Era uma manhã de sol e Penelope Alvez estava deitada na cama, sozinha. Luke estava em um caso com a equipe, mas ela sempre gostou de ele ser seu novo super-herói.

Depois do casamento, haviam pessoas que diziam que eles se separariam em um ano de casamento. Mas a verdade era que ela sempre iria admirar seu marido por ser esse cara.

Afinal, ela mesma já vinha fazendo esse trabalho há mais de dezesseis anos. E sabia que apesar de estar longe de casa, ele salva o mundo.

Hoje era um dia diferente, ela se sentou na ponta da cama, com enjoo. Ela esperou alguns segundos e teve que correr para o banheiro, vomitando tudo o que comeu. Seu coração bateu em alto e bom som e ela sabia que finalmente estava sendo mãe.

Mandando uma mensagem para Emily, Penelope foi ao médico de confiança em uma consulta. Ele mandou que ela fizesse alguns testes de sangue e os resultados foram satisfatórios.

— Parabéns senhora Alvez, você está grávida. – O médico viu o sorriso de Penelope ficar maior. – Eu vou marcar uma consulta para daqui há dois dias.

— Obrigada doutor. – Penelope apertou a mão dele. – Muito obrigado de verdade.

Ela saiu do consultório, feliz da vida finalmente estar indo bem e com seu sonho estar finalmente se realizando.

Luke voltou naquela noite e a encontrou deitada na cama. Levando um tempo para estudar sua princesa dormindo, Luke a beijou da cabeça e através de suas costas e traseiro.

— Hmm. – Penelope meio que acordou. – Luke, você voltou.

— Sim, Baby. – Ele retirou a camisa e deitou na cama de calça do pijama. – Mas eu espero as boas-vindas amanhã. Por enquanto, durma.

— Há um bilhete na cômoda para quando acordar amanhã. – Penelope se aninhou com Luke. – É uma coisa boa.

Luke sentiu seu coração pular. Talvez o seu maior desejo estivesse enfim se realizando.

Ele dormiu nos braços de sua esposa e sonhou com o dia de seu casamento. Rossi a levando para ele, seu lindo vestido de noiva com flores cor de rosa e perolas, um buque de rosas vermelhas, o tão esperado sim e a lua de mel no Havaí, que era um dos presentes de Rossi.

A única coisa que eles não conseguiam era ter filhos. E ele sempre sentia que Penelope sofria um pouco mais toda vez que era um exame negativo. E ele sofria por ver a mulher do seu coração triste.

Abrindo os olhos, Luke sentiu a cama fria e viu que ela estava na cadeira a sua frente, aparentemente mexendo no celular.

— Bom dia, meu amor. – Penelope deixou o celular apoiado. – Eu quero que você leia o bilhete. E eu vou filmar. Vai ser o primeiro de alguns filmes caseiros.

Entendendo a mensagem sublimar, Luke pegou o bilhete e o abriu. Seu coração saltou batida e ele leu de novo e de novo.

“Bom dia amor. Eu só quero lhe dizer algo. Nosso maior sonho se realizou. Eu estou grávida e quero que você saiba que o nosso amor criou frutos. ”

— Oh meu Deus, Penelope. – Luke a beijou com paixão. – Quando você descobriu?

— Ontem, mas eu sentia algo diferente há algum tempo. – Ela se sentiu sendo colocada na cama devagar. – Você está feliz, então?

— Eu vou te mostrar o quanto estou feliz. – Luke se abaixou na altura de sua barriga. – Pequeninho, é melhor cobrir as orelhas.

— Luke, eu estou de dois meses. – Penelope sentiu que ele já amava o bebê. – Mas se você quiser me mostrar um bom dia, devemos esperar dois dias.

— Oh Deus, sim. – Luke a beijou e a soltou. – Você vai ter três meses em dois dias, certo? Não vou deixar nada acontecer com você antes desse tempo.

Penelope girou os olhos, Luke iria com certeza ser superprotetor.

Se arrumando para o trabalho, Penelope percebeu que só tinha sapatilhas no armário, seus saltos estavam desaparecidos.

— Eu guardei seus saltos. – Ele a olhou com cuidado. – Eu só não quero que você se machuque.... Eu...

— Amor, calma. – Penelope achou Luke fofo demais assim. – Eu não estava pensando em usar de qualquer jeito. Eles vão estar esperando quando eu voltar. Na verdade, eu quero doar eles. Posso comprar novos depois.

Luke ajudou a carregar a bolsa do computador dela, abriu as portas, a protegeu de estranhos e ficou dando um olhar de poucos amigos para um cara que ficou olhando errado para ela.

Quando as portas se abriram, Luke foi na frente e a ajudou a sair do elevador, fazendo JJ dar risadas e Reid estranhar. Não que Luke não fosse superprotetor, mas agora, ele era mais.

— Bom dia, Penelope. – JJ cumprimentou a amiga. – Pelo jeito que Luke age, eu diria que você está grávida.

— Como você sabe? – Penelope estava sorrindo.

— Will foi como Luke quando eu estava grávida. – JJ deu uma risadinha. – Luke, vai acompanhar Penelope no banheiro também?

— Não. – Luke corou. – Mas uma de vocês poderia fazer isso por mim?

— O que está rolando aqui? – Emily olhou de Penelope a Luke. – Bom, você está esperando um bebezinho?

— Esqueci que eu trabalho com profilers. – Penelope riu. – Sim, estou grávida e a partir de sexta-feira, será de três meses.

— Eu quero fazer o chá de bebê. – JJ pulou animada. – Eu vi umas imagens lindas na internet e eu quero fazer o chá revelação.

Pen sabia que não conseguiria fazer com que JJ desistisse então aceitou. Afinal, ela era uma das mais controladas nesse assunto, certo? Nem tanto.

Se passaram alguns dias e JJ foi com Penelope e Luke para a consulta do ginecologista.

— Penelope, Luke e você é? – O médico perguntou a uma animada JJ.

— Jennifer Jareau. – JJ respondeu. – Sou do comitê de chá de revelação e de bebê de Penelope e Luke.

Pen deu de ombros e ela foi autorizada a entrar.

O exame começou e Penelope viu a expressão do médico. Ele parecia um pouco aterrorizado, ela não conseguia ler a expressão dele.

— Doutor, algo de errado? – Luke estava com medo.

— Senhorita Garcia, eu acho que esta é uma surpresa. – Ele viu a expressão confusa. – Este é o primeiro coraçãozinho. – O médico mudou a varinha de posição. – Este é o segundo coração. E este é o terceiro coração.

Penelope não sabia se ria ou se chorava de emoção. Luke precisou se sentar na cadeira. Ele fechou os olhos e sorriu. Três bebês de uma vez só. JJ estava pulando de alegria.

Se passaram uma semana. A equipe toda ainda estava em choque com a novidade de Pen e Luke. JJ conseguiu os resultados e organizou três bolos, um para cada bebê. Por fora, era um arco íris e o recheio era da cor do bebê.

— Vamos lá. – Penelope estava de três meses e mostrando já. – Primeiro bolo.

Luke e ela pegaram a faca e cortaram ao meio, revelando um recheio cor de rosa. O segundo tinha mais recheio cor de rosa e o ultimo tinha recheio azul.

Eram duas meninas e um menino. Luke beijou Penelope colocando a mão protetoramente em seu ventre.

Seus três filhos estavam chegando. E ele estava feliz.