— Você quer saber de uma coisa? – Penelope drenou o último copo de bebida da noite. – Eu desisto. Se Luke Alvez me quiser, ele que corra atrás de mim agora.

— É assim que se fala, irmã. – Emily sorriu para a amiga. – Aos homens que nos valorizam!

— Aos homens que cuidam de seus filhos enquanto você toma uma cerveja com suas amigas. – JJ bateu sua caneca de cerveja.

— Eu vou beber a isso. – Tara encerrou o brinde.

As quatro bateram suas canecas e terminaram a bebida. Cada uma foi para seus carros e Penelope chegou no seu apartamento. Abrindo o armário, ela puxou todos os vestidos que comprara e que nunca usou.

Pobre Luke. Nem sabia o que estava vindo em sua direção. Ela havia decidido começar a se amar mais.

Luke estava tendo um dia horrível e Deus, eram apenas sete da manhã. Ele derrubou o café, um cano de água estourou e seu carro estava encrencando. Sentando-se na sua mesa, ele focou na foto de JJ com Penelope. Ser um covarde em dizer que desejava ficar com a garota fazia isso com ele.

Lentamente ele se virou para a porta de entrada do bullpen e viu Simmons chegando. O recém pai estava cedo demais, quase como se tivesse dormido na casinha do cachorro.

— Bom dia. – Luke sorriu. – Ainda na casinha de cachorro?

— Seis semanas sem transar deveriam ser rápidas. – Matt viu o olhar chocado de Luke. – Desculpe, eu fui infeliz na minha colocação.

— Não precisa se desculpar. – Luke suspirou. – Eu também não tenho uma noite de sono boa há tempos.

— Sonhos? – Matt olhou para o amigo.

— Tente pesadelos. – Luke apenas o olhou. – Com o sequestro e com Penelope.

— Ela ainda não conseguiu uma pista sobre o Stalker? – Matt estava preocupado com Pen também. – Luke, acho que você deveria contar a Emily.

Luke apenas assentiu. Ele viu as pessoas lentamente entrarem. JJ, Reid, Tara, Rossi e até Emily, mas nada de sua própria deusa.

Penelope chegou ao prédio da BAU em um vestido vermelho com um decote médio. Era igual ao que ela usara durante a situação de reféns de Kristy, com a diferença que aquele era um pouco mais longo.

Ela usava seus saltos vermelhos e um par de brincos que tinham uma espécie de pingente no fim.

Entrando no elevador, ela esperava que Luke estive por lá. Só de birra, ela iria passar perto dele e ele veria o que estava perdendo. Ela não estava desesperada por um homem, mas ela esperava que ele tomasse uma atitude.

Quando a porta do elevador se abriu, Penelope tinha um ar de confiança e saiu, pondo seu plano em curso.

Como não havia nenhum caso no momento, a equipe estava conversando quando os olhares se voltaram para Penelope. Reid foi o que fez Luke se virar e uau, Penelope parecia uma Femme Fatale naquela roupa.

Os olhos dele vagaram dos pés para as pernas e cada vez mais alto. Ele parou um pouco nos seios dela. Sua boca se encheu de saliva e ele parecia que iria ter um orgasmo só de olhar para ela.

— Bom dia, Alvez. – Penelope viu o olhar de Luke ficar maior.

— Desculpa. – Ele literalmente saiu correndo.

Penelope olhou para a cena e foi em direção a sua sala. O restante da equipe percebeu e JJ foi atrás da amiga. Ela parecia chateada.

Luke entrou no banheiro do oitavo andar, que por acaso estava ainda sendo reformado então não tinha ninguém lá. Ele desfez a braguilha, desceu a cueca e as imagens de Penelope o fizeram pegar seu pênis e começar a se estimular.

— Rossi de biquíni, Reid em um biquíni. – Não estava funcionando. – Penelope nua em meu pau, fodendo e tendo um orgasmo.

Ele gozou por todo o chão, tentando recuperar o folego. Ele precisava fazer algo a respeito. Limpando todas as evidencias que ele estivera lá, ele levantou as roupas e pegou o celular depois de lavar as mãos.

— Oi, sou eu. – Luke falou com alguém ao telefone. – Lembra-se daquele favor? Eu preciso cobrar.

Penelope estava pensando na reação de Luke. Ele parecia incrivelmente excitado, mas ela não queria ter esperanças. A batida em sua porta a retirou de seus pensamentos.

— Penelope Garcia? – O entregador perguntou. – Pode assinar?

Ela fez o que ele pediu e pegou a caixa. Tinha outra caixa vermelha em formato de coração vermelho dentro. Abrindo com cuidado, ela suspirou. Eram duas pulseiras com borboletas. Apesar de ser um presente barato, ela amou.

Borboletas subiram em seu estomago quando ela viu o cartão. “Não pense que eu não te quero. Só tenho medo de rejeição”. Não estava assinado, mas era digitado. Fechando a caixa, ela suspirou.

Durante o dia, Penelope abriu a porta outras vezes para o mesmo entregador. Um colar de diamantes, um anel de safira rosa, um bar de brincos de rubi. Sempre com um cartão com palavras gentis.

Perto da hora de sair, Penelope ouviu a batida. Exceto que dessa vez era Luke, com um buque de rosas vermelhas e uma caixa com fita rosa.

— Luke? – Penelope estava surpresa. – É você que tem me enviado presentes o dia todo?

— Sim. – Ele deu a ela a caixa primeiro. – Abra.

Penelope abriu o embrulho e encontrou um vestido vermelho, do tamanho dela. Luke entregou as flores e entrou.

— Eu sinto muito por não ter agido antes. Eu estava com medo de ser rejeitado, mas agora estou aqui para implorar uma chance com você. – Ele a olhou nos olhos. – Eu tenho sonhado com você. Várias noites. Alguns são pesadelos onde eu chego tarde demais para salvar você. Outros somos eu e você deitados sobre uma grama verde e outros, a gente faz amor em uma praia.

— Luke... – Penelope o viu colocar um dedo sobre seus lábios.

— Deixe-me terminar. – Luke a beijou para continuar. – Eu estou apaixonado por você. Hoje eu tive um péssimo começo de dia, mas você o transformou em um bom dia. Me dê uma chance de não apenas te adorar, mas de te proteger para sempre.

— Eu também te amo, Luke. – Penelope disse e sentiu Luke se aproxima r e beijar seus lábios. Ela largou a caixa e as flores sobre a cadeira e o sentiu passar as mãos em sua cintura.

Ela fechou os olhos, mas os abriu quando ele passou sua língua sobre os lábios e com um gemido aceitou. Ele precisou de todo o controle para não deitar Pen no chão da sala dela e fazer amor com ela ali mesmo.

— O que vamos dizer a nossa equipe? – Luke perguntou quando eles pararam para respirar.

— Nada por enquanto. – Penelope deu um olhar atrevido. – Dizem que escondido é mais gostoso. Deixe que eles descubram sozinhos.

— Eu concordo. – Luke sorriu. – Não se esqueça que temos um jantar as 20hrs. Use os seus presentes. Vou adorar desembrulhar você.

Penelope apenas sorriu quando Luke saiu de seu escritório, levando uma pasta de arquivos. Ele tratou de limpar o batom de seus lábios. Seria divertido namorar Penelope escondido.

E ele finalmente poderia usar as algemas de couro que havia comprado.