O fugitivo escrita por claradasideias


Capítulo 3
Transe


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que tinha dito postagem diária, mas queria atualizar outra das minhas histórias...
Tenho 25 fanfics, sendo 3 em andamento. Desculpem.



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Essa declaração deixou todos desorientados por um momento. Havia a possibilidade de não funcionar, mas de ser confirmado que Adrien era culpado estava longe do esperado. Não sabiam se acusavam Hawkmoth de mentiroso ou se iam atrás de Adrien para prendê-lo.

No fundo, nenhum deles acreditava no que Hawkmoth dizia porém, a força que venceu a luta foi a de considerar verdade o que ele disse. Todos sabiam que a possibilidade existia e a única coisa que impedia suas crenças nisso era a amizade que nutriam que os convencia de que Adrien era uma boa pessoa. Sabiam que a intuição pode ser falha e, racionalmente, aceitaram a culpa de Adrien.

—Mestre, pegaremos ele para o senhor. Se ele é culpado será punido. – Ladybug prometeu com voz embargada e os outros assentiram deprimidos

—Não! – disse Mestre Fu rapidamente -Não devem fazer isso, é um erro!

—Eu sei que é difícil aceitar a culpa de Adrien – disse Carapace com voz triste -Mas devemos aceitar, sempre houve a possibilidade. Quero fazer por merecer o uso de seu miraculous. Vamos, temos que achá-lo. - Carapace tentou fazer o papel de líder, que geralmente era de Ladybug, e animar o grupo

Mestre Fu e Chat Noir se olharam preocupados. Eles sabiam que ter quatro portadores de miraculous atrás de Adrien não era uma coisa boa. Mestre Fu falou sem palavras para ele ir embora, mas Chat Noir pediu para ficar. Ele queria tentar uma última cartada:

—Não é possível! - ele disse revoltado –Para onde foi toda a fidelidade que tinham para/com ele? Me parecia que vocês apostariam a vida pela sua inocência, agora só porque Gabriel... – ele engoliu em seco –Hawkmoth, disse que eram cúmplices vocês acreditam?!

—Mas eu não ligo! - disse Queen Bee angustiada –Adrien é meu amigo desde sempre, isso é traumático. Eu sei o que você está passando, - ela estava quase chorando –eu não quero ir atrás dele!

—Precisamos. - disse Rena Rouge consolando-a –Agora, onde ele se meteu? - falou pensativa

Como eram fiéis a causa, logo disseram que fariam começaram a procurar Adrien. Revistaram toda a casa de Mestre Fu e ainda a vizinhança, mas nada de achar Adrien Agreste. Eles já estavam ficando preocupados, porque se Adrien era um dos inimigos poderia atacá-los a qualquer momento.

O fato de ele ter fugido não ajuda na causa de provar sua inocência. Não havia muitas opções melhores do que os heróis de Parias para protegê-lo naquele momento, Adrien só sumiria se estivesse com medo deles. Ou seja, se fosse culpado.

Chat Noir não se juntou a eles na busca por motivos óbvios. Ele esperava que seus companheiros fossem ao mínimo perceber que ele não estava presente, porém nem notaram a falta da ajuda de Chat Noir de tão transtornados que estavam. Ele entendia isso, foi algo parecido com o que aconteceu quando descobriu que seu pai era Hawkmoth. Ele não queria acreditar nisso, mas sabia que precisava. Para ele, nada daquilo fazia sentido e ele não conseguia prestar atenção em nada devido ao choque que sofreu.

Logo os heróis partiram para procurar o esconderijo de Adrien, Mestre Fu já saiu despachando Chat Noir. Ele não quis sair, porque dali não tinha para onde ir. Em meio a busca sega e alienada do quarteto, seguia a discussão com Mestre Fu. Quando finalmente Chat Noir foi embora, ele respirou aliviado e gritou para chamar atenção dos outros:

—Parem com isso todos vocês! - todos olharam para ele assustados -Eu não posso crer que realmente acreditaram no Hawkmoth. - ele estava indignado –Sabem por Adrien não está aqui?! - perguntou ele

—Porque quer escapar de nossas mãos! - disse Ladybug com uma raiva estranha em seus olhos

Mestre Fu olhava para eles e não os reconhecia. Todos eles tinham uma sede maléfica no olhar. Todo o amor que tinham por Adrien foi substituído por raiva. Raiva por ele trair desse jeito, raiva por ele ter gerado tanta dor neles. Era algo perigoso, algo assassino. Pior que a dor própria é a dor de alguém que se ama. A dor da acusação de seu amigo e dor de saber que era real. Mestre Fu precisava fazer algo logo.

—Ele não está aqui por que está fugindo de nós! - disse Ladybug em transe

—Mas nós vamos pegá-lo, Mestre. - afirmou Queen Bee

—E trazê-lo para receber a punição que merece. - completou Carapace

—Vamos. - Rena Rouge chamou

—Não! Eu sei onde ele está.

—Onde? - todos perguntaram ansiosos

—Ele não está aqui porque eu o escondi. - Mestre Fu começou um sermão -Sabem por que Chat Noir não está mais aqui? Por que eu mandei que ele levasse Adrien embora. - todos olharam em volta como se só devem por sua falta naquele momento -Ele é o único que não foi cego aqui! Sei que tinham medo da culpa de Adrien e sei que Hawkmoth viu isso em vocês, porém devem ser firmes em seus princípios. Adrien é inocente e nós vamos provar isso, se vocês quiserem ajudar.

Ouvir essas palavras foi como um antídoto para seus corpos adormecidos. Foi um despertar tão lindo que Mestre Fu se emocionou. Primeiro, eles piscaram como se estivessem se orientando em um lugar desconhecido. Depois pareceram estar em um sonho distante naquele mesmo lugar. Então vieram as lágrimas e o arrependimento. Tudo que Adrien precisava naquele era da ajuda e da confiança deles e o que eles deram a desconfiança e o empecilho.

—Onde está ele? - perguntaram todos em juntos em tom de preocupação

—Chat Noir o levou para longe, para longe de vocês. Está num lugar mais seguro que ao seu lado nesse momento. - e os ouvintes de Mestre Fu abaixaram a cabaça arrependidos e pensando em quantos lugares seguros haveria para ele ficar

Essa era a mesma pergunta que Chat Noir fazia andando pelos telhados de Paris, sem rumo. Até que ele recebeu uma ligação de Ladybug. Ele jamais ignoraria sua Lady, porém estava morrendo de medo ao atender aquela ligação. Talvez eles já tivessem ligado os pontos e descoberto que Adrien “estava” com ele. Respirou aliviado quando só viu na tela os olhos amorosos de sua Lady, nada da fome de capturar Adrien.

—Percebeu que comigo longe você sente falta de algo, My Lady?

—Muito engraçado. - disse irônica -Cadê o Adrien? - perguntou preocupada

—Vou levá-lo para aí, My Lady. - disse ele

Foi um alívio para Chat Noir poder voltar para seus amigos. Achou que estaria condenado a passar o resto do dia na rua, já havia passado a noite anterior e não era seu conceito de agradável. Também já passava da hora do almoço e ele estava ficando com fome. Tinha todos os motivos para voltar, queria tanto isso que quando se deu conta, já estava lá.

Quando Adrien passou pela porta, viu a felicidade no rosto de seus companheiros. Não houve coisa que mais tenha animado seu dia do que saber que tinha o amor dos seus amigos quando o do pai estava em falta.

Mas a comemoração durou pouco, todos queriam levar ele para um seguro e todos tinham uma definição diferente de lugar seguro. Todos os heróis afirmavam que levar Adrien para ficar consigo era a melhor opção. Que um portador de miraculous junto dele seria o necessário para protegê-lo, fosse da polícia, fosse de Hawkmoth.

—Não. Já está decidido, ele ficará com Chat Noir. - disse Mestre Fu autoritário

—O que?! Por quê?! - os outros reclamaram –O que Chat Noir tem que nós não temos?

—É melhor assim, confiem em mim. Precisam manter suas identidades seguras. - disse Mestre Fu

—Mas e a identidade do Chat Noir? - provocou Ladybug

—É diferente, com ele a identidade já não é mais um problema.

—Não é possível! - reclamou Rena Rouge –Antes você só contava as coisas para Ladybug, agora Chat Noir vai pegar esse posto?

—Vocês não entendem... - começou Mestre Fu

—Não, eles entendem sim. - interrompeu Adrien

Ele olhou para Mestre Fu como se dissesse: “Deixe-me ficar com um deles. Não quero ficar só.” Não era difícil de captar essa mensagem e Mestre Fu era a prova disso. Podia ver claramente a súplica em seus olhos, a mesma súplica do dia em que ele entregou o miraculous da destruição para ele.

O garoto costumava ficar só e Mestre Fu sabia o quanto era doloroso para ele. Se ele tivesse que ser um fugitivo por um tempo muito longo, que fosse feliz durante esse período. Foi por pena e por vontade de não ser como o pai dele era que Mestre Fu concedeu a permissão.

Mas como ficam as identidades? Com quem ele ficaria? Se a polícia pegasse o voluntário, ele seria foragido também. Era perigoso.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais



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