A despedida escrita por claradasideias


Capítulo 3
Negação


Notas iniciais do capítulo

Acharam que eu tinha desistido da história? Que eu deletaria depois de que Batalha dos Miraculous a inviabilizou? Há, há, há! Eu sou mais forte que isso. Espero que não tenham me abandonado e nem o cogitem.
Roda o cap:



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Marinette não sabia o que pensar. Descobrira a identidade de Chat Noir e ele foi embora. Isso queria dizer que além de perder seu gatinho, perdera o amor de sua vida... Ela sentia suas pernas moles como macarrão. Tinha medo de sair de onde estava e ir para casa, sentia-se atraída para o chão como um ímã. Cairia, com certeza. 

Por sorte, seu momento de tontura foi provisório. Ela não podia acreditar que por um minuto crera no abandono de seu parceiro. Ele jamais faria isso, ela se lembrava claramente de todas as vezes que ele fora carinhoso e protetor com ela. Nunca a largaria à própria sorte. Nem sabendo que a sorte dela era boa. Ele voltaria logo, era só esperar. 

Foi sorrindo aliviada que chegou em sua casa. Afinal toda essa história trouxera um lado bom: descobrira que Adrien gostava dela afinal. Mais feliz do que estava naquele momento, só se pudesse casar com ele no dia seguinte. Mal via a hora de ele voltar. 

Aquela situação, se não fosse triste, seria cômica. Ela não parava de pensar no lado engraçado, talvez pensar demais em Chat Noir desse-lhe tal efeito. Tantas vezes que precisou dispensar o Adrien para estar ao lado de Chat Noir numa luta contra akumatizados... Ela sempre reclamava, queria ficar com Adrien! Ah, se ela soubesse... Porém chegou ao motivo mais importante para a necessidade de identidades ocultas: agora ela tinha uma vontade grandiosa de causar uma akumatização só para ver seu amado... 

Talvez Hawkmoth demorasse mais desta vez, pois remoía a pior de suas derrotas. Tinha o miraculous da destruição na mão e deixou-o escapar. Poderia ser uma recuperação difícil. A sorte da garota foi que o jeito de se recuperar de Hawkmoth era diferente do de Marinette. Não demorou para um akumatizado aparecer. 

Ela transformou-se e saltitou feliz pelos prédios a espera de ver Adrien. Não poderia sentir-se mais leve. Se tudo desse certo, pensava em se revelar para ele também. Era justo, agora que ela conhecia sua identidade. Descobrir quem era seu parceiro fizera-lhe um bem enorme, pensava que faria também para o seu amado. 

Seguindo a direção contrária aos gritos, percebeu que o akumatizado estava em algum ponto da Champs-Élysées. Considerando a velocidade com a qual as pessoas corriam, era óbvio que o poder do akumatizado era de desacelerar as pessoas.  

Sem conseguir evitar, começou a pensar em prováveis motivos para que ele fosse akumatizado. Ela sempre teorizava sobre isso com Chat Noir, era um hábito quase imperdível. 

Aquele poderia ser alguém que foi muito irritado. Talvez lhe acusaram de lento em algo importante ou tentava relaxar e meditar em um mundo dominado pelo caos. Eram boas teorias, todavia para saber a verdade teria que derrotar mais um enviado de Hawkmooth à procura de seus miraculous. 

—Ué, estava tudo em câmera lenta, levei o dobro do tempo para chegar até aqui. Pensei estar mais rápido... Pelo menos você é ligeiro – ela disse horrorizada ao ver o quanto ele parecia mais rápido em relação àqueles que estavam devagar –tenho uma boa referência de velocidade. 

—Por enquanto, Ladybug. Logo terei o seu miraculous e o do Chat Noir! - dizia já vitorioso 

Ladybug percebeu que a máscara roxa de borboleta surgiu em seu corpo, Hawkmoth lhe dava instruções de não machucar o herói do anel. 

Logo veio-lhe à cabeça que Chat Noir não foi o único que perdera o segredo para ela, Hawkmoth também se entregou. Ela surpreendeu-se ao perceber que enviando akumatizados, agora ele atacava conscientemente seu próprio filho.  

Ela não era única que sofria com aquilo. Ela era a que menos tinha dores já que toda situação se revelou como quase uma briga de família e ela não era daquela família. “Pelo menos não ainda.” pensou esperançosa 

Enquanto o akumatizado se distraía seguindo as confusas informações de como pegar o miraculous de Chat Noir sem machucá-lo muito, Ladybug tentou capturá-lo com seu ioiô. Já podia ver seu parceiro chegando por trás e cataclismando o objetivo com o akuma. Doce ilusão. O akumatizado quase acertou a heroína em sua distração. 

—Ladybug, eu e você sabemos que ele não vem. - Mestre Fu apareceu escondido –Confio em você para a importante missão de escolher um novo portador para o miraculous da destruição. 

—Não! Ele volta! Eu sei disso! - disse não querendo ouvir o Mestre 

—Eu falei com ele, só precisa de um tempo. Ele sente-se mal por se deixar capturar e não tem certeza de conseguir enfrentar o pai sem hesitar. Por hora, você precisa fazer isso. - Mestre Fu quase implorava a ela 

—Não! Ele não se foi! - dizia tentando segurar as lágrimas 

—Às vezes você é tão teimosa quanto ele... - Mestre Fu suspirou 

Ele sabia que o garoto demoraria um pouco para superar aquela situação, mas esperava que sua sucessora fosse um pouco mais resistente. Porém não havia tempo para lamentações, Chat Noir não viria e ele precisava escalar alguém apto para aquela missão. Alguém que pudesse salvar Ladybug, não do vilão, mas de sua dor. Essa era uma missão muito difícil, visto o papel que o herói assumiu na vida da heroína. 

O Mestre sentia que quem quer que fosse o seu escolhido, não seria o suficiente para completar tal objetivo. 

Não querendo perder tempo, o homem se aproximou da cena de batalha e tentou ao máximo parece indefeso. Seu objetivo era atrair os olhares dos outros, para testar um coração puro que o ajudasse.  

A ideia logo se mostrou falha por causa do pensamento das pessoas de que os outros o ajudariam, ainda mais quando Ladybug estava ali do lado. Aparentemente, ver Ladybug emocionalmente abalada, quase perdendo a luta e precisando também de ajuda, não era o suficiente para gerar empatia para um senhor. 

Ele já estava desistindo quando um surto de esperança se aproximou dele em velocidade alta o suficiente para não ser reconhecido e o tirou dali. Antes de olhar o rosto de seu salvador, Mestre Fu meditou um pouco sobre ser ou não a melhor decisão dar o miraculous da destruição para um novo portador. Apesar de necessário, não era a melhor jogada, não naquele momento. 

Então o Guardião olhou o rosto de seu salvador e suspirou. Era Ladybug. 

Aquele seria o melhor momento para Adrien voltar, seria lindo. Mas além de ser muito longe sua localização, ele precisava de tempo. Dessa vez, nem o antigo veio nem um novo surgiu. Ladybug teria que enfrentar sozinha o akumatizado e a sua ilusão do retorno do parceiro. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais



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