O fugitivo escrita por claradasideias


Capítulo 2
Um plano


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos que leram, principalmente por Lilianecg, que favoritou. Sei que será difícil de conseguir incentivo nessa fase inicial. Então cada pessoa vale muito

Roda o cap:



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Eles precisavam encontrar algo que tornasse inviável a participação de Adrien na história e a do guarda-costas também, a pedido de Chat Noir, que afirmava sua inocência também. O jeito mais lógico de fazer isso é queimar as acusações. Isso seria complicado, eles não poderiam usar apenas sua confiança na atitude do amigo para inocentá-lo e dificilmente declarações ajudariam.

—Precisamos de sua localização, se não a nossa proteção será deficiente! – disse Ladybug preocupada

—Calma Ladybug. Isso já temos. – Mestre Fu afirmou

—Queremos vê-lo! – disseram os heróis ao mesmo tempo e Chat Noir fez uma cara preocupada

—Eu chamá-lo-ei, Mestre. – e Chat Noir se retirou do aposento para se tornar-se Adrien mais uma vez

Ele não sabia o que dizer para justificar a ausência de Chat Noir na volta, porém imaginava que Mestre Fu pensaria em algo para disfarçar, ou então tinha a esperança de que não dessem falta dele diante da presença de Adrien. As identidades eram secretas até o momento, por mais que ele achasse que o dia da revelação estava próximo, porém ele já tinha uma boa ideia sobre as pessoas por trás das máscaras, poucas pessoas se preocupariam tanto com ele.

Quando Adrien entrou na sala, foi atingido por uma série de abraços e alívios. Ele não se lembrava da última vez que se sentira tão acolhido. Ele agradeceu por ter amigos tão ...

—Nós vamos dar um jeito, cara. Sabemos que é inocente. – disse Carapace confiante

—Mas como faremos isso? – Adrien estava deprimido

—Eu tenho a solução! – disse Ladybug envergonhada, o que fez Adrien corar -Precisamos achar Gabriel Agreste. Ele vai admitir que Adrien e o guarda-costas não são cúmplices. Acho que ele não iria querer que seu filho fosse preso.

—Mas como acharemos ele? – Rena Rouge estava curiosa, sempre admirou muito Ladybug, porém raramente conseguia seguir seu raciocínio

—Com aquele feitiço do livro. Você ainda tem ele. Não é, Mestre?

—Por que você só conta as coisas para Ladybug?! – todos os heróis reclamaram juntos, inclusive Adrien.

Nenhum deles sabia de feitiço do livro

—Ladybug é a preferida, eu sempre soube. – disse Adrien irritado, não era a primeira vez que sentia que não servia para nada

—Não. É claro que eu sou a preferida. – Queen Bee foi convencida, mas todos ignoraram

Mestre Fu enxergou o clima de tensão que havia se formado. Sabia que não devia ter ativado nenhum miraculous. Ele não era um bom Guardião, tinha medo de perder mais miraculous. Mesmo assim, ele não desistiu e tentou acalmar os escolhidos. A inveja corrói a alma, devemos nos livrar dela antes que ela se livre de nós.

—Vou explicar a todos agora, fiquem em paz. Somente a paz nos ajudará a pegar Hawkmoth. – todos assentiram quietos -Adrien, por favor, chame o Chat Noir e vamos começar.

Adrien nem se lembrava de que estava de Adrien até o momento. Ser excluído em tudo era algo que ele não conseguia aguentar direito. Ser um super-herói era muito divertido para ele, mas ser excluído do que mais isso envolvia era como seu pai proibir ele de ir à escola. Ele foi até um quarto e se transformou em Chat Noir novamente.

Quando chegou, todos os portadores seguiam Mestre Fu com curiosidade. Chat Noir imaginou que era a curiosidade acerca de tal feitiço do livro. Ele logo pensou que estava perdendo algo e correu para alcançá-los. Eram raros os momentos que Mestre Fu revelava tudo que contava a Ladybug.

Houve tempos que todos achavam que Nino seria o novo Guardião dos miraculous, agora tinham quase certeza de que seria Ladybug. Era a única explicação para tantas confidências.

—De acordo com o Livro, - Mestre Fu falava enquanto mostrava as páginas que provam a autenticidade do falava -nós podemos fazer comunicações entre portadores.

—Como aquelas ligações pelas armas? – perguntou Chat Noir

—Não, uma projeção de nossos corpos. Como um holograma, seria parecido com conversar pessoalmente. Eu imagino que a ideia de Ladybug seja fazê-lo admitir que Adrien e seu guarda-costas são inocentes e gravar tudo. Por meio de uma vídeo chamada não teria o mesmo impacto. Aposto que se conseguirmos fazê-lo falar e gravar isso, a polícia aceitará como prova.

Todos se animaram com a ideia. Parecia fazer sentido e não ser difícil de conseguir. Estavam ansiosos para dar a boa notícia a Adrien, mas sabiam que antes a boa notícia precisava existir. Por isso, se empenharam para ajudar Mestre Fu com todos os ingredientes que a fórmula do livro exigia. Se conseguissem fazer corretamente, a liberdade de Adrien seria concedida.

Tudo que eles não queriam era ver o amigo apodrecendo na prisão por um crime que não cometeu. Pensavam que seria simples para a polícia achar Adrien, já que ele não tinha experiência com fuga e nem ajuda de um miraculous, como Hawkmoth e Mayura tinham.

Adrien pensava também no quanto aquilo tinha que dar certo para que ele pudesse ter sua liberdade. Liberdade, quando ele pensou sobre isso mais a fundo viu que a liberdade que ele conquistaria seria ainda melhor do que a antiga. Não seria mais obrigado a cumprir nada daqueles compromissos que seu pai obrigava. Poderia sair com seus amigos quando quisesse!

Apesar de tanto estar em jogo, ele se preocupava apenas com Gorila. Ele também era inocente e estava preso, ao contrário de Adrien, que, como muitas vezes, usou seu miraculous para fugir.

Todos olhavam atentamente a mistura de ingredientes que Mestre Fu fazia, era incrível presenciar os feitiços do livro. Havia tanto a ser descoberto sobre os miraculous que eles nunca saberiam... Ver magia ao vivo era algo que só se vê uma vez e eles não queriam esquecer nunca a vez deles. Claro que morar em Paris naqueles tempos era sinônimo de ver magia sempre, mas o sobrenatural nunca perde seu encanto.

—O que houve?! Como entraram aqui?! – todos olhavam boquiabertos para a imagem de Gabriel Agreste que surgiu em suas frentes, somente Mestre Fu não parecia chocado -Nooru, asas negras cresçam! – e Gabriel Agreste se tornou Hawkmoth -Mayura, eles nos acharam! Me ajude!

O feitiço projetava uma imagem de Hawkmoth para Mestre Fu e seus escolhidos e projetava a imagem deles para Hawkmoth. Mayura não havia sido contatada e portanto não podiam vê-la ou ouvi-la. Porém Mayura podia vê-los, já que a imagem projetada estava para quem quisesse ver. Portanto, no diálogo entre Mayura e Hawkmoth só ouviam e viam Hawkmoth.

—O que?! Como nós encontraram?! – Mayura não podia compreender

Imediatamente se transformou e desferiu o primeiro ataque. Ao ver que seu golpe meramente atravessou a imagem projetada dos heróis, urrou de raiva.

—São hologramas, preste mais atenção! - e saiu raivosa por ter perdido seu precioso tempo com aquilo

—O que vocês querem? - perguntou Hawkmoth desanimado

—Queremos que nos ajude a inocentar seu filho, Adrien. - disse Ladybug tomando a liderança -Ele está sendo perseguido pela polícia e você sabe que ele é inocente. Se fizer uma declaração inocentando ele pode livrá-lo de apodrecer na prisão. - Ladybug foi esperançosa

—Inocente o guarda-costas também, ele não fez nada! - Chat Noir disse apressado antes que a chance fosse embora, todos se preocupavam com ele, mas esqueciam que havia mais gente sofrendo com a situação

Ao ouvir aquilo, o semblante de Hawkmoth mudou completamente. Ele estava muito preocupado com Adrien neste dia que ficaram separados, porém seu instinto dizia que estava em boas mãos e tentou o dia todo se controlar para não ir atrás dele. Ter sido separado do filho foi a gota d’água para realmente odiar Ladybug. O pouco que restava de sua família se fora.

Ele nunca imaginou que acusariam Adrien de ter ajudado ele nas akumatizações. Isso nem fazia sentido! Agora que sabia que era a realidade, ele se desesperou. Adrien não podia estar seguro com a polícia em seu encalço. Ao contrário dele, Adrien não tinha um miraculous.

Mesmo com toda essa preocupação em mente, não podia fraquejar e se afastar de seu objetivo. Se conseguisse o poder absoluto, poderia inocentar Adrien de qualquer acusação.

—Falo o que vocês quiserem para a mídia se me derem os miraculous da Ladybug e do Chat Noir! - disse convicto

Por instinto, os dois protegeram seus miraculous. Não é que achassem que Hawkmoth poderia pegá-los só por aquela transmissão, mas estavam em um pedaço da guerra em que não tinham certeza de que ganhariam sempre.

Ladybug sabia o quanto ela amava Adrien e sabia que para salvá-lo, sacrificaria o seu miraculous e o de Chat Noir também. Não importava o quanto o equilíbrio do universo fosse importante, Adrien era importante para o equilíbrio do seu universo.

Chat Noir não era tão mimado quanto um estranho poderia pensar, porém a vida de mendigagem não era nem um pouco atraente para alguém acostumado com o luxo com ele. Pensar que o seu anel era o preço para se livrar do problema antes dele começar fazia parecer uma solução fácil. Já fugiu da polícia antes, mas era tudo numa situação diferente. Ele não sabia se conseguiria nesses termos.

O instinto que os levou a proteger os miraculous não era para proteger dos outros, era para proteger deles mesmos. O bem-estar de Adrien era uma boa moeda de troca para os dois e Hawkmoth viu isso. Porém, viu também que eles eram mais fortes que isso.

—Nunca daremos nossos miraculous a você! - disseram decididos em uníssono

—Melhor para mim, que não terei que mentir. Adrien era sim meu ajudante, sempre me orientou quanto a quem akumatizar. - respondeu Hawkmoth


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam e até mais



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