A última Malfoy escrita por Tostes Prih


Capítulo 3
A incondicional lealdade de Alex Goyle.




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Alex sempre se sentiu deslocado, até  em sua própria casa. Vinha de uma família de homens fortes e durões, geralmente jogadores de Quadribol. Desde pequeno preocupou seus pais se mostrando diferente: ao invés de voar em sua vassoura brincado  pelo quintal ele preferia testar poções e se afundar em seus livros. Não se importava com a indiferença de seu pai e das outras crianças vizinhas, achava que quando fosse para Hogwarts faria amigos com os mesmos interesse e de mesmo nível intelectual. Porém não foi assim que aconteceu: desde o primeiro ano foi constantemente agredido por alguns de seus colegas, e aqueles que não o agrediam simplesmente o ignoravam. Por anos se sentiu extremamente sozinho, até que ela o notou.

   Ágata Malfoy gostava de ter os melhores em seu círculo social e logo percebeu o quanto Alex era inteligente. No terceiro ano ela o abordou no trem a caminho de Hogwarts, ficou encantada ao vê-lo realizar um feitiço de defesa bem avançado para a idade deles contra uns garotos que o cercavam no vagão. Daquele dia em diante imediatamente ficaram amigos e ele nunca mais se subestimou. Ela o ensinou que quanto mais se destacasse e mais poderoso fosse, mais se sentiria solitário, pois eram poucas as pessoas que estariam á altura de sua inteligencia, mas se se unisse a ela só teria os melhores como amigos, não precisou de muito para convence-lo, ele só queria pertencer a algum lugar. A menina também o ensinou a revidar sem precisar usar força física, ele aprendeu que podia aguardar pacientemente para mais tarde vingar-se com um plano calculado, saindo assim ileso das situações. Devido a tudo isso passou a idolatrar a garota, fazia absolutamente tudo por ela, queria demonstrar que sua lealdade seria para sempre. Além disso, a amizade entre um Malfoy e um Goyle vinha de outras épocas.

   E foi por essa lealdade que imediatamente ele sentiu o impulso de dar cobertura a ela quando a viu passar furtivamente pela sala comunal a noite. Estava tão concentrada que não o notou em um canto fazendo sua lição de Feitiços. Ele não queria ser invasivo, então apenas pegou sua capa da invisibilidade e ficou  na entrada do castelo aguardando sua volta. Foi a melhor ideia que teve! Enquanto aguardava pacientemente o retorno da garota  em segurança para o dormitório, o incidente com Pirraça aconteceu. 

    Escondidos debaixo da capa da invisibilidade eles mal respiravam, e assim que percebeu que a Malfoy estava mais calma ele tirou a mão da sua boca bem devagar.

—Obrigada! – Ela sussurrou, ainda com o peito arfando de susto e por ter corrido.

   Antes que ele pudesse responder, o professor Sander's (dava aula de Defesa Contra as Artes das Trevas e era o atual diretor da Sonserina), apareceu junto com o Zelador Willian's vasculhando os corredores e com cara de poucos amigos. Era natural estarem irritados afinal, ser acordado de madrugada por um Poltergeist derrubando tudo pelos corredores do castelo deixaria qualquer um de mal humor. Pirraça obviamente perdeu o interesse na cena e desapareceu deixando os dois homens resmungando.

—Tenho certeza de que era alguém da Sonserina tentando voltar aos dormitórios, o barulho começou nas masmorras. – Disse o zelador.

—Se fossem alunos teriam ficado encurralados nesse corredor, já teríamos pego. Provavelmente foi só o Pirraça causando o caos, como sempre. – Respondeu o professor espumando de raiva.

—Não sei não! Minha experiência me diz que é algum aluno fora da cama. Por precaução vou ficar de vigília na entrada da sala comunal da Sonserina.

—E eu voltarei a dormir. - O Professor deu de ombros e voltou para seu dormitório arrastando seus chinelos. Assim que os dois homens desapareceram pelos corredores Goyle e Malfoy respiraram aliviados embaixo da capa.

—Ainda bem que você estava no lugar certo e na hora certa! – Exclamou a garota agradecida.

—Quando vi você passar pela sala comunal tão tarde, imaginei que algo assim pudesse acontecer e queria estar aqui para ajudar.

—Você me seguiu? -Questionou desconfiada.

—Só até a entrada do castelo, eu juro. -Respondeu num tom nervoso.

Ele não gostava de sequer pensar na possibilidade de parecer esquisito aos olhos de Ágata, mas por outro lado precisava protege-la.

— Acho que na próxima é melhor eu pedir sua capa. – Disse ela quase rindo.

—Agora temos mais um problema para resolver: achar uma forma de colocar você de volta no dormitório.

   Andaram até a porta da sala comunal, sempre cobertos pela capa e pararam a uma distância segura. Como previsto Willian's havia conjurado uma cadeira e já estava cochilando ao lado da entrada para a sala comunal.

—Precisamos pensar em uma forma de entrar. – Cochichou Ágata. - Não tem como passar o resto da noite aqui em pé esperando ele sair.

—Tive uma ideia! Se esconda atrás dessa coluna e espere o momento certo para entrar.

—Como assim?

—Você vai ver!

   Mesmo sem entender o plano dele, ela saiu de debaixo da capa e ficou imóvel atrás de uma coluna, como havia pouca iluminação nas masmorras foi fácil se esconder ali. Assim que Ágata estava segura, Alex coberto pela capa, bateu com força em uma armadura derrubando o elmo no chão, da mesma forma como Pirraça estava fazendo ainda há pouco. O barulho causou o efeito esperado: Willian’s levantou rapidamente assustado buscando a causa da bagunça.

Alex então começou a correr derrubando e batendo nas armaduras no caminho e atraindo o zelador para que ele se afastasse da entrada da sala comunal, dando a menina a chance de entrar.

—Agora eu te pego fantasma desgraçado! – O homem xingava e sacudia o punho fechado enquanto tentava alcançar algo que não podia enxergar. Provavelmente ainda pensava que era o Pirraça tentando pregar uma peça. 

 Depois de cansar o pobre homem pelos corredores do Castelo, Alex o despistou e seguiu calmamente até as masmorras onde entrou na sala comunal. Ágata já havia se recolhido ao dormitório, então ele subiu também e descansou com o coração saltando pela adrenalina e orgulhoso por ter conseguido proteger a garota. Na cama ao lado Mathew dormia calmamente com um livro de Quadribol sobre o peito.

—Se você não se levantar agora não vai conseguir tomar café da manhã. - Acordou com seu colega de quarto chamando-o.

—Parece que eu fechei os olhos por cinco minutos e já amanheceu.- Reclamou com a voz embargada pelo sono.

—Talvez seja porque saiu depois do toque de recolher e voltou quase ao amanhecer. – Mathew o olhava com um risinho nos lábios levantando as sobrancelhas.

—Porque está com esse sorrisinho? – Questionou o garoto.

—Foi atrás de alguma garota?

—Pode-se dizer que sim. - Respondeu enquanto se espreguiçava sentado na cama. - Mas não pelos motivos que você está pensando.

— Não precisa disfarçar amigo, se tem uma coisa que eu entendo é de encontros furtivos com garotas pela madrugada. 

   Com Mathew tentava arrancar de Alex informações sobre um encontro amoroso que não havia ocorrido, ele se vestiu rapidamente para descer para o refeitório. Com o cabelo bagunçado, as vestes tortas e amarrotadas ele seguiu com o seu colega de quarto até o refeitório.

—Como me viu saindo a noite? Pensei que estivesse dormindo. - Perguntou enquanto seguiam pelo corredor.

—Digamos que você não foi muito sutil ao se levantar. Então, quem você foi encontrar?

—Não quero ser rude, mas não é da sua conta.

—Tudo bem, não precisa ficar na defensiva. - Respondeu erguendo as mãos em sinal de rendição.

  Alex ainda não entendia porquê Mathew tentava ser seu amigo. Ao contrario do que quase todos faziam, ele era sempre muito cordial e sempre tentando puxar conversa, mesmo percebendo que quanto mais forçava mais Alex se fechava.

—Então e sua amiga Ágata, ela sai com alguém? -Perguntou como quem não queria nada.

   Ali estava o motivo da camaradagem! Como muitos outros garotos de Hogwarts ele estava tentando saber mais sobre a Malfoy através de Alex.

—Ágata é muito focada, não perde tempo com essas coisas.

—Então ela nunca namorou ou saiu com ninguém? – Intrigado continuou questionando.

—Houveram alguns garotos, mas nunca duraram mais que algumas semanas. Como eu disse, Ágata é muito focada e além disso sabe que nenhum garoto daqui está a sua altura.

—Você gosta dela? – Mathew perguntou.

     Só a ideia de alguém confundir sua lealdade por Ágata com amor já o deixava extremamente nervoso, para ele pensar nela desse jeito era como uma blasfemia.

—Claro que não!- Respondeu na defensiva.

—É que você sempre a protege e elogia tanto... -Continuou insistindo no assunto.

—Somos um grupo muito unido, cuidamos dos nossos. -Respondeu Alex fechando a cara.-Preciso ir!

  Antes que Mathew viesse com mais alguma pergunta indiscreta ou comentário sobre Ágata, Alex se afastou do garoto indo sentar ao lado de Darla no salão principal.

—Que cara é essa? Parece que foi pisoteado por um Trasgo! – Perguntou a amiga nada discreta olhando-o de cima abaixo.

—Não dormi muito bem essa noite.

—Dá para perceber. – Respondeu ironicamente. – O que estava fazendo?

—Estava me ajudando a me livrar de uma detenção. – Respondeu Ágata chegando e sentando-se com os dois.

—Como você saiu do dormitório a noite e eu não percebi?-Perguntou virando-se para a amiga.

—Fale mais baixo! – Repreendeu Ágata. – É uma longa história, depois conto em detalhes,preciso conversar com vocês e com as gêmeas.

—Vamos nos reunir mais tarde?

—Hoje não! Amanhã vão nos liberar para ir a Hogsmeade, vamos ao Vassoura Quebrada e conversamos lá.

—Não pode dar uma dica do que é? – Diante da pergunta de Darla a outra a mirou com raiva dando a entender que não era oportuno falar ali.

    Alex ficou curioso também, mas ao contrário de Darla ele não gostava de encher Malfoy de perguntas, quando ela estivesse pronta e no momento certo iria contar o que quer que fosse.

—Como conseguiu voltar para o dormitório ontem? – Perguntou Ágata para Alex com um tom que sugeria preocupação na voz.

—Willian's se cansa rápido, foi fácil despistá-lo.

— Tem certeza de que ninguém te viu?

— Mathew me viu saindo do dormitório, mas ele acha que fui encontrar alguma garota.

—O que não foi de todo mentira. – Respondeu a loira com um sorriso.

—Estou cada vez mais curiosa para saber o que houve com vocês ontem à noite. – Comentou Darla começando a ficar emburrada, ela odiava ficar por fora das coisas.

— Eu precisei sair do castelo para fazer umas coisas, e na volta topei com Pirraça. Se Alex não estivesse por perto eu teria pego uma bela de uma detenção. – Explicou para a outra.

—Que bom que o Alex estava lá te protegendo, como sempre. – Darla mal pode disfarçar o ressentimento em sua voz.

   Alex sentindo a tensão que se formava mudou o rumo da conversa:

—Mathew tem perguntado muito sobre a Ágata.

—Como assim?

—Quer saber se você está saindo com alguém.

—Não acredito nisso! Tomara que ele não fique obcecado como aquele garoto ano passado. Foi difícil se livrar dele. – Comentou Darla.

—Mathew faz o tipo pegador, logo ele se cansa vai atrás de outras garotas e me deixa em paz. Agora tenho coisas mais importantes na cabeça. – Dizendo isso, ela encerrou a conversa enquanto tomava o resto de seu suco de abóbora e saía para sua primeira aula do dia deixando Alex e Darla sozinhos.

   Assim que Malfoy saiu, perceberam que o refeitório já estava se esvaziando com todos a caminho das aulas, eles também foram  para a sala de História da Magia, aula que por sinal eles teriam juntos.

—Vamos logo, não quero me atrasar! 

  Alex começou a puxar a morena pela mão enquanto se dirigiam á sala que era ao lado da Biblioteca. Quando entraram Binn's já estava começando a aula.

— Hoje vamos falar sobre a Revolta dos Duendes... – O fantasma começou a sua didática maçante e cansativa.

   Alguns alunos mal chegaram e já estavam debruçados sobre os braços dormindo, outros conversavam passando pergaminhos uns para os outros. Binn's parecia não se importar, o tédio transbordava em sua voz. Escolheram um lugar mais ao fundo da sala e sentaram-se lado a lado. Sem tirar os olhos do professor, enquanto fingia prestar atenção Darla passou um pedaço de pergaminho ao garoto:

“Hoje á noite no local de sempre? ”

  Ele pegou sua pena começou a escrever:

“Claro! Pensei que Ágata iria marcar reunião hoje, fiquei aliviado quando ela disse que seria amanhã. ”

  Ele entregou e ficou observando enquanto ela lia. Revirando os olhos ela devolveu o pergaminho.

“ Espero que você pare de falar sobre ela á noite. ”

   Ele assentiu com a cabeça, sorrindo enquanto rasgava o pergaminho encerrando a conversa. Depois de um período de tempo que para os estudantes pareceu interminável, Binn's passou um trabalho para ser entregue na próxima aula e dispensou a turma.

   Na hora do almoço Mathew veio sentar-se com ele, o que fez Ágata e Darla sentarem-se em outro lugar. O garoto não viu quando Ágata que estava se dirigindo a mesa deles, parou bruscamente quando viu-o ao lado de Alex e  deu meia volta indo sentar-se em outro lugar. Mathew estava concentrado demais em seu ensopado para perceber. Alex, porém, ficou chateado de perder o almoço com as duas.

—Consegui entrar para o time de Quadribol. Batedor, como eu era na outra escola. – Disse todo orgulhoso, como se Goyle ligasse para isso.

—Não costumo ir a muitos jogos de Quadribol.

—A Ágata comparece?

—Às vezes, quando não tem nada mais interessante para fazer. Ela considera os jogos da escola uma perda de tempo. Só se interessa por Quadribol profissional.

— Então talvez tenha uma chance de ela ir me ver jogar. – Sorriu presunçoso.

— Talvez. As gêmeas em compensação, não perdem um jogo! Com a presença delas você pode contar. – Alex sorriu ao ver a cara de terror do garoto ao ouvir falar de suas mais fiéis admiradoras.

—E você Alex, nunca quis entrar para o time? Sei que a família Goyle teve vários jogadores durantes os anos.

— Digamos que meus interesses são diferentes da tradição de minha família, prefiro os livros e os conhecimentos avançados em magia.

—E seu pai o que acha disso?

Ele estava entrando em um terreno perigoso, Alex odiava falar sobre seus pais.

— Não me importo com a opinião deles. – Respondeu indiferente, enquanto involuntariamente tocava uma leve cicatriz que possuía ao lado esquerdo da face.

  Aquela cicatriz fora causada por seu pai, que uma noite ao buscar Alex na estação para passar o natal em casa, percebeu que o garoto tinha um o olho roxo. Depois de pressionar muito, o menino acabou contando que havia apanhado de um dos jogadores da Grifinória no trem durante a volta. Imediatamente foi agredido e castigado pelo pai, para que “aprendesse a agir como um Goyle”, durante a surra acabou sendo ferido na face com um corte profundo que deixou a marca, a cicatriz que o lembrava constantemente do ódio que sentia pelo pai.

  -Queria ser mais como você. – A voz de Mathew o despertou de sua lembrança.

—Como eu? – Era a primeira vez que ouvia algum garoto dizer aquilo.

—Sim, não me importar com os outros. Meus pais querem que eu siga uma carreira no Ministério da Magia como eles, entretanto eu gostaria de ser Magizoologista e viajar o mundo lidando com criaturas. Eles adorariam ter um filho tão aplicado quanto você.

  Por um milésimo de segundo Alex teve pena do colega, mas o sentimento passou bem rápido, quando alguns jogadores da Sonserina começaram a acenar para Mathew chamando – o.

— Tenho que ir, tenho treino com a equipe. Te vejo mais tarde colega de dormitório.

—Até mais! – Alex respondeu enquanto terminava sua refeição.

 Durante o resto da aula Alex passou de aula em aula,ás vezes sozinho, ás vezes em com suas amigas. Na aula de Herbologia encontrou Darla e Ágata. Já a aula de Transfiguração foi junto com as gêmeas, e ele quase perdeu as sobrancelhas quando Rosie em um movimento errado com a varinha explodiu o objeto que deveria transfigurar quase na cara dele. Felizmente ele se desviou a tempo e no final da aula suas sobrancelhas estavam intactas. Depois do jantar, quando todos foram dormir ele pegou sua capa da invisibilidade e seguiu para uma sala vazia no andar inferior oeste do castelo.

   Logo sentiu uma mão cobrindo-lhe os olhos e ele sorriu ao reconhecer o cheiro de morango e baunilha tão familiar. Virou-se enquanto puxava Darla pela cintura e a beijava demoradamente.

— Passei o dia todo com vontade de fazer isso. – Disse ele no final do beijo.

— A aula do Binn's parecia que não ia acabar nunca mais.- Ela reclamou.

— Ágata não questionou sua saída do dormitório?

—Não a vi na verdade. Ela anda muito reclusa depois que encontrou aquele diário nas férias. Passa muito tempo sozinha e esses dias juro que ouvi ela murmurando sozinha a noite no dormitório.

— Não me sinto bem em esconder isso dela. – Disse referindo-se aos dois.

— Até sabermos o que “isso” é, não acho prudente contar a ninguém, não queremos estragar nosso grupo.

—Tem razão. É que a ideia de ter segredos com ela...

—Para! – Ela o interrompeu colocando levemente os dedos em seus lábios. – Chega de falar dela-Dizendo isso o beijou mais uma vez, mas assim que os lábios dos dois se separam o menino insistiu no assunto:

—Não entendo porque você não gosta que eu fale sobre ela. Ela é incrível, mas você sabe que eu não tenho sentimentos amorosos por ela.

—Esse é o problema, o que você sente é maior e vai muito além de amor, é uma lealdade tão grande e incondicional que as vezes acho que você morreria por ela! Me questiono se faria por mim o que faz por ela.

—Por favor não me faça escolher...

—Jamais te colocaria nessa posição tão difícil, e é por isso que prefiro não falar dela quando estivermos sozinhos. Esse momento é apenas nosso e você está estragando o clima. – Disse enquanto abraçava-o

—Tem razão. Me desculpe.

  Depois de uma longa sessão de amassos, que por Alex não acabaria nunca, Darla o interrompeu:

—Já passou do toque de recolher, temos que ir.

   Protegidos pela capa de Alex eles chegaram em segurança aos dormitórios sem serem pegos. Na sala comunal cada um foi para um lado, e ao adentrar sorrateiramente seu quarto ele percebeu que dessa vez era Mathew que ia passar a noite fora da cama. Esperava que ele não fosse pego por Willian's.

   Deitado observando o teto não pode parar de pensar na conversa que teve com Darla, realmente ele seria capaz de tudo por Ágata, e não importava o que ela lhe pedisse ele sabia que não iria negar. Porém também era muito apaixonado por Darla, desde a primeira vez que ficaram juntos nas  férias quando se encontraram por acaso viajando com suas famílias. Suspirou cansado, ele realmente esperava nunca precisar escolher entre Ágata ou Darla.


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