Filha da Tormenta. escrita por Khaleesi


Capítulo 18
Sonho do Dragão.


Notas iniciais do capítulo

eu só posso pedir mil perdões por demorar TANTO para atualizar a história, e dizer que não, eu não abandonei. Mas bom, passei por uns maus bocados por causa do Enem, e isso acabou me deixando com um bloqueio ENORME e para completar, fiquei sem notebook. Tô escrevendo e postando pelo meu celular, o que de certa maneira é uma bosta. Eu espero que curtam esse capítulo, e por favor, ignorem os erros, lembrem que eu tô escrevendo pelo celular e é HORRÍVEL. Logo logo eu posto mais um ❤



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Ela estava em um corredor mal iluminado, mas ela reconhecia aquele lugar. Esteve ali anos atrás, na Casa dos Imortais. O lugar estava mais assustador do que ela se lembrava, mas ela seguiu pelo corredor, forçando seus olhos a enxergarem melhor com a luz fraca. E ela andou e andou até seus pés doerem, estava quase desistindo. Mas dragões não desistem, e ela era um dragão. E então uma voz ecoou em seus ouvidos, como um sussurro. "Mãe de dragões, filha da tormenta". Ela deu um salto, e se pôs a andar novamente, dessa vez mais rapido, com coração pulsando forte no peito."Três cabeças têm o dragão...". A voz a perseguia, se tornando cada vez mais alta atrás de si. Se olhar para trás estou perdida, ela pensava. Até que escutou passos atrás de si, cada vez mais altos, mais rápidos. E gritos, gritos altos, cada vez mais próximos. O som da morte. E ela se pôs a correr.

Se olhar para trás estou perdida. Se olhar para trás estou perdida.

Até que uma porta foi vista, no final, com uma luz brilhante passando por entre suas brechas, e ela correu mais rápido, e mais rápido e se lançou sobre a porta, fechando-a logo em seguida, encostando seu corpo suado contra a porta, sentindo as coisas gritando e batendo atrás de si. Os olhos fechados, os pulmões ardendo enquanto respiravam. O cheiro da grama invadindo suas narinas. Até que o som do galopar de um cavalo lhe obrigou a abrir os olhos, e ela viu a figura em sua armadura tão negra quando a escuridão que por vezes a assolava, a olhando fixamente. Raeghar, ela escutou seus lábios pronunciarem enquanto se aproximava lentamente, levando as mãos até a viseira do elmo do cavaleiro, para que pudesse olhar nos olhos de quem acreditava ser o seu irmão. Mas quando levantou, apenas viu a si mesma. "O Último Dragão" a voz sussurrou novamente em seus ouvidos. "O último, o último". E então, de repente ela estava dentro da armadura, segurando uma espada, e ao seus pés estava Raeghar, sangrando enquanto sussurrada algo. Ela sentiu os olhos arderem enquanto se ajoelhava ao seu lado, aproximando seu rosto do dele. "Noiva do fogo, filha de três... Você é o sangue do dragão, seja um dragão."
E então, ele sumiu e tudo se tornou escuro e frio novamente. Ela estava em campo aberto, e havia neve caindo em seus cabelos. E os gritos voltaram, cada vez mais altos, dessa vez por todos os lados. O som da morte. Estava cercada e com medo. Mas um dragão não sente medo, e ela era um dragão. E ela segurou a espada mais firme. Noiva do fogo, filha de três, ela repetiu. Eu sou o sangue do dragão. E a espada brilhou na escuridão, cada vez mais quente, cada vez mais forte.

 

Daenerys acordou ofegante, com o suor ensopando suas roupas. O sonho ainda era fresco em sua memória. Ela olhou ao redor, sem reconhecer o lugar em que estava. Mas logo as lembranças do dia anterior invadiram sua mente, e logo ela se pôs de pé, sentindo o ombro dar uma fisgada enquanto caminhava em direção à enorme janela que havia ali, onde uma brisa gelada fez seu corpo se arrepiar tal qual em seu sonho. Aquele sonho iria demorar para ser esquecido, talvez jamais fosse. 

Mas ela não teve mais tempo de pensar naquilo, quando quatro moças entraram em seu quarto, assustadas olhando-a de cima a baixo, antes de seus corpos se dobrarem numa desajeitada reverência. A maior falou nervosa que eram aias enviadas por lady Olenna para checar se a Rainha já estava de pé e preparar-lhe um banho de seu agrado. E Dany pediu para que preparassem um banho quente, que chegou tempos depois. As moças a ajudaram a se despir e ficaram chocadas quando ela entrou na água ainda fumegante que deixou sua pele branca como o leite rosada pelo calor. Mas ela gostava da sensação. Gostava do calor que tocava no seu corpo. Uma das aias desfazia suas tranças gentilmente antes de escovar seus cabelos. Quando saiu da banheira, ela fora avaliada pelo Meistre, que limpou seu ferimento, perfumada e vestida com um vestido longo de seda azul, vestido da neta de Olenna, uma das aias disse.

— Um dos preferidos de Margaery, Lady Olenna quem escolheu - elas lhe segredaram.
Quando estava pronta, elas lhe acompanharam até o Grande Salão do castelo, onde se encontravam Tyrion e Olenna, que se levantaram ao perceberem sua aproximação, logo a enchendo de perguntas das quais não desejava responder, seus pensamentos ainda estavam em seu sonho. Sonho do Dragão. 

— Estou ótima. Seu Meistre cuidou muito bem de mim, suas aias também. Agradeço pelo belo vestido, apesar de não ter sido necessário tal incômodo- ela respondeu o mais cordial que podia, enquanto se sentava e era servida.— E Verme Cinzento e meu khalasar? Os soldados Lannister e Tarly?

— Já se encontram em Pedra do Dragão, apenas aguardando sua chegada, minha Rainha- Tyrion respondeu.— Que por sinal, quando retornaremos?

— O mais breve, milorde.

— O que pretende fazer o Regicida?- perguntou Lady Olenna, olhando de canto para Tyrion, que tentou esconder o incômodo com a pergunta.

— Por ora, nada. Será meu prisioneiro até segunda ordem - Dany respondeu, séria e ninguém mais tocou no assunto.

No final da refeição, Dany pediu para conversar a sós com Olenna antes de retornarem até Pedra do Dragão.

— Nos dias bons, meu irmão costumava me contar histórias e mais histórias sobre a nossa família. Nos seus dias ruins, ele gostava de se imaginar como Aegon, O Conquistador, montado em Balerion e chegando para queimar Porto Real e todos aqueles que lutaram ao lado do Usurpador. Gostava quando ele contava sobre A Conquista, e como Aegon junto com suas irmãs/esposas vieram a conquistar os Sete Reinos, a fundar nossa casa. Gosto mais ainda do nosso símbolo. Um dragão de três cabeças, simbolizando os três conquistadores. Esse foi o início de tudo. O dragão tem três cabeças, ou pelo menos deveria ter. Possuo três dragões, mas não possuo dois irmãos. Se eu morrer, minha família morre. Eu sou o último dragão. O último.

Um silêncio se instalou no enorme salão.

— Sim, você é o último dragão. Mas não acho que precise de dois irmãos para manter o nome Targaryen no topo. Não precisou todos esses anos. Você lutou e ganhou sendo a última Targaryen. Fez coisas mais do que Aegon, O Conquistador e suas irmãs. Você possui os três aí dentro, e lá fora, voando pelo céu. Você é um dragão, seja um dragão. Conquiste o que é seu. Seja melhor que seus antepassados. Seja Aegon, seja Rhaenys, seja Visenya.

Dany sorriu, e logo se pôs a caminhar em direção à porta, mas parou diante dela.

— Então você entende que eu não preciso me casar para conquistar os Sete Reinos?

— Tola eu seria se não entendesse. Se eu tivesse seus dragões, todos esses malditos traidores já estariam beijando meus pés - a velha respondeu soltando uma sonora gargalhada.

***

Daenerys saiu dali, e encontrou Tyrion cercado por soldados Tyrel, e alguns imaculados. Ele aguardava a Rainha para que pudessem retornar, pois assuntos pendentes lhes aguardavam em Pedra do Dragão.

— Não será necessária essa escolta- ela disse, e o anão a olhou intrigado.

— Drogon não está por perto, e não sei se seria seguro que você voasse depois do que aconteceu.

— Seria menos ainda se eu fosse por terra. E Drogo já está por perto, posso senti-lo. Está apenas esperando por mim. Vocês estão dispensados- ela disse para os soldados Tyrel - e vocês, ficaram aqui para garantir que Lady Olenna esteja segura - se dirigiu aos imaculados.

— E eu retornaria como, sem uma escolta?- questionou Tyrion.

— Você retornará comigo-Dany disse, sorrindo quando seu filho surgiu no céu cobrindo quase toda a luz do sol, antes de pousar perto de si.

— Minha Rainha, não sei se seria prudente... Ele não me aceitaria, e nem sei montar em um -o anão falou, nervoso.

— Ele o aceitaria, pois seus irmãos confiaram em você uma vez. E eu confio em você- ela disse, subindo do dragão e se posicionando em suas costas largas.— Suba no dragão. É uma ordem.

Diante do rosto impaciente de Daenerys, Tyrion repetiu os movimentos da Targaryen para subir nas costas do dragão, mas foram necessárias mais de uma tentativa para poder conseguir.

— Segure firme - ele a escutou dizer, e então quando se deu conta, o vento forte batia contra o seu rosto enquanto ele admirava o mundo lá em baixo. E se pegou pensando em seu pai, que sempre desprezara o desejo de possuir um dragão quando criança. Não possuía um dragão, mas estava montado em um agora. E ele pagaria todo o ouro do mundo só para ver a cara de Twyin Lannister diante daquilo.<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_191120_035917_807.sdoc-->


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Notas finais do capítulo

eu de vez em quando irei trazer alguns pontos do passado da Dany, como as visões que ela teve na Casa dos Imortais, os seus sonhos proféticos, as suas profecias. Eu acho isso uma das partes mais fantásticas da história dela e não acho justo que seja esquecida, ou excluída de toda a caminhada dela.



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