Olhando para a caixa perto da lareira da nova casa, Penelope suspirou. Eram as coisinhas que Sergio usava. Logo que Emily voltou, Penelope devolveu o gatinho para sua chefe, mas se sentiu sozinha.

Ela não estava chateada por Emily buscar seu gatinho de volta. Era só que ela sentia falta de um gatinho ou gatinha para cuidar. Ela retirou os arranhadores e os colocou de volta nas caixas.

Levando para o táxi que aguardava na porta de seu novo apartamento, Penelope foi ao centro de adoção para doar as pequenas decorações que o felino de cor escura usava. Ela não sabia que iria descobrir um pequeno filhote de gato lá.

Luke pegou Roxy depois do trabalho e entrou no abrigo de animais. Seu objetivo era trazer um amigo novo para Roxy e se possível, um filhote de gato para Penelope, uma vez que ele viu como Penelope ficou triste após a partida de Sérgio.

Vendo Penelope sair de um táxi com uma caixa nas mãos, Luke se perguntou se eles tiveram realmente a mesma ideia. Entrando na recepção, ele a viu, sentada em uma das cadeiras da espera.

— Penelope? – Luke sorriu para Penelope. – Veio fazer uma doação?

— Eu acho que é o certo. – Penelope deu de ombros. – Essas coisas me lembram Sergio e eu sempre posso comprar novos se eu adotar um gato. O que está fazendo aqui?

— Roxy precisa de um novo amigo. – Luke se sentou e sorriu. – E eu queria trazer a você um gatinho.

— Eu ainda vou doar os arranhadores, caminhas e tudo. – Penelope sorriu. – Eles precisam de doações para os gatinhos deixados aqui.

— Você é realmente um anjo. – Luke sorriu para ela. – O meu anjo.

— Com licença. – A coordenadora do abrigo apareceu e sorriu. – Não sabia que vocês se conheciam.

— Sim, Denise. – Luke respondeu. – Penelope e eu somos colegas de trabalho. E algo mais talvez em breve.

— Luke, você finalmente veio encontrar um amigo para a doce Roxy? – Denise respondeu. – Talvez queira conhecer alguns dos novos cãezinhos que chegaram. Castrados, vacinados e vermifugados.

— Eu queria doar esses objetos. – Penelope levantou a caixa de brinquedos. – Meu único filhote voltou para a dona e eu sempre posso comprar alguns quando eu tiver um gatinho novo.

— Eu tenho alguns se quiser dar uma olhada. – Denise viu Penelope sorrindo. – Tenho alguns minutos enquanto Luke e Roxy decidem qual cãozinho vão levar.

— Quero. – Penelope pegou a bolsa e acompanhou Denise. – Mas ainda quero doar as coisas. Eu tenho dinheiro e essas coisas são de menino.

Denise acompanhou Penelope pelos corredores. Haviam muitos gatinhos aguardando adoção. Era época das férias e parecia que eles não eram considerados da família. Parando em frente a uma pequena gaiola, uma gatinha toda listrada e com três cores diferente.

— Essa aqui é Lady. – Denise mostrou. – Ela tem um ano e todos que vem aqui não dão uma segunda olhada por causa de sua idade. Com um ano é mais difícil um gato ser adotado. E Lady é um pouco arrisca.

Penelope abriu a portinha e Lady pulou no colo dela, começando a ronronar como se soubesse que Penelope não a machucaria. Ela fechou os olhos e começou a dormir.

— Eu acho que vai ser ela. – Penelope sorriu. – Ela é arrisca. Arrisca de se apaixonar.

— Lady nunca havia aceitado colo. – Denise deixou algumas lágrimas escorrerem pelo rosto. – Você vai levar ela com você?

— Absolutamente sim. – Penelope sentiu Lady ronronar ainda mais. – Sem dúvidas.

Enquanto isso, Luke observava Penelope. Ele olhou para ela e sua nova felina nos braços. Era uma coisa linda ver como Penelope se deu bem com a pequena felina.

— Senhor Alvez, você ainda quer ver um cachorrinho? – Denise perguntou.

— Eu não tenho tempo, mas espero voltar semana que vem com Penelope e adotar uma gatinha e um cãozinho. – Luke se desculpou. – Mas aqui, eu sempre trago ração e eu acho que sempre é maravilhoso doar.

— Obrigado. – Denise sorriu para as doações que recebeu. – Aprecie seu novo filhote senhorita Garcia.

— Obrigada, Denise. – Penelope saiu com lady nos braços. – Vamos querida?

A gatinha miou e Penelope deu risada. Ela era linda e ficou quieta nos braços dela.

— Você quer vir no meu carro? – Luke perguntou. – Eu percebi que você não tem seu carro.

— Tem certeza? – Penelope deu um olhar nervoso. – Roxy não fica com raiva dos gatos?

— Ela os adora. – Luke sorriu. – Acredite em mim. Ela encontrou uma caixinha de gatos abandonados e trouxe para mim ainda vivos. Doamos todos e Roxy se sente sozinha.

— Eu poderia ir com você. – Penelope entrou no SUV e Lady pulou para o banco de trás. Roxy se deitou e acolheu a gatinha em seu abraço.

— Quer vir para minha casa, tomar alguma coisa? – Luke perguntou descarado. – Eu comprei um vinho.

— Claro. – Penelope observou o homem que amava. – Fico feliz.

Entrando na casa de Luke, Penelope notou que era muito masculina, mas ela gostou da mobília antiga.

Oferecendo um copo para Pen, Luke se sentou na frente da janela de seu apartamento.

— Linda vista. – Penelope se sentou também. – É um lugar lindo. Deve ser caro.

— Foi barata até. – Luke se aproximou dela. – Desculpa se eu estou sendo muito direto, mas eu te amo. Ver você escolher um gatinho me deu uma vontade de ver você com um filho meu.

— Luke, eu sinto a mesma coisa. –Penelope deixou o copo em cima da mesa e beijou Luke. – Eu te amo, Luke.

Deixando a taça na mesa, Luke se levantou e beijou Penelope do mesmo jeito. Ele a levou para o quarto, onde fechou a porta e eles fizeram amor até que o dia amanhecesse.

Roxy cobriu Lady com suas patas e as duas dormiram no sofá juntas.

Se passaram dois meses e ninguém da equipe sabia sobre os dois. Eles imaginaram que Penelope estava sendo gentil em cuidar de Roxy e de sua gata Lady.

— Temos que conversar. – Penelope puxou Luke para a antiga sala de Derek. – Eu preciso contar algo importante.

— Penelope, está me assustando. – Luke a ajudou a se sentar. – Me diga.

— Luke, estou grávida. – Penelope tremeu de medo da reação dele. – Eu não sei como, mas aconteceu.

Alvez se levantou e a puxou com ele para cima e a beijou com carinho.

— Bem, estou feliz. – Luke olhou para fora e resolveu dar um passo a mais. – Eu quero contar a equipe, está bem para você?

— Sim. – Penelope sorriu. – Conte a eles.

Gentilmente pegando Penelope pela mão, Luke a levou para a sala do esquadrão e todo mundo aplaudiu.

— Vocês finalmente se juntaram! – Emily praticamente pulou sobre os dois.

— E estamos grávidos. – Penelope viu todos ficarem surpresos. – Bem, pacote completo.

Eles não tinham dúvidas disso.