Quando Penelope saiu do prédio da BAU naquela noite, estava chovendo. A morte de Haley soava em seus ouvidos e tudo o que ela queria era dormir e ficar quieta em sua cama.

Ela podia imaginar a dor de Hotch ao perder Haley. Mesmo sendo separados ele arriscou a própria vida por ela e seu filho.

Penelope havia perdido os dois pais em um dia só. Ela havia ficado em um canto da capela até alguém pedir gentilmente um momento para Penelope sozinha. O coração dela estava desmoronando a medida em que se aproximava dos caixões de seus pais.

Derek correu para cima do prédio federal. Ele tinha uma necessidade de ver Penelope. Foyet estava morto e Deus como ele precisava dela. Seus medos saindo de seus poros.

— Garcia! – Derek ficou atordoado quando não a encontrou. – Você viu Garcia?

— Ela foi embora há algum tempo. – Anderson disse. – Penelope estava chorando e eu a levei.

— E Kevin? – Derek viu Anderson hesitar. – Anderson?

— O Senhor Lynch foi demitido e transferido na semana passada. – Ele deu de ombros. – Suspeito que ela não lhe contou que ele a atacou no estacionamento.

— Não. – Derek sentiu cada poro dele emanar agressividade para Kevin Lynch. – Acho que eu e ela estamos longe ultimamente.

— Não é meu lugar dizer isso, mas ela teve uma fratura de pulso e por isso o FBI mandou Lynch para a unidade se Seattle. – Anderson respondeu. – Vá até ela, Morgan.

Derek passou por Reid e Emily e saiu em busca de Penelope. Ele precisava dela depois de encontrar Hotch abraçado ao corpo de sua ex. ele sempre soube que ela e Hotch não se separaram por causa de falta de amor, mas por causa de seu trabalho.

Batendo na porta, Derek ouviu a música cessar e esperou até que ela estivesse disposta a falar com ele. A porta se abriu e Derek segurou o ar.

— Eu posso entrar? – Derek perguntou. – Por favor.

— Claro. – Penelope deu espaço para ele entrar. – Não repare a bagunça.

— Fale comigo, deusa. – Derek literalmente implorou. – Se a morte de Haley me fez ver algo, foi que eu sou tão dependente de você.

— Derek. – Penelope suspirou. – O que aconteceu conosco? – Penelope abraçou o homem que sempre amou. – O que houve com a gente para acabarmos desse jeito?

— Tamara Barnes. – Ele viu a dúvida nos olhos dela. – Ela veio e tentou roubar seu lugar. E eu fui um idiota e a deixei tentar me fazer desistir de você.

— Ainda há tempo. – Penelope deu um salto de fé. – De sermos nós.

A pegando nos braços, Derek a puxou com gentileza para seus braços e seus olhos se tocaram e suas bocas se encontraram.

Ele não podia acreditar que a estava finalmente beijando. Ao invés de tentar afastar Derek, Penelope apenas o aproximou mais. Ela estava cansada de fugir dos sentimentos dela por Derek.

— Eu te amo, Derek. – Ela o sentiu congelar. – Eu preciso te dizer antes que eu fique com mais medo.

Derek a olhou, lágrimas caindo sobre o rosto bonito de Penelope e achou a coisa mais linda. Ela estava sendo sincera sobre o que sentia.

— Eu também te amo, Penelope. – Derek respondeu, confessando o mesmo por Penelope. – Mas eu não quero simplesmente te levar para a cama hoje. Eu quero cortejar você, trazer flores.

— E ser meu herói noir e me deixar morar na sua casa? – Penelope perguntou de uma vez. – Preciso me mudar daqui. Tem muitas lembranças.

— Namorar e morar juntos? – Derek pensou e sorriu. – Eu terei alguma vantagem com você?

— Eu, nua na sua cama, um sorriso e alguns filhos. – Penelope respondeu e sentiu Derek a beijar de novo. – Então?

— Penelope, você quer o quarto de hospedes ou minha cama? – Derek nem precisava pensar. – Além do mais, eu quero te dar a melhor noite de sua vida, seguida da melhor noite de amor da sua e da minha vida.

Ela sorriu e os dois se deitaram no sofá, assistindo um filme romântico.

No dia seguinte, eles precisariam enfrentar o funeral de Haley.

Hotch olhou para sua equipe no outro lado da sala, reunidos. Penelope parecia chateada e chorosa, já que ela sempre foi a mais sensível do grupo. Derek estava com ela, hesitando dar um beijo nela, mas Hotch sabia que o amor havia acontecido entre os dois.

— Não é justo, não é? – Penelope perguntou quando Derek a abraçou. – Haley ter que morrer para pegarmos Foyet. Ele quase matou Jack e agora ele não tem sua mãe.

— Às vezes a vida não é justo. – Derek deu um beijo na cabeça de sua namorada. – Mas com Hotch, Jéssica e todo mundo, Jack vai ficar bem. Ele vai precisar da tia P. dele.

Olhando, Penelope fungou um pouco e encostou a cabeça no ombro de Derek. Ele olhou para o grande cemitério a sua frente. Haviam muitas almas aqui. Algumas boas, algumas que mereciam estar aqui.

— Você quer ir a algum lugar? – Derek olhou para Penelope agora quase pesada em seu abraço. – Baby Girl?

— Podemos ir para casa? – Penelope estava quase dormindo. – Acho que minha adrenalina abaixou de repente.

Derek a levou para o carro e colocou o cinto nela. Ela adormeceu minutos depois de saírem do cemitério.

Chegando no que agora era a casa de Penelope e dele, Morgan pegou Penelope em seus braços e a levou para a cama deles. A cobertando, Derek se sentou apenas observando dormir.

Na manhã seguinte, Penelope acordou e encontrou um grande buque de flores na sua frente. Derek não estava à vista, mas havia um cartão.

“Penelope, eu não estou em casa agora. Precisei comprar uma coisa para fazer para você, mas não vou contar o que é. Você vai descobrir quando eu voltar. Eu te amo”.

Derek chegou em casa, seguro que Penelope estava acordada. Uma caixa de colar em sua mão indicava o seu presente. Não era caro, era um pouco barato. Penelope adoraria

— Bom dia, linda. – Derek a encontrou na sala, sorrindo. – Eu comprei algo. Espero que goste.

— Você sabe como eu gosto de presentes. – Penelope sorriu. – Uma caixa de coração.

Abrindo a caixa, ela encontrou algo que a fez sorrir. Era uma correntinha com uma letra P de Penelope e um Baby Girl escrito por dentro da letra.

— Deixe-me colocar em você. – Derek afastou alguns cabelos do pescoço dela. – Pronto.

Ele beijou o pescoço antes de deixar livre. A letra caiu em seu pescoço e Penelope se virou para Derek. Sem perder tempo, Penelope pegou o pescoço de Derek e o beijou com amor.

— Eu quero você. – Pen deixou claras as palavras para Derek. – Agora.

Ele sorriu e a levou para o quarto, onde finalmente Derek a teve como queria a tanto tempo.