A despedida escrita por claradasideias


Capítulo 9
A descoberta


Notas iniciais do capítulo

Levanta amão quem achou que eu terminaria a história em janeiro? Desculpa aí... he, he
Levanta a mão quem achou que eu terminaria a história depois de fevereiro, mesmo sendo minha meta? Vocês nem mereciam esse capítulo! hunf! Falta de fé...
Enfim, agora a despedida não é de Chat Noir, e sim minha. Espero que gostem do último capítulo



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E lá estava Adrien, vestido novamente como Chat Noir, porém escondendo-se pela máscara de um novo portador. Ao seu lado estava Coccinelle, sua nova parceira. Era um pouco decepcionante lutar ao lado dela e não de sua Lady, a única pessoa que o fez hesitar quanto à sua estadia em Blois. Todavia o herói sabia que ela se recolhia em um canto porque sentia-se impotente quanto a fazer ele mesmo voltar para ela. Sentia-se um pouco culpado e sabia que agora que retornara era só questão de tempo até que o momento de contar a ela chegasse.

Pensar em Ladybug lhe parecia bizarro, na verdade. A partir do momento que descobriu quem ela era, não conseguiu tirar da cabeça. Sentia a todo momento vontade de ir até Marinette e dizer que estaria ao lado para sempre. Sentia falta de ir à escola e ver seus amigos e pensamentos como a impossibilidade de ver a garota o entristeciam.

Apesar de seu isolamento, Adrien conseguiu ver uma luz quando na noite em que ela se revelou. Para um estranho que ele era naquele momento, a descrição que ouviu de Coccinelle foi bem mais preocupante. Ele respirava aliviado com a situação.

A nova parceira de Chat Noir sabia bem da conversa que os dois tiveram. Não tinha como saber de muita coisa pois não sabia muito de Ladybug e não podia falar de que sabia de Chat Noir, entretanto já podia perceber maior sociabilidade da heroína pelo que o Mestre contava. De certo modo era um pouco triste, sabia que quando a verdadeira dona de Tikki a exigisse, deveria abrir mão dela.

O antigo companheiro da afastada podia perceber o aumento de sociabilidade da mesma somente pela visão constante de Marinette nas batalhas. A garota sempre estava ali acompanhando e às vezes ia até ele dizer o quanto sua presença a fazia lembrar dele.

Nunca mais a garota citou Adrien ou Chat Noir, temendo a comprovação de ser Ladybug. Ela sabia que era tarde demais, porém tentava alimentar ilusões com o fato de que ele jamais considerou tal hipótese em voz alta.

—Sabe, - disse Marinette em um de seus encontros pós-batalhas - eu queria saber como lhe chamar…

—Eu já disse, sou Chat Noir.

Por um momento sua expressão entristeceu novamente e ela respondeu rabugenta:

—Eu já disse que só ele pode ser Chat Noir! - então dizia quase chorando, mas sem nunca fazê-lo– Você pode até fazer parecer que estou com ele, mas nem você é capaz de trazê-lo de volta…

—Me chame de “Aquele que vai te animar” então – disse acolhedor a abraçando

Não importa o que Adrien fizesse, ela sempre se fechava novamente ao ouvir o nome do garoto que lhe abandonara. Talvez fosse medo de perder todos os outros que valorizava, talvez fosse sua depressão levando sua vontade de continuar.

Vendo todo o impacto na saúde de Ladybug que ele causou quando partira, Chat Noir sentia vontade de se afastar dela mais uma vez. Estando longe não a machucaria. Provavelmente era esse o empecilho intransponível que o herói teria que superar. A fato de que seu retorno seria mais fatal que sua ida, de que a mentira de se esconder atrás de Jacques Dipanda fizesse com que ela o abandonasse na próxima vez.

O problema era que aquele pequeno capricho realmente era necessário, Adrien não se sentia capaz de lidar com a vilania de seu pai. Já sentia-se como se tivesse sido aleijado por seu melhor amigo ao falhar com Ladybug e ser pego por um akumatizado, ver sua fraqueza misturada com dúvida seria fatal na parceiria. Só não queria ser um péssimo parceiro com a companheira perfeita.

Sendo Jacques, ele era outro. Era melhor, sem falhas em lutas, sem pais vilões diminuindo sua vontade de ser herói e, principalmente, sem um amor que teve a necessidade de abandonar.

Quanto mais pensava em tudo isso, mais ele sentia-se um monstro. Ele sempre via Marinette em seu estado de exclusão, com dificuldade em aceitar a partida de Chat Noir, que era ele mesmo se negando a dizer o nome…

Era isso, já tinha passado da hora de contar à Marinette. Ele tinha medo de sua reação, todavia nada poderia ser pior do que a tristeza exposta em seu olhar e sua reclusão contínua. De acordo com as informações concedidas por Mestre Fu, ele era um dos poucos que Marinette aceitava ver. Nem o próprio Guardião parecia ser bem-vindo na morada dela, afinal era o responsável pela partida de Chat Noir.

Talvez ela lhe odiasse depois disso, e esse era o motivo de se esconder por ainda mais tempo. Sempre que olhava para sua Lady, via o estrago que havia feito e pensava sempre o pior quando descobrisse que ele era o culpado.

No entanto, as visitas de Jacques estavam surtindo algum efeito positivo na garota. Que estava cada vez mais perto de aceitar a partida de seu parceiro e encontrar seu mais novo companheiro. Quando estava junto desse novo Chat Noir, ele estava junto com o antigo. Não havia uma coisa nele que não a fizesse lembrar de Adrien.

No início era penoso para a garota, depois foi sendo como uma droga que a colocava em um universo melhor, um universo onde eles ainda estavam juntos. Era como se Adrien houvesse voltado para ela em um novo corpo.

Marinette já tinha seu Chat Noir de volta, agora era a hora de mostrar ao mundo a cura de Ladybug.

Foi a primeira vez que Mestre Fu a viu em semanas, ele não pôde evitar um sorriso.

Que a vida é uma enorme conspiração para que Marinette e Adrien finalmente sejam um casal feliz todos nós já sabíamos, afinal a operação toda foi orquestrada por nós. Porém eles sempre deram um jeitinho de nos driblar até hoje. Pois desta vez, eles estavam sentidos depois para elaborar um jeito de nos vencer.

O akumatizado cedo ou tarde surgiria para unir em batalha aqueles que a batalha separou, é poético ver o que separa voltando e unindo.

Pois Ladybug não estava nem perto do auge de suas condições mentais e físicas, ela nunca precisou tanto da ajuda de seu parceiro. Por mais que tal necessidade enfraquecesse a dupla, só faria fortalecer a união e o perdão entre eles.

Porém o akumatizado não ligava para essas cenas bonitas, somente queria se vingar e agradecer a chance que Hawkmoth lhe deva pegando os miraculous dos heróis atrevidos. Sua quebra de desempenho só fez ajudar, cada vez que um chegava era só jogar longe até que conseguisse prendê-los efetivamente. Até que ele conseguiu.

O akumatizado era um ator recém-saído da faculdade, um dos melhores da turma. Quando foi finalmente entrar no mercado de trabalho, foi impedido de alcançar seus sonhos por um ex-colega de turma invejoso. Armaram para que quebrasse a perna no dia dos testes e foi incapacitado de atuar.

Poderiam ter refeito o personagem como um cadeirante, por uma razão ou outra. Não mudaria nada na história. Mas não o faizeram, seja por feita de representação dos cadeirantes no cinema, seja porque o seu oponente invejoso era bastante bom.

Foi aí que Hawkmoth apareceu com a solução de seus problemas, impediria todos de realizarem seus desejos também. Bom, todos poderiam pensar que o principal objetivo de Ladybug e Chat Noir seria derrotar Hawkmoth de uma vez por todas, pois naquele momento não era.

Ladybug desejava que Adrien voltasse e fosse novamente seu parceiro de batalhas e Adrien desejava poder ser Adrien novamente, ver seus amigos e Marinette com o velho olhar novamente. Pois o que impediria tudo isso se não a união permanente entre Marinette e Jacques?

Em virtude disso, quando ninguém esperava, os dois heróis deram um beijo cheio de mágoa.

O nosso ator frustrado não foi capaz de entender como isso impediria a união dos dois e como a união permanentes de duas peças tão conhecidas não necessitaria de nenhum esforço, a distração de um demorou mais que a distração de dois. E logo, ele foi vencido.

Nenhum dos integrantes de nossa dupla notável disse palavra sobre o beijo, provavelmente mais um truque contra a conspiração de juntá-los. Era só um feitiço, afinal. Não fariam isso em sã consciência, ou fariam?

Bem, palavras não foram o suficiente para lutar contra os instintos selvagens pregados pela biologia ou quaisquer outras forças, porque alguma delas os juntou em um beijo novamente. Talvez fosse o efeito ainda não limpo do poder do akumatizado, já que agora Marinette e Adrien estariam separados para sempre.

A situação não se manteve por muito tempo, talvez tenha sido o efeito do Miraculous Ladybug.

Chegou uma hora que a consideração de Gabriel pelo momento do filho findou-se e Adrien foi obrigado a mostrar seu rosto ao mundo pela publicidade novamente. Ele foi pego de surpresa, nem houve tempo de contar sobre seu retorno a sua Lady antes.

Porém, mal terminara a sessão de fotos e lá estava Chat Noir na varanda de Marinette. Mas dessa vez, sem a peruca, as lentes coloridas ou qualquer outro adereço que diferenciasse Adrien de Jacques. Se antes ele se despediu, agora sua despedida tornar-se-ia uma recepção.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais.



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