As vezes as coisas mais fáceis, são também as mais difíceis. Para Penelope, seu maior arrependimento era a morte de seus pais. Ele evitava voltar para a Califórnia, sabendo que ela não queria ver seus irmãos.

Derek sabia que Penelope nunca ia para nenhum lugar no dia de natal. Ele também sabia que esse ano, Kevin não estaria com ela. O geek repugnante havia tomado o emprego e se mandado para Timbuktu.

Ele sabia que Penelope estava chateada demais para qualquer coisa. Ele decidiu que ao invés de ir para Chicago como sempre, ele traria suas irmãs e sua mãe e chamaria Penelope para o dia.

Nem que ele tivesse que sequestra Penelope.  Ele avisaria a Hotch antes de fazer isso, mas ele sabia que o chefe de equipe concordaria.

— Tem um minuto? – Derek bateu na porta de Hotch. – Eu quero conversar sobre Penelope.

— Sente-se Derek. – Hotch cruzou os braços. – A resposta para sua pergunta é sim. Se você quer namorar Penelope você tem a autorização de todo o Bureau. Kevin foi um desgraçado com ela. Ele a deixava sozinha todo natal e iria para a casa de seus pais.

— Por que ela nunca me contou? – Derek não estava irritado com Pen. – Eu poderia ter chamado ela para comemorar comigo.

— Você sabe como Garcia é, Morgan. – Hotch puxou o arquivo de Kevin. – Eu hesitei em mostrar isso para você, Morgan.

Pegando o arquivo, Morgan começou a ler. Kevin tinha quatro reprimendas oficias por incomodar Penelope de um jeito não normal. Seu sangue ferveu e ele sentiu vontade de rastrear Kevin ele mesmo.

— Na última vez nós oferecemos a ele um emprego bem longe. – Hotch trouxe Morgan de volta. – E ele sabiamente pegou porque senão nós o demitiríamos. Penelope não quis pressionar acusações, mas Rossi foi e fez. Logo depois de eles terminarem.

— Ele a agrediu no estacionamento? – Derek sentiu seu sangue ferver. – Aquele curativo na cabeça dela.

— Você vai fazer alguma coisa a esse respeito, Morgan? – Hotch cruzou os braços. – Você sabe, eu perdi Haley para Foyet e mesmo a amando eu não lutei o suficiente. E agora, a mesma coisa com Emily.

— Você precisa falar com Emily também. – Morgan sabia o que fazer agora. – Eu preciso recuperar minha garota.

Hotch assentiu e olhou para Morgan, literalmente correndo para fora de lá. Emily estava na sua mesa e sentiu que era mesmo hora de fazer as coisas certas.

Faltando oito dias para o natal, a equipe finalizou os casos. Todos teriam até depois do ano novo. Derek entrou no espaço de sua Baby Girl e sorriu para ela.

— Você vai me olhar dali. – Penelope sorriu, consciente que Derek a observava. – O que te traz ao meu covil?

— Uma proposta. – Derek disse, enigmático. – Mas antes eu quero respostas, Baby Girl. E eu quero a verdade.

Ela deixou as teclas e se virou para ele. Então, ele sabia e ela finalmente poderia apenas contar a ele sem medo.

— Por que nunca me contou que Kevin te bateu? – Derek trouxe a testa dela para cima e acariciou o lugar onde a marca estava. – Eu entendo que você queria me proteger, mas Baby Girl, eu teria sido menos nervoso.

— Eu só não queria que você me visse como uma mulher fraca. – Penelope começou a chorar. – Eu não podia deixar você machucar Kevin porque eu não queria ver você preso.

— Eu quero que você venha comigo passar o natal em minha casa. – Derek não estava pronto para ouvir um não dela. – E eu não vou aceitar um não. Eu te quero na minha casa, com minha mãe e irmãs.

— Derek. – Penelope teve vontade de aceitar, mas hesitou. – Natal é para famílias.

— Droga, Penelope, você é minha família também. – Derek se levantou e trancou a porta. – Eu te amo, não vê? Eu disse isso depois que você foi baleada, mas você foi para Lynch e eu sabia que você precisava de tempo e eu não estou disposto a te perder de novo.

Ele a puxou com carinho para cima e a apertou em seus braços. Ele queria sentir seu cheiro, mas Penelope ergueu a cabeça e seus lábios se tocaram. Naquele segundo, tudo fez sentido para ela e ela começou a beijar Morgan freneticamente.

Derek mal podia acreditar que Penelope, sua Baby Girl estava beijando seus lábios. Ele passou as mãos pelas suas costas e a apoiou na mesa dela. Eles tiveram que se separar buscando por ar e estavam felizes demais.

— Eu não me arrependo nenhum poupo, Baby Girl. – Derek puxou Penelope para cima da mesa. – Se alguma coisa, eu estou apaixonado por esse momento ter acontecido.

— Eu também, Hot Stuff. – Penelope respondeu, um sorriso apaixonado cruzando seus lábios. – Mas o que você vai dizer a sua mãe quando me perguntar o que somos?

— Que você é a minha e única menina, aquela cujo coração roubou no primeiro dia de emprego. – Ele a viu sorrir. -  E que você vai ser minha mulher até a pascoa.

Isso fez Penelope rir. Ela abraçou Derek e decidiu que embarcar nesse novo romance era completamente certo. Pegando a bolsa, Penelope desligou os computadores e indo com seu namorado para casa.

Fran, a mãe de Derek já estava com Sarah e Desire na casa de Morgan, fazendo um prato especial, depois que ele mandou a elas uma mensagem dizendo que estava vindo com a noiva para casa.

A mãe de Derek sabia que era Penelope e estava orgulhosa do filho finalmente ter feito um movimento.

Quando Penelope atravessou a porta, Fran a envolveu em um abraço protetor. A garota era perfeita para seu filho e com certeza (e ela com certeza teria) ela iria dar a ela netos, tantos quanto Derek queria ter.

— Quando meu filho me disse que estava trazendo sua noiva, eu tinha certeza que era Penelope. – Fran disse, na ponta da mesa, no noivado dos dois, um dia depois do ano novo. – Esse primeiro natal com minha futura nora foi excelente e todos nós três concordamos que é certamente a mulher certa para Derek.

Derek beijou Penelope e sorriu. O casamento foi marcado para duas semanas antes da pascoa e Penelope estava animada desde já. A primeira noite foi perfeita, com eles enrolados no cobertor, depois do jantar, ele a explorou e a tocou como um violão delicado.

— Está feliz em se tornar minha, Baby Girl? – Derek a beijou em frente a fonte do espaço alugado. – Porque garota, eu te quero como minha mulher há algum tempo.

— Estou quase explodindo de felicidade, Hot Stuff. – Penelope respondeu sincera. – Eu mal posso esperar para ser Penelope Grace Morgan.

— E eu mal posso esperar você engravidar. – Derek confessou. – Você quer cinco filhos ou seis?

Penelope sorriu para Derek. Ele queria uma família grande. Então ela foi com o maior.

— Seis. – Penelope disse honestamente. – Honestamente Derek, se eles tiverem saúde e forem lindos como nós dois, eu não me importo.

Hotch estava com o braço ao redor de Emily e em seguida a beijou. Reid e sua namorada também. JJ e Will também se beijaram com paixão.

Rossi olhou para Fran que o beijou e assim iniciou um relacionamento maravilhoso junto com o perfilador. Todos estavam com certeza esperando o casamento de Derek e Pen.

“I had some problems / And no one could seem to solve them

But you, you, you, you found the answer / So I give half a chance

And learn the way... of love, my Baby / And all that it has to offer”