Siblings escrita por hrhbruna


Capítulo 9
08


Notas iniciais do capítulo

Olá,

O capítulo a seguir é um dos meus prediletos e eu fico muito feliz em compartilhar com vocês. Espero que gostem tanto quanto eu.



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Oh, I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just wanna see my baby
Standing right outside my door

Oh, I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby, all I want for Christmas... is you
You, baby

Para completa satisfação dos alunos de Hogwarts, as férias de inverno estavam cada vez mais próximas e com isso o passeio a Hogsmead. Para os estudantes do terceiro ano aquela era a primeira oportunidade de escapulir das dependências do castelo e também fazer compras de natal.

Charlotte para sua completa surpresa tinha um encontro. Ela teria a companhia de Oliver Wood naquele fim de semana, o que a deixava apreensiva e animada ao mesmo tempo. É claro que a deixava excitada que um garoto mais velho tivesse interesse nela, mas também fazia uma interrogação surgir sobre sua cabeça.

Que diabos havia de tão interessante nela assim? Absolutamente nada.

— Eu gosto do seu cabelo em trança. — escutou Daphne Greengrass comentar.

Daphne estava particularmente de bom humor também. Charlotte tinha quase certeza que era porque ela teria a atenção de Blaise toda para si já que Charlotte estaria ocupada com Oliver.

Blaise entretanto não parecia tão ansioso. Ele parecia incomodado com a companhia da loira pegajosa e preocupado com a ideia de deixar Charlotte sozinha com um grifinório. Ele dizia que os leões não eram animais confiáveis e Charlotte respondeu que certamente eram mais que cobras.

— Obrigada. — Charlotte respondeu observando o trabalho árduo que aplicara para reproduzir a perfeita trança francesa do exemplar da Bruxa Adolescente que Pansy Parkinson tinha.  — Deu um bocado de trabalho. Eu tenho muito cabelo.

— Eu gostaria de ter cabelos compridos como os seus. Os garotos da Sonserina disseram que você é a mais bonita do ano.

Daphne era a perfeita imagem de uma boneca. Sua pele era rosada, seus cabelos eram loiros e seus olhos eram azuis. Ela era o exemplo da boneca que a vida inteira Charlotte viu nas vitrines e implorou a sua tia Petúnia, mas tudo que ela ganhava eram os brinquedos quebrados que Dudley não queria mais.

Na opinião de Charlotte era bobagem, mas para a maioria das meninas do seu ano o que os garotos tinham a dizer delas era substancial. Elas valorizavam demais a opinião de um bando de meninos que ainda achavam engraçado piadas como ‘deixa meu basilisco conhecer sua câmara secreta’.

Charlotte fez o possível para passar despercebida entre seus colegas de classe para encontrar Oliver Wood nos portões enquanto esperava uma carruagem para os dois. Eles decidiram pular o café da manhã e comer algo em Hogsmead.

— Ei!  — Oliver a cumprimentou com um sorriso e a beijou nas bochechas. — Achei que tinha desistido.

— Desculpe. Eu tentei passar pelos meus colegas despercebidamente.

— Blaise ainda está magoado?

— Ele vai superar. — Charlotte garantiu.

Oliver a ajudou a subir na carruagem que os levaria para Hogsmead como o perfeito cavalheiro. A mão que ele ofereceu para puxá-la continuou segurando a sua durante todo o trajeto até Hogsmead.

Sem dúvidas aquele passeio era uma brisa de ar fresco, pelo menos para Charlotte que nas últimas semanas tinha vivido como prisioneira em Hogwarts. Desde o incidente na aula de Defesa Contra As Artes das Trevas ela não tinha um minuto de paz, uma vez que todos pareciam curiosos sobre o porquê do Bicho-Papão de Charlotte ser o próprio irmão.

Harry vinha cercando seu caminho para obter as respostas que buscava. Blaise também queria esclarecimentos e estava bem chateado que Charlotte não estivesse tão disposta a falar daquilo. Nem mesmo com ele.

— Você está bonita. — Oliver elogiou.

— Obrigada. — disse automaticamente, mas o elogio a fez perceber que ela não estava dando atenção ao rapaz. — Então, você já tem tudo planejado para o fim de semana?

A fama de maníaco por controle que Wood tinha não se limitava somente as estratégias de jogo pelo visto. Ele corou e disse que tinha pensado em primeiro dar uma volta para Charlotte conhecer o povoado, depois comeriam alguma coisa no Três Vassouras e ter a sobremesa na Dedos de Mel.

Charlotte tentou parecer entusiasmada com o passeio, mas de fato ela não estava. O único motivo para estar ali era porque Oliver tinha insistido e ela precisava se distanciar um pouco de Blaise, porque embora eles fossem amigos as vezes ele se tornava superprotetor e Charlotte tinha a ligeira impressão que Malfoy estava certo quando dizia que o italiano tinha sentimentos por ela.

Por falar em Malfoy, quase que imediatamente os olhos de Charlotte localizaram o príncipe das serpentes. Ele estava andando com Crabbe e Goyle pela colina coberta de neve e não parecia ter a avistado na companhia do Grifinório.

Ela também localizou Ron e Hermione, amigos de Harry, e rapidamente traçou uma rota em que poderia seguir sem ser incomodada por nenhum dos grupos. Aceitando a mão que Wood lhe oferecia, ela sugeriu com um sorriso.

— Eu adoraria começar por ali! — disse apontando na direção oposta ao grupo.

— Pois então vamos lá! — o capitão disse parecendo encantado por ela.

Ao longo do passeio Charlotte foi relaxando. Ela redescobriu que a companhia de Oliver não era de tudo ruim, ele na verdade se comportava como o perfeito cavalheiro que a Grifinória se orgulhava em formar. A mão dele era quente contra a sua e o corpo de Oliver era também aconchegante naquele frio.

Quando terminaram o tour pelo vilarejo, Oliver a levou para a casa de chá da Madame Puddifoot. Ele e Charlotte escolheram uma mesa discreta e se acomodaram nos assentos estofados e confortáveis, um braço de Oliver passando ao redor de seu corpo e a mantendo ainda próxima a ele.

— Então, o que você vai fazer depois de Hogwarts? — perguntou Charlotte enquanto eles aguardavam pelo chá que tinham pedido.

— Eu estou me preparando para fazer testes para a liga profissional de quadribol. — Oliver explicou. — Na verdade é para isso que eu venho me preparado a vida inteira.

— Não posso dizer que estou surpresa. — Charlotte sorriu. — Eu não tenho ideia do que quero fazer.

— Você não tem que saber agora. — Oliver disse com tranquilidade e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela. — Você é jovem.

O lembrete de que ela tinha só treze anos e estava ali num encontro com um rapaz de dezessete a fez ficar desconfortável, entretanto, quando Oliver e ela não colocavam os números entre eles, eles sempre tinham conversas saudáveis.

Oliver parecia querer apenas Charlotte. O conteúdo dela, suas matérias preferidas, o que ela gostava de fazer para se divertir. Era engraçado que ele, sendo um atleta, estivesse tão interessado numa menina que gostava de passar as horas vagas lendo e desenhando.

Entretanto, ele estava. Estava de verdade até onde Charlotte podia constatar pela maneira que Oliver olhava para ela. Deixava-a até sem graça porque numa idade tão jovem era difícil para a menina identificar seus sentimentos por ele. Estava mais assustada com a possibilidade de ter seu primeiro beijo que entusiasmada com a ideia de viver um romance.

— Você é jovem e linda... — Oliver murmurou quase melancolicamente. — E eu não posso fazer isso com você. Não agora.

Charlotte ia perguntar o que o grifinório queria dizer com aquilo, mas antes que tivesse oportunidade para fazê-lo escutou gritos do lado de fora da casa de chá da Madame Puddifoot.

Todos pareciam ter se assustado com os gritos, então os demais casais assim como Oliver e Charlotte se levantaram e olharam pelas enormes janelas de vidro, fechadas para manter o ambiente aquecido, e viram um jovem de cabelos platinados gritar e se debater enquanto um cachorro preto enorme o puxava pelas vestes.

— É ele! — Charlotte disse num guincho e cutucando Oliver. — O cachorro que eu vi nos terrenos de Hogwarts.

— O quê? — Oliver perguntou assustado. — Charlotte, espera!

Ela não o perderia de vista daquela vez. Charlotte correu e empurrou a porta com seu corpo para sair do comércio.

O garoto de cabelos platinados era Malfoy e ele estava sozinho. Todos observavam a situação que o enorme cão negro atacava um estudante de Hogwarts, mas maioria das pessoas que assistia pareciam hesitantes em tentar ajudar e provocar ainda mais a fúria do animal. Entretanto, quando Charlotte cruzou o campo de visão da criatura, ele imediatamente largou as vestes de Draco.

Draco caiu no chão coberto de neve com um baque surdo e bem aos pés de Charlotte. Ela o olhou de cima, observando suas feições assustadas e notando a respiração ofegante, seguidamente olhou para o cão que a observava com expectativa e abanava o rabo.

A fera latiu.

— Tirem esse animal de perto de mim! — Draco gritou enquanto tentava se levantar.

Uma risada chamou a atenção de Charlotte. Ela viu que Oliver estava atrás dela e também assistia aquela situação com curiosidade.

— O que você estava fazendo para deixar um pobre cão de rua tão aborrecido, Malfoy? — perguntou Wood cruzando os braços sobre o peito forte. — Assustando criancinhas?

— Cale sua boca, Wood. — rosnou Malfoy com os punhos cerrados e querendo avançar na direção do goleiro.

Charlotte colocou uma mão sobre o peito de Draco e o parou. Primeiro porque ela não queria uma briga, segundo porque Oliver quebraria o outro braço de Draco sem sequer se esforçar.

O sonserino normalmente não fazia o tipo brigão. Ele provocaria Harry, Ron e Hermione a distância, mas não tinha pulso para sustentar uma discussão ou sequer um duelo com eles, optando normalmente por fugir se não estava acompanhado de seus guarda-costas, contudo, Charlotte podia ver que Draco estava ali por causa dela.

Ela olhou para o cachorro negro que continuava assistindo aquela situação, mas os olhos dele não estavam mais em Draco, provavelmente porque sabia que Oliver daria conta dele, mas sim em Charlotte.

— Você veio aqui para me incomodar, não foi? — perguntou, mas não num tom acusatório e sim apaziguador.

— Imaginei que estivesse exausta da companhia de gentalha. — Draco respondeu provocativo e olhando para Wood. — Charlotte não aprecia a companhia de caipiras, Wood, caso você não saiba.

— Eu acho que Charlotte não suporta a companhia de pessoas desprezíveis como você, Malfoy. — Oliver rosnou, propositalmente deixando seu sotaque escocês ainda mais aparente.

Ela, por outro lado, não dava atenção para a discussão dos dois. Charlotte só olhava para o cão preto. Em passos leves e temendo que a criatura fosse arisca, ela caminhou até ele e se agachou até ficar da sua altura.

O animal não fugiu. Ela levantou o braço lentamente e fez carinho na cabeça do animal.

O cão chorou com o toque, mas não de dor e sim apreciando o contato. Charlotte sorriu e continuou a fazer carinho, descendo a mão sobre a pelagem escura do animal e consciente que era observada por Oliver e Malfoy.

— Você veio aqui por minha causa, não foi? — murmurou baixinho para que somente o cão a ouvisse.

Ele chorou de novo como se a respondesse. Charlotte o coçou nas orelhas e o afagava agora usando as duas mãos.

— Eu não sou sua dona. — Charlotte disse mantendo o tom. — Eu não posso te levar para o castelo comigo. Por falar nisso, onde você tem se escondido?

Quando ela começou a realmente esperar a resposta de um animal, Charlotte riu de si mesma e balançou a cabeça negativamente. Entretanto não deixava de ser estranho que aquele cão que havia visto em Londres estivesse ali, em Hogsmead, a protegendo de Malfoy e sua presença incômoda.

Quando virou para trás percebeu que os dois rapazes pareciam intrigados com o que acontecia ali. Malfoy olhava para o cão como se esperasse que ele atacasse Charlotte e Wood estava intrigado com a situação.

Foi Oliver quem teve coragem de se agachar e levar a mão até o cachorro. Inicialmente ele rosnou, mas depois cheirou Oliver e permitiu que este acariciasse sua cabeça e afagasse suas orelhas.

— Ele está tão magro. — Oliver comentou.

— E precisando de um banho. — Charlotte completou.

Naquele momento, Draco percebeu o quanto ele não fazia parte daquela situação. Ele assistiu Oliver e Charlotte sussurrarem coisas ao outro, acariciarem a cabeça do animal e rirem baixinho.

Dentro de seu bolso o presente de natal que ele tinha escolhido para Charlotte, um belo colar com a insígnia dos Malfoy, pesava a ponto de incomodar. Sentindo-se um grande idiota, Draco girou os calcanhares e decidiu se afastar daquela situação esdrúxula.

Ele subiu a colina que o levaria para uma boa visão da Casa dos Gritos, local onde ele tinha planejado levar Charlotte para dá-la seu presente e, quem sabe, conseguir seu primeiro beijo.

Charlotte só notou que Draco não estava mais ali minutos depois. Ela não se sentiu nem um pouco culpada, especialmente quando sabia que ele tinha ido até ali só para tentar atrapalhar seu encontro com Oliver.

E por falar em Oliver, quando seus olhos recaíram no grifinório, e ela o viu fazer carinho no animal a ponto do cão se deitar de barriga para cima e permitir que o goleiro coçasse aquela região, naquele momento Charlotte pela primeira vez sentiu algo diferente.

Um frio na barriga. Uma queimação nas bochechas. Uma coisa quente dentro do peito...

— Eu acho que sei de um lugar... — Oliver começou a dizer.

Charlotte não deixou que ele terminasse. Ela se inclinou na direção do goleiro da Grifinória e colou seus lábios nos dele. Só lábios.

Durou uma eternidade ou apenas alguns segundos, Charlotte não saberia dizer. Quando ela se afastou de Oliver, ela viu a cor sumir e voltar ao rosto dele quase que instantaneamente. Ele adquiriu uma coloração rosada, provavelmente sem graça por ter sido pego desprevenido ou por estarem em público.

Mas Oliver sorriu e Charlotte sorriu de volta. Aquele era o máximo que ela podia dar a ele.

— Olha só pra ele. — Oliver disse rindo e apontando com o queixo quadrado na direção do cachorro.

Numa posição cômica, o enorme cão negro tinha se virado de costas e enterrado o focinho na neve como se quisesse dar privacidade aos dois.

Charlotte riu e se levantou com a ajuda de Oliver, limpando a neve das vestes e agradecendo pela ajuda. Ela se virou para o goleiro e incentivou-o a continuar o que estava dizendo.

— Eu dizia que sei mais ou menos de um lugar que é seguro para ele. — Oliver explicou. — Meus pais adoram animais e eles moram aqui perto.

— Sério?

— Sim. — Oliver sorriu. — Posso tentar convencer os dois a adotarem ele.

O animal chorou e passou o focinho pela mão de Charlotte. Oliver tornou a rir.

— Embora ele pareça querer ficar com você. — o escocês disse coçando a nuca. — Puxa vida. É como se ele entendesse o que dizemos... ele é quase humano.

— Precisa de um nome. — Charlotte disse subitamente. — Mas bem, suponho que eu possa pensar nisso depois...

Eles decidiram retornar para o castelo caminhando ao invés de usar uma das carruagens. Charlotte não fazia ideia de como passaria pelos portões com um cachorro, mas supôs que o animal tivesse seus meios para se infiltrar no castelo já que ela tinha o visto dentro da propriedade outras vezes.

Oliver segurou sua mão durante o percurso. Ninguém se atreveu a dizer qualquer coisa sobre o acontecido, nenhum dos dois também parecia que queria falar em voz alta porque ambos sabiam a verdade.

A primeira coisa: Charlotte era muito nova e imatura para ter um relacionamento sério com alguém. Aos treze anos ela tinha consciência que precisava estudar e depois se preocupar com coisas do coração.

A segunda coisa: Oliver também tinha seus projetos pessoais e ele não poderia se desconcentrar. Ele gostava de Charlotte, e embora ela fosse nova nenhuma outra garota ao longo daqueles sete anos o chamara atenção como a menina de cabelos ruivos.

Ainda era bastante vívida em sua memória o dia que a viu. Ela era uma criança, mas Oliver gargalhou quando a viu enfeitiçar Malfoy que estava a incomodando. Ela só tinha onze anos e conseguiu lançar uma azaração em seu colega de casa.

Aos treze, Charlotte conseguia manter diálogos complexos e tornar sua companhia interessante, mas Oliver não dormiria em paz se eles embarcassem em algo mais significativo que um beijo roubado em Hogsmead.

Ela era só uma menina. E embora em suas entranhas algo lhe dissesse ‘é ela, seu garoto tolo!’, Oliver era maduro suficiente para saber que aquele não era o timing ideal. Seu velho papa disse que isso poderia vir a acontecer.

Em algum momento da caminhada o cão negro se separou deles. Charlotte afirmou que o animal encontraria um jeito de se infiltrar na propriedade, mas ali, parados diante dos portões do colégio, Oliver disse a Charlotte:

— Você é uma garota muito especial, Charlotte. — Oliver murmurou, tocando seu rosto. — Mas eu não me refiro à suas origens, ao seu sobrenome, a quem você é relacionada. Você é especial para mim.

Um arrepio percorreu o corpo de Charlotte enquanto Oliver dizia aquilo. Um arrepio semelhante ao que ela sentia quando estava perto de Harry, o prof. Lupin e outrem.

— Como eu disse na casa de chá, eu não posso fazer isso com você. — ele sussurrou. — Não agora.

— O que quer dizer?

— Não é a hora. — Oliver disse de forma curta. — Não é a nossa hora. Mas eu vou te esperar.

— Me esperar? — Charlotte repetiu, confusa.

— Sim. — Oliver afirmou.

Ele se inclinou na direção dela e a segurou em suas laterais. Os lábios dele depositaram um beijo na testa dela e Oliver respirou pesadamente.

— Em alguns anos você vai me entender. — Oliver sussurrou.

 


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