— G, você vem? – Sam chamou o amigo. – Achei que você iria acampar comigo.

— Desculpe, eu estava com uma amiga ao telefone. – Os olhos de Callen brilhavam profundamente. – Eu estou pronto agora.

— Essa amiga é que você tem conversado durante alguns meses? – Sam deu uma risada. – Achei que você e Penelope estavam juntos.

— Bem... – Callen tentou desconversar um pouco. – Vamos logo, você está tentando sair desse programa que você mesmo quis fazer.

Eles foram fazer escalada e acampar também. As montanhas pareciam mais geladas do que eles se lembravam de qualquer jeito.

— Então, Penelope, hein? – Sam deu um olhar atrevido para o amigo. – Achei que vocês nunca tinham realmente ficado juntos.

— A gente ficou uma ou duas vezes. – Callen mentiu porque seu amigo gostava de fofoca. – Ela é maravilhosa, mas é muita areia para meu caminhão.

— Então aquela blusa cor de rosa não é dela? – Sam viu Callen pigarrear.

— Vamos começar a escalar. – Callen fugiu do assunto. – Então, a menos que você queira cair da altura máxima, eu sugiro que foque sua mente.

Sam deu uma revirada de olhos e percebeu que quando chegasse no topo, eles conversariam sobre isso, se ele se lembrasse.

Penelope entrou na sede do NCIS de Los Angeles, esperando encontrar Callen. Ela vestia um vestido de verão que faria qualquer um querer estender um tapete vermelho para Penelope passar.

— Oi Penelope. – Kensi abraçou a técnica. – Precisa de ajuda?

— Estou procurando o agente Callen. – Ela se lembrou de chamar G pelo status dele. – Eu vim aqui porque preciso de uma ajuda em um caso.

— Sei. – Kensi sabia que Pen e Callen estavam juntos. – Ele e Sam foram acampar e escalar, mas se você precisa de ajuda, eu posso te ajudar nesse “caso”.

— Tudo bem, eu vou ficar no hotel caso ele volte cedo. – Penelope sorriu para Kensi e Deeks que se aproximava. – Hey, Deeks.

— Penelope, seu raio de sol. – Deeks abraçou a loira. – Espero que você e Callen sejam felizes. Você transformou um solitário em um romântico suspirador.

— Deeks! – Kensi corou. – Por que você não pode ser sutil?

— Tudo bem, estávamos preocupados em contar sobre nós. – Penelope deu de ombros. – Eu não tenho um caso, mas tenho um caso com Callen.

— Penny! – Eric abraçou a amiga. – Veio ver seu amor?

— Todo mundo aqui sabe? – Penelope sorriu. – E vocês fazem gosto que eu namore seu amigo?

— Sim. – Hetty se aproximou. – O senhor Callen merecia uma mulher forte, determinada e que pode apagar alguém do mundo.

— Eu morreria só por saber que Penelope pode apagar alguém do mundo. – Deeks engoliu em seco. – Mas Callen gosta de um desafio, afinal.

— Você, eu, Nell e Hetty vamos as compras. – Kensi pegou a mão de Penelope. – E não diga não.

— Ok. – Penelope sorriu. – Eu quero ficar linda para meu homem.

— Callen nem vai saber o que o atingiu. – Kensi sorriu e as moças deixaram a agencia sorrindo.

Callen chegou ao topo primeiro, apesar de Sam ser tecnicamente mais experiente nesse tipo de atividade. Ele sentou-se na grama, pegando uma foto de Penélope e deu um beijo singelo.

Sam finalmente chegou ao topo e pegou Callen olhando para a foto de Callen e de Penelope.

— Eu sabia que você e ela estavam juntos. – Sam sorriu. – Uau, essa é a camiseta rosa que eu vi na sua mala.

— O que você foi fazer na minha mala? – Callen olhou para o amigo, sem entender. – Eu acho que nada lá serve para você.

— Eu precisava de exaguante bucal. – Sam deu um sorriso meio falso. – Mas finalmente você e ela estão juntos.

— Merda. – Callen se levantou. – Ela disse que viria hoje para me ver. Eu sou o pior namorado de todos.

— Tenho certeza que Kensi manterá ela ocupada. – Sam terminou de armar a barraca. – Vamos ficar aqui esta noite, ir para casa amanhã e você pode beijar sua namorada.

— Sabia que ela sempre pergunta da equipe. – Callen disse ao amigo. - Ela gosta muito de vocês.

— Também gostamos dela. – Sam sorriu. – Ela é uma mulher de classe.

— Sim, muita classe. – Callen estava pensando besteira. – E como.

Sam sabia o que essa conversa estava tomando então ele deu um tapa na cabeça de seu amigo.

— Acho que deveríamos dormir. – Sam revirou os olhos. – Boa noite, antes que comece a contar detalhes.

Callen deu uma risada e beijou a foto de novo. Ele estava com saudades dela.

Penelope ficou na casa de Hetty naquela noite. A chefe não quis saber de Penelope sozinha em um hotel e como ela tinha seguranças, Hetty achou melhor que a analista ficasse com ela.

— Gosta de chá? – Hetty passou uma xicara de chá de erva cidreira. – Eu sempre vejo o caráter das pessoas pelo gosto de chá.

— Eu adoro chá. – Penelope sorriu com a xicara oferecida. – Obrigada. Chá de erva cidreira. Me lembra da minha mãe.

— Fico feliz por isso. – Hetty sabia sobre os pais de Penelope. – Então, você e Callen.

— Eu e Callen. – Penelope sorriu. – Estamos juntos desde o caso em que trabalhamos e pela primeira vez me sinto completa.

— O senhor Callen tem muitos segredos, você está bem com isso? – Hetty precisava contar isso.

— Todos temos segredos. – Penelope deu um risinho. – Eu por exemplo tenho os meus, não é de todo ruim ter segredos.

Hetty estava impressionada com Penelope.  A técnica parecia incrivelmente perfeita para Callen e ela sabia que Callen e Penelope seriam muito felizes.

Quando a manhã chegou, Callen acordou cedo. Sorrindo por encontrar-se com Penelope, ele guardou a barraca, colocou seus equipamentos de segurança e colocou uma corda de proteção.

Nada de encontros na emergência do hospital.

— Caiu da barraca? – Sam brincou. – Ou foi a vontade de ver sua amada amante?

— Olha, amada amante é um nome bonito para Pen. – Callen lembrou-se de algumas noites. – Eu posso dizer que Penelope Garcia tem mais que o sobrenome latino.

— Aff, G. – Sam fez um som de huff. – Sem informações demais, por favor.

Callen riu, sabendo que Sam sabia o que ele queria dizer.

Eles desceram sem nenhuma complicação e foram para o carro. Logo pegaram a estrada e voltaram para Los Angeles.

— Bom dia, Hetty. – Penelope se sentou à mesa, vestida e maquiada perfeitamente. – Como está hoje?

— Muito bem. – Hetty sorriu para Pen. – Eu aprecio alguém que se senta à mesa para tomar café e é educada.

— Minha mãe me ensinou a ser educada com todo mundo. – Penelope sorriu. – Eu falei com Emily e ela me deu seis semanas de folga. Aparentemente todos tiveram seis semanas e eu também vou.

Indo direto para a casa de Hetty, Callen foi recebido com um beijo de Penelope e agradecendo a sua chefe, ele levou Penelope para sua casa.

Lentamente, estava ficando lotada de moveis e agora havia uma cama onde eles passaram seis semanas fazendo amor.