Mudança de Passarela escrita por VFarias


Capítulo 10
Esse mané tá destruindo o meu reino!


Notas iniciais do capítulo

É sempre assim, tudo o que acontece conosco acontece por um único motivo, porque fazemos acontecer de um jeito ou de outro, somos os únicos responsáveis por nossa caminhada, por cada passo que damos, por cada escolha que fazemos.
Existe também um termo chamado de "REGRESSÃO A MÉDIA" onde nada pode estar 100% bom e nada pode estar 100% ruim, tudo tem que se estar em um equilíbrio e mesmo este equilíbrio depende unicamente de você.

Pare de culpar os demais por aquilo que não da certo, volta repensa, replaneje, estude, treine, pratique e então vai e segue em busca do que quer novamente, ou busca outra coisa, mas vai com força e fé, se não for em uma força superior, fé em você mesmo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779443/chapter/10

Narrativa – Pietro.

As férias passaram rápido de mais e depois da primeira semana de aula o amistoso idiota, meu porre, Colin e tudo mais e minha suspensão que terminava hoje, eu já queria as férias de novo, cara como eu precisava de uma praia.

Eu estava no carro indo para a escola com minha irmã adotiva, Laura, ela é de mais, mas naquele dia em especial ela estava me tirando do serio.

Como se já não bastasse eu estar dolorido por aquela briga estupida com o urubu necrosado do Colin, eu ainda não tirava da cabeça aquele olhar de nervoso que ele tinha me dado, olhar esse que se encaixou na mesma hora em que eu me assustei com algo ganhando vida em mim, porra meu corpo estava agindo contra mim, de novo, e eu havia sentido uma espécie de leve formigamento na virilha, novamente, algo que sempre indicou o principio de uma ereção, mas que diabos eu estava querendo ter uma ereção com o urubu do Colin Vargas sentado em cima mim, isso é um absurdo, não tem cabimento e não faz o menor sentido.

Foco Pietro, você é homem, macho e aquilo foi efeito da bebida!

— Fala sério Pie, não entendo essa sua fixação odiosa, pelo Colin, ele e muito legal, você devia dar uma chance para ele. – dizia minha irmã pela milionésima vez. – e agora ele é seu cunhado também, além de colega de trabalho e de colégio.

O que mais me irritava era que ela falava essas coisas com uma conotação meio maliciosa, mas eu esperava estar apenas imaginando coisas.

— Cala a boca Laura. – respondi. – que mané dar chance para aquele otário, me respeita, a única chance que eu vou dar para ele é a chance de ficar bem longe mim. 

Estacionei meu carro no estacionamento do colégio, naquele dia em especial eu estava um pouco atrasado para o horário que eu chego de costume, o que queria dizer que o estacionamento estava lotado, parei o carro no único lugar que encontrei que foi ao lado de um Volvo V60 preto, esse carro é novo no mercado, quem será que já tem esse carro, eu me questionei enquanto estacionava o meu Audi RS3 Sportback Branco ao lado dele e sai do carro com minha irmã ainda tagarelando sobre o Colin, ela nem reparou no Volvo, e isso porque ela gosta de carros assim, mas sendo bem sincero eu só queria que ela mudasse de assunto, PUTA QUE PARIU, que garota mais chata.

Ao passar da secretaria da escola, um dos coordenadores pedagógicos estava na porta que dava ao refeitório.

— Que bom que chegou Senhor Rossi, a diretora Carolina, esta querendo te ver. – disse ele a mim.

A meu Deus, o que eu poderia ter feito para ir para a direção, quero dizer não podia ter feito nada ainda já que tinha apenas passado pela porta de fato, é eu não tinha feito nada de errado.

Ninguém merece isso.

— Já está se metendo em confusão logo no primeiro dia modelo? – perguntou um amigo meu chamado Sergio chegando perto junto com Thiago.

— A diretora só quer ter uma conversa com você, ela queria ter feito isso antes de dar inicio ao semestre letivo, mas foi inviável já que ela estava atarefada com a transferência de alguns alunos e logo no primeiro dia o senhor pegou uma suspenção. – disse o Coordenador vendo minha cara de espanto e ignorando Sergio.

Mas que porra ele queria comigo logo hoje, não podia esperar até amanha? Depois ou tipo nunca sei lá, que saco!

Segui o coordenador até a direção enquanto que Laura, Thiago e Sergio iam para o refeitório esperar o sinal das aulas, essa escola ela tenta seguir meio que um padrão inglês de ensino, onde o aluno cursa as matérias mais ligadas a área de atuação que pretende fazer faculdade, com exceção de Artes e Educação Física que são obrigatórias para todos os cursos.

Até hoje eu não entendo a necessidade disso.

Ele bateu na porta da direção e a abriu.

— Pietro Rossi está aqui senhora.  – disse o coordenador.

— Mande-o entrar, obrigada. – respondeu a diretora dentro da sala.

Entrei e fechei a porta, meu Deus ela estava me encarando com um olhar muito serio, o que diabos eu fiz desta vez, que saco, raiva, ódio.

— Olá Pietro, como você esta? – perguntou ela assim que eu entrei, sua voz estava calma e tranquila, o que me assustava ainda mais.

— Agora estou um pouco, digamos que nervoso, Senhora, mas fora isto eu estou muito bem. – respondi. – Porque a senhora me chamou aqui?

— Fique tranquilo, eu estou chamando todos os alunos terceiranistas que estão com problemas sérios com as notas. – Porra eu não estou tão mal assim? – Você sabe, ou pelo menos deveria saber, que os vestibulares estão chegando, e a julgar pela sua opção de curso na faculdade, digo que você precisa melhorar muito, pois a área que você escolheu exige um histórico escolar bem melhor. E com isso eu estou sendo gentil ao dizer desta forma, eu ainda me arrisco a dizer que você tem chance, mas precisa melhorar muito neste ultimo semestre, tirar todas as notas a cima de 7 e não arrumar nenhum problema na escola até o fim do ano, afinal as faculdades publicas e federais tem o costume de olhar toda a ficha do aluno, preciso de uma melhora drástica sua a partir de agora, uma mudança de vinho para água, com urgência, mesmo para a Lírio e o senhor sabe disto!

Maravilha, agora eu estava fodido mesmo, porque eu sou idiota o bastante para ter escolhido cursar Medicina e querer ser um Cirurgião Cardíaco, e ter falado para os meus pais que eu queria a faculdade federal, sendo que na verdade eu queria qualquer coisa, eu passando em uma faculdade estava bom, mas meus pais ouviram o que eu disse, e eles nunca fazem isso, mas desta vez fizeram e só porque eu queria impressiona-los, afinal mamãe estudou em faculdade federal, papai estudou em faculdade militar e eu... bom, que seja feita a vontade de Deus, se é que este cara existe.  

— Eu compreendo. – digo a ela em resposta, afinal o que mais poderia dizer.

— Desculpe informar isto assim Pietro, mas terei de informar a seus pais, para que eles tomem alguma providencia, sugiro que faça algumas aulas de reforço, para ajudar nas disciplinas e pelo que vejo temos prioridade em Química, Física e por mais que eu custe a acreditar, Educação Física também, você pode reprovar o ano por causa desta disciplina caso não saiba. – comunicou ela.

— Senhora, eu sei que a minha situação não é das melhores, mas ligar para os meus pais? Isso e um pouco de mais, e quanto ao reforço eu posso ver isso sozinho. – digo a ela, se ela ligasse para os meus pais, eu estaria literalmente fodido, meu pai ia comer o meu fígado, e minha mãe ia chorar de decepção, porque é sempre assim.

— Lamento Pietro, mas como diretora desta escola tenho o dever de zelar pelo bem estar dos meus alunos, e se eu deixar isso só em suas mãos não estarei cumprindo meu dever. – diz ela a mim, e eu sei que ela esta certa, mas pelo amor de Cristo isso vai dar muita merda, eu to sentindo isso, meus pais vão comer meu fígado.

Mas não tenho o que fazer se não baixar a cabeça e aceitar que eu sou responsável por toda essa merda, ai meu Deus to criando consciência, o que esta acontecendo comigo, droga!

— Isso é tudo, pode ir. – disse ela, com a mesma complacência do inicio da conversa.

Saio da sala e estou muito irritado, irritado comigo mesmo, afinal essa situação toda é de fato minha culpa.

Mas ainda bem que tenho uns 15 minutos antes da aula, então eu fui para o refeitório, precisava beber alguma coisa, depois dessa, eu queria álcool, o álcool mais forte que pudesse ter, mas já que não tinha, podia ser um café preto mesmo.

O problema é que quando cheguei ao refeitório, vi ninguém mais e nem menos que todos, sim eu digo todos os alunos que costumavam vir me bajular, por eu ser o cara mais gato do colégio, o modelo, e etc., bajulando ninguém menos que o Colin!

O que esse imbecil pensava que estava fazendo, ele estava tentando roubar meu posto, estava tentando tirar minha fama e gloria, ele esta pretendendo me botar ainda mais para baixo?

— Mas que merda é essa, meu Deus? – digo num sussurro.

— Olá modelo. – diz uma voz de menina do meu lado.

***

— Pietro, vamos brincar, para de ser chato e de ficar só nesse vídeo game. – dizia Sofia, irmã de Colin, aquele cabelo castanho escuro cacheado, era lindo, e a deixava com um ar muito angelical, ela era linda, e quando falava assim eu não conseguia dizer “não” para ela.

— Tá legal, vamos brincar. – digo revirando pouco os olhos.

A diversão com ela era garantida, a mãe dela tinha vindo visitar a minha, e ela veio junto, eu adorava quando ela vinha, principalmente no começo quando me mudei para esta cidade, porque eu não queria, mas Sofia me trazia a alegria de São Paulo, principalmente quando minha prima/irmã foi para Nove York estudar. E mesmo depois de os Vargas virem para Jacareí, Sofia ainda me deixava muito feliz.

 Mas é Sofia me fazia muito bem, ela me arrancava os mais sinceros sorrisos, e me dava os melhores conselhos do universo, e com isso me fazia o garoto mais alegre do mundo.

***

— Olá estrela. – disse eu a menina e abracei a ela. – é bom saber que você esta aqui, melhor que aquela necrose ambulante ali.

— Não fala assim do meu irmão Pietro, além do mais, eu estou com raiva de você, você bateu no meu irmão mais uma vez. – disse ela fingindo uma cara séria e de brava.

— Ei ele me bateu também. – retruquei, embora me sentisse envergonhado de assumir isso, mas devido a termos praticamente o mesmo corpo, tínhamos praticamente a mesma força, então era uma briga bem equilibrada.

— Parece que você esta perdendo seu posto de garoto mais popular do colégio. – disse Sofia com bastante deboche na voz, olhando para onde eu tinha olhado quando cheguei, para Colin e todos os outros alunos.

— Para com isso. – digo rindo. – ele é só novidade, logo as pessoas vão esquece - lo.

— Acho difícil isso acontecer, Colin é uma ótima pessoa, além de ter uma boa fama ao lado dele. – disse ela sorrindo.

Adoro aquele sorriso que ela me dava, era divino.

Fui com ela pegar meu café, conversei bastante com ela ao mesmo tempo em que todos me cumprimentavam e ainda davam muita atenção para o idiota do Colin.

O sinal bateu e era hora de eu ir para minha sala, Sofia era um ano mais nova que eu, então nunca estudaríamos na mesma sala, o que é lamentável. A não ser que eu repita o ano.

Primeira aula do dia, Física. O meu deus, por que isso senhor?

Entrei na sala e já fui para o meu lugar, meio fundo da sala, logo a sala foi enchendo e então quem passa pela porta, Colin, não acredito que esse mané é da turma de Biológicas também.

E claro que ele se sentou lá na frente, nerdizinho idiota.

— Bom dia pessoal. – disse o professor entrando na sala e já reparou no Colin. – vejo que temos um rosto novo por aqui.

— Prazer, Colin Vargas. – diz ele todo simpático, sorridente, estendendo a mão para o professor.

— Prazer, eu sou o senhor Mikyura, mas a maioria dos alunos me chamam de Hantaro. – disse o professor apertando a mão de Colin e muitos alunos inclusive eu segurei o riso, não sabíamos que ele conhecia o apelido e lidava bem com isto. – bom vamos começar a aula, vamos começar agora com Amperímetro e Voltímetro.

O professor começou a explicar todo o conteúdo e eu estava surtando com isso, pois eu não entendia nada do que ele falava o que era um saco, ele falava parecendo que estava falando em chinês.

Colin parecia que estava entendendo tudo, ele estava focado em tudo que o professor dizia.

Nerdizinho idiota!

— Bom a aula esta acabando, então eu vou dizer que na próxima aula eu farei um teste com vocês, e já daqui a duas semanas vocês faram um teste em dupla e eu é quem formarei as duplas. – disse o professor.

Ótimo, uma merda de teste individual onde eu tenho certeza que vou me ferrar, e uma merda de teste em dupla, e eu nem mesmo poderia escolher a minha dupla. E com a sorte que eu tinha cairia com alguém ainda pior do que eu, então eu estava fodido!

Como alguém podia esperar que eu melhorasse assim, me fodendo desta maneira?

A próxima aula era Português, irritantemente Colin estava nessa aula também, será mesmo que ele faria todas as aulas que eu fazia?

Minha resposta veio com as demais aulas, pois sempre que eu estava na sala o via entrando logo depois e assim foi durante todo o dia, inclusive na aula de Educação Física e o idiota ainda jogava Vôlei melhor do que eu e graças a Deus esta era a ultima aula do dia.

Ele não me dirigiu um único olhar, ou uma única palavra se quer e claro que fui grato a Deus por isso ou teria que socar a cara dele de novo.

Irritantemente Colin é um nerdizinho diferente dos demais, ele é muito popular e ainda tira notas muito altas e para piorar ainda consegue me pôr para baixo em todas as disciplinas, e isso é uma droga.

Ele tirou tudo de mim, meu popularismo, minha pouca moral na aula, merda, ele conseguiu me deixar ainda mais para baixo nas disciplinas escolares, mas que caralho esse idiota esta fazendo com o meu reino?

O colégio era de fato o meu reino, aqui todo mundo vem ao meu encontro, me da o que quero, faz com que eu me sinta melhor a cada dia, pois enchem o meu ego, enchem a minha moral e fazem de mim alguém.

Mas aquele urubu estava roubando isso de mim em um só dia.

— Ótimo, mas que idiota. – digo a mim mesmo, eu sou um imbecil mesmo, estou perdendo para o Colin, isso é ridículo.

— Para de ser assim. – disse minha irmã realmente irritada, ela não precisava me ouvir dizendo nada ela sabia, ela me conhecia quase tanto quanto Sofia, se não era assim, era muito próximo disso. – você está agindo como um idiota parece um bebê reclamão. Em vez de ficar reclamando da sua vida, faz algo para mudar cacete!

Ela disse isso e saiu do carro entrando na minha casa, ainda consegui ouvir ela batendo a porta do quarto dela.

Quando entrei na minha casa, meus pais estavam me esperando na sala e nesse instante eu soube que a Diretora havia ligado para a minha mãe.

— Pietro a diretora da sua escola me ligou. – disse minha mãe. E eu não disse que ela havia ligado. – e ela nos contou de toda a sua situação, que por sinal você vem escondendo de nós.

Maravilha, minha vida já está muito boa não é mesmo, para que ficar melhor, vamos piorar tudo de vez, PORRA!

— Você quer nos dizer como você pretende passar em alguma faculdade e ser um cirurgião com as notas que esta tendo?  – disse meu pai com toda a frieza que ele conseguiu reunir. – Você esta nos envergonhando, e nos fazendo gastar um dinheiro imenso com você para você se dar mal, nos tentamos garantir um futuro para você, mas você não parece estar interessado!

Claro que ele falaria algo do tipo, o que eu poderia esperar de alguém como ele, obvio que nada além disso? Ele tem que me tratar como lixo, porque não basta eu me achar assim.

— Eu sabia que essa história de modelo, ia prejudicar os seus estudos, a agência saberá de sua situação também, quero ver se essa coisa de viadinho vai continuar. – disse meu pai.

O Senhor Roberto, vulgo, meu pai, foi ninguém menos do que um Major da Marinha, e isso é algo insuportável, porque ele queria tratar a minha vida como se fosse um Navio de Guerra, quando eu era pequeno ainda achava legal bater continência para ele, mas depois de grande... cara eu não era um soldado, eu era filho dele, ele podia me tratar um pouco assim.

— Você sempre foi preguiçoso, e na verdade eu não culpo realmente esta droga de trabalho que você faz, ser modelo, se é que isso é um trabalho realmente, afinal o filho dos Vargas, consegue lidar com as duas coisas muito bem, ele lida tanto com essa droga de trabalho quanto com os estudos, é um ótimo garoto, educado, esforçado, inteligente, um menino de ouro, você tem muito o que aprender com ele. – disse meu pai, ainda me jogando para abaixo do baixo, me colocando em um patamar ainda mais abaixo de Colin, mas sempre foi assim, meu pai, principalmente, sempre comparou a gente, ele sempre foi o Urubu de ouro, e eu o inútil que não fazia nada certo.

Colin sempre estragou o meu mundo porque o dele era perfeito, então quando comparava-se o dele com o meu, o meu ficava ainda mais podre, uma verdadeira droga.

— Eu vou procurar um professor de reforço para você Pietro, mas eu preciso que você se ajude. – disse minha mãe. – se dedique mais a escola, aos estudos.

Ela me olhava com um misto de temor e vergonha, e isso era difícil de ver em minha mãe, me causava um pouco de dor.

— o seu chefe já te avisou também que ou você melhora ou não desfila, a Lírio cobra muito os estudos e você sabe muito bem disso, tenho certeza que não quer perder a próxima viagem, e muito menos a ultima deste ano que é para o Japão e você sempre quis desfilar no Japão, mas se não melhorar suas notas, você esta ciente de que não vai ir!

— Sim senhora. – digo a minha mãe. Nem me dou ao trabalho de responder meu pai, mesmo embora eu esteja furioso com ele, eu me seguro fortemente para não cometer um assassinato verbal. – Vou melhorar, o Japão e um dos meus maiores sonhos e eu não posso deixa-lo escapar assim.

— Ótimo, pode ir se arrumar para o almoço. – disse minha mãe.

Meu mundo já estava uma droga, e mais uma vez Colin aparecia para ferrar com tudo mais ainda!

— A QUE ODIO! – grito num sussurro porque sabia que se eu gritasse, meu pai viria aqui e falaria mais asneiras.

Fui para o banho, e depois que almocei em total silencio, resolvi dormir.

Você não devia estudar Pietro? Era o que meu subconsciente dizia, mas eu só queria dormir e esquecer esse péssimo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mudança de Passarela" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.