Love Live! Rebellion!! escrita por Kemur


Capítulo 1
Prólogo: Uma surpresa ruim


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde e/ou boa noite!
Eu venho aqui com muito orgulho e suor, anunciar que minha fanfic de Love Live finalmente foi postada!
YEEEY... Mas é óbvio isso...
Espero que mais alguém além de mim tenha algum conhecimento de Love
Live aqui, não que seja necessário conhecer as obras anteriores.
Sem mais enrolação, bora lá ler!



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Se tem algo que todos os seres humanos têm em comum, é que a vida sempre lhe guarda uma surpresa. Seja ela uma surpresa boa ou ruim. E como toda surpresa, ela sempre acarreta um fim, e esse fim costuma divergir da própria surpresa, ou seja, uma surpresa boa pode acarretar um fim ruim e vice-versa.

Naquele dia escuro e chuvoso, Julia não teve uma boa surpresa.

— Me larga! – gritava Julia, enquanto duas garotas a seguravam pelos braços.

— Deixa de ser maluca! – gritava uma delas. — Quer morrer ali dentro?!

— Mas a Emily ainda está lá! – Julia responde com lágrimas nos olhos.

A frente do grupo de garotas, havia um local de uma antiga fábrica de enlatados. Emily havia notificado Julia que ali era o esconderijo de uma gangue rival e que iria fazer uma emboscada, mas Julia disse não e que só deviam agir depois de confirmar. No fim, era tudo uma armadilha. Um bomba havia sido instalada lá e Emily, que havia desobedecido sua líder, acabou presa dentro da explosão.

— Julia, a Emily já era!

— Não fala isso! – Julia se livra das é pega novamente. — Ela está bem, eu posso sentir!

— Julia! – uma delas dá um tapa na garota ruiva. — Se acalma e me escuta! Isso foi uma armadilha que a Rebecca armou para matar a gente e nos incriminar por isso, vamos embora antes que a polícia chegue!

— Mas eu... – Antes que Julia pudesse terminar, três viaturas da polícia acompanhados por bombeiros e ambulâncias chegam até o local. — Hã?

Com as sirenes das viaturas ligadas, cerca de cinco policiais armados apontavam suas pistolas para o grupo. Outro policial saiu com um megafone na mão e então começou a falar.

— Mãos para o alto! – disse o policial.

— Não fomos nós! – gritou uma das garotas.

— Tem uma amiga nossa lá dentro, ajudem ela! – gritou Julia.

— Vocês estão presas por suspeita de terrorismo. Mãos para o alto ou iremos atirar.

Como se o pior cenário que Julia jamais havia imaginado desde que iniciou sua gangue de motoqueiras tivesse acabado de acontecer. Julia se encontrava num estado de choque da qual ela sabia como se livrar.

Algemadas e encarceradas, as garotas ficaram naquela situação por cerca de cinco dias. Julia já não via e nem escutava nada, seu mundo aos poucos foi perdendo a cor.

— Por quê? – dizia a mãe de Julia aos prantos. — Por que você não nos ouviu?

— Responda! – o pai de Julia gritou, enquanto se levanta, pronto para bater na filha, mas um dos policiais presentes conseguiu segurá-lo antes disso. — Por que sempre teve que viver assim?! Sua mãe e eu te demos o melhor, fizemos tudo o que podíamos e ainda assim você se mete numa confusão dessas!

 — Desculpa... – a voz sem vida e quase sem som que saia da boca de Julia desaparecia conforme mais lágrimas escorriam de seus olhos. – Senhor, posso voltar para a cela?

— Sim,  você tem esse direito. – disse o outro policial que estava ao lado dela. — Desculpe, mas vou levá-la de volta.

— Não ouse sair assim! – o pai dela continuava a se debater para tentar se soltar do policial que o segurava.

Após mais três dias de prisão, o veredito foi dado.

— Estão livres das acusações de terrorismo. – dizia o juiz. — Não irão pagar multas, mas irão perder as habilitações e as motocicletas serão apreendidas e levadas à um desmonte.

— Mas eu dei duro para conseguir comprar ela! – disse uma das colegas de Julia.

— Meu veredito foi dado. – ele bate com sua marreta em sua mesa. — Declaro esse caso encerrado.

“Enfim, livre da prisão.”

Era o que Julia queria pensar, mas ela ainda tinha que encarar a fúria de seu pai e o desgosto de ver sua mãe chorar. Porém, nem tudo foi como o imaginado. Ao chegar em casa, seus pais haviam mudado a fechadura e mesmo tocando a campainha, ninguém atendia.

— Julia. – dizia uma senhora de idade que Julia reconheceu como sendo sua vizinha. — Venha até minha casa, sim?

Ao acompanhar a velha senhora, sem nada a dizer, Julia tem outra surpresa. Sua mãe, triste como nunca, ela estava sentada na mesa, enquanto tomava seu chá. Ao seu lado estava uma mala e na mesa, um envelope.

— Mãe, eu...

— Não diga nada, aqui. – ela entrega o envelope a Julia. — Seu pai conseguiu uma autorização com o juiz, você vai voltar a morar no Japão, na casa de seu tio Ryu.

 — O quê? – Julia abria o envelope e nele estavam uma passagem só de ida e seu passaporte. — Mas... Por quê?

— Seu pai não quer mais você aqui. – aquelas palavras chocaram Julia. — Eu tentei convencê-lo, mas foi em vão. Passe a noite aqui, pois seu voo é amanhã cedo. Tente viver uma vida boa lá. – sua mãe passa reto e sai da casa.

E foi com essas palavras de sua mãe, o mundo de Julia se tornou cinza. Ela não enxergava mais nada além do cinza. Porém, essa sequência de eventos que se iniciaram com uma surpresa ruim, divergira para um fim cheio de cores e felicidade.

...

Julia respirava fundo. Seu corpo inteiro estava tremendo de nervoso. Era uma sensação totalmente diferente de tudo que ela já havia sentido antes.

— Acalme-se Julia Akutagawa, é como andar de moto pela primeira vez. – Julia dizia a si mesma.

— Julia-senpai! – uma garota de longos cabelos azuis com dois coques entrava no camarim.

— Aoi? O que foi? – Julia questiona a garota.

— Está quase na hora, só falta você lá. – Aoi responde com um sorriso no rosto.

— Sim! – Julia se levanta e acompanha a garota pelo corredor.

Enquanto caminhavam, era possível escutar as vozes de uma plateia lotada e muito animada com evento que estava acontecendo naquele palco. Ao se aproximarem mais de onde viam as vozes, outras sete garotas esperavam no fim do corredor.

— Ah, aí está nossa líder. – dizia uma garota alta de longos cabelos pretos presos em um rabo de cavalo duplo. — Achei que não fosse vir.

— Foi mal Taiga, eu realmente me perdi nos pensamentos. — Julia responde.

— Poxa, eu já estava desistindo de participar se você não aparecesse. – disse uma garota de cabelos verdes que abraçava Julia.

— Que papo é esse, Moe? – uma garota de cabelos laranjas brada num tom autoritário. — A gente não chegou até aqui para você desistir.

— Ah, Julia me ajude. – Moe se esconde atrás da ruiva. — A Usagi-senpai está me assustando de novo.

— Vamos nos acalmar, sim. – disse uma loira. — Usagi-senpai, a Moe estava apenas brincando.

— Você mima ela demais, Gin. – Usagi faz um cara de emburrada.

— A Gin mima todo mundo aqui, Usarin! – uma garota de cabelos lilás pula e abraça Usagi.

— Me larga, Shiroko. – Usagi reclama.

— Olha, o importante agora é a gente fazer o nosso melhor. – uma garota de cabelos curtos e pretos, com uma franja rosa cobrindo seu olho direito se aproxima de Julia e pega sua mão, enquanto oferece a mão para uma garota de cabelos pretos, porém um pouco esverdeados. — Não é mesmo, Kimiko?

— Sim! – Kimiko segura a mão da garota. — Vamos dar o nosso melhor, Erika.

— Exatamente! – disse Aoi, segurando a outra mão de Kimiko. — Dar o nosso melhor e vencer esse combate.

— Nem tudo é um combate, Aoi. – disse Taiga ao segurar a mão de Aoi. — Mas temos que vencer mesmo assim, não é, Gin?

— Sim! – Gin segura a mão de Taiga. — Estamos a um passo de realizar nosso sonho.

— Um sonho que se fosse pela Julia, não estaríamos nem pensando em realizar. – disse Moe ao pegar a outra mão de Julia. — Concorda, Usagi-senpai?

— Hm! Mais é claro que sim! – disse Usagi pegando na mão de Moe e na de Shiroko. — Estou grata pelo que ela fez por mim e pela escola.

— Me livrou de um problemão. – disse Shiroko ao fechar o círculo segurando a mão de Gin.

— Pessoal... – os olhos de Julia se enchem de lágrimas, mas ela rapidamente os limpa.

— Alguma palavra antes de irmos, líder? - disse Erika.

— Sim! – Julia engole o choro. — Nós não viemos aqui hoje para ganhar ou perder, nós viemos aqui hoje para provar que o mundo estava errado sobre nós. Ele nos subestimou, nos humilhou, nos trancou e nos torturou, mas hoje nós vamos retribuir. Vamos subir naquele palco e fazer o maior show de nossas vidas! Vamos chutar a bunda daqueles que nos diminuíram, daqueles que tentaram nos fazer parar. Vamos mostrar o mundo quem realmente somos. Vamos nos rebelar contra tudo e todos! Estão comigo?!

— Sim! – todas gritam em uníssono.

— Então gritem comigo, vamos fazer nossas vozes quebrarem todas as correntes que uma vez nos prenderam. – Julia gritou animada. — Todas prontas?

— Sim! – disse Moe.

— Com certeza! – disse Erika.

— Vivi para esse momento. – disse Taiga.

— É óbvio que sim! – disse Usagi.

— Pronta como nunca estive! – disse Kimiko.

— Sim senhora, capitã! – disse Shiroko

— Nunca não estivesse pronta para um combate! – disse Aoi.

— Pronta e armada! – disse Gin.

— Então vamos dizer todas juntas! – disse Julia.

— 3... 2... 1... [Re]Heart! Rebellion! – todas saltaram ao gritarem juntas e então correram para o palco.

A surpresa ruim que Julia teve naquele dia, acarretou num fim brilhante e cheio de cores. As correntes que um dia prenderam essas garotas havia se quebrado e agora elas eram livres para mostrar ao mundo pelo que vieram e pelo que lutam. Esse é começo do Projeto “School Idol” dessas garotas, que teve início no primeiro dia de aula do colégio Sakuranomiya.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso.
Nos próximos eu vou começar com as musicas e então o verdadeiro Love Live vai começar.
Bem, até lá!