O que és para mim, Sirius Black escrita por Nicoles2
Oh, Merlin, que garoto insuportável.
Não era Sirius, dessa vez. Era só o corvino mais idiota do mundo: Lockhart.
— e eu não quero me gabar, mas…
Já se gabando…
— eu sou muito esperto.
Discordo plenamente.
— louvável. – disse Kathlynn, sem entusiasmo. – Agora tenho que entrar no Expresso. Tchau geniozinho.
Subiu apressada para o vagão e encontrou a cabine de suas amigas.
— oi. – cumprimentou e sentou-se ao lado de Lilian.
Alice avaliou a expressão de Kathlynn.
— será que foi o Sirius? – brincou Alice.
Marlene riu.
— não, foi o Lockhart. – corrigiu ela. – Ele chega a ser pior, confesso.
Lily espreguiçou-se.
— tenho que ir pro outro vagão, mas…
A porta da cabine se abriu, James apareceu.
— oi, Evans. – sua voz saiu macia e sedutora. – Vamos?
— já disse que não saio com você, Potter. – Lilian suspirou.
James arqueou as sobrancelhas.
— não está indo para o vagão dos monitores?
— vou. – respondeu Lilian. – Mas creio que lá seja lugar para MONITORES, então dispenso sua companhia.
James deu um sorriso maroto. Lá vem a bomba pensou Kathlynn.
— ora, pois agora eu sou monitor-chefe, ruivinha.
Lilian pareceu ter levado um soco na boca do estomago.
Kathlynn segurou uma gargalhada.
— Dumbledore não podia ter feito escolha pior. – disse ela.
James a olhou.
— assim você me ofende, Kate. – disse. – Pensei que você diria que sou melhor que o Almofadinhas.
A garota riu.
— ora, tinha me esquecido.
James sorriu e voltou-se para Lilian.
— então, minha ruivinha, vamos ou não?
Lilian suspirou, não era como se ela tivesse outra opção.
— Evans, Potter. Evans. – levantou-se e ignorou o braço estendido de James. – Tchau, meninas.
Kathlynn pegou um livro e começou a lê-lo, mas Alice cruzou os braços e olhou a amiga com censura.
— estamos no primeiro dia de aula e você tem a cara de pau de não conversar com a gente.
Clark sorriu.
— você fala como se não tivéssemos passado as férias juntas até semana passada. – falou, mas fechou o livro mesmo assim.
Marlene pegou um baralho.
— Snap Explosivo.
A porta da cabine abriu de novo. Sirius entrou.
— e aí? – sentou na frente de Kathlynn. Deu seu sorriso arrogante sedutor. – Não fique tão feliz em me ver, Kit.
Ela revirou os olhos.
— quer jogar também? – perguntou Marlene.
Sirius olhou para as cartas e arqueou uma sobrancelha.
— qual a aposta?
— nenhuma. – respondeu Clark em tom cortante.
Sirius riu com arrogância.
— qual a graça, então?
Marlene abriu a boca, mas titubeou um pouco.
— um beijo da Kate, é a aposta. – pronunciou-se Alice, que recebeu em seguida um olhar mortificador de Kathlynn.
Sirius deu um olhar avaliativo.
— de acordo, Kate? – perguntou se inclinando para a garota. – Vale um beijo.
Kathlynn franziu as sobrancelhas. Sabia que Sirius era bem esperto, mas Snap Explosivo é bem imprevisível…
— de acordo. – falou. – Mas eu distribuo as cartas. – as chances de ele trapacear seriam menores.
Um sorriso esboçou-se nos lábios do garoto.
— vai perder, Clark.
Até a confiança desse garoto a irrita.
Distribui as cartas e começaram o jogo. Kathlynn não conseguiu se esforçar ao máximo, não tão propositalmente perdeu.
— você até faz parecer que me odeia, Kate. – riu Sirius.
Argh, que cachorro estúpido.
— ódio é pouco, Black. – grunhiu. – E você ainda não ganhou.
Alice e Marlene se encararam, como se conversassem por telepatia. Recomeçaram o jogo e cinco minutos elas perderam.
— que pena. – disseram em uníssono.
Sirius deu aquela gargalhada parecida com um latido de cachorro e jogou suas cartas para o lado.
— agora eu ganhei.
Kathlynn revirou os olhos.
— é o que parece. – encarei as amigas. – Obrigada pelo esforço.
Marlene deu de ombros.
— de nada.
Obvio que ela não notou o sarcasmo.
— bem, tenho que ir. – Sirius se levantou.
Kathlynn franziu as sobrancelhas.
— mas…
Ele a interrompeu com uma gargalhada.
— não precisa ter pressa. – disse e saiu.
Se fosse possível, o comentário a fez ficar com mais raiva do que ter que beijá-lo.
— um dia eu o mato. – brigou.
Alice e Marlene riram.
— Kate, você é muito confusa.
A porta se abriu e Lilian entrou.
— oi meninas. – tinha uma leve curvatura no canto de sua boca que Kathlynn conhecia muito bem. Ela estava reprimindo um sorriso.
— Evans… – começou.
Ela sorriu.
— oi?
Kathlynn olhou-a com a cabeça inclinada e um sorriso.
— depois. – disse ela.
Dumbledore terminou seu discurso de boas vindas e deixou os alunos comerem e conversarem.
— Dumbledore sempre escolhe as melhores palavras para dizer como estamos encrencados sem nos preocupar e nos fazer perder o apetite. – comentou Dorcas.
Kathlynn sorriu.
— eu não sei se isso é bom ou mal. – disse.
Lilian não comia. Estava apoiando o rosto sobre uma mão e com a outra cutucando a comida com o garfo.
— Lily, você devia comer. – lembrou Kathlynn, sorrindo.
Lilian ergueu o rosto.
— ahn… não estou com fome. – olhou de relance para James, depois voltou os olhos para o prato e franziu as sobrancelhas.
Kathlynn soltou uma exclamação prolongada:
— aaah, parece que James finalmente te ganhou.
Lilian olhou-a horrorizada.
— credo, Kate.
Kathlynn riu.
— não tente negar, apenas.
Lilian franziu as sobrancelhas.
— não é nada disso, Kate. – negou. – Só não consigo acreditar que ele virou monitor.
Kathlynn deu de ombros.
— ano passado ele pegou menos detenções. – lembrou ela. – fora que salvou Snape, vulgo babaca, do salgueiro lutador.
Lilian apoiou-se na mão novamente e voltou para seus pensamentos.
—______________________________________________
Audrey entrou na sala, era a nova vadia do Black.
— oi, meu amor. – beijou o garoto, afastou-se poucos segundos antes da professora McGonagall entrar e mandá-la se sentar.
— abram seus livros na pagina 203. – ordenou a diretora. – Quero que leiam atentamente e executem o feitiço em seguida. – a professora estava tensa, mas em tempos como os atuais, era difícil ver alguém sensato que não estivesse.
Todos obedeceram. Obviamente os primeiros a conseguir foram os marotos (exceto Peter, que foi o ultimo da classe).
— 15 pontos para a Grifinória.
Depois de mais ou menos uma hora de aula, o sinal tocou e foram para História da Magia.
— tinha me esquecido que este ano tinham os NIEM’s. – confessou Alice quando saíram da aula, receberam mais dois trabalhos, alem dos de Transfiguração.
Subiram para a Torre e começaram a fazer seus deveres.
— Kate, você fez a quinta? – perguntou Remus, que estava novamente com um aspecto doentio.
— sim. – mostrou para o amigo seu trabalho.
Sirius largou a pena.
— bem, já é o suficiente. – disse enrolando o pergaminho.
Remus franziu as sobrancelhas.
— mas você só fez metade. – disse.
Sirius levantou-se.
— estou ciente, Aluado. – saiu pelo quadro.
Depois de mais de uma hora, Kathlynn finalmente terminou seus trabalhos e foi para o quarto tomar um banho.
Quando se trocou e foi pentear os cabelos, começou a xingar.
— McKinnon, por Morgana, pare de deixar esses tufos de cabelos nos pentes.
Marlene a olhou segurando um sorriso.
— mas quem disse que fui eu?
Kathlynn suspirou.
— além dessa sua cara aí, só o fato de que você é a única loira aqui.
Marlene riu.
— perdão.
Kathlynn balançou a cabeça e desceu para a sala comunal.
— estou começando a me arrepender de ter entrado para a turma de Estudo dos Trouxas. – disse Lilian, que acabara de chegar da tal aula.
Kathlynn riu.
— seria por que sua família é trouxa e assim essa matéria se torna inútil? – questionou brincando.
Lilian sorriu.
— acho que você estava certa quando me aconselhou a deixar essa de lado. – colocou a mochila no sofá e sentou.
Kathlynn atravessou a sala.
— vou roubar um pouco de café pra gente, tá bem?
— quer que eu vá junto? – perguntou a ruiva.
Kathlynn sorriu e fez um gesto de dispensa com a mão.
— não precisa.
Saiu e foi para a cozinha.
— senhora. – vários elfos se aproximaram e fizeram reverências.
Depois de pegar o que queria, Kathlynn agradeceu e começou a subir novamente. Encontrou Audrey chorando em um nicho no terceiro andar, quando perguntou o que acontecera (já esperando a resposta) a garota guinchou:
— ele me deu um fora!
Kathlynn não ficou surpresa, óbvio, só ficou com mais raiva de Sirius, mesmo não indo muito com a cara de Audrey. Deu algumas palavras de consolo e retomou seu caminho.
Chegou ao sétimo andar e entrou na sala comunal. Encontrou Lilian com uma carta em mãos.
— oi… – sentou-se na frente da amiga. – De quem é?
Lilian segurou um sorriso e olhou para a amiga.
— não assinou. – respondeu pegando o café.
Kathlynn inclinou a cabeça.
— mas você sabe quem escreveu mesmo assim, senão não estaria segurando um sorriso.
Lilian sorriu.
— deixe pra lá.
Os alunos do sétimo que tinham aula de Astronomia desceram e se encontraram no corredor, tendo que espera cinco minutos até a professora finalmente aparecer.
— Kate – James segurou o pulso da garota um pouco. – sabe que te adoro, né? – começou com os olhos brilhando angelicalmente.
Kathlynn suspirou.
— você quer sentar com a Lily. – adivinhou.
James sorriu.
— então isso equivale a um sim? – perguntou esperançoso.
— ta bem.
Deixou Lilian e foi sentar com Sirius.
— devia ver sua cara de felicidade, Clark.
Sessão de comentários sarcásticos de Sirius Black iniciada. Reclamou Kathlynn internamente.
— a sua não está muito melhor. – rebateu ela sem olhá-lo.
— essa aula é entediante. – disse ele.
Kathlynn o olhou. Realmente, ele parecia entediado, mas mesmo assim ficava bonito. Ele a olhou e sorriu.
— sabe, Kate, acabo de me lembrar que você ainda não me pagou a aposta. – um traço de malicia surgiu no sorriso.
Kathlynn arregalou os olhos.
— não mesmo, Black.
Sirius aproximou-se.
— agora é uma boa hora. – disse, então agarrou a cintura da garota e a beijou.
Ora, mas não foi um beijo qualquer.
Ao sentir os lábios macios de Sirius tocar os seus, Kathlynn fechou os olhos e retribuiu o beijo, levando sua mão a nuca do garoto e sentindo a dele emaranhar-se em seus cabelos.
— PELAS BARBAS DE MERLIN, PAREM VOCÊS DOIS! – a professora olhou os escandalizada. – SEPAREM-SE!
Os dois se separaram, ofegantes.
— DETENÇÃO PARA OS DOIS! – sentenciou a mulher. – SEPAREM-SE, AGORA! – berrou de novo. – onde já se viu uma falta se vergonha como esta.
Kathlynn quis ser enterrar no concreto, mas Sirius gargalhou.
— troquem as duplas! Você e você, e você e você. – ela apontou os alunos.
De qualquer forma, voltaram às duplas que normalmente faziam: Kathlynn com Lilian e Sirius com James.
Quando a aula acabou a Prof.ª Smith chamou os dois para dar um sermão e as condições da detenção.
— Merlin, eu não acredito que você foi se agarrar com o SIRIUS durante uma AULA! – Marlene ainda estava surpresa.
— olhe aqui, McKinnon, a culpa foi sua…
— MINHA?! – será que ela precisava gritar mesmo?
— é, sua – repetiu. – e da Alice também. Se vocês não tivessem perdido pro Sirius, eu não estaria devendo um beijo a ele.
Alice riu.
— você também perdeu, Kate. – lembrou Lilian.
— é verdade. – concordaram as outras duas em uníssono.
Kathlynn pensou em um argumento.
— mas quem apostou meu beijo foram vocês.
— também é verdade. – concordou Lilian.
Dorcas riu.
— queria estar lá. – disse.
— quem desistiu da matéria foi você. – lembrou Alice.
— achei que fosse melhor ficar dormindo. – deslizou pela cama e abraçou o travesseiro. – Mas perdi um momento único e estou arrependida. Alguém tem um vira-tempo?
As amigas riram, exceto Kathlynn.
— se eu tivesse um vira-tempo usaria para me impedir de concordar com aquela aposta. – declarou.
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