The Death Of Me escrita por julianab


Capítulo 12
A stolen kiss so out of place.


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pelo sumiço! Não foi por falta de tempo... foi apenas por falta de ideias. Eu já sabia onde queria chegar, só não sabia como chegar lá. Mas tudo resolvido agora! E respondendo alguns comentários que eu li, meus lindos, a Elena só não consegue escolher entre os dois. Essa é a semelhança com Katherine. Ela não vai virar nenhuma vadia manipuladora e assassina, fiquem tranquilos hahahaha Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/77831/chapter/12

A stolen kiss so out of place.
Um beijo roubado tão fora de lugar.


- Eu odeio química! – Elena socou a mesa com raiva, bufando e fechando o livro com força ao mesmo tempo. A superfície de madeira à frente dela estava cheia de folhas, e várias voaram com o movimento brusco.

Uma risadinha soou perto dela.

A poucas cadeiras de distância estava sentado Damon, com os pés apoiados sobre a mesa. Na mão ele tinha um copo de uísque quase vazio, e ele observava Elena com um sorrisinho no canto dos lábios.

- Vamos lá, Elena, não é assim tão difícil. – ele estava claramente se divertindo com a irritação dela. Ela cerrou os olhos pra ele.

- Não é, pra quem já estudou isso várias vezes... – Elena resmungou.

- Aí que você se engana. Até parece que eu sou trouxa como o Stefan de ficar voltando ao colegial. – ela cerrou ainda mais os olhos, mas Damon a ignorou, fazendo uma pausa para beber mais um gole. - E nas várias ocasiões em que estive na faculdade, controlei a mente dos professores para me formar. Como se eu fosse ir para as aulas, tendo tantas festas pra comparecer. – ele deu um sorriso de canto no final, como se aquilo fosse algo óbvio.

- Você não está ajudando. – ela o olhou com tédio.

Ele ergueu as mãos como se estivesse se rendendo, virou o conteúdo do copo e então se levantou. Damon aproximou-se lentamente, parando logo atrás dela e se inclinando para apontar alguma coisa no papel. A boca dele ficou muito próxima da nuca de Elena, provocando-lhe um arrepio instantâneo.

- Você está errando aqui. – ela não prestou atenção às palavras, sua mente toda focada nos toques dele: a mão abrindo o lenço com tanta habilidade que ela mal notou, e então os lábios de Damon roçando-lhe a pele do pescoço muito de leve enquanto ele falava.

Se não estivesse sentada, as pernas de Elena provavelmente não teriam aguentado o seu peso.

Damon logo se afastou, sentando-se novamente na cadeira no mesmo instante em que Elena pôde ouvir a porta da frente se abrindo.

Stefan não demorou a chegar na sala, carregando duas sacolas nas mãos.

- Ainda estudando? – ele se aproximou dela e se inclinou para beijá-la de leve. – Eu trouxe a janta, você precisa de uma pausa.

- Obrigado, irmãozinho, mas eu já jantei. – Damon interrompeu-o em um tom malicioso, lançando um olhar corrompido para Elena.

- Que engraçadinho. – ela revirou os olhos para ele.

- Você já pode ir embora, Damon. – Stefan falou com a voz fria, lançando um sorrisinho falso para o irmão.

- E se eu quiser ficar? – Damon perguntou com as sobrancelhas erguidas, um sorriso igual ao de Stefan.

- Menos, vocês dois. – Elena os repreendeu, levantando-se. - Vamos jantar, Stefan. – ela puxou-o pela mão até a cozinha, enquanto ele continuava a encarar o irmão com cara feia até ele sair de seu campo de visão.

Fazia duas semanas que Elena admitira em voz alta que precisava de Damon por perto. Desde lá, então, seus sentimentos passavam por inúmeras fases, desde a culpa até a confusão. Quando Stefan era tão bom namorado com ela, Elena se sentia extremamente culpada de estar fazendo isso com ele. Mas, quando via Damon, ele despertava coisas dentro dela que a deixavam confusa, irritada, luxuriosa. E assim o ciclo continuava, prestes a deixá-la maluca.

- Hmmm, o cheiro está delicioso. O que é? – Elena perguntou quando Stefan apoiou as sacolas no balcão da cozinha, abrindo-as para espiar. – Batata-frita! – ela exclamou, toda feliz, se virando para ele, que ainda tinha a cara fechada. – Awn, Stefan... – ela se aproximou dele e parou na ponta dos pés, selando seus lábios por um breve segundo. – Quanto mais você se irritar com as brincadeirinhas de Damon, mais ele as fará. – ela falou com certa repreensão na voz, certa de que Damon escutaria do outro cômodo.

- Você está certa. – Stefan balançou a cabeça e abraçou-a pela cintura, beijando-lhe de leve. – Esqueçamos o Damon, vamos comer.

Eles arrumaram a mesa rapidamente e se sentaram lado a lado. Por um tempo o barulho dos talheres era o único que eles ouviam.

- Ah! – Stefan exclamou de repente, como se houvesse se lembrado de alguma coisa. – Tenho uma surpresa pra você.

- O que é? – Elena olhou-o curiosa, deixando a batata-frita que segurava no meio do caminho entre o prato e a boca.

- O que você acharia de passar o fim de semana longe daqui? Longe de todos? – ele deu ênfase no final da frase, e Elena não precisava ser adivinha para saber a quem ele se referia. Ela abriu um sorriso largo como resposta à proposta dele. – Consegui uma casa ótima na costa da Flórida.

- Stefan, sério? Acho ótimo! – ela esticou a mão até alcançar a dele e apertou-a com força, sorridente. Ele abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas foi interrompido pela entrada de Damon na cozinha.

- Acho ótimo, Stefan. Um fim de semana com a casa só para mim... – Damon deu um de seus típicos sorrisos corrompidos e roubou uma das batatas do prato de Elena. – Hora da janta. – ele abanou para ela, ainda sorrindo daquele jeito quando saiu da cozinha e logo eles ouviram a porta da frente se fechando.

- Espero que ele não faça nenhum estrago muito grande. – Stefan falou entre preocupado e irritado. Elena apertou a mão dele novamente, balançando a cabeça.

- Relaxe, Stefan. Se ele quisesse fazer algo muito ruim, faria com ou sem nossa presença. E o fim de semana é nosso, esqueceu? – ele concordou com a cabeça sorrindo e se inclinou para tocar o rosto dela.

- Nosso fim de semana.

Na sexta-feira depois da aula, Elena correu para casa para terminar de arrumar sua pequena mala, e não demorou até Stefan aparecer para buscá-la. Jenna lhe deu milhares de recomendações, preocupada com a onda de assaltos que acontecia na Flórida, mas elas eram sinceramente inúteis, já que um assaltante não iria causar mal a ela com um vampiro para protegê-la.

Depois os dois finalmente entraram no carro e partiram para a Flórida. Eles tinham várias horas de viagem pela frente, que acabaram passando rápido para Elena. Enquanto não estava conversando com Stefan, ela estava dormindo. Era tarde da noite quando foi acordada por ele, avisando-a que já haviam chegado.

A casa não era muito grande, mas era linda. Era toda clara, com vários vidros altos dando uma visão linda do Golfo do México. Não havia vizinhos, apenas árvores ao seu redor.

Eles entraram, deixaram as coisas no quarto e então saíram para dar uma volta. Estava frio, e Elena abraçava o próprio corpo enquanto Stefan tinha um braço apoiado no ombro dela. Ela não enxergava muito; de longe eles viam uma espécie de farol, a única luz que iluminava a noite.

Logo eles voltaram para dentro, e, exaustos, dormiram rapidamente.

No dia seguinte, quando Elena acordou, ela estava sozinha. Porém, do seu lado na cama, havia uma bandeja com torradas e uma bonita flor amarela. Ela abriu um sorriso largo, se espreguiçando.

- Stefan? – ela chamou sem elevar muito a voz, certa de que ele ouviria. Depois de alguns segundos, sem nenhuma resposta, ela sentou-se na cama. Só então que notou um bilhete sobre o travesseiro dele.

Isso foi só o que eu achei de comida na casa. Pelo jeito o proprietário não cumpriu o acordo comigo de deixar suprimentos para o fim de semana. Não sei qual o mercado mais próximo, mas creio que é distante. Não se preocupe se eu demorar um pouco. Eu te amo. S.

Ela puxou a bandeja para o colo e devorou as torradas, só então percebendo a fome que estava. Ela cheirou a flor e deu um sorriso, depois foi até a cozinha para lavar a louça. Quando terminou e guardou tudo no seu devido lugar, voltou para o quarto para se vestir. Um grito escapou de seus lábios ao ver uma figura toda de preto parada de costas para a porta, olhando a vista pela sacada.

- Damon! – ela disse com raiva ao vê-lo se virar, a mão sobre o coração.

- Finalmente, Elena. Achei que você não iria acordar nunca. – ele deu um sorriso de canto e foi se aproximando dela.

- Finalmente? Você já estava aqui antes? – ela perguntou incrédula.

- Sim, desde que Stefan saiu. Aliás, eu sumi com a comida toda para arranjar um motivo para que ele se afastasse de você. – ele disse sem culpa nenhuma, como se falasse sobre o tempo.

- O quê? Por quê? – ela olhava-o cada vez mais confusa, sem perceber que ele estava cada vez mais perto.

- Ele quis monopolizá-la por um fim de semana inteiro, Elena. Stefan tem que aprender a ser menos possessivo... – Damon revirou os olhos, sorrindo de canto.

- Mas... Por quê? Por que você está aqui, Damon? – ela olhava-o atordoada, totalmente pega de surpresa.

Ele olhou-a brevemente e depois agarrou-a rapidamente, grudando a boca na dela.

Com toda a força de vontade que tinha, Elena manteve os lábios bem fechados, resistindo ao beijo dele. Depois de alguns segundos, Damon se afastou dela, agora levemente irritado.

- O que foi, Elena? Não me diga que voltou à fase da culpa. – ele revirou os olhos para ela agora, sem sorrir.

- Por que você está aqui? – ela perguntou firme agora, olhando bem fundo naqueles olhos indecifráveis.

- Pra ver você. – Damon respondeu com tédio, tentando agarrá-la novamente. Ela deu alguns passos pra trás, se grudando na parede.

- Mas por quê?! – Elena voltou a perguntar, claramente se irritando. – Você poderia ter ficado com a casa toda para você durante esses dias, você poderia ter feito o que bem entendesse em Mystic Falls. Mas você está aqui! – ela exclamou, ainda incrédula.

Damon ficou em silêncio, apenas observando-a por algum tempo. Ele tinha a testa franzida, como se estivesse perdido em seus pensamentos.

- Por que, Damon?! – ela voltou a repetir, ávida pela resposta da pergunta que martelava a sua mente o tempo todo. Por que Damon ficava indo atrás dela? – Você quer se vingar de Stefan, é isso?

Ele apenas fez um movimento com a cabeça, sem dar nenhuma resposta conclusiva, ainda olhando-a como se estivesse distraído.

- Se é isso, por que você ainda não contou para ele? Não é do seu feitio comer quieto, Damon! – ela estava ficando cada vez mais irritada, movida por aquela confusão tão constante na sua mente. – Ou é por que eu pareço Katherine? É isso? Você sente falta dela e tenta se distrair comigo?

Ainda sem resposta dele, ela se desgrudou da parede e se aproximou, parando a poucos centímetros de Damon e o encarando firme.

- Diga alguma coisa, Damon! Eu preciso saber!

- Porra, Elena, eu não sei! – Damon exclamou perdendo o controle. Mal percebendo o movimento, Elena estava prensada entre a parede e o corpo dele, que tinha o rosto bem próximo ao dela, encarando-a furioso.

De repente Elena ficou assustada, vendo como as veias no rosto dele se escureciam, assim como seus olhos. Aquela expressão que ela já vira em muitos vampiros quando estavam perto de atacar.

- Eu não sei, Elena! – Damon vociferou bem perto da boca dela. – Você acha que eu também não gostaria de saber? – ele apertou-a mais contra a parede, fazendo-a resmungar baixo. Ele estava machucando-a. - Eu gostaria de ter uma resposta quando eu não consigo parar de pensar em você e de querer estar perto de você!

Enquanto ele soltava as palavras com raiva, Elena percebeu que nunca vira Damon tão fora de controle. Mas então ele respirou fundo, fechando a mandíbula com força, escondendo as presas afiadas, e se afastou dela, virando-se de costas e parando de frente para a sacada.

Elena ficou grudada na parede, sentindo o corpo todo fraco e respirando com força enquanto ele permanecia imóvel, sem olhá-la. Depois de algum tempo em silêncio, quebrado apenas pelo ligeiro ofegar dela, Elena se aproximou da sacada. Andando devagar, ela parou logo atrás de Damon, tocando-lhe o ombro. Lentamente ele virou o rosto para ela, as veias ainda saltadas no rosto, a mandíbula firmemente fechada de irritação.

Então ela ficou nas pontas dos pés, e, segurando Damon pela nuca, aproximou os lábios dos dele. Sem reação, ele permaneceu com eles bem fechados, mas Elena não se afastou. Ficou ali, com a boca grudada na dele, até que sentiu a mandíbula dele se soltar. Assim, invadindo os lábios dele com a língua e sentindo as presas ainda bem afiadas com a ponta dela, Elena beijou-o devagar.

Quando Damon virou todo o corpo na direção dela, Elena passou os dois braços pelo pescoço dele, acabando com qualquer espaço entre eles. Ela sentiu as mãos dele segurando-a firme pela cintura. Nenhum dos dois afastou os lábios por um bom tempo. O beijo permaneceu calmo, sem pressa, assim como tinha começado. E ele estava causando um borbulhar de sentimentos novos no peito de Elena. Esse beijo não era movido por aquele desejo inexplicável e incontrolável, não era rápido, urgente; era um beijo diferente, que traduzia o que estava acontecendo dentro dela, o que ela não conseguia colocar em palavras por ser confuso demais.

Então Damon terminou o beijo de repente, relutante, como quem não queria se afastar. Com os lábios ainda próximos aos dela, ele murmurou de forma quase inaudível.

- Stefan...

Elena suspirou, não querendo que ele fosse embora. Foi o suficiente para que a culpa tomasse conta dela novamente.

Damon se afastou, olhando-a intensamente por vários segundos, antes de sair pela sacada. Elena ficou encarando o ponto onde ele desapareceu até o barulho da chegada de Stefan ficar perceptível para seu ouvido humano. Ela foi até sua mala e procurou alguma coisa para vestir. Quando ele chegou no quarto, ela estava sentada na cama, penteando os cabelos.

- Bom dia! Faz tempo que você acordou? – ela negou com a cabeça quando ele se aproximou para beijá-la.

- Não, não muito. Comi as torradas, lavei a louça e me troquei. A propósito, obrigada. – ela sorriu para ele, que se sentou ao lado dela.

- Demorei bem mais do que esperava para encontrar um mercado. – ele passou o braço ao redor da cintura dela, puxando Elena para mais perto. – Sentiu minha falta? – Stefan deu um sorrisinho de canto enquanto beijava o pescoço dela devagar. Ela engoliu em seco antes de responder, tentando impedir com que a culpa que a dominava por dentro ficasse visível na sua voz.

- Sempre sinto.

Stefan sorriu e lentamente foi inclinando o corpo sobre o dela, deixando-a deitada na cama. Os lábios dele encontraram os dela e beijaram-na devagar, mas com certa vontade. Ao sentir a língua dele, Elena imediatamente se lembrou da língua de Damon contra a dela.

Ficou difícil de respirar com a culpa que encheu todo o peito dela.

O resto do sábado e o domingo pela manhã passaram-se tranquilos. Elena se esforçou ao máximo para deixar os pensamentos e os sentimentos por Damon bem no fundo de sua mente. E aparentemente funcionou, já que Stefan não notou nada de estranho no jeito dela.

Logo depois do almoço eles partiram de volta para a Virginia, já que teriam várias horas de viagem pela frente. Ao chegarem em Mystic Falls, já bem tarde, Elena ficou feliz de poder estar um pouco sozinha. Tomou um banho longo e depois caiu na cama, dormindo rapidamente.

No dia seguinte, Elena levantou cedo, antes do seu despertador. Saiu da cama sem pressa, se vestindo igualmente devagar. Enquanto se arrumava, vez ou outra seus pensamentos voavam involuntariamente para Damon. Ela não conseguia parar de se lembrar da confusão que vira nos olhos dele, sem saber como responder a pergunta dela. Elena sabia que Damon estava sempre fazendo joguinhos por aí, mas, de alguma forma, ela acreditava naquilo. Ela vira, pela fúria dele, que não era a única confusa com toda aquela situação.

Elena desceu, tomou seu café, e depois resolveu ir caminhando. O dia era bonito, apesar de um pouco frio. Ela avisou Jenna quando viu a tia descendo para a cozinha e então partiu com os fones no ouvido. Escondendo as mãos nos bolsos, as protegendo do vento, Elena deixou sua mente vagar livremente por onde quisesse. Dentre várias coisas, os olhos de Damon não cansavam de voltar à cabeça dela.

Chegou no colégio com alguns minutos de antecedência e foi buscar os seus livros. De longe, ela viu um garoto encostado no armário dela. Se aproximando, pôde observar que ele parecia um pouco velho demais para estar no colégio. Seus cabelos eram escuros e ele tinha uma barba rala, além de ombros largos cobertos por uma jaqueta de couro. Quando ele se virou para ela, Elena pôde ver que os olhos eram extremamente verdes, parecendo duas esmeraldas.

Ele encarou-a avidamente por alguns segundos, parecendo surpreso com alguma coisa. Ela deu um sorriso hesitante, um pouco envergonhada pela forma em que ele olhava para ela, tão profundamente.

- Com licença? Você está em frente ao meu armário.

- Ah... – ele murmurou balançando a cabeça, como se acordasse de alguma espécie de transe. – Desculpe, não sabia. – ele se afastou sorrindo um pouco e Elena abriu o armário.

- Você é novo por aqui? – ela perguntou enquanto colocava os livros dentro da mochila.

- Sou... Vim de Chicago há uma semana. Meu pai foi transferido para uma cidade próxima. – Elena fechou o armário e virou-se para o garoto.

- Ah, desculpe-me o esquecimento. – ela deu uma risadinha, repreendendo a si mesma. – Como você se chama?

- Nick, prazer. – ele esticou a mão para Elena, que a apertou.

- Seja bem-vindo, Nick. Eu sou Elena.

- Belo nome, Elena. Combina com você. – ele disse olhando bem nos olhos dela, sorrindo. Ela sorriu de volta, ligeiramente envergonhada. Então ela sentiu um braço envolvendo sua cintura por trás.

- Olá, estou atrapalhando? – Stefan perguntou, olhando com interesse para o garoto desconhecido.

- Claro que não. – Elena virou-se para selar os lábios nos de Stefan rapidamente. – Stefan, este é o Nick. Ele é novo na cidade.

- Seja bem-vindo, cara. Gostando de Mystic Falls? – Stefan cumprimentou Nick com a mão.

- Não conheci muita coisa ainda, ninguém para me mostrar a cidade. – ele deu de ombros.

- Então nós faremos isso, certo, Stefan? – Elena disse animada, virando-se para o namorado. Ele confirmou com a cabeça e depois beijou-a de leve.

- Elena, eu preciso resolver umas coisas antes da aula começar. Nos vemos mais tarde? – ela fez que sim e então ele afastou-se, acenando para Nick.

- Você já tem o seu horário aí? Eu posso te mostrar suas salas, se você quiser.

- Seria ótimo, Elena. Não conheço nada por aqui. – ele colocou a mão no bolso e tirou um pedaço de papel, desdobrando-o. – Eu tenho geografia.

- Ah, o mesmo que eu! – ela sorriu. – Vou te levar lá, então.

Os dois saíram caminhando juntos, Nick recebendo vários olhares curiosos. Eles entraram na sala e todos se viraram pra olhar. Quase todos os lugares haviam sido ocupados, então Elena sentou-se mais a frente, enquanto ele pegou uma mesa bem no fundo.

O sinal logo tocou, então todos se sentaram.

- Bom dia, turma. – disse a professora enquanto entrava e fechava a porta.

- Bom dia. – todos responderam em uníssono. Ela sentou-se e ajeitou os óculos, olhando para Nick.

- Vocês já devem ter percebido que têm um novo colega. O senhor se importa de se levantar e se apresentar?

Nick negou com a cabeça e fez como ela pedira.

- Bem, meu nome é Nicholas Harris, mas podem me chamar de Nick. Eu vim de Chicago porque meu pai foi transferido e... É isso. – ele sorriu um pouco inseguro e depois acenou a cabeça de leve antes de se sentar.

Elena virou-se para ele e sorriu, encorajando-o, e Nick sorriu de volta.

Na hora do almoço, quando ela e Stefan saiam da fila com as bandejas cheias, eles avistaram Nick sentado em uma mesa afastada, sozinho. Ela fez um sinal para Stefan e os dois se aproximaram.

- Você se importa? – ela perguntou enquanto já colocava a bandeja na mesa e se sentava em frente a ele.

- Não é como se eu estivesse guardando lugar para alguém, então... – Nick sorriu.

Os três foram conversando e comendo seu almoço devagar. Quando um parceiro de Stefan do time de futebol se aproximou para falar com ele, Elena ficou em silêncio, terminando o seu suco. Quando levantou os olhos, flagrou Nick observando-a atentamente, interessado. Ela sentiu as bochechas corarem e abaixou os olhos novamente.

Quando o sinal tocou, Elena foi até o ginásio para os dois últimos tempos de Educação Física. Ela entrou no vestiário, trocando seu uniforme por um short e uma blusa de ginástica, amarrou o cabelo e deixou a mochila pendurada quando saiu.

O professor estava arrumando a rede para elas jogarem vôlei. Elena entrou em um time rapidamente, sendo a primeira a sacar. Ela adorava aquele jogo.

Depois de certo tempo, quando olhou para as arquibancadas, ela viu Damon sentado bem no alto, os olhos fixos nela, um sorriso pendurado no canto dos lábios. Ela cerrou os olhos, repreendendo-o por estar ali.

Então a bola passou raspando por ela, caindo no chão exatamente ao lado dela.

- Elena! – Caroline virou-se para ela, as mãos no quadril. – Será que dá para você prestar atenção?

- Foi mal... – ela resmungou de volta. Depois olhou para Damon novamente, revirando os olhos para ele, que ria descaradamente dela.

Após notar a presença dele, Elena mal conseguiu jogar. Errava bolas muito fáceis, e seu saque parou na rede mais de uma vez. Quando o jogo terminou, Caroline passou por ela com cara feia antes de entrar no vestiário. Elena se demorou mais, e subiu as arquibancadas até onde Damon estava.

- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou irritada, parando em frente a ele. Era a primeira vez que o via desde aquele dia na Flórida. Era engraçado como ela nunca se sentia desconfortável perto de Damon, mesmo depois de acontecimentos como aquele.

- Qual foi o seu problema no final do jogo, Elena? Você estava jogando tão bem antes! – ele se divertia às custas dela, ignorando a pergunta.

- Engraçadinho. – ela revirou os olhos, cruzando os braços. – E você sabe que não pode aparecer por aqui. – ela abaixou a voz, olhando discretamente para os lados.

- Não estava fazendo nada demais além de observar o jogo. A propósito, - ele abaixou o olhar por todo o corpo dela, seus olhos brilhando de malícia. – você fica ótima com essa roupa.

- Cala a boca, Damon. – ela deu um tapa no ombro dele, que riu indiferente. Então ele se aproximou dela, falando bem próximo ao ouvido de Elena.

- Desça, tome seu banho e se demore mais que as outras. Depois que todas forem embora, desço pra te ver.

- E o que faz você pensar que isso vai acontecer? – ela se afastou, os olhos repreensivos. – Alguém pode aparecer, Damon. Sem chance.

- Não seja estraga prazeres, Elena. O risco é o que torna tudo mais divertido.

Ela apenas revirou os olhos para Damon e então desceu as arquibancadas até o vestiário. Algumas garotas já estavam saindo do banho, então ela entrou rapidamente em um dos chuveiros. Alguns minutos depois desligou a água e se enrolou na toalha, indo até sua mochila.

- Quem era aquele lá em cima, Elena? – perguntou Louise, uma de suas colegas.

- Damon, o irmão de Stefan. – ela respondeu com tédio, pegando suas roupas dentro da mochila.

- Gostoso demais! – exclamou Grace, outra garota que ouvia a conversa. Elena bufou bem baixo, certa de que Damon estava escutando. Ele não precisava de alguém inflando ainda mais o seu ego.

- Ele é um idiota. Não me aproximaria dele se fosse vocês. – as garotas deram risadinhas e mudaram de assunto.

Tudo bem, Damon não era tão idiota quanto Elena um dia pensara que fosse. Mas ela não queria nenhuma delas perto dele. “Ciúmes?”, uma vozinha em sua mente perguntou. Elena ignorou-a.

- Alguém viu meu sutiã? – ela exclamou ligeiramente irritada, recebendo respostas negativas das poucas que ali ainda estavam.

Ela tinha certeza que botara um sutiã na mochila para trocar depois da aula, mas não o achava em lugar nenhum. Resmungando, ela voltou a vestir o mesmo de antes e se aproximou do espelho para pentear os cabelos.

Acenou com a cabeça para as suas últimas colegas a saírem. Quando estava guardando o pente na mochila, pronta para ir embora, a porta se abriu. Ela ergueu os olhos e encarou Damon pelo espelho.

- Procurando por isso? – ele esticou a mão com o sutiã de Elena. Ela se virou irritada.

- Damon! Como você o pegou?! – ela se aproximou, tentando arrancá-lo da mão de Damon.

- Gostei dele. – ele comentou com um de seus típicos sorrisinhos, encarando o sutiã. Ele era todo listrado em azul, vermelho e branco, decorado com o desenho de uma âncora.

- Será que você pode me devolver? – Elena perguntou com um sorriso irônico, a mão esticada na direção dele.

Damon segurou-a pela mão e puxou-a para ele, seus corpos se chocando com o movimento. Ela soltou o ar com um pouco de força e abriu a boca para dizê-lo que aquilo era perigoso. Aproveitando, Damon grudou a boca na dela e beijou-a com avidez. Ela pensou em resistir, seu cérebro avisando-a dos riscos que corriam de serem pegos. Seu corpo, ao contrário, ignorou todos os lembretes. Os braços dela envolveram o pescoço de Damon, aproximando-os mais ainda um do outro, e ela respondeu ao beijo da mesma forma que ele.

Ele segurou-a pelos cabelos, com firmeza, fazendo as pernas de Elena vacilarem. Damon a conduziu até o balcão da pia, colocando-a sentada nele. Ela se inclinou, apoiando as costas no espelho, e ele se ajeitou entre as pernas dela.

Os lábios úmidos dele deslizaram pelo pescoço e ombros de Elena, deixando uma trilha de calor por onde passavam. Damon só os afastou para arrancar a blusa dela, e logo voltou a roçá-los pelo seu peito, tocando-lhe as partes dos seios que o sutiã deixava à mostra.

- Gostei desse também. – ele murmurou com a boca grudada na pele de Elena, os olhos erguidos para ela, referindo-se ao sutiã com estampa de zebra que ela usava.

Ela sorriu, sem fôlego, os olhos ligeiramente fechados pelos choques quase elétricos que a boca de Damon provocava em sua pele.

Então, subitamente, eles foram surpreendidos por um barulho vindo da porta. Nem Damon, absorto pelo momento, se antecipara a ele. Os dois se viraram rapidamente para direção em que ele vinha, assustados, culpados, pegos no flagra. Elena arregalou os olhos para a pessoa parada em frente à porta aberta, tão surpresa quanto ela.

- Elena?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E agora??? Quem pegou Damon e Elena COM A BOCA NA BOTIJA?! AHHAHAHAHA (me senti a minha vó nesse momento). Deem seus palpites! E obrigada, obrigada, obrigada mais uma vez por todos os comentários lindos e pelas recomendações. Continuem assim, vocês me fazem tão feliz!
P.S.: alguém mais ainda está em choque com o final do quinto episódio? Porque eu tô assim, totalmente chocada hahahah
Beijinhos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Death Of Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.