Derek se preparou para dormir. Era a primeira noite no Alasca e ele esperançosamente dormiria com Penelope ao seu lado. Ele esperava que ela subisse logo, depois que fizesse seus checks em todos os moradores de Franklin.

Mesmo que ela estivesse com o namorado dela, Derek aproveitaria essa noite para relaxar ao lado da mulher que ele amava secretamente.

Parando para ouvir o silêncio, ele ouviu passos acelerados e depois gritos.

Gritos de Penelope na noite com um assassino a solta. Jogando as cobertas de longe, ele vestiu os sapatos e um casaco, correndo para Penelope.

A cena a sua frente era fruto de seus pesadelos. Penelope estava sentada a frente de um cadáver, completamente chorosa com o rímel borrado.

— Penelope. – Hotch se aproximou da técnica. – Pen, olhe para mim.

Ela olhou, quase se distanciando da cena. Hotch pegou a mão dela, manchada de sangue e Rossi ajudou o chefe da unidade a levantar Penelope.

Derek descongelou e envolveu ela em um abraço quente, nem se importando com a mão dela ainda cheia de sangue.

— Venha Baby Girl. – Ele a fez se sentar longe do homem morto. – Eu já volto.

JJ se aproximou e abraçou Penelope, Reid e Emily tentando uma declaração de Penelope, mas desistindo quando ela parecia longe demais.

— Eu vou levar ela para o hotel. – Derek olhou para Hotch e Rossi. – Tentar uma declaração e fazer com que ela descanse.

— Certo. – Hotch olhou para Morgan indo em direção de Penelope. – Eu não posso acreditar que o assassino não matou Penelope.

— Ele pode não ter previsto que ela apareceria. – Rossi olhou para Derek e depois para Penelope. – E se ele for atrás dela?

— Isso não vai acontecer. – JJ respondeu. – Penelope é alguém importante, ele sabe que se tentar ele seria morto.

Derek chegou perto de Pen e tocou seu joelho.

— Vem comigo, Baby Girl. – Derek estendeu a mão para ela. – Eu vou ser seu protetor.

Penelope pegou a mão de Derek, mas sentiu suas forças acabarem e Derek a pegou antes dela cair.

Ele a levou para o hotel, limpando sua mão. Quando ela fugiu dele, Derek pediu a JJ para cuidar de Penelope porque ele queria ir atrás desse maluco idiota.

Apesar da pista com o filho da dona do hotel ser promissora, a equipe teria que esperar pela noite para descobrir.

No momento que Derek chegou ao quarto, viu que Penelope estava adormecida e se deitou ao lado dela na cama no chão. Ele ouviu JJ comentar que ela terminou com Kevin quando ele a repreendeu por fazer algo que ele havia classificado como “dar uma de agente quando ela era apenas a técnica”.

Ele fechou os olhos e esperou que o dia seguinte fosse suficiente para pegar esse assassino.

Parecia que trinta segundos haviam se passado antes que um grito acordasse Morgan. Ele olhou para o lado e viu Penelope tentando fugir de um pesadelo.   

— Baby Girl. – Derek subiu na cama dela e prendeu suas mãos e pernas, evitando que ela se machucasse ou machucasse alguém. – Baby Girl, você precisa se acalmar. Por favor.

— Me largue! – Penelope começou a se debater. – Eu quero viver.

Tomando uma decisão, Derek beijou Penelope nos lábios. Funcionou na hora. Penelope abriu os olhos, mas não conseguiu dizer nada. Seus lábios ainda estavam colados com os de Derek e ela sentiu paz pela primeira vez.

Derek estava enfeitiçado pelos doces lábios de sua Baby Girl. Ambos precisaram de ar e Penelope ficou um pouco chateada por ter que se separar de Derek.

— Uau. – Penelope suspirou.

— Sim garota. – Derek se deitou ao lado dela. – Uau.

— Derek? – Penelope perguntou.

— Sim, Baby. – Derek ainda viajava.

— Nada precisa acontecer agora. – Penelope deu uma pausa. – Mas estou feliz pelo beijo.

— Espere, você está falando sério? – Derek sorria como um ganhador da mega sena. – Você queria que eu te beijasse?

— Eu só não tinha coragem. – Seus olhos focaram o teto. – Eu sei que me beijou por causa de um pesadelo, mas eu quero mais se você quiser.

Derek subiu sob ela e a beijou outra vez. Eles ouviram uma batida e precisaram se separar. A dona do hotel havia sido assassinada e era hora de voltar ao trabalho.

Eles logo descobriram o assassino e o filho da mulher morta por último foi encaminhado para o hospital. Rossi lidaria com as consequências mais tarde.

Penelope deixou o satélite para trás e foi até onde o homem fora morto. Ela ainda estava se sentindo responsável pela morte dele. Morgan deixou sua bolsa com Reid e foi a procura de sua quase namorada.

Ele a viu olhando para o espaço sem nada além de mata. Ele sabia o que acontecia com ela.

— Que chato, né? – Derek começou.

— O que? – Penelope perguntou, sem saber ao que ele se referia.

— Saber que não teríamos resolvido esse caso sem você. – Derek sabia que isso a faria se sentir melhor.

— É, chato mesmo. – Penelope conseguiu sorrir por alguns segundos.

— Eu estou orgulhoso, Penelope. – Derek a virou e a fez olhar em seus olhos. – Apesar de tudo o que aconteceu, você se recuperou e fez seu dever.

— Ver sangue me fazia querer fugir. – Ela suspirou. – E a duas noites eu corri para ele.

— Ou seja. – Ele podia ver a luta que Penelope estava tendo. – Se importou em arriscar sua vida para tentar salvar alguém.

— Está bem, mas qual é a diferença de ser forte e ser insensível – Ela sentiu as lágrimas caírem. – Eu tenho medo, Derek. Eu não quero deixar de ser quem eu sou para fazer esse dever.

— Estamos em um dos lugares mais lindos da terra. – Derek sorriu para ela. – É quem você é, bonitona e eu não vou permitir que você mude.

— Você não precisa me proteger. – Penelope sabia que ele faria mesmo assim.

— Difícil, acho que que vou ficar na função por mais um tempo. – Derek sabia que seria a vida toda.

— É? – Penelope sorriu para ele. – Por quanto tempo?

— A minha vida toda. – Derek finamente deixou as palavras falarem por ele.

— Eu te amo, Derek Morgan. – Penelope sentiu as mãos de Derek se fecharem em seu corpo.

— E eu te amo, Penelope Garcia. – Derek a aproximou mais. – E agora eu vou te beijar.

Ela fechou os olhos quando Derek a beijou com tanta ternura que era um sonho.

Reid, JJ, Emily, Rossi e Hotch observaram o casal se beijando. As meninas se derreteram pelos amigos e Hotch começou a tentar esconder o sorriso, mas falhou brilhantemente.

— Finalmente. – Emily falou.

— Pensei que iriamos ter que trancar os dois em um armário. – JJ sorriu.

— Eu falo com Strauss. – Rossi disse.

— Bem, eu vou dar férias ao casal. – Hotch olhou para o relogio. – Querem tomar um café? Pelo jeito vai demorar até eles se lembrarem que moramos em Washington.

— Se demorar muito, Reid joga agua gelada neles. – JJ brincou. – Com a mangueira.

— Mas eu não sei mexer em mangueiras! – Reid suspirou, acompanhando todos, deixando o novo casal ainda se beijando.

Parecia tão certo para todos que nenhum deles se importou com o atraso.