entendia a existência dele, como poderia entender se ele também conseguia ter reciprocidade?

—Pode me perguntar o que quiser. – Sua voz arrancou-a de seus pensamentos.

—O que?

—Você está inquieta, talvez tenha perguntas assombrando sua mente.

—Você consegue ler meus pensamentos? – Perguntou brincando, mas no fundo tinha medo da resposta.

—Claro que não, estamos ligados então posso sentir algumas coisas: medo, preocupação, tristeza, dor, mas não posso ver a causa e nem saber os detalhes.

  Ela sentiu um pequeno alívio por ele não conseguir saber o que se passava em sua mente e coração. Ficara preocupada desde a primeira vez que o viu e ele disse que estavam ligados e ficou feliz de não ser de forma literal ou aquele relacionamento bizarro se tornaria extremamente embaraçoso.

—Acha que foi uma boa idéia deixar a bússola com Alex? – Perguntou mudando o assunto.

—Era o melhor que você poderia fazer diante da situação, ele é inteligente e vai conseguir te trazer algumas respostas mas precisas sobre o objeto.

—Espero que sim, tenho muita curiosidade a respeito de tudo isso.

—Vai aprender muito mais do que imagina só precisa manter viva essa sede de poder que exala de você.

  Uma garoa fina começou a cair e ela se levantou rapidamente recolhendo suas coisas e correndo de volta em direção ao castelo. Passando perto do campo de Quadribol ela deu de cara com Mathew, ia dar meia volta para não cruzar com ele, mas percebeu que o garoto estava agindo de forma estranha e ficou curiosa. Ele segurava a cabeça como se sentisse uma dor extrema e murmurava algo, cambaleou tentando chegar até o castelo, não conseguiu ir longe e logo caiu no chão. Instintivamente Ágata correu ao seu encontro.

— Mathew, você está bem? – Perguntou enquanto se ajoelhava ao seu lado.

   Ele que ainda estava com olhos fechados, ao sentir a presença dela os abriu rapidamente e a encarou com um olhar macabro:

— Desde que te conheci percebi porque eu estava aqui, eu vim por você Ágata Malfoy. – Disse com uma voz diferente apontando diretamente para ela e desmaiando em seguida.

   Ela gritou por ajuda e mais dois garotos da equipe de Quadribol que estavam perto vierem e ajudaram-na a levá-lo até a enfermaria.

—O que houve? – Perguntou a enfermeira enquanto indicava uma cama para os garotos colocarem-no.

—Eu não sei, vi ele segurando a cabeça como se estivesse com muita dor e depois desmaiou. – Respondeu a garota, ela preferiu não contar o que ele lhe disse antes de cair desacordado.

—Durante o treino ele estava bem. – Disse um dos jogadores.

—Certo, vocês voltem para seus afazeres, eu vou ver o que posso fazer, agora ele precisa de paz. – Disse empurrando os três para a saída.

   Ágata estava intrigada, porque ele lhe dissera aquilo? O modo como  agiu era muito estranho, mas de alguma forma ela gostou, Mathew parecia muito mais interessante do que ela imaginava, ele tinha um segredo e ela descobriria o que era não importava o que custasse.

  Alguns dias se passaram e Mathew não compareceu as aulas, as visitas á enfermaria também foram suspensas, tudo mostrava que estavam tentando mantê-lo isolado. Isso deixava Ágata cada vez mais curiosa. Mal podia se concentrar para o N.O.M’s, sua cabeça andava cheia com o ocorrido. Outro assunto que assolava seus pensamentos era a bússola de Salazar que eles ainda não tinham conseguido fazer funcionar. Com a desculpa de formar um grupo de estudos, eles se reuniam todas as noites na biblioteca e  buscavam alguma forma de ativar o objeto. A frustração já tomava conta quando Rosie teve uma idéia:

—Isso aqui é uma ponta afiada? – Disse olhando dentro da boca da serpente esculpida.

—O que isso tem a ver? – Respondeu Darla cansada, eles estavam a horas pensando naquilo e pesquisando.

—Alguns objetos mágicos são ativados com sangue, ainda mais um objeto que foi de Salazar que valorizava tanto o sangue puro. Talvez para ativar você deva deixar seu sangue aqui, provar que vem de família cem por cento bruxa.

—Faz sentido. – Disse Alex bocejando.

—Faz mesmo, mas não posso testar aqui. Vou fazer isso  no dormitório. – Ágata pegou o objeto das mãos de Rosie. – Por hoje chega, vamos voltar cada um para sua sala comunal.

   Cada um seguiu seu caminho: Darla, Alex e Ágata para as masmorras, Lizzie para a Grifinória e Rosie para a Corvinal. Chegando nas masmorras, Mabel uma das colegas da Sonserina entregou um bilhete á Malfoy, a diretora Medeia queria vê-la em sua sala. Junto havia uma autorização para andar fora do dormitório após o toque de recolher. Suspirou frustrada, queria ir ao dormitório para ver se conseguia ativar a bússola, infelizmente isso teria que esperar. Com o objeto no bolso de suas vestes ela saiu novamente da sala comunal e se dirigiu até a sala da diretora.

—Ramos de Azevinho. – Disse a senha, e imediatamente a escada se revelou para que ela pudesse subir até a sala de Medeia.

   A atual diretora de Hogwarts era uma mulher muito peculiar, simpática, calma e facilmente manipulável. Medéia foi designada pelo Ministério da Magia quando o cargo ficou vago depois de Minerva McGonagall adoecer. Era pra ser algo temporário mas uma coisa foi levando a outra e já faziam dez anos que ela dirigia a escola.

     Subindo as escadas Ágata não pode deixar de ouvir a conversa de Medéia com o Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas:

—Isso é muito estranho, não havia nenhum objeto amaldiçoado com ele. – Disse o professor preocupado.

— O ministério quer respostas e os pais se recusam a cooperar. – Disse Medéia em tom aflito.

  Assim que perceberam a presença da menina ambos se calaram.

—Vou voltar para a minha sala, prometo mantê-la informada diretora! Srta Malfoy, com licença.

   Assim que ele saiu, a diretora puxou uma cadeira para Ágata.

—Chá? – Perguntou enquanto se servia de uma xícara.

—Não obrigada. – Ágata tinha a sensação de que ela queria tirar alguma informação dela e não ia correr o risco de ingerir Veritaserum que com certeza continha no chá.

—Fiquei sabendo que você foi a primeira a encontrar o Sr Wood quando ele passou mal.

—Sim, eu estava voltando para dentro do castelo quando o vi desmaiar.

—Notou algum comportamento estranho?

—Só vi que ele segurava fortemente a cabeça antes de cair. – Disse com um olhar inocente.

Ela não acreditou muito, continuou questionando:

—Srta Malfoy, o que aconteceu com Mathew foi algo muito grave. Provavelmente ligado à magia negra. Se você tiver alguma informação e estiver ocultando, devo lembra-la que estará ocultando também do Ministério e isso pode ter graves consequências.

—Diretora Medeia, se eu soubesse de mais alguma coisa teria o maior prazer em ajudar, mas realmente já passei todas as informações.

—Você costuma conviver com o Sr Wood?

—Só durante algumas aulas, mas não somos amigos. O ajudei porque o vi passando mal e foi apenas isso.

—Me disseram que você foi algumas vezes a enfermaria tentar visitá-lo.

—Não sabia que era proibido se preocupar com um colega de classe e tentar visitá-lo.-Respondeu rispidamente, já estava ficando cansada daquele interrogatório.

—Tem razão, não é proibido. Você é uma boa colega Srta Malfoy. Se lembrar de mais algum detalhe, não hesite em me procurar.

— Se eu me lembrar de mais alguma coisa será a primeira a saber. – Disse para a mulher.

—Pode se retirar e voltar ao dormitório. Obrigada por sua cooperação.

—O prazer foi meu. – Respondeu com um sorriso falso.

    De volta ao dormitório ela não acreditava que tinha perdido tanto tempo com a diretora. Mulher tola! Sempre manipulada pelo Ministério da magia. Não era à toa que o ensino daquela escola que outrora fora tão grandiosa hoje era uma verdadeira piada!

—Nossa que cara péssima! O que a Medeia disse que te deixou assim?

—Queria me interrogar sobre o surto de Mathew outro dia. Ela acha que estou escondendo algum detalhe.

— E está?

—Vamos falar da bússola que é mais importante? – Disse cortando colega. Darla perguntava demais!

   Sentou-se na cama com Darla de frente para ela. Colocou o dedo na boca da serpente comprimindo com força até que a presa de metal perfurasse a ponta de seu dedo e o sangue escorresse para dentro da boca da cobra. A bússola começou a brilhar e quando a abriram perceberam que ela apontava para uma direção fixa. Rosie estava certa! O sangue de Ágata era a chave para ativar a bússola e agora ela apontava para o próximo destino.

—Rosie tinha razão! Está funcionando. – Exclamou Darla animada.

    Ágata não disse nada, apenas olhava para o objeto admirada: estava a um passo mais perto de se tornar a bruxa mais poderosa de Hogwarts e depois de todo o mundo bruxo e trouxa. Ela não podia se conter de tão feliz que estava pela pequena conquista. Do outro lado do quarto Tom sorria para ela em sinal de aprovação.


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Notas finais do capítulo

Galera, os comentários são incentivo para o autor. Me contem o que estão achando da historia, o que precisa melhorar. Estou aberta a opinião de vocês para trazer sempre capítulos melhores ♥



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