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Capítulo 8
VIII




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Cassiopeia segurou a alça da bolsa em seu ombro com firmeza depois de verificar se havia pegado tudo o que queria. Ela estava indo passar o fim de semana com os Weasley e só voltaria pra casa depois de trabalhar na segunda-feira, e estava tentando ao menos parecer animada.

Ela gostava dos Weasleys, não era nada pessoal, mas as últimas horas haviam sido um pouco melancólicas para ela, e a jovem sentia saudades de casa.

Andrômeda era uma tia maravilhosa e Tonks era a irmã que ela sempre quis ter, e o senhor Tonks era o melhor tio possível, considerando o quão pouco eles se conheciam, mas eles não eram os pais dela.

Cassiopeia sentia falta dos abraços da mãe, das brincadeiras de Draco e da presença protetora do pai; ele não era o melhor exemplo de moral que ela conhecia, mas era um bom pai e a amava, os três a amavam. Ela também os amava – e muito – e a possibilidade de nunca mais vê-los era grande e dolorosa.

— Tenha cuidado, querida. – Andrômeda instruiu. – Você está levando seu casaco?

— Sim senhora. Minhas chaves também.

A mulher mais velha sorriu, caminhando até a sobrinha.

— Divirta-se. – Ela se esticou, ficando na ponta dos pés para beijar a bochecha da loira. – E me avise se precisar de qualquer coisa.

Cas apenas confirmou com a cabeça, acenando para Ted e logo segurando o braço de Jorge com força enquanto ele aparatava os dois até A Toca.

— Mãe! – O ruivo a soltou gentilmente, abrindo o portão da casa para deixá-la passar e gritando. – A gente já chegou!

A senhora Weasley apareceu na porta um pouco antes dos dois e quase os puxou pra dentro.

— Finalmente. – Ela abraçou o filho com força. – Eu estava ficando preocupada.

A ruiva soltou Jorge e abraçou Cassiopeia antes que a jovem pudesse reagir.

— Olhe pra você. – Ela deu um passo para trás, levantando o queixo para poder olhá-la nos olhos e segurando seu rosto entre as duas mãos, e Cas não pôde deixar de notar como um delas estava molhada. – Está tão mais bonita desde que começou a morar com a sua tia. Quando você chegou aqui pela primeira vez, parecia mais um esqueleto coberto de pele. Seus pais te faziam passar fome, tenho certeza.

A loira se virou para olhar o namorando, e ele rapidamente limpou a garganta, pondo uma mão no ombro da mãe.

— Mãezinha. – Ele mudou de assunto. – Você não vai acreditar o que esqueci de mencionar para a Cas. A promoção do papai.

O rosto de Molly se iluminou quase instantaneamente e ela abriu um grande sorriso.

— Oh, querido, é verdade! Arthur foi promovido a Chefe da Seção para Detecção e Confisco de Feitiços Defensivos e Objetos de Proteção Forjados!

Cassiopeia sorriu.

— Isso é maravilhoso.

— Sim, ele tem dez pessoas trabalhando pra ele agora, é uma posição muito importante. Ele normalmente chega em casa à meia-noite agora, mas você deve encontrá-lo no café da manhã. É tão bom tê-la aqui!

A loira se virou para o namorado novamente. Aquilo era novo. Molly não era hostil com ela, mas Cassiopeia não era sua pessoa favorita.

— Sabe, de todas as namoradas dos meninos que conheci até hoje, você é a melhor delas. Você é trabalhadora, é sempre tão gentil e nunca faz nada de errado, e você nunca se intromete em nada! – A mãe afirmou, apertando os dentes com tamanha força que Cassiopeia estava com medo de que ela iria quebrá-los. – Eu seu que eu estava hesitante no começo, mas você é uma pessoa maravilhosa e tenho certeza que vai se tornar uma nora maravilhosa quando se casar com meu Jorge.

— Obrigada? – Ela respondeu devagar, e a resposta acabou soando mais como uma pergunta que qualquer outra coisa.

Cassiopeia estava pronta para perguntar o que havia de errado quando Molly mudou o assunto.

— Jorge, querido, leve as coisas dela pra lá pra cima, certo? – Ela ordenou ao filho. – Eu arrumei o quarto do Percy para a minha nora favorita. Agora, vou fazer o jantar. Cassiopeia, minha querida, pode me ajudar?

A jovem sentiu seus olhos se arregalarem automaticamente. Se ela já não estava confusa, agora era uma boa hora; o que estava acontecendo? A senhora Weasley nunca pedia ajuda para fazer o jantar e não deixava ninguém lhe ajudar.

— Claro.

As duas seguiram para a cozinha com Cassiopeia dirigindo um olhar mais que confuso a Jorge, mas ele simplesmente deu de ombros antes de deixar as duas sozinhas.

— Estou cozinhando peru. – Ela afirmou. – E preciso que corte algumas cebolas para o molho. E depois posso gratinar algumas batatas... Os meninos vão gostar, com certeza.

Cassiopeia abriu um pequeno sorriso, sentindo o velho nó no novamente estômago.

— O peru assado da minha mãe é muito bom, ela fazia com pimentões. – Ela contou, lavando as mãos, embora mais pra si do que para a mulher ao seu lado.

— É mesmo?

— É. – A loira pegou uma cebola, descascando-a. – Mas o Draco odeia pimentões, então eu sempre comia os dele.

Ela mordeu o lábio inferior quando sentiu as lágrimas inundando seus olhos, resultados das cebolas e das memórias.

— Mas o molho dela sempre ficava ruim. – A loira fungou. – Então ela deixava ele pros elfos.

A cozinha ficou em silêncio, e Cassiopeia parou o que estava fazendo por um momento, respirando fundo antes que Molly pudesse perceber o quanto o momento havia lhe afetado. Ela se virou, porém, quando sentiu olhos em suas costas, encontrando a mulher, Jorge e uma moça de cabelos prateados a observando.

— Sim?

— Eu- Uh… – Jorge gaguejou. – Esta é Fleur, nós a conhecemos no 6º ano. Ela é noiva do Gui.

Cassiopeia se recompôs com pressa, abandonando o vegetal e lavando as mãos.

— Do torneio tribruxo, certo? – Ela indagou, tentando parecer neutra.– É um prazer revê-la.

— Sim. – Fleur sorriu, sua voz gotejava um sotaque francês. – Você é Cassiopeia Malfoy, certo? Não sabia que vocês estavam juntos.

— Faz quase um ano. – Cas explicou. – Começos a namorar no meu último aniversário.

A francesa apenas confirmou com a cabeça.

— Bem, Gui e eu estamos juntos há quase um ano também. – Ela contou. – Nós ficamos noivos há menos de um mês.

Ela ergueu a mão, oferecendo a Cassiopeia a oportunidade de ver seu anel. Era simples e muito bonito.

— Parabéns. Vocês já escolheram uma data?

Atrás dela, a senhora Weasley pigarreou e a loira se virou para vê-la cortando batatas, sozinha.

Bem, agora tudo fazia sentido.

— Quer sentar? Eu preciso cortar alguns vegetais. – Ela ofereceu, ignorando completamente a forma como a mãe de seu namorado se comportara com a moça.

— Eu posso ajudar. – Fleur ofereceu, em resposta. – Eu só preciso lavar as mãos.

Cassiopeia confirmou, e ela deixou o casal sozinho, dando a Jorge a oportunidade de estender uma das mãos para a namorada.

— Tudo bem? – Ele sussurrou.

— Uh hum. Eu vou ficar bem, não se preocupe.

Ele ergueu as sobrancelhas em questionamento, mas Cas depositou um beijo em seus lábios.

— A gente conversa depois, eu prometo. Quando estivermos sozinhos.

Aquilo pareceu acalmá-lo, e Jorge saiu, dando a ela a oportunidade de se virar para Fleur novamente.

— Então, como você e o Gui se conheceram?


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