O que és para mim, Sirius Black escrita por Nicoles2


Capítulo 1
Kiss




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779296/chapter/1

Oh, Merlin, que garoto insuportável.

Não era Sirius, dessa vez. Era só o corvino mais idiota do mundo: Lockhart.

— e eu não quero me gabar, mas…

Já se gabando…

— eu sou muito esperto.

Discordo plenamente.

— louvável. – disse Kathlynn, sem entusiasmo. – Agora tenho que entrar no Expresso. Tchau geniozinho.

Subiu apressada para o vagão e encontrou a cabine de suas amigas.

— oi. – cumprimentou e sentou-se ao lado de Lilian.

Alice avaliou a expressão de Kathlynn.

— será que foi o Sirius? – brincou Alice.

Marlene riu.

— não, foi o Lockhart. – corrigiu ela. – Ele chega a ser pior, confesso.

Lily espreguiçou-se.

— tenho que ir pro outro vagão, mas…

A porta da cabine se abriu, James apareceu.

— oi, Evans. – sua voz saiu macia e sedutora. – Vamos?

— já disse que não saio com você, Potter. – Lilian suspirou.

James arqueou as sobrancelhas.

— não está indo para o vagão dos monitores?

— vou. – respondeu Lilian. – Mas creio que lá seja lugar para MONITORES, então dispenso sua companhia.

James deu um sorriso maroto. Lá vem a bomba pensou Kathlynn.

— ora, pois agora eu sou monitor-chefe, ruivinha.

Lilian pareceu ter levado um soco na boca do estomago.

Kathlynn segurou uma gargalhada.

— Dumbledore não podia ter feito escolha pior. – disse ela.

James a olhou.

— assim você me ofende, Kate. – disse. – Pensei que você diria que sou melhor que o Almofadinhas.

A garota riu.

— ora, tinha me esquecido.

James sorriu e voltou-se para Lilian.

— então, minha ruivinha, vamos ou não?

Lilian suspirou, não era como se ela tivesse outra opção.

— Evans, Potter. Evans. – levantou-se e ignorou o braço estendido de James. – Tchau, meninas.

Kathlynn pegou um livro e começou a lê-lo, mas Alice cruzou os braços e olhou a amiga com censura.

— estamos no primeiro dia de aula e você tem a cara de pau de não conversar com a gente.

Clark sorriu.

— você fala como se não tivéssemos passado as férias juntas até semana passada. – falou, mas fechou o livro mesmo assim.

Marlene pegou um baralho.

— Snap Explosivo.

A porta da cabine abriu de novo. Sirius entrou.

— e aí? – sentou na frente de Kathlynn. Deu seu sorriso arrogante sedutor. – Não fique tão feliz em me ver, Kit.

Ela revirou os olhos.

— quer jogar também? – perguntou Marlene.

Sirius olhou para as cartas e arqueou uma sobrancelha.

— qual a aposta?

— nenhuma. – respondeu Clark em tom cortante.

Sirius riu com arrogância.

— qual a graça, então?

Marlene abriu a boca, mas titubeou um pouco.

— um beijo da Kate, é a aposta. – pronunciou-se Alice, que recebeu em seguida um olhar mortificador de Kathlynn.

Sirius deu um olhar avaliativo.

— de acordo, Kate? – perguntou se inclinando para a garota. – Vale um beijo.

Kathlynn franziu as sobrancelhas. Sabia que Sirius era bem esperto, mas Snap Explosivo é bem imprevisível…

— de acordo. – falou. – Mas eu distribuo as cartas. – as chances de ele trapacear seriam menores.

Um sorriso esboçou-se nos lábios do garoto.

— vai perder, Clark.

Até a confiança desse garoto a irrita.

Distribui as cartas e começaram o jogo. Kathlynn não conseguiu se esforçar ao máximo, não tão propositalmente perdeu.

— você até faz parecer que me odeia, Kate. – riu Sirius.

Argh, que cachorro estúpido.

— ódio é pouco, Black. – grunhiu. – E você ainda não ganhou.

Alice e Marlene se encararam, como se conversassem por telepatia. Recomeçaram o jogo e cinco minutos elas perderam.

— que pena. – disseram em uníssono.

Sirius deu aquela gargalhada parecida com um latido de cachorro e jogou suas cartas para o lado.

— agora eu ganhei.

Kathlynn revirou os olhos.

— é o que parece. – encarei as amigas. – Obrigada pelo esforço.

Marlene deu de ombros.

— de nada.

Obvio que ela não notou o sarcasmo.

— bem, tenho que ir. – Sirius se levantou.

Kathlynn franziu as sobrancelhas.

— mas…

Ele a interrompeu com uma gargalhada.

— não precisa ter pressa. – disse e saiu.

Se fosse possível, o comentário a fez ficar com mais raiva do que ter que beijá-lo.

— um dia eu o mato. – brigou.

Alice e Marlene riram.

— Kate, você é muito confusa.

A porta se abriu e Lilian entrou.

— oi meninas. – tinha uma leve curvatura no canto de sua boca que Kathlynn conhecia muito bem. Ela estava reprimindo um sorriso.

— Evans… – começou.

Ela sorriu.

— oi?

Kathlynn olhou-a com a cabeça inclinada e um sorriso.

— depois. – disse ela.

 

Dumbledore terminou seu discurso de boas vindas e deixou os alunos comerem e conversarem.

— Dumbledore sempre escolhe as melhores palavras para dizer como estamos encrencados sem nos preocupar e nos fazer perder o apetite. – comentou Dorcas.

Kathlynn sorriu.

— eu não sei se isso é bom ou mal. – disse.

Lilian não comia. Estava apoiando o rosto sobre uma mão e com a outra cutucando a comida com o garfo.

— Lily, você devia comer. – lembrou Kathlynn, sorrindo.

Lilian ergueu o rosto.

— ahn… não estou com fome. – olhou de relance para James, depois voltou os olhos para o prato e franziu as sobrancelhas.

Kathlynn soltou uma exclamação prolongada:

— aaah, parece que James finalmente te ganhou.

Lilian olhou-a horrorizada.

— credo, Kate.

Kathlynn riu.

— não tente negar, apenas.

Lilian franziu as sobrancelhas.

— não é nada disso, Kate. – negou. – Só não consigo acreditar que ele virou monitor.

Kathlynn deu de ombros.

— ano passado ele pegou menos detenções. – lembrou ela. – fora que salvou Snape, vulgo babaca, do salgueiro lutador.

Lilian apoiou-se na mão novamente e voltou para seus pensamentos.

—______________________________________________

Audrey entrou na sala, era a nova vadia do Black.

— oi, meu amor. – beijou o garoto, afastou-se poucos segundos antes da professora McGonagall entrar e mandá-la se sentar.

— abram seus livros na pagina 203. – ordenou a diretora. – Quero que leiam atentamente e executem o feitiço em seguida. – a professora estava tensa, mas em tempos como os atuais, era difícil ver alguém sensato que não estivesse.

Todos obedeceram. Obviamente os primeiros a conseguir foram os marotos (exceto Peter, que foi o ultimo da classe).

— 15 pontos para a Grifinória.

Depois de mais ou menos uma hora de aula, o sinal tocou e foram para História da Magia.

— tinha me esquecido que este ano tinham os NIEM’s. – confessou Alice quando saíram da aula, receberam mais dois trabalhos, alem dos de Transfiguração.

Subiram para a Torre e começaram a fazer seus deveres.

— Kate, você fez a quinta? – perguntou Remus, que estava novamente com um aspecto doentio.

— sim. – mostrou para o amigo seu trabalho.

Sirius largou a pena.

— bem, já é o suficiente. – disse enrolando o pergaminho.

Remus franziu as sobrancelhas.

— mas você só fez metade. – disse.

Sirius levantou-se.

— estou ciente, Aluado. – saiu pelo quadro.

Depois de mais de uma hora, Kathlynn finalmente terminou seus trabalhos e foi para o quarto tomar um banho.

Quando se trocou e foi pentear os cabelos, começou a xingar.

— McKinnon, por Morgana, pare de deixar esses tufos de cabelos nos pentes.

Marlene a olhou segurando um sorriso.

— mas quem disse que fui eu?

Kathlynn suspirou.

— além dessa sua cara aí, só o fato de que você é a única loira aqui.

Marlene riu.

— perdão.

Kathlynn balançou a cabeça e desceu para a sala comunal.

— estou começando a me arrepender de ter entrado para a turma de Estudo dos Trouxas. – disse Lilian, que acabara de chegar da tal aula.

Kathlynn riu.

— seria por que sua família é trouxa e assim essa matéria se torna inútil? – questionou brincando.

Lilian sorriu.

— acho que você estava certa quando me aconselhou a deixar essa de lado. – colocou a mochila no sofá e sentou.

Kathlynn atravessou a sala.

— vou roubar um pouco de café pra gente, tá bem?

— quer que eu vá junto? – perguntou a ruiva.

Kathlynn sorriu e fez um gesto de dispensa com a mão.

— não precisa.

Saiu e foi para a cozinha.

— senhora. – vários elfos se aproximaram e fizeram reverências.

Depois de pegar o que queria, Kathlynn agradeceu e começou a subir novamente. Encontrou Audrey chorando em um nicho no terceiro andar, quando perguntou o que acontecera (já esperando a resposta) a garota guinchou:

— ele me deu um fora!

Kathlynn não ficou surpresa, óbvio, só ficou com mais raiva de Sirius, mesmo não indo muito com a cara de Audrey. Deu algumas palavras de consolo e retomou seu caminho.

Chegou ao sétimo andar e entrou na sala comunal. Encontrou Lilian com uma carta em mãos.

— oi… – sentou-se na frente da amiga. – De quem é?

Lilian segurou um sorriso e olhou para a amiga.

— não assinou. – respondeu pegando o café.

Kathlynn inclinou a cabeça.

— mas você sabe quem escreveu mesmo assim, senão não estaria segurando um sorriso.

Lilian sorriu.

— deixe pra lá.

 

Os alunos do sétimo que tinham aula de Astronomia desceram e se encontraram no corredor, tendo que espera cinco minutos até a professora finalmente aparecer.

— Kate – James segurou o pulso da garota um pouco. – sabe que te adoro, né? – começou com os olhos brilhando angelicalmente.

Kathlynn suspirou.

— você quer sentar com a Lily. – adivinhou.

James sorriu.

— então isso equivale a um sim? – perguntou esperançoso.

— ta bem.

Deixou Lilian e foi sentar com Sirius.

— devia ver sua cara de felicidade, Clark.

Sessão de comentários sarcásticos de Sirius Black iniciada. Reclamou Kathlynn internamente.

— a sua não está muito melhor. – rebateu ela sem olhá-lo.

— essa aula é entediante. – disse ele.

Kathlynn o olhou. Realmente, ele parecia entediado, mas mesmo assim ficava bonito. Ele a olhou e sorriu.

— sabe, Kate, acabo de me lembrar que você ainda não me pagou a aposta. – um traço de malicia surgiu no sorriso.

Kathlynn arregalou os olhos.

— não mesmo, Black.

Sirius aproximou-se.

— agora é uma boa hora. – disse, então agarrou a cintura da garota e a beijou.

Ora, mas não foi um beijo qualquer.

Ao sentir os lábios macios de Sirius tocar os seus, Kathlynn fechou os olhos e retribuiu o beijo, levando sua mão a nuca do garoto e sentindo a dele emaranhar-se em seus cabelos.

— PELAS BARBAS DE MERLIN, PAREM VOCÊS DOIS! – a professora olhou os escandalizada. – SEPAREM-SE!

Os dois se separaram, ofegantes.

— DETENÇÃO PARA OS DOIS! – sentenciou a mulher. – SEPAREM-SE, AGORA! – berrou de novo. – onde já se viu uma falta se vergonha como esta.

Kathlynn quis ser enterrar no concreto, mas Sirius gargalhou.

— troquem as duplas! Você e você, e você e você. – ela apontou os alunos.

De qualquer forma, voltaram às duplas que normalmente faziam: Kathlynn com Lilian e Sirius com James.

Quando a aula acabou a Prof.ª Smith chamou os dois para dar um sermão e as condições da detenção.

 

— Merlin, eu não acredito que você foi se agarrar com o SIRIUS durante uma AULA! – Marlene ainda estava surpresa.

— olhe aqui, McKinnon, a culpa foi sua…

— MINHA?! – será que ela precisava gritar mesmo?

— é, sua – repetiu. – e da Alice também. Se vocês não tivessem perdido pro Sirius, eu não estaria devendo um beijo a ele.

Alice riu.

— você também perdeu, Kate. – lembrou Lilian.

— é verdade. – concordaram as outras duas em uníssono.

Kathlynn pensou em um argumento.

— mas quem apostou meu beijo foram vocês.

— também é verdade. – concordou Lilian.

Dorcas riu.

— queria estar lá. – disse.

— quem desistiu da matéria foi você. – lembrou Alice.

— achei que fosse melhor ficar dormindo. – deslizou pela cama e abraçou o travesseiro. – Mas perdi um momento único e estou arrependida. Alguém tem um vira-tempo?

As amigas riram, exceto Kathlynn.

— se eu tivesse um vira-tempo usaria para me impedir de concordar com aquela aposta. – declarou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O que és para mim, Sirius Black" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.