Agora só falta um detalhe: Quem vai com quem?

 

P.O.V. Lanna

 

Estávamos nos dividindo pra ver quem ia com quem pro show em Hannover, por mim eu iria com o Gustav, ele é o mais fofo da banda e me entende, eu sei, ele é o único. Mas o Georg, que é o companheiro de ônibus do Gustav, disse que não queria chatear a Claire com esse negócio de dois garotos e duas garotas sozinhos num ônibus e muita mídia. Humph, como se eu ligasse, e tem outra, eu já sou amiguíssima da Claire. Aí ficou assim, eu e a Meg iríamos no ônibus dos gêmeos e o Ian e o Ed no dos G’s.

 

Se fosse um tempo a trás a Meg ia morrer de ter que ficar junto do Tom durante a viagem, mas nessas últimas conversas andou melhorando a convivência, não que ela amou a divisão, mas já é alguma coisa ninguém estar com olhou roxo.

 

Meg e eu nos despedimos do Ian e Ed e entramos nos ônibus. A Lari disse que ela e o Jost nos encontrariam lá.

 

Até que o ônibus é bem bonito:

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A Meg entrou e foi arrumar as coisas dela, o Tom foi pra frente de uma Tv jogar vídeo game, sentado em um puff. Eu joguei minha mala em uma cama e sentei do lado do Bill que já tinha colocado as coisas dele no seu lugar e agora olhava o Tom sério.

 

Tinha plena certeza de que os dois ainda estão putos da vida comigo, pela festa na casa deles. Mas poxa, eu só queria me desculpar com eles com aquela festa! Tá, talvez, eu digo talvez, não tenha sido mesmo uma boa idéia, mas juro que não foi por mal! Acho que teria que me esforçar mais do que só gritar um mísero “Desculpa!”. Então vamos lá!

 

- Bill – o chamei, mas ele fingiu que não ouviu – Eu sei que ainda está bravo comigo, mas me desculpa. Não quero que nossa convivência seja tão insuportável.

 

- Resolveu bancar a pessoa normal e veio pedir desculpas como todo mundo, é? – ele disse ainda olhando o Tom. Mas não vou desistir fácil!

 

- É sempre bom variar, né? – disse fazendo pouco caso de suas provocações – Vai me desculpar?

 

- Se eu disser que não?

 

- Hum, bom... Digamos que eu não vou desistir tão fácil.

 

- Cruzes! Então eu desculpo. Eu é que não quero você grudada em mim. – disse com cara de medo. Até que foi fácil.

 

- De verdade? – ele assentiu minimamente – verdade mesmo? Verdade verdadeira? Sério? To perdoada?  

 

- Se você continuar com isso eu não desculpo mais! – disse me olhando de lado. Fiquei mega feliz e me joguei em cima dele pra um abraço de estralar os ossos. Ele ficou surpreso, mas no fim soltou um risinho.

 

- Ai, to tão feliz! Nosso primeiro show juntos e estamos todos bem, pelo menos sem carrancas e olhos roxos! – Bill relaxou ao meu lado se virando de frente pra mim, que já estava sentada de lado no sofá, olhando pra ele.

 

- Como vocês viraram uma banda? Porque, me desculpa, mas ninguém tem cara de responsável.

 

- Você tem razão, ninguém tem cara e nem é responsável mesmo, o único que salva é o Ed. Esse sim é a alma da banda.

 

- Por quê? Eu estava reparando no repertório de vocês e tinha bastantes composições sua e da Meg.

 

- É que o Ed sempre dá os retoques finais, e sempre que eu e a Meg compomos é porque ele tem a melodia pronta já. E ele sempre vai atrás da gente quando tem ensaio, porque na maioria das vezes todos esqueciam. – ele me olhou espantado, pela última frase. – no começo, depois é que sempre nos metíamos em encrenca mesmo daí ele ia tirar a gente da confusão.

 

- Hum. Pra mim a melhor parte é compor. A maioria das músicas doTokio Hotel sou eu quem compõe. Pensar que milhares de fãs vão saber um pouquinho mais de mim através das letras é muito bom.

 

- Sim, essa é umas das coisas que eu mais gosto também, além dos shows, claro. – ele parecia interessado, fiquei feliz. Não gosto de climas ruins e brigas. – Aquela adrenalina de ver toda aquela gente cantando a sua música, de ver os rostos dos fãs brilhando por você, é maravilhoso! Quando eu subo no palco, parece que eu encontrei meu lugar no mundo!

 

 - Nossa, não esperava isso de você! – fiz uma careta, me senti ofendida poxa! – É que você em cara de ser muito novinha, e você falou com tanta devoção.

 

- Digamos que eu não sou só uma pirralha irresponsável!

 

- Talvez uma pequena parte se salve! – Ri concordando. - Já pensaram em quem vai ser o porta-voz da banda? – me perguntou curioso, não tínhamos falado isso pra eles.

 

- Já, vai ser eu mesma. – ele me olhou receoso. Ta bom que eu nunca falei em uma coletiva grande como a deles, mas também nunca fui de ter vergonha!

 

- Bom Lanna, vou te dar umas dicas, primeiro de tudo: seja sincera, seus fãs merecem isso! Mas também não tão sincera, esconda coisas que julga serem demais e quando não quiser responder desvie do assunto! – Peraí, era pra ser sincera ou não? Aff povo que gosta de complicar!

 

 Não quero que ele pense que nunca dei entrevistas grandes como essa antes, se ele souber que nunca falei com tantas pessoas na íntegra, vai dar merda, ainda mais porque eles não botam fé nenhuma na gente. Não fazíamos sucesso internacionalmente ainda como eles, só na Alemanha.

 

- Claro, claro! - Concordei com a cabeça e fiz cara de que isso era óbvio, me afundando no sofá.

 

Fui me sentar ao lado do Tom, pra poder fugir do Bill, vai que ele resolve estender o assunto? Eu não posso arriscar, se ele desconfiar de uma coisa dessas vamos ter que chamar a carrocinha pra prender o cão que ele vai virar.

 

Tom não desgrudava os olhos da TV, ele jogava Guitar Hero super animado, tanto que nem me viu sentar ao seu lado.

 

Eu simplesmente amava Guitar Hero, é incrível! Eu tinha uma versão antiga, pra Play2 mesmo em casa, mas o Ed tem a versão nova, no Wii, e sempre que dá eu durmo (aham, a gente faz de tudo menos dormir) lá na casa dele e do Ian e passamos a noite jogando, e como sempre sou a melhor no jogo, sempre humilho o Ed, nem sei porque ele ainda joga comigo. Comecei a cutucar o Tom pra ele olhar pra mim, pois nem isso ele fez ainda. Eu queria jogar!

 

- Pára cacete, não ta vendo que eu to jogando! - ele nem tirou os olhos da TV, dá pra acreditar? Ah, eu tentei chamar a atenção dele, mas ele nem deu bola. Peguei a outra guitarra e apertei o botão pra começar novamente.

 

- Cê ta louca pirralha? Como você chega apertando o botão, assim na boa sem nem me pedir, eu tava jogando porra...- ele continuou gritando comigo, mas fiz de conta que nem ouvia e me sentei novamente ao seu lado.

 

- Ah Tom, olha o drama! Eu tentei chamar a sua atenção, mas você nem tirou os olhos da tela, e eu te cutuquei um tempão. Eu quero jogar também, ué! Vai me dizer que não gosta de concorrência? Topa uma rodada a dois? – o cortei antes que minha cabeça explodisse com os berros do exagerado.

 

-Hum, eu sou o melhor nesse jogo garota! Claro que eu topo! Melhor de 3?

 

- Claro! – Nisso começamos, tenho que admitir ele é bom pra caramba, mas eu também sou, né! Empatamos, 1 a 1. Estávamos na ultima rodada. Me concentrei, imagina se eu ganho dele? Rolei no chão de alegria!

 

Começamos a partida, e gente, meus dedos estavam doendo de tão complicada que era a música que o infeliz escolheu, mas continuei firme e forte até que ouvimos um berro da Meg (ela ama Guitar Hero também, estava até demorando), que chegou com tudo perto da gente e se jogou no puff do outro lado do Tom. O menino pulou uns 5 metros de altura de susto. Claro que com o susto ele parou de tocar e eu continuei firme, já estava no final, e eu já tava mais que acostumada com as crises da Meg, então nem me assustei.

 

- GANHEEEEEEEEEEEEEI! – Berrei no ouvido do Tom, cara como eu amo ganhar!

 

- Mas que porra menina! Precisava chegar desse jeito? Perdi por sua culpa! – Bom, aí vocês já sabem né? Começaram a discutir feitos loucos, e pior aos berros! Aff, esses dois...

 

- Ah! Nem vem colocar a culpa em mim por você ser tão ruim assim! – RUIM? O menino quase acabou comigo e ela fica falando que ele é RUIM? Agora até eu fiquei puta, imagina o Tom.

 

- EU? RUIM? Ah vai se ferrar garota, se enxerga, você nem deve saber o que é um Wii! – Não só sabe como também é fera, não mais que eu lógico!

 

- Você me mandou ir me ferrar? Se enxerga você garoto! Não só conheço como também tenho todas as versões e todos os jogos de Play e Wii que você pode imaginar, além de ser a melhor no Final Fantasy! – Putz!

 

A inteligente da minha melhor amiga se deixou levar pelo calor da discussão e esqueceu novamente que era “pobre”! Pior que a desculpa da Instituição carente lá nem cola mais.

 

- Pára, pára! Como você tem esses jogos se você é POBRE? – Tom estava muito desconfiado já! Eu nem vou abrir a minha santa boquinha, ela que se resolva!

 

Dessa vez até o Bill se concentrou na conversa e parou de ler a revista de moda que estava lendo. Ele tava lendo Vanity Fair e tinha uma Vogue no colo, vê se eu agüento?

 

-É, você não é pobre Meg? – perguntou com aquela sobrancelha com piercing arqueada.

 

- Eu disse que tinha? Quis dizer que o Ed tinha... – ela disse murchinha de tudo. Resolvi salvar minha amiga inteligente, fazer o que?

 

- Pois é, a Meg vive no Ed jogando e até se apossou dos jogos deles, e o Ed é louco em jogos, tem todos que você poder imaginar, compra até aqueles jogos da Barbie! – Mentira, o Ed só gosta de Guitar Hero e Final Fantasy. Meg me olhou brava. Qual é? Me deixa zoar com o Ed um pouquinho, o que é que tem?

 

Tom discutiu um pouco mais, mas deixou quieto e voltou a jogar. Continuei sentada ao seu lado jogando com ele. O desgraçado dava trabalho hein! O pior com quem eu já joguei.

 

Tínhamos resolvido (leia-se: o Tom me obrigou) jogar e somar as vitórias no final e depois ver quem ganha. Tudo isso só pra ele não perder, lógico! Ele expulsou a Meg do puff e ela ficou sentada com o Bill ficando apenas olhando.

 

Jogamos o caminho inteiro, quando já estávamos no estádio tivemos que parar. Infelizmente o Tom ganhou com a diferença de 4 partidas. Humph.

 

- Não foi justo Tom, você joga isso todo dia e eu só quando durmo na casa do Ed. Eu devia ter crédito de 5 partidas!

 

- 5 partidas? Você não tem nem vergonha de propor uma coisa dessas, não? Não faz nada da vida, só estuda e ainda quer crédito! E pra sua informação eu só jogo quando tenho tempo, ou seja, quase nunca! – Eu não faço nada da vida, e a banda?

 

- Pra sua informação eu já terminei os estudos, e caso você não tenha notado eu também tenho uma banda e que viaja pela Alemanha inteira!

 

- Oloco pirralha, você não tem 16 anos não? – abri a boca pra dizer que já era maior de idade, mas ele nem deixou - Já sei, terminou os estudos antes de todo mundo? Sabe que eu não falava que você era tão inteligente assim não? Bom, como eu disse, só estuda e viaja nos fins de semana! – Ta zoando com a minha cara que ele acha que tenho 16 anos?

 

- Eu tenho DEZOITO anos, DEZOITO!

 

- Tudo isso? Te dava no máximo 16, com essa carinha de pirralha e mentalidade de criança! – ele disse se levantando e saindo do ônibus. A criatura além de me chamar de criança me deixa falando sozinha! É mole? Joguei alguma coisa mirando a cabeça do infeliz, mas ele tem bons reflexos e desviou rapidinho.

 

Levantei e peguei minha mala descendo do ônibus. Encontrei todo mundo do Von Vier reunidos no camarim do ginásio em que tocaríamos. Joguei minha mala em um canto e fomos passar o som. Primeiro a gente, depois o Tokio Hotel.

 

Logo após, fui logo pra mesa de comida. Estava morrendo de fome, o Ed me ligou muito tarde pra me acordar e arrumar minhas coisas.

 

Cara, a mesa dava até gosto de ver! Não era nada com o que eu estava acostumada, tinha de tudo, pães, bolos, frutas, sucos, refrigerantes, energéticos das melhores marcas, doces, tinha até chiclete!

 

Agora eu sou da banda que abre pros Tokio Hotel, há, chupa essa manga!

 

Peguei um prato de coloquei um pouco de tudo, o prato ficou parecendo de pedreiro de tão grande, mas é como me dizem que eu sou magra de ruim mesmo, me sentei em um canto no chão. O camarim era grande, tava com fome demais pra procurar um lugar pra sentar.

 

- Lanna, já sabe o que vai falar na coletiva? – Ed se sentou ao meu lado, no chão.

 

- Agora não Ed, to comendo! Você me ligou tarde demais, nem deu tempo pra acordar a Lice e ela arrumar meu café. – Disse comendo feito uma louca, meu estomago tava grudando nas costas!

 

- A babá aqui também acordou atrasado, sabia? Ainda tinha que pegar a Meg além de ligar pra você!

 

- Cínico! – resmunguei engolindo um pedaço enorme de bolo de maçã.

 

- Mas já sabe?

 

- Já. – disse de boca cheia.

 

- E o que vai falar?

 

- Ai que chato você, menino! Não custa esperar eu comer não? – Mais cuspi do que falei. Que saco esse povo também, tanta coisa pra fazer ainda e ficam me atrapalhando a comer.

 

- Mas como você fica mala comendo Lanna, credo! Fala logo que não dá tempo de te esperar a comer não, até você terminar o show vai estar começando! E ainda tenho que checar a minha guitarra e a sua.

 

- Vou ser sincera ué, como sempre! – engoli mais um pouco de pão – Vaza!

 

- O que? Ser sincera? Nem pensar!

 

- Que foi agora?

 

- O problema nem é ser sincera Lanna, é o “como sempre!”.

 

- Ah, vá se ...

 

- Olha o palavrão!

 

- Então o que quer que eu diga? – coloquei mais um pedaço de bolo. De chocolate agora, na boca.

 

- Minta, minta em tudo! – engasguei bonito agora, parecia que tinha uma bola de tênis na minha garganta – Come devagar Lanna! – Ed me deu um tapão nas costas. Au!

 

- Como assim mentir, Ed? Acha justo com os nossos fãs? – perguntei indignada pra ele.

 

- Não acho justo você ser sincera Lanna, eles vão gostar mais das mentiras, vai por mim! – se levantou e saiu da sala do Von Vier.

 

- Cada maluco nesse lugar, eu hein! – disse pra mim mesma me concentrando na comida. Pior que eu to nervosa, ou seja, vou comer feito uma louca por um bom tempo ainda. Um dia ainda fico gorda, tenho que arrumar outra coisa pra relaxar antes dos shows, tenho que manter a forma.

 

- Você ainda vai ficar gorda desse jeito Lanna, come feito pedreiro! – Ian me achou no canto onde eu estava e se sentou ao meu lado. Ô meu saco viu.

 

- Deixa recado depois eu respondo, to comendo!

 

- Só vim te dar uns conselhos, sabe, pra hora da coletiva... – Ah não, ele também? O que ele sabe além de pegar mulher e tocar baixo?

 

- Já sei de tudo! – engoli um pedaço de pão integral. Doeu, esse pão é seco. Joguei do meu lado vazio. Bebi um pouco de energético.

 

- Sabe? Então beleza. – ele se levantou e depois olhou de cima pra mim. – Mas se queimar meu filme, eu te pego depois!

 

- Ui, pode deixar que eu queimo então! – engoli um pedaço de maçã.

 

- Não foi no bom sentido!

 

- Fala grosso comigo que eu gamo, hein! – disse me concentrando na comida novamente.

 

- Eu sei. – ele sorriu de canto.

 

- Convencido!

 

Ele saiu e fiquei sozinha e tentando comer em paz. A Meg já tinha saído faz tempo. Ela foi arrumar a bateria.

 

Passou uns quinze minutos e eu ainda estava comendo quando alguém entra quietinho e se senta ao meu lado, ainda em silêncio. Gustav.

 

- Oi Gusti.

 

- Oi Lanny, tudo bem? – ele disse olhando pro meu jeito desesperado de comer.

 

- Tudo... Ótimo. Só um pouquinho nervosa. Evento muito grande. – disse de boca cheia.

 

- É melhor você parar de comer tão rápido, você pode passar mal na hora do show.

 

- Já to acostumada – Se bem que hoje eu to comendo demais, faz meia hora que eu to comendo.

 

- Se você diz. Você esta muito nervosa com o show?

 

- Um pouco. Acho que a coletiva me deixou mais ansiosa, e juntando com a fome que eu to, não consigo parar de comer!

 

- Hum. Mas com relação à coletiva, relaxa. Não é nada de mais. São sempre aquelas perguntas que todo mundo faz. É só você dizer o de sempre, contar a rotina sabe?

 

- Gusti, você é o melhor! Todo mundo me deu conselho, mas o seu foi o mais fácil. Pode deixar que na hora eu vou juntar tudo e fazer direitinho! – eu limpei a boca que tava um pouco suja do bolo de chocolate e dei um beijo estralado na bochecha dele que ficou vermelhinho. Que fofo.

 

-Hãããmm... Atrapalho alguma coisa? – a Meg estava parada na porta nos olhando.

 

- Naann. O Gusti só tava me dando uns conselhos! - eu disse e voltei a comer. Hum... essa torta de limão ta uma delicia!

 

- Ih, foi mal Gustav, mas nós temos que nos arrumar e o Bill disse que podíamos nos trocar aqui nesse camarim, e se a gente não começar agora vamos atrasar. – o Gusti acenou e foi embora. Assim que ele saiu a Meg trancou a porta e parou na minha frente. Eu olhei pra cima já que ela não se agachou.

 

- Chega de comer. Vamos nos arrumar! – ela tomou o prato da minha mão e nem deu tempo de comer o croissant de frango! – Que nojo Lanna. O que você ta comendo aqui? Nem da pra saber, você misturou tudo! Eca.

 

- Não sou fresca e ta tudo uma delicia. Devolve meu prato Meg! Eu ainda to com fome!

 

- E daí que você não engorda? Ta na hora do show. Depois você come... isso! – ela apontou pro prato que já tava na mesa. Droga!

 

Resolvi que roubaria um docinho depois de pronta. A Meg estava escolhendo nossas roupas. Ela separou umas peças e jogou pra mim me trocar enquanto ela fazia o mesmo. Eu gostei da minha T-shirt demais. A Meg sempre acerta. (http://www.polyvore.com/show_lanna/set?id=23234729 ) Mais a roupa dela estava muito boa também (http://www.polyvore.com/meg_show1/set?id=22087456 ) . Depois de vestidas, nos maquiamos e finalmente estávamos pronta.

 

- Agora é pra valer Lanna! – ela disse sorrindo. Se ela quis me animar ela não conseguiu. Caramba, agora fiquei nervosa! CADE MEUS DOCES? Voei em direção do meu prato e comecei a comer um monte de doce. Nem vi o que era, só mandei pra dentro. Não to nem ai pra maquiagem. Engoli tudinho sem nem mastigar. Minha barriga fez um barulho estranho.

 

- Lanna? Você ta verde! – Na hora em que ela falou, me segurei pra não vomitar na cara dela e corri pro banheiro, que era do lado de fora. A gente é top, mas nem tanto pra ter banheiro só pra gente.

 

Nossa, que alivio, parece que tirei uns 5 quilos de comida do estomago. Minha maquiagem já era. O jeito é fazer de novo né!

 

- Você ta bem? Sua cara está péssima, tá verde! – Tom estava encostado no batente da porta do banheiro me olhando, já pronto.

 

- To ótima, melhor impossível! Só um pouquinho nervosa, quase nada! A coletiva sabe? Já passou Tom!

 

- Ahhh, a coletiva. Relaxa Lanna, embora esses repórteres sejam como abutre em carne podre, vai ser moleza. – ele disse abutre? Carne podre? Justo agora? Acho que fiquei meio mole. Corri pro vaso de novo. Nossa, menos 5 quilos!

 

- Eca Lanna! – ele me olhou com cara de nojo.

 

- Culpa sua, seu imbecil! E nem pra me ajudar! - Fui até a pia lavar a boca. Estava com gosto péssimo, nojo!

 

- Tá louca? Correr o risco de sujar meu casaco? Nem louco.

 

- Mano sem noção! Fala logo que eu ainda não to pronta, ou veio só me ver por as tripas pra fora?

 

- Em parte, foi bem divertido. Mas você ta fedendo e eu não vou ficar fedido né? Se bem que é muito difícil. Mas mesmo assim, elas ainda iam me querer!

 

- Acabou o discurso “Eu me amo.com”?

 

- Acabei. – ele ficou quieto. Nossa ele é meio lerdo.

 

- E tá esperando o que pra falar logo jumento? Eu vomitar de novo? Dessa vez vou mirar nesse casaco de marca branquinho hein! – eu ameacei e ele ficou sério.

 

- Só vou dar uma dica pra você, sua mal agradecida. Você precisa falar coisas que tenha um sentido sexual. Eles simplesmente amam. Vai ser um sucesso se você fizer isso.

 

- Ah vá! Não brinca. Você acha que eu já não sabia disso?

 

- Eu tentei te ajudar, mas como eu ia adivinhar que você é uma pervertida? Onde já se viu, uma pirralha ser tão maliciosa assim! – Chega, cansei! São todos loucos. Eu já sei o que falar, não preciso de mais conselho nenhum não!

 

- Eu não sou pervertida. E quer saber Tom, você não ta me ajudando! Fui!

 

Entrei no camarim e a Meg estava acabando de retocar a sua maquiagem no espelho quando me viu.

 

- O que... você fez... com a sua maquiagem?- ela perguntou com os olhos franzidos.

 

- Vomitei!

 

- Argh, era uma pergunta retórica Lanna. Vem cá pra eu arrumar isso ai. – Eu sentei e ela arrumou. É acho que estávamos prontas. Depois de nem 3 minutos o Ian veio chamar a gente.

 

Hora do show!