O sorriso da minha estrela escrita por Fanny Tanlakian


Capítulo 12
Ligação entre almas - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oiie mais um capitulo para vcs!!



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Bill pisca os olhos surpreso, via garota pular a janela atrapalhada e andar convicta até seu lado. Mabel queria poder ajudar, confessava que tinha consideração pelo loiro, gradualmente aquele gênio difícil a conquistou. 

Ele ainda sem saber como responder percebia algo destemido nela, havia uma coragem mesmo notando tremedeiras. 

— Muito bem essa vai ser sua escolha? - indagou a madame Louise.

— Não pode se arriscar por mim - sussurrou o demônio.

— Claro que posso!

— Irmão eu até poderia mas eu nã.....

— Quieto Will.

O outro se cala imediatamente. 

— Podem nos deixar a sós?

— Como quiser.

As suas mulheres saem da sala restando os três. Ela segurou a mão do homem sorrindo querendo mostrar segurança. 

— Você ouviu não é? Caso eu morra acontecerá o mesmo contigo.

— Estou pronta.

Will chorava querendo controlar as lágrimas usava as mangas do terno para enxugar sua face vermelha. O loiro cobriu a mão dela era bom sentir sua pele macia, perfume doce e aquela simpatia. Realmente ela brilhava como uma estrela cadente.

— Porque está chorando?

— Você está aí nessa situação e eu nem consigo te ajudar - exprimiu manhoso.

— Caralho hein, isso aqui está funeral já.

— Só queremos seu bem - argumentou a jovem.

— Eu não parti para melhor ainda para ficarem me olhando assim. 

— Comovente a determinação da minha amada - expressou Gideon no pote.

— Obrigada.

— Não o agradeça.

— Ciúmes é?

— Anão de jardim tenho que te lembrar do foco para assar você.

— Sem briguinhas vamos fazer isso logo.

O azulado concordou secando suas lágrimas e depois chama as bruxas para realizarem o feitiço. Madame Louise entra sorrindo, um círculo roxo ilumina nos pés deles. 

— Segura minha mochila oh projeto de demônio.

— S-sim - diz pegando no ar o objeto sendo lançado por seu irmão.

Mais iluminação irradiou, sentiram pulsos elétricos atravessarem eles. Mabel tem uma sensação de algo saindo de si, parecia agora leve como se gravidade não obedecesse as leis da física. Bill agarra forte a garota, uma estranheza o assolou parecia querer derruba-lo. Será que isso era ser humano? Alguém fraco? Porque os poderes emanavam dele ansiando por escapar?

— Está feito - anunciou madame Louise.

— É estou normal acho.

— Eu meio tonta - murmura ela fraca desmaiando no colo do loiro.

— Um sintoma esperado?

— Sim, muita energia foi emitida dela. Vai ficar assim por algumas horas.

— Minha parte do trato não esquecerei.

Ouviram um impacto contra a parede fazendo esta despedaçar em inúmeros pedaços. Monstros de pedra lançavam líquidos quentes.

— A segurança foi ativada - disse Kristy. 

— Vão - ordenou a bruxa - Nós cuidaremos disso.

                   ........

Ele a colocou na cama afastando alguns fios castanhos do rosto dela, Will observava o pequeno no pote gritar para soltá-lo pois queria ver a amada. 

Bill ouve o tivô da garota chamar porque estava pronto a refeição, posteriormente sente sua barriga roncar. Estranhou não precisava dessas necessidades, mas agora que compartilhava uma alma humana talvez tivesse alguns comportamentos dos mortais.

— A srta. Pines vai ficar bem?

— Acredito estar somente cansada. Escuta não está na hora de ir?

— Ah..... a srta. Mabel não pediu para mim ir ainda.

— Ela controla até isso, porra!

— Está alterado irmão não o vejo xingar faz tempo.

Ele apenas respira fundo ignorando o irmão. 

                        .........

Ela abre os olhos devagar sentia alguém fazer carinho na sua cabeça. O ar da respiração calma batia nela, olha para cima e vê Bill dormindo abraçado com a garota. Os dois totalmente colados, tinha uma bandeja com comida na cômoda talvez seu tivô tivesse trazido.

Afastou um pouco corada lembrando do beijo trocado entre eles. Desde aquele dia nunca mais voltaram no assunto, contudo sempre acelerava seus batimentos quando recordava.

Na janela vaga-lumes iluminavam a noite estrelada, eram vários que curiosamente pareciam formar uma trilha cortando a floresta.

— Que interessante o comportamento desses animais.

Resolve sair para ver aquilo melhor, observava tudo admirada. Caminhou até onde ia os inúmeros insetos chegando numa flor gigante. Encantada com as cores florescentes, recebe um jato de pó amarelo na face a fazendo espirrar.

Volta para o quarto ainda tossindo, se limpa rapidamente deixando a água do chuveiro escorrer pelo corpo.

Deita cama disputando espaço com o loiro, resolve retribui abraçando ele de volta. Após uns minutos sente a mão apertar sua bunda, nem se preocupa em brigar por hoje passaria.

Acordam com os raios solares no rosto, ela espreguiça bocejando. Faz carinho em Waddles então escova seus dentes estava feliz mesmo não sabendo porque. Bill arrumado como sempre estava pronto para trabalhar.

Descem para tomar café juntos pela primeira vez, ja que o demônio nunca precisou comer.

— Humm está bom - elogiou ele.

— Panqueca Pines o melhor da região.

— Tivô passa a calda.

Ela se vestiu rápido e foi trabalhar.

                        ...........

Logo que chegou foi limpar as mesas cantarolando. Notando isso Pacífica cutuca a amiga perguntando o que houve.

— O dia está bonito para ficar triste.

Bill entra na lanchonete ajeitando a cartola e caminhou até onde elas estavam.

— Com licença moças preciso de quatro cafés, rosquinhas e o que Soos pediu mesmo? ....... ah bolo.

— Claro senhor algo mais ? - perguntou Mabel contente.

— Ah.... não.

— Vai ficar pronto daqui uns minutos.

Ela anota tudo para levar a Lazy Susan.

— O que deu nela?

— Está assim desde cedo - disse Pacífica.

— Esquisito.

— Ela parece obedecer todos. Um cliente pediu para algum desconto e Mabel quase deu! Outro derrubou sopa no chão, disse que não ia pagar porque estava ruim depois a mandou limpar. Adivinha? Foi como se o cara não fosse nenhum pouco folgado.

— E tem aquela mulher que achou a blusa dela bonita e ela quase deu sua roupa - falou Lazy Susan entrando na conversa.

— Ou a ester.... Mabel está bêbada.....

— Ou está fingido de boba - completou Pacífica.

                             .............

Ela dobrava seus suéteres ouvindo música, Bill entra no quarto ainda cismado com o bom humor repentino dela.

— Ei estrelinha acho tão brega essas roupas deveria usar umas sexy seria bem mais interessante.

— Você acha ?

— É eu...... espera está concordando comigo?

— Se acredita que eu deveria trocar de estilo tudo bem para mim - respondeu sorrindo.

— Ah espera só um pouco - falou ele saindo do quarto.

Encontrou Stan conversando com alguns clientes, puxou este delicadamente para o lado. 

— Percebeu que Mabel está meio feliz demais?

— Como assim? Aquela garota sempre foi daquele jeito.

— É mas ela está além do normal.

O sr. Pines franziu as sobrancelha não entendendo muito mas deu de ombros balançando a cabeça querendo voltar ao trabalho.

Ele volta para o quarto onde a garota penteava seus cabelos cantando uma música.

— Ei você bem que poderia ficar nua. 

— A essa hora sr.  Cipher creio que acho melhor mais tarde.

— Estou brincando - disse assustado se aproximando dela - Tem certeza de não andar por nenhum lugar estranho? Ou realmente bebeu?

— Bom não..... Ah ontem a noite achei uma flor bem peculiar.

— Como assim?

— Era toda brilhante, tão bonita e cheirosa.

— Me diz o local disso.

Ela sorriu concordando então saíram em direção a floresta. Andaram por alguns minutos até encontrar a planta, Bill impressionado analisou tudo. 

— Com certeza isso não é um crescimento natural.

— Puxa olha tão bela.

— Já sei o quanto acha espetacular mas se essa flor deixou você desse jeito tenho que desfazer agora.

— Não precisa fazer nada, ela está crescendo. Sente?

— Hã...... o que?!

— Tão profunda - murmura a jovem agachada alisando o chão.

— Mabel para com isso - pediu pegando nas mãos dela.

— Não! Nunca irei separar dela.

— Como que é? Ta chapada? Vou cortar essa coisa fora.

Ele fez surgir um machado, ia já golpear o caule grosso verde da flor porém a garota pula em cima dele. Mabel tentava pegar do homem o instrumento, esperneava dando chutes e tapas. 

Bill rola para a encurralar pois ela estava muito alterada. Com tudo isso, desperceberam as raizes cresceram do solo pegando no pé de ambos e puxando para dentro da planta.

O interior era gosmento, ela estava sentada parecia querer confortar aquela flor. Ele atacou duas vezes as paredes florescentes mas teve insucesso. 

— O que queria dizer sobre ''estar crescendo''?

— Logo estará em toda cidade.

— Ah ótimo só me falta todo mundo ficar louco igual você protegendo uma angiosperma esquisita. 

— Angio o que?

— Seu cabelo está cheio de pólen - notou chegando perto dela - Talvez seja o motivo por agir assim. Essa coisa quer vários zumbis gentis para sei la talvez devorá-los.

Fechou seus olhos querendo sentir tudo ao redor, queria se concentrar para cortar a base da planta. Imediatamente o local foi preenchido por um líquido que provocava ardência na pele, iriam ser digeridos, confirmando a suspeita dele. Desesperado solta bolas de energia querendo sair dali. 

— Acabou.

— Estrelinha não pode desistir.

Respirou fundo cansado com a água batendo no seu nariz então finalmente conseguiu se concentrar cortando a flor derrubando aquilo. Caíram juntos, Bill agarrou ela fortemente depois tirou as imensas pétalas que os envolviam.

Ela vê o rosto do loiro perto, não conseguia entender porque estava com tanta paciência para aturar qualquer coisa. 

— Caralho vou precisar de um banho!

— No mínimo umas três horas está fedido.

— Pelo jeito voltou né.

— Da para sair de cima?

— Ah está bom aqui sentindo você tão próximo - falou rouco.

— É mas...... ei tira a mão daí!

— Escuta devia ser bem boazinha comigo eu tive que te aguentar como zumbi de planta.

— Eu não fiquei assim.

— Ah ficou sim! Tenho que certeza que nem Stanford enfrentou algo assim.

Os dois retornam a cabana sujos, andavam com ele apalpando o corpo da jovem que revidava com tapas.

                          ............

Após se lavarem resolveram sentar na sacada da janela no qual Wendy usava para ficar nas horas livres. Olhavam as estrelas somente escutando sons de grilos, Bill fazia Waddles levitar enquanto ela lia um livro. 

— Hey quando você estiver aqui sempre seremos amigos não é?

— Ah prefiro que seja minha escrava.

— O que?!

— Relaxa quando eu dominar essa dimensão você terá um espaço especial.

— Porque é tão importante ter poder?

— É divertido.

— Não é necessário dominar ninguém.

— Estrelinha ainda vou fazer meu pai pagar e mostrar porque sou temido.

— Não precisa, pode ficar conosco.

Ele sorri era bom tê-la por perto, caso um dia conseguisse seus poderes e fosse embora sentiria falta da garota.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam :)



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