Nosso Amor Único escrita por Lyssa Silver


Capítulo 16
Capítulo 16




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CHRISTIAN

 

— Então, Christian, me atualize mais da sua vida – Josh pediu, se sentando no sofá do meu apartamento enquanto eu pegava uma bebida para ele – Além de ser um pintor famoso e de ter encontrado a sua cara metade, você faz o que mais, irmãozinho?

— Eu e a Anastasia estamos administrando uma ONG que ajuda crianças, jovens e adultos, como a gente, à realizar cirurgias de mudança de sexo e a ter apoio psicológico durante toda essa transição. E temos também um abrigo para aqueles jovens que são expulsos de casas e não tem para onde ir.

— Que legal, irmão. E a Ana? Me fala mais dela.

— Ah... Ela é a mulher mais incrível do mundo. Anastasia é bonita, inteligente, dona de uma cadeia de Sex Shops pelo país, ou será que é pelo mundo. Não sei ao certo – falei, me aproximando e entregando uma latinha de refrigerante à ele.

— Sex Shop? Que maneiro, cara. Você deve ter um monte de brinquedinhos em casa – Josh murmurou, já rindo – Obrigado.

— Por incrível que pareça, eu não tenho – informei, me sentando ao lado dele – E você, irmão? Como está a sua vida?

— Está boa, graças a Deus. Tenho um escritório de arquitetura, mas nunca fui de ficar lá, trabalhando muitas horas, sentado atrás de uma mesa, então geralmente estou na rua, trabalhando do meu jeito. Moro sozinho e não tenho ninguém fixo e nem pretendo ter. Agora me fala do seu casamento. Já começou os preparativos?

— Não e nem sei por onde começar, mas só vamos nos casar ano que vem então ainda dar tempo de planejar tudo.

— Relaxa, irmão. Isso é mais as mulheres que olham. Você participa só das partes boas e dar um palpite aqui e ali.

— Partes boas? – indaguei, confuso.

— Experimentar as comidas, as bebidas, os docinhos e o bolo que vão servir para os convidados. Comprar o seu terno e ir para a lua de mel. Essas são as partes boas de um casamento.

Ri.

— Ah, entendi. Eu gostei.

— O resto é com a sua mulher. Mas tem uma que deve ser a melhor parte de se casar.

— O quê?

— A despedida de solteiro. Eu vou te levar no Sapphire, em Las Vegas. O melhor clube de strip-tease para as despedidas de solteiro.

— Ah, eu não sei se quero isso não, Josh.

— Quem vai levar quem a Las Vegas para uma despedida de solteiro? – escutei a voz da Ana, então olhamos para a porta do apartamento, que eu tinha deixado aberta, e ela se encontrava ali, nos encarando.

— Oi, amor – murmurei, dando um sorriso para Anastasia, à medida que a mesma adentrava o lugar.

— Essa é a Ana? – meu irmão sussurrou e eu assenti com a cabeça.

— Sim, e quem é você? – Anastasia inquiriu, se aproximando do sofá.

— Mandou bem, irmão. Maior gostosa ela... – ele sussurrou de novo, porém mais baixo enquanto nos levantávamos do sofá – Eu sou o Josh. O irmão mais velho do Christian – meu irmão se apresentou, estendendo a mão para Ana, que me encarava, meio confusa.

— Oi, Josh. Prazer – ela disse, apertando a mão dele.

— O prazer é todo meu. Eu vim consertar as coisas com o meu irmão e descobri que o mesmo estava noivo. Bicho sortudo. Pegou a mais gata das mulheres, não é, mano? – Josh indagou, batendo nas minhas costas, que me fez afastar e ficar do lado da Anastasia, que se inclinou um pouco.

— Posso confiar nele? – ela sussurrou em meu ouvido.

— Pode, amor – garanti, sorrindo.

— Tudo bem. Aceita jantar com a gente hoje à noite, Josh?

— Se não for incomodar...

— Não é incomodo nenhum, cara. Assim você conhece mais a sua futura cunhada – falei.

— Eu, com certeza, quero saber mais dela, principalmente se ela tem alguma irmã para apresentar?

— Infelizmente, não.

— Mas ela tem primas, Josh – ressaltei – E tem uma solteira.

— Me apresenta ela então, mano.

— Com certeza, cara – murmurei, olhando para o lado, vendo Ana me encarar bem séria – O que foi, amor?

— Nada. Eu vou para casa preparar o nosso jantar – ela disse, se afastando de mim e indo para a cozinha – Só vim pegar leite, porque esqueci quando passei no supermercado, mas lembrei que você tinha. Josh, você gosta de comer o quê?

— Vai cozinhar só para mim?

— Claro. Você é nosso convidado especial hoje.

— Você quer casar comigo, no lugar de casar com o Christian? Te prometo fazer vários cafunés e... Aí, caralho! – meu irmão exclamou, quando eu lhe dei uma cotovelada.

Anastasia sorriu, se aproximando com um galão de leite em mãos.

— Vou pensar na possibilidade, Josh – ela falou, me dando um selinho – Tchau para vocês e se comportem, garotos.

Demos “Tchau” a ela e notei meu irmão olhando para a bunda da minha noiva, então lhe dei um tapa no braço.

— Tira o olho, Josh. Ela é minha – ressaltei, carrancudo, o vendo sorrir.

— Relaxa, irmão. Ela é toda sua. Hum... Aquele quadro ali foi você também que pintou? – ele perguntou, apontando para uma tela pendurada na parede da sala.

— Foi.

— A mãe tem um dos seus na sala da casa deles também. Não foi difícil descobrir que você era o “Chris G.”.

O encarei, assustado.

— Ela comprou um quadro meu?

— Na verdade, nossa mãe queria muito um quadro seu, então eu deu um de presente à ela – Josh informou, me olhando e eu suspirei.

— Como eles estão?

— Eles estão bem, aparentemente, pois desde que você foi embora, as coisas mudaram por lá.

— Mudaram? – inquiri, franzindo o cenho.

— Sim, Christian. Entenda, irmão. Para os nossos pais é ainda mais difícil aceitar isso que para mim, mas eles te amam, nunca deixaram de te amar. Porque não vai visitá-los? Talvez, eles vendo que você nasceu para ser o que é hoje, te aceitem por completo.

— Tenho medo, Josh. Eu não quero ser machucado de novo – murmurei, triste.

— E se eu fosse com você? Olha, sua ausência é ruim. A saudades deles é maior que um preconceito, Christian. A mãe, às vezes, passa horas olhando para o seu quadro, chorando.

Me senti mal ao saber daquilo, então tomei uma atitude.

— A gente pode ir agora? – indaguei, fazendo meu irmão sorrir.

— Claro, cara!

— Eu vou tomar um banho rápido e me arrumar, daí a gente vai, ok?

Ele assentiu, então eu fui até meu quarto, peguei uma roupa e minha toalha, já me dirigindo para o banheiro em seguida.

— Pronto, irmão – anunciei, minutos depois, já de banho tomado e arrumado – Vamos?

— Vamos nessa! Você tem carro?

— Tenho, mas acho melhor irmos no seu – comentei à medida que descíamos para o ateliê.

— Ok, então.


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