Mad Travel Mad Songs escrita por LongLivia, LongLivia


Capítulo 17
Capítulo 15 - Instituição


Notas iniciais do capítulo

Oii!!
Desculpa a demora gente!

Aqui tá mais um cap!

Beeijos e boa leitura!



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Capítulo 15 – Instituição.

- Do quê??? – dissemos juntos.

- Do Apocalypse!! – Ed e Lanna disseram em uníssono. Acho que a gente vai ter problemas. Só não sei de que tipo.

POV Gustav

Tinha cansado de esperar o Tom com a pizza e resolvi ir dormir, já eram quase meia noite e eu estava morrendo de sono. Dei boa noite pro Bill, que ainda ia esperar o Tom chegar, mesmo que o mesmo já tenha dito que não traria pizza. Tinha acabado de subir as escadas e dou de cara com o Ed carregando a Meg no colo.

- Ela pegou no sono mesmo, já faz horas que ela tá dormindo, acho que ela só vai acordar amanha. – ele disse baixinho pra mim, enquanto ia pro quarto que ela dividia com a Lanna. – E você? Já vai deitar?

- Já, hoje o dia foi cheio. – eu disse e ele concordou. Dei boa noite e ele disse que ainda ia esperar a Lanna chegar. – Bom, ela saiu com Tom, então não me surpreende se ela chegar só amanha.

- Nem me diga uma coisa dessas, Gustav. Tenho que falar com ela hoje ainda. – ele disse e desceu as escadas me deixando boiando. Mas o sono era tanto que eu só fui pro quarto.

- SAI DAQUI ED! EU TE ODEIO! – acordei com gritos e uma porta batendo. Corri pra ver o que estava acontecendo, já que a Meg parecia bem irritada quando bateu a porta. Desci as escadas e vi Ed e Lanna já acordados e com cara de enterro.

- O que aconteceu? – eu perguntei me sentando do lado da Lanna no sofá.

- Meg acordou achando que o Ed tinha saído ontem de noite, porque ela acordou na nossa cama. – Lanna disse deitando a cabeça no meu ombro e bocejando, ainda eram sete e meia da manhã.

Esteja preparado, hoje vai ser um dia de cão, Gustav. – Ed resmungou enquanto deitava em outro sofá.

- Ham? – antes que alguém me respondesse o que isso significava eu vi o Ian descendo as escadas e se jogando nos pés do Ed.

- Bom dia. – eu e a Lanna respondemos – Começa hoje? – ele perguntou pro Ed.

- Sim.

- É, bem que eu escutei os gritos. Tinha até esquecido! – Ian disse meio bocejando.

- Eu deveria saber sobre o que vocês estão falando? – eu olhei pra todos boiando geral com esse papo estranho.

- Deveria. – Ed arrumou-se no sofá – Hoje começa a TPM da Meg.

- E...? – esse povo não acordou bem. Que hoje começa a TPM da Meg eu deduzi quando ela começou a gritar agora a pouco.

- E é insanidade essa TPM dela! Não tem como explicar! É só vendo, mesmo. – ele disse meio exasperado. Coitado, acordou bem hoje.

- Ed, vem me ajudar a fazer café, já que acordamos mesmo. – Lanna levantou e Ed a seguiu.

Eu conhecia um pouco sobre TPM, minha mãe tinha uma bem forte também, então acho que ver como a Meg está não vai me matar. Eu acho.

- Vou ver como a Meg está. – disse levantando e me subindo. Só escutei um “louco” do Ian, mas nem liguei. Ele provavelmente não entenderia.

Cheguei em frente a porta dela e bati, ela mandou resmungando deixa-lá em paz. Abri uma fresta da porta e olhei dentro do quarto. Ela estava de bruços e escondia o rosto no travesseiro. Cheguei mais perto e sentei ao seu lado e comecei a passar a mão em seus cabelos.

- Já disse pra me deixar em paz, Ed! – ela disse brava e depois olhou pra cima – Gust?

- Oi, pequena.

- O que você quer? – ela escondeu o rosto novamente.

- Escutei você agora cedo e vim ver se estava tudo bem. – ela olhou pra cima novamente, e inesperadamente me abraçou. Eu fiquei meio em choque por ter sido tão tranqüilo, mas logo a abracei também.

- Não tá tudo bem Gust! Eu to morrendo de dor e o Ed saiu de noite e não me levou! Provavelmente saiu com alguma piriguete e nem lembrou que eu existo!! – ela disse brava.

- Ele não saiu ontem não, Meg. – eu disse calmo, afagando suas costas.

- Até você querendo me enganar, Gustav, poxa! – ela se soltou rápido e virou de costas pra mim.

- É sério Meg, ele não saiu ontem, ficou cuidando de você. – eu puxei ela pra mim novamente – E não teria porque eu mentir pra você!

- Hum! – ela tinha um bico enorme, parecia uma criança de cinco anos contrariada.

- Eu encontrei com ele no corredor te carregando pro quarto e ele disse que ia esperar a Lanna chegar e ir dormir, é sério pequena. – ela me olhou séria.

- Tá bom, em você eu acredito! – ela deitou na cama novamente e dessa vez em posição fetal e mordendo o lábio.

- Cólicas? – eu perguntei e ela confirmou com um aceno. Eu sentei encostando as costas na cabeceira da cama e a fiz deitar em cima de mim, ela achou estranho e ia reclamar quando eu comecei a fazer massagem nas costas dela e ela relaxou, apoiou a cabeça no meu pescoço e suspirou, aliviada.

Logo ela pegou no sono novamente.

POV Tom

Acordei umas dez da manha beem relaxado, essa cama é boa mesmo, dormi como um anjo. Levantei totalmente sonolento ainda e fui andando em direção as escadas mais coçando os olhos do que andando, quando eu escuto barulhos lá embaixo que me despertam, fui andar mais rápido, mas algum infeliz deixou um maldito tênis tamanho 44 no meio do corredor, opa, é meu mesmo, mas com essa eu acabei tropeçando e indo de cara em uma porta.

POW.

Noossa, o barulho foi tanto que já tinha gente subindo. Senti meu nariz latejar de dor, AW.

Eu ia reclamar, mas nem deu tempo. A porta foi quase arrancada da maçaneta.

- MAS QUE MERDA?? NÃO POSSO NEM DORMIR?? QUE DROGA! – a Meg tinha um demônio no corpo de tanto que berrava e bufava ao mesmo tempo. Ela parou de gritar por um minuto e olhou pra mim estabacado no chão segurando meu lindo nariz. – MAS QUE PORRA TOM! TINHA QUE SER VOCE! SEU TORMENTO HUMANO, ERRO DA NATUREZA! – Ela abaixou-se e me segurou pela gola do pijama e, pasmem, me levantou e começou a me chacoalhar em pleno ar. Minha cabeça e estomago não gostaram muito não e já estavam me atormentando de enjôo.

- Ca-a-a-alma Me-e-e-eg!! Fo-o-oi um acid-e-e-ente!!! – eu tentei falar mais ela me olhava com uma fúria nos olhos demoníacos.

-ACIDENTE NADA! VOCÊ FEZ POR QUERER SEU DESGRAÇADO! VOCÊ SABE O QUE É UMA CÓLICA??? SABE?? – ela andou comigo até a escada ainda me chacoalhando muito e me jogou escada abaixo simples assim. Juro que eu vi minha vida passar diante dos meus olhos. Adeus fãs amadas e gostosas!!

- Opa!! Cai fora rapaz. Você eu não quero nem de presente! – alguém me segurou como se Deus tivesse olhado pra mim, mesmo eu sendo ateu, eu agradeci internamente a esse ser divino.

- Ufa, você salvou minha vida – me virei pra abraçar meu salvador e vi que era o metido a gostosão do Ian.

- AHHHHHHHHHH!! IAN, VOCÊ ME PAGA! QUEM MANDOU VOCÊ AJUDAR ESSE CRÁPULA?? – Meg olhou pro Ian com os olhos cheios de água já – VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM. EU NÃO QUERO VER NENHUM DOS DOIS HOJE NA MINHA FRENTE!!! – Se virou e entrou no quarto batendo a porta.

- Oi? Alguém me explica o que eu fiz? – eu perguntei pro Ian e pro Ed que já estava na escada também.

- TPM. Não é sua culpa. – Ed disse e depois completou – Por incrível que pareça.

- Mais ou menos. Porque seja lá o que você fez, me meteu em problemas. O que eu fiz? Eu só cheguei!

- Caaaalma gente, Lanna chega pra amansar a fera! – Lanna apareceu com uma bandeja cheia de doces e coisas gostosas e foi subindo as escadas. Que fome que deu agora.

- Ow Lanna, dá um pouco desse chocolate??? – eu corri atrás dela.

- Não. – ela entrou no quarto da maluca e trancou a porta. Humph, quem precisa de chocolate de manha?

Desci as escadas e encontrei minha cópia sentada tomando café descafeinado. Típico, cheio das frescuras.

- Boa tarde Tom! – ele disse me olhando.

- Bom dia! – eu peguei uma maçã da fruteira e me sentei na ponta da mesa – Não passou do meio dia, ainda é Bom dia!

- Que seja. – Ah, esqueci de mencionar que a pessoa estava de óculos escuros dentro de casa. Metido.

- Olá família! – Georg e se jogou do meu lado se servindo também. – Um passarinho me contou que nosso garanhão aqui já foi imprensado hoje...

- Ahh, você ta falando da gritaria da Meg? – Bill perguntou entre um gole e outro – Só podia ser o Tom mesmo.

- Ei! Foi um acidente. Eu tenho culpa da maluca estar estressada? – eu mal acabei de falar um copo passou raspando na minha cabeça.

- Quem é maluca aqui? – opa, a maluca citada apareceu com a cara que parecida com um pimentão de tão vermelha.

- Ahn...Você... Sabe, o de sempre. – disse voltando pro minha maçã.

- Você é suicida? – Bill cochichou do meu lado.

- O que você ta falando aí também Bailarina?

- N-a-ada, ué. – dei uma risadinha com a repentina gagueira do meu irmão. Esses homens que morrem de medo de mulher. Estressada, forte pra cacete e adora me culpar por tudo, mas ainda uma mulher.

- Meg, calma. Olha o que eu achei??? – Lanna apareceu do lado dela toda feliz, ou quase isso.

- O que? – isso fez a maluca olhar pra ela.

- Nosso Cd com nossas primeiras músicas! Não é legal?? – Meg fez uma cara engraçada, meio envergonhada e feliz ao mesmo tempo.

- É...

- Então, vamos lá em cima escutar comigo, hien? – ela nem deu tempo da Meg raciocinar e puxou ela pra cima.

Eu hein, povo doido.

POV Lanna

1° Dia

MAS QUE MERDA O TOM PENSA QUE TÁ FAZENDO?? Saco, já não basta essa TPM da Meg ainda tem um sem noção pra estragar nossos esforços de deixá-la calma pelo menos hoje. E o pior é o Gustav tinha acalmado bem a fera hoje de manhã, merda.

- Onde você achou nosso cd? – ela perguntou sentada na cama.

- Ahn... – eu não ia contar pra ela que joguei fora né? – Estava bem guardadinho.

- Hum... – ela deu de ombros e começamos a escutar. Até que ela se acalmou um pouco.

Ouvi a campainha tocar e descemos pra ver quem era.

- Eii, o que vocês tão achando da vida? Que podem mandar em alguma coisa aqui? Ou melhor: acham que estão de férias? – ouvi a voz da Lari antes mesmo de vê-la.

Ela estava no meio da sala olhando pros Ed, Ian, Georg, Gustav e Tom que já estavam lá.

- Peraí, a gente não acha nada não! Que que é isso? – a Meg já foi indo discutir com a Lari, o que era bem engraçado de ver, já que a Lari com seus 1,71m perto da Meg de apenas 1,50m.

- Ed. – ela apenas disse isso e ele já veio perto e pegou ela no colo tampando sua boca. Normal com a Meg de TPM, se não fosse assim não acabaríamos nunca de discutir, já que a Lari também tem um gênio do cão. – Nossa, já começou? Nem parece que passou um mês.

A Meg só revirou os olhos e saia uns resmungos da mão do Ed que tava na boca dela. Eca, a mão dele vai ficar babada.

- É, mas passou. – Bill chegou com aquela pose de metido e sentou-se perto Georg. Louco de falar assim com ela.

- Bom, - ela deu uma olhadinha irritada pra ele – o ponto é que vocês tem trabalhos pra fazer, independente ou não de estarem com eles – ela olhou pra ele novamente – e Von Vier, vocês tem um show separados esse fim de semana – ela olhou cansada pra gente.

- Mas a gente voltou, não ficou sabendo não? – a peste do Bill disse todo petulante. Doido, doido, doido...

- Não só fiquei como aconselhei. Mas o show – ela se virou para nós ignorando totalmente a cara de bunda do Bill, há – é um contrato particular e fechado com a Von Vier. Se arranjem. Ed, eu te mando os detalhes por e-mail. E não quero ninguém machucado, quebrado ou morto. Ouviu Meg? – ela só assentiu ainda com a mão do Ed na boca.

- Pode deixar que eu cuido dela – Ed disse como sempre. Claro, eu é que não vou.

- Mas quem contratou um show nosso particular? – Ian perguntou.

- Ahn... Vou passar para o Ed. Tenho que ir, tchau. – e foi-se embora depois de mais trabalho pra Lanna. Merda.

- Mcnhasjnc.. paonjashcdcv...

- Que Meg? – eu perguntei pra ela que me olhava séria e arqueou a sobrancelha.

- Mcnhasjnc.. paonjashcdcv...

- Eu não entendi! Repete direito! – eu pedi e ela rolou os olhos.

- AIAIIIIIIII! – Ed gritou com gosto.

- Eu estava pedindo pro Ed tirar a mão da minha boca! – ela explicou.

- E não podia ter mordido mais fraco não? – Ed disse massageando a mão que estava com as marcas dos dentinhos da Meg. Eca, ele ta massageando a baba dela também.

- Argh, que nojo Edmund... – eu disse com uma cara digna de Bill.

- Que é? É só saliva da Meg. – e ele ainda colocou os dedos na boca! Ele colocou os dedos babados na boca! Eu fiz como se fosse vomitar e o Bill me acompanhou com uma cara ainda pior.

- Humm Tom, será que é bom? – Georg perguntou com um sorrisinho maroto pra Tom, que tinha ficado vermelho.

- Ahn... larga de ser besta menino. – ele resmungou e saiu da sala. Eita.

- Será que a gente pode fazer alguma coisa decente hoje? Porque eu já to cansada dessa vida. – Meg disse se sentando no sofá.

- Opa, fazer alguma coisa? – o escroto do Tom já tava de volta – Eu sei de uma coisa que a gente pode fazer. E é decente. – ele emendou rapidinho.

1 hora depois...

POV Tom

- Instituto Futuro Clássico para Jovens de Baixa Renda e dos Desesperados? – Lanna perguntou para a placa da entrada.- Como alguém dá um nome desses para uma Instituição de Caridade, é quase uma ofensa!

- Nossa Tom, acho que pela primeira vez desde que a gente se conheceu você teve uma boa ideia – Meg disse.

- Vocês me subestimam!

- Não meu caro, nós só somos realistas! – rolei os olhos pro meu irmão.

- E aí? A gente vai ficar parado aqui fora ou vamos entrar? – Ed cortou a conversa e entramos todos juntos, ou quase todos.

- Ué? Cadê a Lanna? – Gustav perguntou sentindo falta da pirralha.

- Ela ficou lá fora acenando pros paparazzi! – Meg disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Peraí que eu vou buscar! – Bill disse sem dar tempo nem pra resposta. Depois de uns minutos eles voltaram, discutindo é claro.

- Que droga Bill!  Agora que conheci o Joseph e o Alfred! – Lanna vinha resmungando brava com Bill, que tinha seu braço preso de um modo que ninguém de fora visse o que ele fazia.

- Você é anormal garota! – ele disse sério e logo a soltou, que mostrou a língua, em um exemplo típico do porque de todos a chamarem de pirralha. – Onde já se viu fazer amizade com paparazzi? Eles só vão te usar pra tirar boas fotos!

- Lógico que não, bailarina! Eles são super legais, maior firmeza os caras!

- Claro que são! – ele disse irônico – e você é muito inge...

- Será que vocês podem parar de discutir? – Meg cortou a discussão sem sentidos deles com um berro, que os deixou calados.

- Oh! – todos viramos para o dono dessa exclamação. Um cara baixinho de meia idade. – Quanto tempo Senhorita! – Meg saiu de nossa roda e foi até o cara e o abraçou.

- Também estava com saudades, Max! – Oi? – Pessoal, esse é o Max, ele criou essa fundação que atende crianças e jovens carentes. – o velhinho acenou pra gente.

- Peraí! Essa não é a Instituição que você frequentava? – perguntei e ela sorriu sem graça.

- Frequentava? – o tal Max olhou confuso pra Meg.

- É uma longa história Max. Mas vamos ao que importa: então, como vão as crianças?

- Como sempre. Mas eu sei de alguém que vai ficar melhor agora! – ela sorriu miúdo com essa afirmação do tal Max.

- Haham – limpei a garganta.

- Ah, claro. Max, esses são Ed e Ian, os que estão segurando caixas são Georg e Gustav. A Lanna você já conhece. Aquele com cara de poucos amigos é o Bill e o inconveniente é o Tom – ela apresentou todos e terminou em mim. Inconveniente? Eu?

- Sempre generosa. A senhorita nunca esquece deles! – aff, que velho babão.

- Em tem como esquecer? – ela disse sorrindo junto com o velho. Vou vomitar.

- Venham conhecer nossas crianças, podem deixar as caixas no balcão! – ele entrou com a Meg na frente, a Lanna logo atrás e todos nós de resto.

Passamos por um corredor grande e logo depois chegamos a um hall.

Caraca! Isso aqui é meu inferno!

Tinha crianças correndo pra todo canto, junto com algumas mais crescidas e elas gritam tanto que meu ouvido está começando a doer!

Comecei a andar pelo local em busca de um lugar mais tranquilo, deixei Bill e sua cara de nojo (não entendam mal meu irmão, ele até gosta de criança, longe dele, claro) pra lá junto com uma Lanna pirracenta (tentava a todo custo arrastar um Bill mal-humorado pro meio das crianças), Georg, Gustav, Ian e Ed brincando com algumas em outro canto. Entrei na primeira porta que vi que estava destrancada e dei de cara com uma Meg sorridente agarrada a um garotinho de uns cinco anos. Eles se soltaram e me olharam e imediatamente recuei alguns passos.

- Foi mal, achei que estava desocupado... – já estava de costas pronto pra correr na primeira oportunidade.

- Não se preocupe, Tom. A gente não morde, pode ficar a vontade. – ela disse se levantando e eu ri duvidando do “não morde”.

- De boa... Vou andar um pouco pela Instituição... – eu disse com a mão na maçaneta e encarando o garotinho que estava agarrado as pernas da Meg.

- Tia Marget – o garotinho disse baixinho que eu quase não ouvi. – quem é efe?

- Esse é o Tom, Ben. – ela pegou na mão dele e se aproximou de mim. – Diga olá pra ele.

O garoto olhou pra mim e depois pra Meg e fez um bico enorme, eu já comecei a me desesperar, vai que esse garoto começa a chorar!

- Num gotei dele, Tia Marget. Efe olha estranho. – Meg me fuzilou com o olhar meio dizendo “desfaça essa cara de panaca e abra um sorriso. Agora.” Que eu só devolvi como “Não enche.”.

- Não liga não, querido. Ele é feio assim mesmo, não é por sua causa não, viu. – Maldita.

- Faz efe ir embora... – amém! Até que esse Ben é bem espertinho para o tamanho dele...

- Não faz assim Ben, eu já te disse antes que era feio fazer birra. – ela pegou o garoto no colo e se aproximou perigosamente de mim, e eu que até o momento não tinha dito mais nem um A já estava quase gritando pra ela não chegar muito perto. Eu já estava suando frio. – E pra provar que ele é um Tio legal, ele vai brincar com você enquanto a Tia Meg vai lá fora rapidinho. – Ela jogou o garoto no meus braços e meu desespero foi ao ápice, e piorou mais ainda quando ela me mandou um olhar do tipo “se atreva a fazer alguma coisa pra ele que eu te arrebento” e se tratando dela eu acredito fácil que ela me mata de verdade.

O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço? Alguém me ajuda? E agora? Malditaaaaaa! Ela me paga!

Olhei de esguelha pro Ben e ele ainda me olhava birrento com os olhos cerrados, me dando arrepios de medo.

Não tem graça, se você tá pensando que eu tenho medo dessas coisinhas de menos de um metro, você está muito engando! Eu tenho é receio! Elas gritam, choram e passa-se um segundo já estão na maior gargalhada, sem contar que minha mãe uma vez quase me matou vivo por causa de uma que caiu na piscina da mansão certa vez que ela foi lá com uma amiga. Eu não tive culpa! Eu nunca ia imaginar que uma criança de três anos não sabia nadar!

- hum... Oi... O que você quer fazer? Quer brincar do que? – eu perguntei pra coisinha no meu colo.

- De pique esconde – ele me olhou sorrindo perverso. Uma criança pode sorrir perversa? Acho que vou desmaiar...

- É... ahn... Então vai se esconder que eu bato cara... – disse colocando ele no chão e me virando pra uma parede. Contei até cinquenta e perguntei se podia ir e ele não me respondeu. Esperto. – To indo...

Procurei em todos os cantos da sala, debaixo de estantes, de tudo, mas o moleque sumiu, evaporou!  Procurei por uns quinze minutos, mas nada do garoto comecei a me preocupar e reparei que a porta não estava totalmente fechada, acho que ele pode ter saído. Ah, deve ter sido isso, o moleque me fez de otário. Sai do quarto e voltei pra outra sala que estavam todos e me sentei ao lado de Georg e Ian.

- Ei, vocês viram um garoto loiro, de olhos azuis e desse tamanho mais ou menos? – perguntei mostrando a altura pra eles que me olharam confusos e depois deram de ombros

- Já viu quantas dessas aí que você citou tem aqui? – Ian apontou pra sala cheia de crianças loiras, merda.

- Ah, o nome dele era Ben... – tentei novamente.

- Ah, você diz o garotinho da Meg? – Ian perguntou e eu afirmei – Não vi não, cara.

- Ah... Certo – a gente começou a conversar sobre a tal fundação, porque tipo, acho que as nossas roupas que a gente trouxe não vão servir, bom talvez a da Meg sirva, mas o resto, era o que eu pensava, mas o Ian disse que aqui tem uma área ligada a jovens, tipo adolescentes que também são ajudados. Tava tudo ótimo, já fazia uma meia hora que a gente tava conversando quando eu sinto um tapão no meu pescoço. Ta vendo porque eu odeio essas pestes.

- Que foi? – eu me virei já pronto pra dar umas broncas no pirralho.

- Cadê o Ben? O que você está fazendo aqui sentado sem ele?

- Ah Meg, ele me enganou e sumiu enquanto eu batia cara brincando de esconte-esconde com ele, não foi minha culpa... – ela ficou vermelha de raiva, aí vem...

- E você achou melhor largar ele por aí sem saber onde ele está?? Você tá maluco? Anda, vem me ajudar a procurar.

Me arrastou de volta pra sala que estávamos antes.

- Pode repetir o que vocês estavam fazendo? – Ela mandou com as mão na cinturam e batendo o pé freneticamente, parecia até a mãe do garoto! Credo.

- Já disse, estávamos brincando de esconde-esconde e quando eu terminei de contar ele tinha sumido... – disse cansado.

- Pensei que fosse essa a intenção da brincadeira...

- Pode parar com as gracinhas, eu procurei ele por todo lado e não vi...

Ela começou a procurar também até que chegou a uma depressão da sala da qual eu nem tinha notado e gritou

- Ben! Graças a Deus! – Ela pegou o garoto no colo e me olhou brava. – Provavelmente nem se deu ao trabalho de agachar um pouquinho pra não sujar as roupas de marca pra reparar que tinha uma depressão atrás do móvel, não é Kaulitz?

- Bem... Eu nem reparei nisso aí... Desculpe... – disse envergonhado.

- Tia Marget, efe num sabe binca não... – o tal Bem disse do pescoço dela.

- Liga não, ele é retardado, mas não é perigoso não! É só dar umas pancadas que ele funciona... – ela disse afagando o garotinho.

- Engraçadinha... – ela soltou o garoto que correu até mim e me chutou na canela. – OWTCH!

- Assim Tia?

- É Ben, assim mesmo...- ela disse rindo.

- Você se dá bem com criança hein... Fica ensinando coisa que não presta pra elas. - eu disse massageando minha canela.

- Eu me dou bem com o Ben, é diferente.

- Só porque ele é uma peste como você.

- Tá a fim de apanha Kaulitz? Melhor correr, né Ben?

- É, Kaufits. – o pirralho veio vindo, e a Meg atrás rindo da minha cara, só pode.

- Então Ben, agora é pega-pega com o Tio, quem pegar primeiro faz ele funcionar ok? – ela disse e o meninho riu, juro igualzinho aqueles vilões de filme. Medo!!!

- Sua maldita! – corri o mais rápido que pude pela instituição fugindo das pestes até que encontrei Bill perto da saída e agarrei-o pra ir embora comigo. – Vamo, Bill, corre pamonha....

- Pára de graça, Tom! – Bill disse soltando-se de mim. Eu tratei de ficar atrás dele.

- Calma Ben, assim eu não te acompanho! – Meg veio correndo atrás do garoto.

- Toma! – ele chutou a canela do Bill! Ai meu Deus esse garoto quer morrer? Bill soltou uma exclamação mal educada e agarrou a canela magricela dele.

- Ben! – Meg repreendeu. – é só o outro Tio!

- Não, é o tio Tom, que figiu da gente! – sério, agora esse menino tá me assustando. Eu e o Bill somos muito diferentes, ninguém nos confunde!

- Não, eu sou o Tom, ele é o Bill, meu irmão.

- Tia Maget, poque tem dois tio Tom???

- Não são dois Toms, é o Tom e o Bill.

- Mas eles são iguaisinhos!! – o menino é louco, fato.

- COMO ASSIM NÃO IMPORTA?? – todos olhamos pra direção do grito, que foi dado pelo Georg. Ele e o Gustav estavam com o resto da Von Vier, e parecia que o clima tava meio tenso lá.

- Eu vou lá resolver! – o Bill saiu e me deixou sozinho com eles de novo. Traíra. Mas eu vou também ajudar, que história é essa. Comecei a andar, mas de repente ficou difícil. Olhei pra baixo e vi o baixinho do Ben agarrado na minha perna.

- Fica qui tio. – ta, golpe baixo do menino fica com aqueles olhões pedindo as coisas. A megera da Meg só riu da minha situação.

- Hãr... Tá.- fiquei parado olhando pro menino e pra Meg esperando o Bill voltar.

- EU NÃO QUERO SABER. VOU CONTAR SIM!! – esse foi o Bill. Que porra ta acontecendo, eu quero saber!! Soltei rapidinho o menino e fui até a roda.

- Contar o que, cambada?? 


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Notas finais do capítulo

Boom, tá aí! Comentem gente *-*



Beeijos e até o próximo!



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