Se você sente algo, cante! escrita por Sibely Lavely


Capítulo 13
Eu quero algo assim...


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus consagrados.



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Nathaniel Fernandez

Dor de cabeça!! Esse é o resumo da minha manhã. Muita dor de cabeça, muita mesmo.

Estou lavando o rosto no banheiro principal da casa e me encarando no espelho tentando saber o que houve para eu estar com tanta dor.

— Vai dar PT, vai dar, vai dar PT vai dar... - Jhonatas entra no banheiro cantando a musica e fico sem entender.

— O que está insinuando? - o pergunto.

— Eu disse para não beber. Mas alguém me dá atenção nessa vida? Nãããããão! - Jhonas diz segurando a risada.

— Fala logo infeliz, estou morrendo de dor de cabeça - digo sentando na tampa do sanitário.

—  Eu não preciso falar nada, eu filmei - ele diz rindo e ligando o celular me dando-o logo em seguida - Dá play no vídeo que vou tomar banho.

— Humm - dou play e fico assistindo o vídeo sem acreditar no que estou vendo - Não é possível...

— Como não é possível? A prova está bem ai - ele diz de dentro do Box tomando banho.

— Como você deixou isso acontecer? - o pergunto quase morrendo de vergonha por dentro.

— Era mais engraçado filmar - Jhonas diz - 'Fotos ou não aconteceu', vi isso num filme.

— Minha nossa, como vou olhar para ela depois de dizer isso tudo?

— Olha para ela e diz: "Namora comigo." - Jhonas diz ainda tomando banho.

— Que catástrofe...

— Entra aqui, vamos tomar banho juntos, já faz um tempo - ele diz rindo.

— Tá - digo.

— Como assim 'tá'? - ele pergunta.

— Vou entrar ai, chega para lá - digo simplesmente - Ou tem vergonha de tomar banho com seu irmão? - pergunto rindo e tirando a roupa.

— Não é isso...

— Dividimos o mesmo útero Jhonatas, me poupe de vergonha. Era para você ter vergonha na cara, isso sim - digo entrando por fim.

— Não tenho vergonha miséria, só não esperava que você fosse entrar mesmo - ele diz rindo.

— Será que a Kaithy vai agir como se nada tivesse acontecido...? - o pergunto.

— Não acho que seja da personalidade dela fazer isso, mas vai saber. Mulheres são um mistério - ele diz.

 - Isso é verdade, nunca sabemos o que se passa na mente delas. Uma hora ela pode estar de boa e depois te matar durante a noite - me arrepio ao pensar nisso.

— Talvez ela te mate ou finja que não lembra o que é mais provável. A Kaithy não bebeu álcool ontem, não tem como ela esquecer que nem você - Jhonas diz.

— Humm... - ao olhar para o Jhonas reparo uma coisa - Ainda somos do mesmo tamanho?

— Não sei... - nos encaramos e sorrimos. Ficamos lado a lado e nos medimos pelo ombro.

— Droga - dizemos juntos rindo.

— Acho que nossa genética é muito fiel - digo rindo.

— Sim, menos nos olhos - ele diz - Será que aquilo ainda é do mesmo tamanho...?

— Quando éramos criança era do mesmo tamanho, deve ser ainda - digo com a mesma curiosidade.

— Vamos tirar a duvida? - ele pergunta sorrindo.

— Vamos tirar a duvida - confirmo sorrindo.

Já saindo do nosso banho cada um enrolado numa toalha, fomos para meu quarto nos vestir. Coloquei uma camisa branca de manga curta e uma bermuda vermelha. O Jhonas colocou uma camisa preta sem manga e uma bermuda vermelha, e seu óculos sem grau que ele usa por usar.

— Como consegue usar tanta roupa branca sem se sujar? - Jhonas pergunta vendo minhas roupas no guarda-roupa.

— Não tem segredos - digo - Na verdade, como você pode se sujar tanto a ponto de não conseguir usar uma roupa branca? - o pergunto curioso.

— Roupa branca atrai sujeira, não sou eu que me sujo toda hora - ele diz se defendendo.

— Ainda acho que você só é muito lerdo mesmo - digo rindo da expressão que o mesmo faz.

 Voltamos para sala e vemos as meninas ainda dormindo. Ficamos na cozinha fazendo algo para comer, e conversando sobre coisas aleatórias. Após um tempinho as meninas acordaram e foram tomar banho. Laiane desceu primeiro e ficou conversando com nós dois na cozinha.

— Amor, eu quero comer sardinha... - Laiane diz do nada.

— Mas você não gosta de peixe amor - Jhonas diz e ela começa a chorar em silencio nos deixando preocupados.

— Laiane, está bem? Machucou-se? - a pergunto levantando da cadeira.

— T-Tá vou comprar sardinha em lata para você, tudo bem? - Jhonas diz muito preocupado e saindo correndo me deixando lá com Laiane chorando.

— C-Calma Laiane... - ela enxuga as lagrimas, mas não para de chorar - Quer tomar um pouco de suco de acerola até o Jhonas voltar? - pergunto e vejo-a confirmar com a cabeça.

O Jhonas chega correndo com a sardinha num saco e encontra Laiane tomando um copo de suco de acerola (que era o terceiro copo) e conversando comigo.

— Aqui sua sardinha amor, achei  - ele diz cansado e sentando na cadeira da mesa da cozinha.

— Mas amor, eu não gosto de  peixe - ela diz confusa e eu dou risada descontroladamente. 

— Sim... Eu sei disso... - Jhonas diz suspirando - Vem, vamos fazer um teste rápido  - ele pega outro saco e vai para o banheiro com ela.

— Acho que vou ser titio - digo para o Jhonas escutar.

— Vai à merd* Nathã - ele diz suando frio e entrando no banheiro trancando a porta.

— Se for menino podemos escolher o nome, nenhum dos dois sabe escolher nome de menino - Kaithy diz chegando na cozinha no meio da conversa.

— Isso eu concordo - digo rindo do comentário dela. Kaithy está com uma blusa de alça completamente vermelha e um short não muito curto jeans.

— Ah sim senhor Nathã, depois que nossos amigos forem embora precisamos conversar sobre ontem - ela diz e eu me arrepio.

— S-Sim senhora - digo nervoso, mas tentando descontrair um pouco.

— ISSO!! - escutamos o Jhonas gritar do banheiro.

— Não sei por que está tão feliz amor - Laiane diz rindo. Acho que ela ainda não notou o que ele fez.  

— Nada amor, nada - Jhonas diz sorrindo.

— Negativo? - o pergunto.

— Negativo - ele confirma.

— Pena, queria ser titia - Kaithy diz rindo.

— Nem brinca com isso, não me sinto preparado para ser pai não. Muita responsabilidade. E tenho medo dele vim com problemas e eu não saber lidar. Tenho um leve pânico de imaginar isso acontecendo - Jhonas diz suando frio e ao mesmo tempo aliviado.

— Achou que estava grávida amor? - Laiane pergunta e Jhonas confirma - Eu estou com uma virose, já, já passa, não se preocupe tanto - ela diz rindo e eu e a Kaithy rindo logo em seguida.

— Se você estiver grávida mesmo, quando seu filho crescer mais um pouco vou chama-lo de virose, só para abusar meu sobrinho - digo vendo a expressão de Jhonas mudar.

— Mas deu negativo...

— Esses testes de farmácia não são 100% confiáveis, sabe muito bem disso.

— Verdade...

— Como assim? - Kaithy pergunta.

— Quando nossa mãe tava grávida da Hinata ela fez um teste de farmácia e deu negativo, mas continuou com os sintomas. Nossa mãe só descobriu que estava grávida mesmo com 4 meses, que meu pai a levou no medico - eu a explico.

— Onde está o Jhonas? - Laiane pergunta fazendo com que todos nós olhássemos na direção da sala e víssemos Jhonas no celular.

— Marca uma consulta para o mais breve possível, se der para ir agora eu agradeço - Jhonas diz no celular fazendo todos rir da situação.

Kaithy Fullbuster

Jhonas e Laiane foram embora no final da tarde. Eu fiquei arrumando meu quarto e o Nathã ficou no quarto dele até anoitecer, então fui lá para conversar com ele. Depois de muitas tentativas batendo na porta abro de leve a porta do quarto do Nathã. Coloco só a cabeça para dentro e vejo o mesmo distraído anotando muitas coisas e com o fone de ouvido no Maximo, dava para escutar de onde eu estava, está tocando Bastille - Pompeii. Ele está de costa para a porta, então porque não o assustar, não é mesmo? Vou bem silenciosamente e jogo um lápis nele me escondendo embaixo da cama logo em seguida, e tenho de admitir que ele é bem organizado, estava bem limpinho, só tinha uma caixa de metal trancada com um cadeado, mas não é da minha conta. Aproximo-me e puxo o pé dele, fazendo o mesmo colocar o pé em cima da cama e eu segurar a risada.

— Mas o que é isso? - escuto ele dizer de cima da cama.

"Será que ele tirou o fone?" - penso ainda embaixo da cama.

— Por acaso é aquele que não se deve nomear? - o ouço perguntar.

"Ele está falando do Woldemort ou do By By Man?"— penso curiosa.

— Não me leva, leva meus itens de colecionador, mas não me leva! - Nathã diz e eu seguro a risada. Pego meu celular e coloco o som de umas crianças rindo no youtube.

— Isso não tem graça... - ele diz isso, mas eu estou quase estourando de tanto segurar a risada - Kaithy? É você? - ele pergunta para o nada.

"Se ele ouviu ele tirou o fone, vou tomar cuidado"— penso respirando para controlar o riso.

— No três eu corro para fora do quarto e tranco à porta, um, dois, TRES! - ouço ele correr,  sair e bater a porta. Saio de debaixo da cama dele e olho para a porta.

— Mas é idiota... Ele fechou a porta e deixou a chave aqui dentro - falo baixo e suspiro. Olho para cama dele e vejo os mesmos papeis de antes.

— AAAAAAAAAHH!! - ouço ele gritar e vou correndo ver o que houve. Ao encontra-lo o vejo no corredor com um dos meus ursos na mão e apontando para algo dentro do meu quarto. Ao me ver ele me abraça - Achei que tinha sumido! Fica perto de mim, tem um demônio na casa, ele esta na sua cama.

— Na minha cama? - olho na direção e vejo o lençol da minha cama se mexendo 'sozinho' - Não tem demônio nenhum Nathã... - digo entrando no quarto.

— Não faz isso Kaithy!  - puxo o lençol e a Deph sai de debaixo dele.

— Au au au au au!! - ela pula em Nathã puxando a calça dele.

— Pode não ter aqui, mas no meu quarto tem com certeza! Tem um demônio que aprisiona almas de crianças e as faz rir como psicopatas!

— De onde tirou isso...? - antes dele me responder um trovão faz um barulho enorme e as luzes da casa se apagam.

— Viu, viu, viu, viu!! - Nathã diz e eu ligo a lanterna do celular.

— Não tem demônio nenhum! Está chovendo e faltando energia não é de agora - digo segurando a mão dele e o guiando para o sofá da sala, no qual ambos sentamos - Vai se defender do demônio com meu ursinho de pelúcia? - o pergunto.

— Não enche - ele diz rindo e eu dou risada em seguida. A Deph sobe no sofá ficando no meu lado, deve estar com medo dos trovões.

— Desculpa ter te assustado, eu que tava embaixo da sua cama colocando aquele som no youtube - digo rindo da expressão de indignação do mesmo.

— Não teve graça - Nathã diz cruzando os braços.

— Ah, teve muita graça - desligando a lanterna do celular e deitando no colo dele.

— Não vale, eu não consigo ficar bravo com você - ele diz rindo e alisando meu cabelo.

'Quero que meu futuro seja você.'— lembro do que ele disse ontem enquanto estava bêbado.

— Coloca alguma musica Kaithy - ele diz.

— Não sei quando volta a energia, vamos economizar a bateria para emergências - digo saindo dos meus pensamentos.

— Verdade...

Nathaniel Fernandez

Estar assim jogado no sofá com a Kaithy deitada no meu colo e eu fazendo carinho nela é um dos melhores momentos que tenho na vida. Incrível como ela me acalma. Ou me mata do coração, depende do momento...

— Nathã? - olho para Kaithy e noto que ela não está me encarando

— Sim? - pergunto receoso.

— Você se lembra de algo que aconteceu ontem à noite...?

Admito que não esperasse que ela fosse tocar no assunto. Pois como o Jhonas disse, talvez ela fosse fingir que não aconteceu. Eu estava bêbado, posso fingir que não me lembro. Porem não vejo motivos para mentir para ela...

— Então? - ela me pergunta. Acho que fiquei muito tempo calado.

— Não me lembro... - digo por fim.

— Entendo... - ela diz - Bem, você havia bebido bastante, não esperava que se lembrasse afinal.

—...

—...

Ficamos um tempo num silencio constrangedor, e meu coração estava palpitando, quase saindo pela boca ou rasgando meu tórax para sair. Essa sensação é realmente desconfortável.

— Não me lembro... Mas... - inicio e ela me olha ainda deitada no meu colo - Mas o Jhonas me amostrou um vídeo. Então, eu sei o que aconteceu, e... E eu sei o que eu disse - digo por fim, mas cada palavra sai rasgando minha garganta como se quisessem sair a tempo.

— Então... - ela se senta ao meu lado - Eu tenho que te perguntar algo - pelo tom da voz ela parece estar nervosa ou ansiosa.

— Pode perguntar.

— Tudo que disse era verdade? - ela me pergunta.

Se não fosse a falta de energia e o fato de não poder a enxergar, talvez eu não tivesse coragem para admitir o que estou prestes a admitir.

— Sim - digo - Era tudo verdade - respiro fundo acalmando meu coração e ouço-a fazer o mesmo.

— Eu... - ela  tenta dizer algo - Nathã, eu--

— Não precisa dizer nada se não quiser Kaithy - digo a cortando e forçando um leve tom de graça na voz - Sabe, eu não quero te pressionar ou algo assim, se qui--

— Eu estou feliz! - Kaithy diz me cortando.

—... - fico sem reação e sinto que meu rosto está quente.

— Também quero que você seja meu futuro... Quero ser seu futuro, e te ter no meu futuro - Kaithy diz com a voz tremida.

— Kaithy, consegue chegar até mim no escuro? - a pergunto. Não sei se ela confirmou, mas sinto ela se aproximar e sentar mais perto de mim. Levo minha mão para seu braço e subo até achar o seu rosto. Aproximo-me dela e por fim consigo o que tanto quero, um beijo dela. Os nossos poucos beijos nesses momentos são minha heroína, meu vicio.

Seus lábios se movimentando nos meus são um ritmo tão viciante que se não fosse a necessidade de respirar passaria minha vida inteira dançando.

Ao nos afastarmos ficamos com as testas coladas uma na outra, mas ainda trocando alguns selinhos. Talvez eu tenha me surpreendido um pouco quando ela colocou os dedos entre meus fios de cabelo e me puxou para mais um beijo de tirar o fôlego. O movimento me levou a ficar por cima dela no sofá, e nosso beijo estava ficando cada vez melhor. Não quero que esse momento acabe nunca!

Porem  a luz da casa volta, encaramos um ao outro e ficamos vermelhos ao notar a posição em que estamos. Saio de cima dela e sento no sofá, e ela senta ao meu lado.

— Nathã, eu estou muito feliz - Kaithy diz sorrindo e sem me encarar.

— Eu estou muito feliz também - sorrio olhando o roto dela.

— Até onde você pretende arriscar? - ela me pergunta a pergunta que estava me fazendo.

— Eu nunca namorei antes...

— Também nunca namorei antes.

— Bem, somos adultos. Nossas escolhas irão prejudicar apenas a nós mesmos - digo.

— Sim, eu quero arriscar o necessário, desde que seja com você eu não ligo - ela diz sorrindo e me olhando.

— Kaithy, o que você procura em um relacionamento? - a pergunto.

— Eu... - ela parece pensar - Eu não procuro nada demais. Não preciso de um super-herói nem nada assim.

— Eu não preciso de um final perfeito e nem nada esplêndido - digo para ela e mais ainda para mim mesmo.

— Quero alguém que eu possa abraçar e recorrer sempre que eu precisar... Alguém que eu possa beijar... - ela completa vermelha.

— Eu quero alguém que eu possa contar,alguém que eu possa sentir falta... - penso sorrindo.

— Eu quero alguém assim... - Kaithy diz pensativa.

— Eu quero alguém assim... - digo repetindo o que ela diz - Kaithy?

— Sim?

— Aceita cantar comigo? - a pergunto sorrindo.

— Sim - Kaithy responde rindo e vamos até meu piano.

— Eu já ouvi você cantando essa, então você começa... - digo tocando e percebo que ela já pegou qual é a musica pelo sorriso que ela dá.

Something Just like this - Coldplay - https://www.youtube.com/watch?v=ppgxZyOw8Cs

 (Não achei um cover que me agradasse, então tem a musica e tradução no link acima e na descrição. Vou fazer umas leves mudanças na letra, pois vai ser os dois brincando com a letra enquanto cantam juntos)

Kaithy

Estive lendo livros antigos

As lendas e os mitos

Aquiles e seu ouro

Hércules e seus dons

O controle do Homem-Aranha

E Batman com seus punhos

E claramente não me vejo nessa lista... (Ela fecha os olhos sentindo a musica lhe descrever)

Nathaniel

(Ele canta sentindo mais uma vez a letra de uma musica falar o que ele próprio não sabe dizer)

Mas ela disse: "Aonde você quer chegar?

Quanto você quer arriscar?

Eu não estou procurando por alguém

Com dons sobre-humanos

Um super-herói

Uma felicidade de conto de fadas

Apenas algo para que eu possa recorrer

Alguém que eu possa beijar"

Nathaniel e Kaithy (Eles cantam juntos sorrindo um para o outro)

Eu quero algo assim...

Oh, eu quero algo assim...

Oh, eu quero algo assim...

Eu quero algo assim...

Nathaniel

Estive lendo livros antigos

As lendas e os mitos

Os testemunhos que contavam

A lua e seu eclipse

E o Super-man retira

Um terno antes de voar

Mas não sou o tipo de pessoa que se encaixa nisso...

Kaithy

 (Nessa parte ela mudou para o feminino algumas palavras e no inicio mudou para "Ele")

Ele disse: " Aonde você quer chegar?

Quanto você quer arriscar?

Eu não estou procurando por alguém

Com dons sobre-humanos

Uma super-heróina

Uma felicidade de conto de fadas

Apenas algo para que eu possa recorrer

Alguém que eu possa sentir falta"

Kaithy e Nathaniel (As vozes em sincronia ressoando o que cada um deseja)

Eu quero algo assim...

Eu quero algo assim...

Eu quero algo assim...

Eu quero algo assim...

Ela/Ele disse: "Aonde você quer chegar? (Cantaram juntos ambos mudando o inicio)

Quanto você quer arriscar?

Eu não estou procurando por alguém

Com dons sobre-humanos

Um super-herói

Uma felicidade de conto de fadas

Apenas algo para que eu possa recorrer

Alguém que eu possa beijar"

Eu quero algo assim!

Oh, eu quero algo assim...

Oh, eu quero algo assim...

Oh, eu quero algo assim...

Encerro o piano e nos encaramos sorrindo por fim.

— Eu quero algo exatamente assim, nada demais, e nada pouco, apenas... - Kaithy diz tentando por em palavras.

— Apenas algo assim - digo complementando.

— Isso - ela sorri - Algo assim...

— Mas... E se não formos 'assim'? - a pergunto.

— Ah Nathã... Não imagina o medo que tenho de te magoar - Kaithy diz me abraçando.

— Acho que você não imagina o medo que tenho de te magoar - digo - Nossa, imaginar que você está chorando, e que o motivo foi eu... Eu não me suportaria se um dia eu te fizesse chorar.

— Nathã, você não me machucaria, você cuida muito bem de mim, bem demais, vai que eu confundo algo. Nunca tive esses sentimentos antes, é muito forte, tenho medo de me machucar e te machucar junto. Eu sou muito imprevisível, e as vezes posso ser dura. Teve situações que eu consegui agir tão friamente que eu mesma não me reconheci. Não quero que chegue a isso um dia.

— Kaithy, você pensa demais - eu a abraço e ela retribui.

— Penso mesmo... Penso em tudo que pode dar errado.

— Pense em tudo que pode dar certo - beijo a testa dela - Tive uma ideia.

— Que ideia?

— Vamos fazer um teste! - digo e ela me encara confusa.

— Teste?

— Vamos fazer um teste, vamos agir como se estivéssemos juntos, ter um relacionamento de 'teste'. Pois sempre agimos como simples amigos, e isso dá certo. Se agirmos como namorados e der certo vamos tornar tudo oficial. O que me diz?

— Que ideia genial! Vai ser um teste drive... E não der certo concluímos que vamos ficar só na amizade sem ressentimentos - ela diz gostando da ideia.

— Sim, se der tudo certo vamos ser apenas um do outro e ninguém tira você de mim - digo dando um selinho nela.

— Amei a ideia Nathã - ela diz rindo.

— Kaithy, aceita ser minha namorada de teste?

— Aceito sim - ela ri mais.

— O que namorados deviam fazer? Vamos testar algumas coisas.

— Nesse horário eu acho que dormem - ela diz e nós dois damos risadas.

— Vou jogar meu colchão na sala antes que a luz caia de novo.

Coloquei meu colchão na sala e ficamos agarradinhos no mesmo edredom assistindo e trocando beijos. Não sei até que horas fizemos isso, e não ligo, estamos de férias e podemos acordar mais tarde amanhã.

Nosso teste talvez dure uma vida inteira ou alguns meses, só vivendo para saber. Mas por mim, nesse momento, duraria para sempre.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.



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