Oneshots Criminal Minds Parte 3 escrita por Any Sciuto


Capítulo 31
Encontros De Uma Vida




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Spencer Reid suspirou enquanto subia as escadas do centro de aconselhamento. Fazia alguns anos que ele não entrava nesse lugar.

Ele sabia que Penelope se recusara a participar, mas ele iria trazer ela algum dia, nem que ele precisasse arrastar ela.

Afinal, ela também havia tido participação nos eventos e ele sabia que ela não dormia há algum tempo.

Sentando na cadeira, ele se viu diante de uma bela garota de cabelos pretos e tatuagem no pescoço. Sua postura parecia derrotada e ele podia ver a dor em seus olhos.

Abby estava lá depois de seus próprios traumas. O prédio do NCIS ser explodido e ela estar lá dentro não fizeram nada de bom para ela. Ela voltara a ter pesadelos com a autópsia e sinceramente não queria ficar mais naquele espaço, mas ela trabalhava lá e precisava ir diariamente.

— Bom dia todos. – A conselheira se sentou. – Bem-vindos a mais uma sessão de aconselhamento de traumas. Todos aqui passaram por um evento igualmente traumático. Quem vai ser o primeiro a compartilhar?

— Eu. – Spencer tomou a iniciativa. – Meu nome é Doutor Spencer Reid e trabalho para o FBI. Há pouco tempo eu levei um tiro no pescoço e quase fui morto no hospital onde estava depois do fato.

— Olá Spencer. – Todos o cumprimentaram.

Reid viu Abby rir para ele e Spencer estava ficando apaixonado pela garota.

— Eu tive pequenos pesadelos depois disso, revivendo todo o problema. Meu chefe disse que eu provavelmente deveria desabafar com alguém. – Spencer precisava de conselhos. – Mas eu tenho uma colega que é a luz da nossa equipe e que impediu que eu fosse morto no hospital. Eu não sei o que posso fazer para que ela veja que não é culpa dela.

Reid se sentiu incrivelmente livre de suas preocupações. Ele nunca gostara de fazer análise, mas aqui, ele encontrara paz para dividir seus sentimentos.

— Você deveria ter trazido sua amiga aqui. – A conselheira disse. – O que você está fazendo para ajudar seus sentimentos?

— Eu pensei que com o tempo apenas a marca iria ficar, mas eu sei que vai demorar. – Spencer suspirou. – Estou mais preocupado com ela. Ela é uma garota inocente demais, já levou um tiro e eu nunca consegui me recuperar daquilo, mesmo que eu não demonstre.

— Cicatrizes emocionais são terríveis. – A mulher se virou para o público. – Alguém mais quer compartilhar?

— Meu nome é Abigail Sciuto, mas todos me chamam de Abby. – Abby começou. – Há dois meses o lugar onde eu trabalho foi explodido em uma ação terrorista e sim, eu estava lá dentro.

Reid olhou para a garota, não consigo entender porque todos estavam sendo cautelosos quando ele queria abraçar a jovem até que ela sorrisse de volta. Ele apostou que ela tinha um sorriso lindo.

— Perdemos vários amigos nesse dia, mas eu, apesar de estar bem fisicamente, comecei a ter medo de autópsia de novo. – Ela explicou. – Meu amigo teve um infarto logo depois da notícia e eu tive muito medo de perder. A ideia de perda me assusta.

— Perdas pessoais nos fazem temer a morte. – A conselheira começou. – Como esse medo de autópsia começou?

— Há alguns anos, uma amiga e mais dois foram feitos reféns dentro da autópsia por um terrorista. – Abby viu Reid mudar a atenção totalmente para ela. – Era para ser eu naquele dia.

— Eventos que nos marcaram anteriormente fazem a gente perceber a importância da vida. – A mulher viu que nenhum dos outros presentes queria compartilhar. – Espero que quando saírem daqui, avaliem tudo que ouviram. Obrigado.

Todos se levantaram e começaram a sair da sala em direção ao café e os biscoitinhos.

— Oi. - Spencer se aproximou de Abby. – Meu nome é Spencer Reid.

— Abby. – Ela apertou a mão dele. – Eu ouvi o seu relato. Você levou mesmo um tiro no pescoço?

— Maluquice, não é? – Spencer estava meio envergonhado. – Se pensar sobre as chances de isso acontecer...

— .... Elas são baixas. – Abby completou e sorriu. – Uau, isso quase nunca acontecesse comigo.

Reid corou um pouco. Ele havia encontrado alguém que o compreendia e era quase engraçado as possibilidades.

— Assim como você sobreviver a uma explosão. - Spencer pegou a mão dela. – Você gostaria de tomar um café algum dia?

— Por que não agora? – Abby riu para ele. – Estou com tempo de qualquer jeito.

Reid assentiu e foi direto com Abby para seu carro. Ele abriu a porta e a jovem se sentiu bem com essa demonstração.

— Então, a sua amiga. – Abby começou. – Por que ela está com traumas pelo seu tiro?

— Quando eu estava no hospital, um enfermeiro tentou me dar uma overdose proposital. – Reid ligou o carro. – Ela reagiu como instinto e atirou nele. Penelope o atingiu no ombro, mas isso desencadeou pesadelos nela. Não sei com ajuda-la.

— Achei que todos os agentes eram treinados para esse tipo de situação. – Abby estava um pouco confusa e Spencer percebeu.

— Ela não é uma agente de campo. – Spencer explicou. – Pen trabalha como analista técnica e tem sido difícil porque ela levou um tiro há alguns anos.

Abby congelou. Ela se lembrava de quão assustador foi ficar frente a uma arma de um perseguidor de McGee.

Os dois se sentaram em uma mesa da lanchonete e pediram seus desejos. Reid pegou uma rosquinha com nozes e um café enquanto Abby pediu chá.

— Então, você é um agente federal? – Abby desviou a conversa. – Você chuta portas?

— Eu deixo esse trabalho para Derek, meu colega. – Reid corou um pouco de novo. – Ele tem corpo para chutar portas.

— Sua arma atira? – Abby sabia que a frase tinha duplo sentido.

— Hum, sim. – Reid quase gaguejou. – Depende de qual arma você fala.

— Qualquer uma delas. – Ela sussurrou baixinho no ouvido dela. – A sua arma de fogo dispara?

— Eu sou bom nela. – Reid se sentiu bem flertando com essa mulher. – Você tem namorado?

— Não no momento. – Abby bebeu um gole de seu chá. – Apesar de que no futuro muito próximo eu posso ter.

Reid deixou o café de lado e se esticou até Abby.

— Aceita ser minha namorada? – Ele pediu, com um sorriso grande. – E me ajudar a ajudar Pen?

— Eu aceito ambos. – Abby aproveitou a oportunidade e beijou Spencer. – A conselheira disse que novos interesses eram um bom remédio para curar a dor.

— Eu sei. – Ele voltou para sua cadeira. – Eu tenho memória aidética. E três PhD’s.

— Sempre quis sair com um cara inteligente. – Abby riu.

Depois que eles saíram da lanchonete, Reid puxou Abby para seus braços e a beijou de forma oficial.

Ela tinha gosto de cerejas e ele tinha gosto de chocolate. Algo dizia que o futuro deles seria selado com um anel.


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