O que és para mim, Sirius Black escrita por Nicoles2


Capítulo 2
Shrieking shack




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Sirius estava sentado em um canto da sala flertando com uma garota qualquer quando Kathlynn entrou, chamando sua atenção.

Kathlynn riu de alguma coisa que Lilian Evans falou, então sentaram-se em uma mesa próxima a de Sirius.

— talvez. – respondeu Lilian.

— Six. – chamou a lufana. – Está tudo bem? – perguntou a garota.

Sirius sorriu.

— é claro, paixão.

Tinha esquecido o nome da garota, mas chamá-la de paixão foi uma ótima saída. A garota não conteve um sorriso.

— ai Six…

O professor Flitwick entrou.

— sentem todos em seus lugares, por favor. A aula já vai começar.

A lufana deu um sorrisinho para Sirius e foi sentar com suas amigas. Sirius pulou uma carteira para frente e sentou ao lado de James.

 

Sirius saiu da detenção e foi para a Torre. Quando entrou viu James ajoelhado na frente de Lilian e segurando sua mão, Remus sorria e Peter roncava na poltrona.

— isso é um pedido de casamento? – brincou ele. – Se for quero ser o padrinho.

Remus riu.

Lilian puxou a mão.

— não importa quantas vezes você me peça, Potter, ou como me peça. – disse com firmeza. – Eu não vou sair com você!

James se levantou e sorriu.

— Evans, não importa quanto você me recuse, ou como me recuse. Eu vou sempre insistir em mostrar que fomos feitos um para o outro.

Lilian não achou resposta, então apenas deu uma longa respirada e subiu para os dormitórios femininos.

Uma chuva fina começou lá fora. James sorriu e passou a mão pelos cabelos.

— acham que ela gosta de mim? – perguntou com expectativa.

Remus e Sirius se encararam e deram um aceno de cabeça. Responderam ao mesmo tempo:

— sim.

— não.

James fez uma careta. Sirius riu.

— sim, Pontas. – corrigiu. – Acho que Lilian Evans possa estar adquirindo um sentimento romântico por você. – depois acrescentou em um sussurro audível: – Também, depois de seis anos ouvindo suas investidas ela tinha que ceder né.  

 — cale a boca, Almofadinhas. – mandou James, no que Sirius gargalhou e jogou-se no sofá.

A chuva se intensificou, um trovão alto fez-se ouvir. Peter acordou num pulo com o coração acelerado pelo susto. Os três amigos riram.

— a Kate já voltou da detenção? – Dorcas parou no meio das escadas.

— se não a está vendo é porque não voltou, Meadowes. – respondeu Sirius sem fazer muito caso.

Dorcas suspirou.

— às vezes dou razão para ela não gostar de você. – disse a garota.

Sirius riu com deboche. Alguém entrou pelo quadro: Kathlynn.

— oi. – estava encharcada, mas não parecia estar se importando muito. Tirou o manto e se aproximou da lareira, estendendo as mãos para o fogo.

Sirius encarava a garota na lareira com as sobrancelhas levemente franzidas, sem entender o que tinha nela que prendia sua atenção.

— talvez devêssemos deixar o Ranhoso em paz… – refletiu James.

Sirius olhou para o amigo e arqueou uma sobrancelha.

— seu maior entretenimento? – repetiu meio cético.

James olhava para baixo, pensativo.

— não é mais tão divertido assim.

Sirius deu de ombros, concordava até com o amigo.

— boa noite. – disseram as garotas, que já estavam na escada.

— ’noite. – disseram James e Remus. As garotas subiram.

Peter já tinha voltado a roncar.

— então, Aluado, o que vamos fazer amanhã?

Começaram a fazer planos para os dias de lua cheia e foram dormir após passar-se mais duas horas.

—______________________________________________

Os galhos cortavam o vento, que assoviava de uma maneira a se parecer com lamúrias fantasmagóricas.

— canino, não! – o cachorro covarde saiu correndo ao ouvir um pequeno galho caído se partir com o peso de Hagrid. – Kathlynn, não saia daqui. – ele foi atrás do filhote, xingando-o de covarde.

Kathlynn continuou a se embrenhar pela floresta, não tinha a menor vontade de ficar esperando pela boa vontade de canino. Demoraria menos para voltar para o castelo se fosse sozinha, caso alguma coisa acontecesse ela mandava um sinal e pronto.

Conforme se aproximava do centro da floresta, as arvores cresciam mais próximas e suas copas cobriam o céu noturno, deixando o lugar ainda mais escuro.

— lumos. — a varinha da garota se acendeu.

Ouviu um barulho atrás dela, como se algo trotasse por ali. Mas não podia ser um centauro, a criatura era mais leve. 

— nox. ­— sua varinha se apagou e ela se escorou em uma árvore.

A criatura passou por ali, Kathlynn prendeu a respiração para não ser notada.

O som emitido pelo animal foi semelhante a uma risada, o que fez a garota estranhar. Quando ele seguiu adiante, Kathlynn foi atrás, a passos leves. Kathlynn pode ver a silhueta da criatura quando um pouco de luz passou.

Respire fundo e siga com cuidado. Hagrid não vai ficar bem se você for estraçalhada por uma criatura selvagem. Dizia Kathlynn para si enquanto caminhava atrás do veado.

Chegaram a um ponto muito conhecido: o Salgueiro Lutador. Mas ele estava estranho, imóvel, como se tivesse parado no meio de um acesso de fúria para posar para uma pintura.

Kathlynn franziu as sobrancelhas.

O veado abaixou seu corpo e passou por baixo dos galhos do salgueiro. Desapareceu.

— o quê? – Kathlynn deixou o cuidado de lado e aproximou-se do salgueiro, estudando as raízes. – Ah! – tinha um enorme buraco escuro entre elas.

Kathlynn ouviu um barulho, virou para trás meio segundo antes do salgueiro ganhar vida e um de seus galhos atingir com força seu estômago, empurrando-a para dentro do buraco. 

A grifina cambaleou no túnel que entrara. Inclinou-se pressionando o local onde fora atingida pelo galho.

— droga. – respirou com uma pequena dificuldade, mas ajeitou-se e olhou para trás.

Podia ver os galhos do salgueiro chicoteando o ar dali, se opôs então a voltar. Seguiu o túnel com a varinha em mãos, iluminando sua frente.

— não acredito que nunca soube desse lugar. – murmurou.

O teto do túnel era irregular, então Kathlynn vez ou outro tinha que se abaixar um pouco. O chão começou a se elevar e outro buraco apareceu, a garota o passou e entrou em uma casa. Uma casa mal cuidada e com moveis muito danificados.

Kathlynn ouviu um barulho no andar de cima, a madeira rangeu e algo pesado começou a correr, descendo as escadas, quatro por vez. O coração da garota disparou ao compreender o que a estava caçando agora.

O lobisomem parou no fim da escada, com todos os músculos do corpo flexionados. Os olhos dourados muito humanos se apertaram e um brilho perigoso se fez presente. A criatura emitiu um rosnado do fundo da garganta e deu um grande pulo.

O salto da fera sobre Kathlynn foi interrompido quando um enorme cachorro preto pulou no lobo, interceptando o ataque para longe da garota, que gritou.

Os dois animais começaram a brigar. Kathlynn conseguia registrar apenas um borrão cinza e preto, mas sabia que o lobisomem era mais forte, e não levaria muito até…

Até o veado aparecer. Ele pulou no borrão e adicionou o marrom a ele. Kathlynn pegou sua varinha desesperada e disparou um feitiço, o borrão se desfez e o lobisomem investiu contra ela.

A garota pegou a cadeira velha de madeira ao seu lado e tirou forças sabe-se lá de onde para erguê-la e rebater na fera. A cadeira estilhaçou-se e o lobisomem ficou por um milissegundo desorientado, foi o suficiente para os outros dois partirem para cima dele e o prenderem.

— ESTUPEFAÇA! — o feitiço de Kathlynn atingiu o lobisomem, ele parou de se debater. A garota caiu no chão, sua respiração pesada.

Os dois animais começaram a mudar, assumindo uma forma cada vez mais humana.

— Ah. Meu. Merlin – Kathlynn olhou perplexa para os dois garotos.    

Os dois sentaram no chão a frente dela, no mesmo estado.

— você devia ser batedora e não artilheira, Kate. – disse Sirius, com a voz um pouco rouca.

Kathlynn soltou uma risada, mas sentiu dor onde o galho batera mais cedo.

— também acho. – concordou James.

Kathlynn debruçou-se e esfregou o rosto com as mãos.

— Merlin… vocês são Animagos. – era disso que queria falar, mas lembrou do lobisomem. – O Remus… vai ficar bem?

Os dois a encararam surpresos.

— você sabe? – James fez um gesto confuso com a mão.

Kathlynn assentiu com a cabeça.

— claro.

— e desde quando? – perguntou Sirius intrigado.

— há séculos. – respondeu.

Primeiro ano, mais precisamente.

James semicerrou os olhos.

— e você não… – o odeia?

— lógico que não.

Sirius soltou uma risada.

— bem, então precisamos levá-lo para a enfermaria. – disse, depois alteou a voz: – Rabicho, saia de onde quer que tenha se escondido.

— Rabicho? – Kathlynn entendeu finalmente o significado dos apelidos.

Peter Pettigrew apareceu, no canto do cômodo estremecendo.

— vamos?

— vocês vão me explicar isso tudo ou não?

— no caminho, Kate.


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