The Beginning escrita por Madalena Black Potter Black


Capítulo 2
Capítulo 2




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27 de março de 1968, 8h30m

Madeleine acordou num sítio desconhecido. Sim, porque aquele sítio não podia ser chamado de seu quarto. O seu quarto estava na América com Scarlet. Aquilo era apenas um espaço vazio com uma cama. Paredes brancas, nuas, sem posters, sem fotos. Cortinas brancas que deixavam o sol miudinho entrar e iluminar o quarto. Estantes sem livros, vazias. Um quarto sem personalidade. Um quarto que não era verdadeiramente de Madeleine Potter.

Mas quem era Madeleine Potter? Nascida a 28 de março, Madeleine Adhara Euphemia Bulstrode Black Fleamont Potter era uma criança de 8 anos.

O seu nome era cheio de significado. Madeleine era um nome raro, não utilizado na sociedade bruxa que transmitia força e valentia.

Adhara pois a sua mãe era uma Black e na tradição Black a maioria tinha nomes de constelações ou estrelas. Adhara significava donzela pura. Euphemia desejava que a filha tivesse um coração imaculado.

Euphemia não era nome de constelação, nem de estrela, nem de flor. Violeta Bulstrode Black escolhera esse nome para a filha quando sentiu que ia morrer no parto das gémeas. Dorea ficou com o nome Black de estrela e Euphemia com um nome grego que significa aquela que sabe falar. Os Potter tinham o costume de dar os nomes dos pais aos filhos e assim Madeleine também ficou com o nome Euphemia em homenagem à sua mãe.

Madeleine Adhara Euphemia Black Potter adorava o seu nome. Sentia-se importante por ter um nome tão grande e apelidos de famílias muito reconhecidas na Inglaterra, Black e Potter.

Madeleine era muito parecida com a sua mãe. Cabelos negros encaracolados e olhos cor de mel eram características da maior parte das mulheres da família Black. Porém as suas semelhanças com a família Black não terminavam aí. Madeleine era muito influenciável, poderosa, preconceituosa e defensora das tradições bruxas. Tinha, apesar disso, um grande coração para todos independentemente da idade, aparência ou género.

— Lyn já estás acordada?- perguntou James irrompendo porta a dentro. Assim que ele entrou no quarto um balde de água fria caiu em cima dele.

— HAHAHAHAHAH. PARABÉNS JAMIE!- gritou-lhe a irmã feliz por o ter feito cair na armadilha.

James Fleamont Arcturus Potter olhou para a irmã, divertido. Estava encharcado dos pés à cabeça mas adorava as partidas que ele e a irmã pregavam um ao outro.

— Obrigadinha Lyn. Vou ter de ir mudar a roupa toda, antes que a tia Catherine e o avô cheguem.

— A madrinha vem cá hoje?- perguntou Madeleine entusiasmada saltando da cama de um pulo.

— Sim, festejar o meu aniversário, claro.- disse James preparando-se para voltar para o quarto mudar de roupa.

— Espera aí, Arctur.- gritou Madeleine para o gémeo.

— Que foi Adhara?

Os gémeos de vez em quando gostavam de tratar-se pelo segundo e terceiro nome mas nunca em frente de outras pessoas.

Madeleine olhou para o irmão e deixou a magia envolvê-la e estalou o dedo à frente do irmão.

— Como é que fizeste isso? As minhas roupas ficaram secas.- disse James espantado.- Aposto que andas a ler aqueles livros de magia avançada da mãe.

— Um feiticeiro nunca revela a sua fonte de conhecimento.- disse Madeleine de nariz empinado.- Agora sai que eu quero-me vestir.

Madeleine fechou a porta na cara de James e olhou para o vestido que a mãe lhe tinha deixado no fundo da cama. Era vermelho simples de manga comprida.

— Vermelho? Nem pensar.- suspirou Madeleine com os seus botões.- Por hoje vai ter de ser mas eu tenho mesmo de aprender como mudar a cor de roupa.

Vestiu o vestido com desagrado e desceu as escadas. Não tinha nem chegado ao final destas quando reconheceu o cabelo loiro inconfundível da madrinha.

— MADRINHA!!!- gritou Madeleine feliz interrompendo a conversa dos adultos.

— Olá Mady. Como está a ser a mudança?- perguntou Catherine Potter com um sorriso de orelha a orelha.

Catherine Potter era a irmã mais nova de Fleamont Potter. Os dois irmãos tinham 16 anos de diferença mas nem por isso deixavam de ser extremamente chegados. Catherine era solteira e vivia em Paris onde fazia investigação de doenças mágicas letais. Ia tendo um caso ou outro com algum rapaz mas nunca nada que envolvesse namoro.

— Está a ser horrível, madrinha. O meu quarto não parece o meu quarto. A minha casa não parece a minha casa. Isto aqui é tudo sem cor, sem sol, sem…

— E esse vestido tem um sério problema.- notou Catherine.- É todo vermelho. Que horror, Fleamont como é que obrigaste a criança a usar isto.- com um aceno de varinha, o vestido ficou azul.

— Obrigada tia mas eu preferia verde.- disse Madeleine.- Mas suponho que azul seja melhor que vermelho.

— Azul melhor que vermelho? Nunca.- disse Henry Potter entrando com James na sala.

— Olá avô! Sem dúvida que azul é melhor que vermelho, mas melhor ainda é o verde.

— Madeleine Potter o que é que eu já te disso sobre o verde?- perguntou o avô meio irritado meio a brincar.

Madeleine riu-se. Gostava de arreliar o avô ameaçando ir para os Slytherin em Hogwarts. Ele tinha sido um Gryffindor como todos os varões Potter e não gostava que a neta brincasse ameaçando ser Slytherin.

— Não te preocupes avô. Eu gosto mais de vermelho.- disse James.

— E é por isso que eu tenho uma prenda para ti.- disse-lhe o avô.- Toma lá este embrulho.

James pegou no embrulho vermelho gigante e começou a abri-lo sob o olhar atento dos pais, da tia e sobretudo da irmã. James quase desmaiou quando viu o que era a prenda.

— É uma Nimbus 1000.

— Uma Nimbus? Elas acabaram de entrar no mercado. Devem ter custado mais de…

— Não falamos de preços, filho.- disse Henry sério.- O que interessa é que o meu neto tem de ter uma das melhores vassouras e esta é neste momento a melhor. Combina a agilidade das Cleansweep e a segurança da Oakshaft 79.

— Obrigada, avô.- disse James abraçando-o.- Posso ir experimentar, pai? Posso?

— Claro, filho, mas só se for comigo.

James e Fleamont saíram para o quintal que nem flechas. Os dois muito ansiosos por experimentar a vassoura. Euphemia revirou os olhos e voltou para a cozinha onde fazia o almoço.

— Eu amanhã não vou estar cá, Mady.- disse-lhe a madrinha.- Portanto vou dar te já o teu presente.

— Porque é que amanhã não vens, tia?- perguntou a menina abanando os caracóis-

— Não posso, amor.- suspirou Catherine.

— Não podes ou não queres?- perguntou Henry sério.

— Pai, esta não é a altura. Depois falamos sobre isso, se quiseres.- Catherine voltou-se novamente para a afilhada.- Como não venho amanhã, trouxe já a tua prenda de anos.

Catherine deu um embrulho enorme a Madeleine que abriu curiosa.

— Uma guitarra! Obrigada, tia Cath. Eu queria mesmo uma, há imenso tempo.

— Deixei uns livros no teu quarto de como tocá-la à maneira muggle sem magia que é muito mais complicado e requere muito mais talento.- continuou a madrinha.

Catherine riu-se quando viu que a afilhada já nem a ouvi-a mais e correra para o quarto para ver os tais livros e foi atrás dela. Entrou no quarto e murmurou com desagrado:

— Este quarto parece um quarto de elfo doméstico. Vamos lá fazer umas mudanças. Esses caixotes aí têm as fotos e os posters não é?

— Sim, madrinha. É isso mesmo.

Fotos e posters voaram da caixa e foram rápido colar-se nas paredes, magicamente pintadas de azul claro. Os livros voaram para a estantes e um tapete surgiu a tapar o chão nu. A guitarra voou para um suporte no canto do quarto e a secretária subitamente ficou cheia de penas e tinta para escrever.

— Assim já parece quarto de gente.- murmurou Catherine com muito mais agrado.

— Sem dúvida.- concordou Madeleine.- Vou lá para fora brincar com o Jamie.

Madeleine logo desapareceu e Catherine sorriu lembrando-se de como era despreocupada quando tinha aquela idade. Foi encontrar o pai e o irmão na sala a discutir a emergência de Lord Voldemort.

— Os desaparecimentos cada vez são mais frequentes.- disse Henry.- A situação não está nada boa, não admira que te tenham mandado de volta.

— Não acredito que não vens amanhã, Catherine. A Madeleine vai ficar completamente desprotegida no meio dos malucos puro-sangue da família Black.

— Tu sabes que eu não consigo encarar o Cygnus, Fleamont.- disse lhe a irmã.

Cygnus Black tinha sido o grande amor de Catherine Potter. Era 4 anos mais velhos e em Hogwarts tinham tido um namoro, chegaram até a ficar noivos. Pólux Black, o pai de Cygnus e irmão de Euphemia, não permitira o casamento pelos Potter serem traidores de sangue. Euphemia e Dorea como tinham casado com Potters não falavam com o irmão há anos mas mantinham relações amigáveis com o resto da família.

Cygnus foi então obrigado a casar com Druella Rosier, a melhor amiga de Catherine, e a história acabara com uma Catherine destroçada que fugira para Paris. Passados 20 anos, ela continuava sem conseguir encarar aquele casal que entretanto tivera 3 filhas.

— Nós só vamos fazer a festa com a família Black porque é a família da Euphemia e nós queremos mantê-los debaixo de olho. Nunca me vou esquecer de quando a irmã mais velha do Cygnus apareceu aqui com o filho recém-nascido a tentar que nós prometêssemos a Mady a ele. Ambos nem tinham um ano. Foi aí que eu e a Mia decidimos que era hora de ir embora.

— A Walburga?- perguntou a irmã.- Mesmo típico.

— Os Black não são os piores mas toda a gente sabe que os Lestrange, Dolohov, Parkinson e esses puros sangues todos se estão a juntar ao Lord Voldemort.- disse Henry Potter.

— E foi por essas escumalhas que eu tive de voltar da minha agradável vida na América para aqui.- suspirou Euphemia entrando na sala.

— Não vos invejo por terem de os aturar a todos amanhã.- disse Catherine.- Cuidado com a Mady. Todos sabemos como ela é influenciável.

— Vou ter de ter 4 vezes mais cuidado com a Madeleine do que com o James.- resmungou Fleamont.

— O quê sobre mim?- perguntaram os gémeos suados quando chegaram à sala.

— Nada. Ia chamar-vos porque está na hora de irmos almoçar.- desconversou a mãe.- Vão lavar as mãos que vocês estão todos sujos.

— Sim, mãe.- disseram eles aproveitando para fazer uma corrida até à casa de banho.

— Vai tudo correr bem.- disse Catherine abraçando a cunhada.- Mal posso esperar por saber se vou ter um sobrinho ou uma sobrinha. Quando é que vocês vão saber?

— Só em Agosto quando ele ou ela nascer.- respondeu Fleamont.- Mas eu aposto que é um menino e se for um menino vai se chamar Harry.

— E se for menina?- perguntou o mais velho.

— Não temos nome, pai. Ainda estamos a pensar mas não chegamos a um consenso.

— Aposto que é menina e se for menina tem de se chamar Catherine.- disse-lhe a irmã.

— E mais quantos galeões?- sorriu Fleamont manhoso.

— 50, parece-me bem.- disse Catherine. Os dois irmãos apertaram as mãos quando os gémeos chegaram.

— Parem de fazer apostas. Olhem o exemplo que dão aos meninos.- ralhou-lhes o pai.

— Pois é avô… Eles dão um péssimo exemplo.- disse James abanando a cabeça em repreensão.

— James passa para cá 5 galeões.- gritou Madeleine olhando para a comida servida na mesa.- É torta de carne picada!!!

James revirou os olhos e foi entregar o dinheiro à irmã sob o olhar divertido do pai, da tia e do avô.

— Parem de brincadeiras e vamos comer.- zangou-se Euphemia e todos apressaram-se a sentar à mesa a festejar os 8 anos de James.

 

 

28 de março de 1968, 12:15

Não parecia de todo que os Potter apenas tinham chegado há apenas um dia. O jardim estava magnificamente decorado. O tempo estava bom e deixava transparecer o lindo jardim da mansão. As flores adornavam o jardim enquanto uma bonita mesa estava guarnecida de deliciosos manjares e um bolo enorme em forma de snitch onde estavam escritas as palavras ‘’Parabéns Jay e Mady.’’

Todo o trabalho de organização da festa tinha sido feito pelos 3 elfos que trabalhavam com os Potter há gerações e chefiado por Pippin, um elfo de mais idade que tinha sido encontrado por Madeleine nas ruas da América com a sua mulher e 3 filhos a passar fome. Desde aí que tinham sido admitidos na família Potter e enquanto a mulher elfa tomava conta dos filhos num cantinho que os Potter lhes arranjavam em casa, Pippin trabalhava recebendo roupas, comida e abrigo em troca. Não era um elfo normal. Estava extremamente agradecido aos Potter por os terem acolhido e era extremamente trabalhador e leal. De vez em quando até discutia alguns assuntos com Fleamont, o que tornava as noites em casa dos Potter muito agradáveis.

Essa família dos elfos tinha se mudado para a Mansão Potter mal Fleamont soubera que ia voltar. Tinham passado o último mês a remodelar a casa e tornado-a um sítio habitável depois de 8 anos vazia. Outros 3 elfos também vieram para a ajudar dado o tamanho da Mansão. Tudo isto fora supervisionado pelo patriarca da família: Henry.

Madeleine cirandava pelo jardim como uma flor no seu vestido verde. Tinha convencido a mãe a mudar de cor o vestido que outrora fora vermelho, para verde (a sua cor preferida). Estava entusiasmada por conhecer a família da mãe e fazer novos amigos. Por outro lado, tinha saudades da prima. Seria o primeiro aniversário, desde que tinha memória, que passava longe dela. Estava a admirar a fonte no meio do jardim quando alguém a empurrou lá para dentro.

— JAMES POTTER!- gritou Madeleine furiosa. O cabelo cuidadosamente penteado estava molhado e todo desfeito, o vestido colara-se ao corpo e ela tremia de frio. A água estava gelada.

— Ups.- riu-se James.- Digamos que é vingança.

— Se eu te apanho…- ameaçou a irmã e James logo fugiu.

— Não é preciso se irritar, Srta Madeleine. Pippin consegue concertar isso.- disse o elfo ajudando-a a sair da fonte.

— A sério, Pip? Obrigada.- disse Madeleine aliviada. Não queria usar a magia dela muitas vezes, alguém podia ver. Num instante, o elfo deixou-a como estava antes.

— Pronto. Continua linda, Srta. Agora tenho de ir continuar a ver como vão as coisas na cozinha.- dito isto, estalou os dedos e desapareceu.

— Se eu te ponho as mãos em cima, James Potter.- rosnou Madeleine.

Madeleine procurou pelo irmão em todo o jardim mas sem sucesso. Claro que ele se escondera tendo previsto a vingança da irmã.

O jardim começava-se a encher de pessoas jovens, velhas, crianças e de todas as idades. Madeleine rapidamente avistou a mãe e correu para ela que a abraçou protectoramente antes de apresentar à família com quem estava a falar.

— Esta é a minha sobrinha, Walburga, o seu marido Órion e os filhos deles Sirius e Regulus Black.- disse Euphemia à filha.

— É um prazer conhecer-te, minha querida. De certeza que vais gostar imenso deste tipo de festas e espero que a tua mãe te deixe vir passar algum tempo na Mansão Black.- sorriu Walburga. Madeleine sorriu de volta encantada com o convite.

— Tenho a certeza que a mãe não se vai importar…

— Podes chamar-me de tia Walburga.- disse Walburga com um grande sorriso que quase fez Euphemia vomitar de tanto mel ali emanado.

— Madeleine leva o Sirius e o Regulus e vai encontrar o James e deixa-nos conversar.- pediu-lhe Euphemia pensando que o ambiente entre as crianças poderia ser menos preconceituoso que entre adultos.

Madeleine obedeceu e fez sinal para os dois rapazes a seguirem. Um parecia mais velho que ela. Tinha cabelos negros encaracolados e rebeldes, típicos dos Black e uns olhos azuis bonitos. O outro mais novo era menos bonito mas tinha também cabelos pretos só que lisos e olhos castanhos esverdeados.

— Qual de vocês é o Sirius?- perguntou Madeleine curiosa.

— O mais bonito.- respondeu o mais alto com um sorriso maroto.

— E o mais convencido também.- disse o mais baixo revirando os olhos ao irmão.- Eu sou o Regulus, obviamente e estou especialmente encantado por te conhecer, Madeleine.

— Decoraste mesmo tudo o que a mãe queria que tu dissesses à Madeleine, Regulus?- riu-se Sirius fazendo o mais novo corar.- Eu sou o Sirius e não estou nada entusiasmado por te conhecer, senhora nariz empinado.

— Sirius…- gritou Regulus horrorizado.

— Deixa estar, Regulus. Ele não merece o nosso tempo.- disse Madeleine revirando os olhos para o outro e afastando-se.- Talvez seja bom encontrares o meu irmão, Sirius, ele é tão idiota quanto tu.

Regulus e Madeleine afastaram-se rapidamente deixando um Sirius contente vagueando por aí, comendo tudo o que aparecia à frente.

— E agora que queres fazer?- perguntou Madeleine para o recém-conhecido.

— Eu devia-te apresentar aos outros primos e amigos. Eles estão ali todos juntos naquele grupo.- disse Regulus apontando para um grupinho de dez pessoas junto da fonte.

Madeleine observou o grupo com curiosidade. Havia um rapaz e uma rapariga que estavam a falar para os outros que ouviam atentamente. A rapariga tinha cabelos encaracolados pretos, certamente uma Black e o rapaz cabelos meio castanhos meios ruivos. À frente deles, estava uma rapariga de cabelos castanhos encaracolados, uma loira de cabelos lisos e um loiro de cabelos que eram mais para o branco que para o loiro entre outros. A rapariga mais velha calou-se quando os viu aproximar.

— Quem é ela, Regulus?- perguntou Bellatrix Black com curiosidade.

— Ela é a aniversariante, Bella. Queria conhecer-vos.- respondeu Regulus.

— Olá Madeleine.- disse Bellatrix abraçando-a.- Eu sou a Bellatrix Black e aquelas são as minhas irmãs Andromeda e Narcisa.- disse ela apontando para a rapariga de cabelos castanhos encaracolados e para a de loiros lisos.- E este é o meu noivo, Rodolphus.- disse ela apontando para o rapaz certamente mais velho ao lado dela.

Regulus continuou as apresentações:

— A Bella tem 18, a Andie tem quase 15, a Cissy vai fazer 13 em novembro e o Rodolphus já tem 20.

— 21 para sermos mais precisos.- disse Rodolphus sorrindo.

— Eu sou o Lucius Malfoy.- disse o rapaz de cabelos quase brancos.- Tenho 14 anos.

Madeleine olhou para duas raparigas quase idênticas excepto pelos cabelos, uma tinha castanhos claros e outra escuros.

— Amber e Alexandra Dolohov. Têm a tua idade e do meu irmão.- disse Regulus.- E esse aí é o Rabastan Lestrange, irmão do Rodolphus.

— Tenho quase 7 anos.- respondeu o rapaz parecidíssimo com o irmão. Madeleine quase que podia jurar que ele era da mesma idade que ela ou mais velho. Um rapaz que até ali se tinha mantido meio escondido pronunciou-se:

— Esqueceste-te de mim, Regulus. Sou o Antoin, tenho a idade da Cissy e sou o irmão mais velho das gémeas.

Madeleine observou o grupo com curiosidade. Pareciam imensamente simpáticos e amigos que ela poderia fazer em Inglaterra.

— Chega de apresentações. Tenho a certeza que a Madeleine gostaria de saber tudo sobre Hogwarts.- disse Bellatrix.

— Tu nunca tiveste em Hogwarts?- perguntou Alexandra com um sorriso arrogante.

— Não, eu cheguei ontem de 7 anos a viver na América por isso ainda não tive essa sorte. É tudo verdade sobre lá? Eu li o Hogwarts, uma história e não consigo acreditar que tudo o que dizem lá é verdade. Vocês são de que casa, eu quero tanto ser uma Slytherin.

— Todos nós aqui, os que já andamos em Hogwarts somos Slytherin.- disse Bellatrix com um sorriso.- É sem dúvida a melhor casa. Olha eu vou formar-me no final de junho e convido-te para a formatura para tu veres Hogwarts, que achas?

— Muito fixe, Bella. Mal posso esperar para saber mais.

 

 

16h10

Euphemia olhou com desagrado o grupinho onde Madeleine estava inserida. Pelo que tinha ouvido nas últimas conversas, não gostava nada do ambiente onde Madeleine se metera.

— Que dizias Albus? Sobre a Bellatrix?- perguntou Fleamont não querendo acreditar no que ouvia.

— Parece que se tornou das primeiras seguidoras de Lord Voldemort. Ela é muito parecida com o Cygnus e com o avô Póllux.- disse Albus Dumbledore com o cerne carregado.

— Não sei como é que o Cygnus se tornou tão aceso. Ele teve algumas vezes lá em casa com a Kat e eles pareciam tão felizes.- lembrou Euphemia.

— O amor quando falha faz isso com as pessoas.- disse Dumbledore.- Mas sabes quem é que influenciou a Bellatrix a seguir por esses caminhos?

— Quem?- perguntou Euphemia.

— A tua irmã Cassiopeia mais que o Póllux.

— Desde que o noivo meio sangue a abandono há uns bons 35 anos atrás que a Cassie nunca mais foi a mesma e criou um ódio horrível por tudo o que não era puro sangue.- recordou Euphemia.

— Seja como for, Mia, não estou muito entusiasmado em deixar a Mady perto dessa louca da Bellatrix.

— Tarde demais, Fleamont.- disse Euphemia ao ver a filha abraçar a rapariga mais velha.

Albus Dumbledore observou Madeleine Potter de longe. Era apenas director de Hogwarts há 3 anos mas conhecia os alunos na palma das suas mãos. Os seus palpites sobre o futuro raramente falhavam. Bellatrix e Madeleine por mais amigas que pudessem ficar, iriam no futuro derramar sangue uma contra a outra. Dumbledore sabia que uma Guerra vinha aí e que Tom Riddle estava por aí à espreita de novos talentos. Albus sentia a magia que emanava da jovem Potter, se Tom soubesse, os Potter estariam em maus lençóis.


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