My Immortal escrita por Jubinha Winchester


Capítulo 3
Capítulo 2




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Deitada em minha cama fazendo a lição de casa, tia Jenna bate na porta do meu quarto que estava aberta.

— Elena.

— Oi. – Parei de escrever e a observei.

— O jantar está pronto.

— Está bem já vou descer só vou terminar os deveres. – A respondi e minha tia já estava saindo do quarto, porém voltou.

— Aaa já ia esquecendo. Você tem visita.

— Quem é? – Perguntei curiosa.

— Você sabe, o de sempre.

“Damon” – Pensei.

Era sempre assim. De vez em quando Damon aparecia do nada aqui em casa. Ele não desistia. Damon e eu já namoramos por um tempo só que não deu certo por causa de ciúmes. Damon não aceitou bem o término do nosso namoro, mas somos amigos e nada mais.

Ele ainda tem esperança que a gente volte, porém deixei bem claro que não tinha volta. Vai o fazer entender isso...

Fechei os meus livros e desci para falar com ele. Descendo as escadas, o vejo sentado no sofá foleando algumas revistas.

Ele percebeu a minha presença e se levantou para me cumprimentar.

— Oi Elena.

— Oi Damon. – Nos cumprimentamos com um beijo no rosto.

— Me desculpa vim a essa hora.

— O que aconteceu?

— É o Stefan. Ele bebeu demais na festa do Tyler. Eu tentei levá-lo para casa, mas ele não me ouve.

— Mas porque ele bebeu desse jeito? O Stefan não é de beber até cair.

— Você o conhece e sabe que o motivo disso... É a Caroline que não o quer e ainda mais agora que ela está com o Tyler. Tenho medo de que ele faça uma besteira.

O Damon poderia ser o que for, mas quando se tratava do irmão... Ele era capaz de tudo até de morrer por Stefan.

— Me leve até lá Damon.

— Tem certeza Elena? Talvez eu tenho te atrapalhado em algo.

— Não está me atrapalhando em nada. E outra é o Stefan. Ele precisa de ajuda. Vamos.

— Ok. Então vamos. – Disse ele.

Na mesma hora avisei a tia Jenna, busquei meu casaco e saí com o Damon. Entramos no seu jipe e fomos para casa do Tyler.

(...)

Damon estacionou o seu carro afastado um pouco da mansão do Tyler, pois estava lotado de veículos ao redor da casa.

Caminhamos em direção da mansão. Entramos na casa que estava super lotada com a música alta, eu não conseguia ouvir quase nada por causa do barulho. Com muita dificuldade passamos por entre as pessoas e fomos para parte de trás da casa onde tinha uma piscina enorme. Damon falou comigo para esperá-lo aqui enquanto procurava o Stefan.

Fiquei ali o aguardando, enquanto isso avistei o meu irmão junto dos seus amigos fazendo coisas ilícitas e com as mulheres ao redor deles.

Como não quero nada me aproximei do Jeremy para ver se estava tudo bem com ele.

— Jeremy.

Ele levou um susto, pois não esperava a minha presença ali na festa.

— Elena?  - Disse todo assustado ao me ver e tentando esconder a droga que estava usando.

— O que significa isso Jeremy?

— Deixa eu te explicar Elena. – Ele levantou tentando se explicar, mas não dei ouvido.

Não estava acreditando no que eu estava vendo. Meu Deus como o Jeremy faz isso depois de tudo que a nossa família passou.

Comecei a caminhar indo a procura do Damon, eu não queria ficar nenhum minuto nessa porcaria de festa.

Andando em passos largos eu sentia que Jeremy estava atrás de mim. E não deu outra, ele conseguiu segurar no meu braço e me levou para fora da casa.

— Me solta Jeremy. – Puxei meu braço com força.

— Calma Elena não é nada do que você está pensando.

— Jeremy como você pode dizer isso? Você está se drogando.

— Não Elena, eu só estou...

— Sim, você está drogado. E você prometeu a Tia Jenna, a mim que não voltaria a cheirar essas porcarias.

— Me desculpa Elena só foi um cheirinho de nada.

— UM CHEIRO UMA OVA. VOCÊ LEMBRA O QUE VOCÊ FEZ POR CAUSA DESSAS PORCARIAS.

Gritei com ele que ficou surpreso com a minha reação, pois nunca tinha me visto naquele estado.

— Nossa nunca te vi assim.

— Jer, por favor, não faça isso. Você sabe que não é vida. – Respirei fundo tentando me acalmar.

— Ok te prometo que não vou cheirar mais, só não conta para o Alaric e a Jenna.

— Me desculpe Jer, mas eu vou contar.

— Por favor, Elena. Eu prometo que não vou fazer mais isso.

Por um momento fiquei o observando. Eu sabia que era mentira eu tinha certeza que o Jeremy voltará a usar drogas, mas eu farei de tudo para não deixá-lo cair nessa vida de novo.

— Está bem dessa vez eu vou deixar entre nós dois, mas se eu souber ou pegar você usando essas porcarias já sabe o que eu vou fazer.

— Ok te juro que não vai mais se repetir. – Jeremy disse me abraçando forte em agradecimento pelo meu silêncio e isso me deixou preocupada, pois eu não consigo ficar com raiva dele. Ele é meu irmão e eu o amo muito.

Nos afastamos.

— Porque veio?

— Stefan. Damon me pediu ajuda.

Eu expliquei o Jeremy o que estava acontecendo e ele me contou que o Stefan está arrasado após saber que Caroline subiu para o quarto com o Tyler e até agora não havia descido. Durante a nossa conversa ouvimos gritos e correria.

— O que deve está acontecendo Jeremy?

— Eu não sei. Vamos lá ver.

(...)

Nos aproximamos do local para ver o que é. Dentro da casa na sala de estar estava um tumulto e muita gritaria. Tentando passar pela multidão Jeremy segurava a minha mão para eu não me perder, quando conseguimos avistamos o Tyler e Stefan brigando. A única coisa que eu fiz foi mandar o Jeremy intervir.

Era uma grande confusão. Stefan estava em desvantagem, pois estava bêbado. Damon tentava separar os dois, mas o Bryan e Nick não deixava.

Jeremy avançou contra o Nick e Bryan para soltarem o Damon.

Por descuido do Tyler, Stefan conseguiu o derrubar no chão.

— Seu desgraçado não quero você perto dela. – Stefan gritava dando socos no rosto do Tyler. -

Jeremy e Damon conseguiram afastar o Stefan, agora os dois se encarava feio.

— Se enxerga Stefan, ela não te quer, agora a Caroline é minha. Você perdeu a parada. – Tyler riu com cinismo deixando o Stefan com mais raiva dele.

— Seu filho da mãe. Vou te matar. - O Salvatore tentou avançar no Tyler para continuar as agressões, mas o Jeremy e o Damon, o segurou forte, enquanto isso o Tyler o provocava.

Eu odiava esse Tyler além dele se achar ainda gostava de provocar as pessoas e como eu gosto muito do Stefan resolvi me interferir antes que continuasse a discussão.

— Chega Stefan. Agora acabou. – Eu falei me aproximando do Salvatore mais novo. – Vamos embora daqui. Esquece o Tyler. Você não merece essa humilhação. Esquece os dois. Vamos.

Coloquei a mão no rosto do Stefan e com ajuda do Jeremy o tiramos dali, mas antes ouvi o Damon falar algumas palavras para o Tyler.

— Não o provoca mais Tyler. Deixa-o em paz. Desta vez eu vou deixar passar, mas na próxima não vou facilitar para você. Deixa o meu irmão quieto. – O ameaçou.

Eu não sei o que aconteceu simplesmente saí dali com Stefan o levando para o carro do Damon. Ele não conseguia parar de resmungar de tanta raiva que estava e cheirava a álcool puro.

— Elena como a Caroline pode ficar com esse cara. Ele não presta.

— Eu sei Stefan, mas não podemos fazer nada. Você precisa esquecê-la.

Nisso Damon apareceu com uma cara de poucos amigos. Eu não quero nem saber o que aconteceu. A única coisa que eu queria era ir para minha casa, porque hoje o dia havia sido turbulento para mim.

Ajudei o Damon a colocar o Stefan no banco do carona do Jipe. Depois disso pedi a chave do meu carro que estava com o Jeremy. Eu não iria deixá-lo dirigir todo doidão pela estrada.

Antes de ir para o meu carro, Damon se aproximou de mim.

— Obrigado Elena, eu não sei o que faria se você não estivesse aqui. Ele te ouve mais do que eu. – Ele pegou a minha mão e começou acaricia-la devagar. – Eu queria entender.

— O quê?

— Porque a gente terminou.

— Não vamos falar nisso Damon. Estamos tão bem para que estragar a nossa amizade com o passado.

— Elena. Você nunca me amou?

— Sim eu amei, mas o meu amor por você foi se apagando por tudo que a gente passou.

— Vamos tentar de novo, eu ainda te amo não consigo te esquecer. Eu sei que você gosta de mim. – Damon aproximou seu corpo ao meu. – Vamos dá uma chance a nós dois. – Ele tentou me beijar, mas o afastei.

— Não Damon, eu não posso.

— Por que não? – Se irritou.

— Por que eu não o amo mais e se você insistir devemos terminar a nossa amizade por aqui. Não quero te ver sofrer. Você precisa seguir em frente tem um monte de garotas lindas atrás de você.

— Por que a garota que eu quero é você não existem outras. Quando perdi você ficou um vazio enorme no meu coração e nada é preenchido. O fato é que eu não consigo viver sem você. Eu tento seguir em frente, mas não consigo o meu amor por você é mais forte.

— Damon eu lamento muito não queria te magoar desse jeito. – Falei tristemente. – É melhor a gente se afastar. Vai ser melhor para nós dois.

— Não Elena eu te peço. Não faça isso. – Damon implorou se aproximando de mim.

— Vai ser melhor assim.

Foi a única coisa que falei. Dei um beijo no rosto dele e fui em direção do meu carro. Jeremy já me esperava dentro do veículo, simplesmente olhei na direção do Damon acenei e entrei no carro indo embora dali.

***

A noite foi tranquila. Tia Jenna não fez perguntas simplesmente nos observou desconfiada.

Agora deitada em minha cama lembrei-me do aluno novo de seus olhos e de como ele me observava na sala de aula.

Eu não sei dizer, mas sinto algo estranho quando estou perto dele. Acabei adormecendo com esses pensamentos.

De madrugada acordei com um barulho estranho na casa.  Me levantei devagar e fui ascender a luz, mas não tinha.

— Que droga faltou luz.

Abri a porta do quarto e devagar fui andando pelo corredor para não fazer barulho. A claridade da lua iluminava um pouco a casa por isso não precisei da lanterna.

Andando pelo corredor ouço o barulho outra vez como se alguém estivesse mexendo em alguma coisa no andar de baixo.

Eu estava nervosa e com medo de que um ladrão poderia está na casa. Nisso resolvi voltar e chamar o Jeremy. Quando entrei em seu quarto ele estava caído no chão desacordado com espuma branca na boca. Na mesma hora o desespero bateu comecei a chamá-lo e nada de ele responder. Fui correndo para o quarto dos meus tios e nada deles.

Saí dali em passos firmes nem ligando se tinha ladrão ou não na casa eu precisava de ajuda.

Desci as escadas rapidamente procurando pelos meus tios. Não os encontrei na sala. Fui pra cozinha e me assustei com o que eu vi.

Os meus tios estavam no chão mortos com as gargantas dilaceradas.

Eu dei um grito de horror ao ver aquela cena.

Me aproximei deles e quando fiz isso senti um vulto passar pela sala. Olhei para lá e no escuro em pé havia um homem alto me olhando com os olhos vermelhos vivos. Não dava para ver o rosto, mas ele me encarava quieto.

Aquilo me assombrou na mesma hora corri em direção ao contrário dele saindo pelos fundos da casa.

Corri indo em direção à floresta para fugir dele. Eu sentia que ele estava atrás de mim.

Tropecei em algo que eu caí no chão. Gemi de dor e tentei me levantar, mas já era tarde demais.

Ele estava bem próximo de mim me encarando com o sorriso no rosto.

Mesmo no chão me afastei dele tentando de tudo para me salvar. Quando ele avançou em mim eu gritei tão alto e fechei os olhos.

Acordei assustada com o despertador tocando. Ofegante coloquei a mão no meu pescoço para ver se estava tudo bem comigo. Suada e com lágrimas nos olhos olhei ao redor do meu quarto e fiquei ali pensando. Tentando entender, porque eu estou sonhando com isso. Já era a terceira vez que eu tinha o mesmo sonho. Não sabia o significado, mas aquilo me assustava. Não entendia o que estava acontecendo.

— Elena. Querida. – Levei um susto com a minha tia batendo na porta do meu quarto. – Posso entrar?

— Pode tia.

— Está tudo bem com o Jeremy? Percebi que vocês dois estavam estranhos ontem.

— Não tia está tudo bem.

— Tem certeza?

— Tenho sim. Se tivesse acontecendo alguma coisa eu falaria para você.

Eu odiava mentir, mas prometi ao Jeremy que não falaria nada.

— Então está bem. Estou te esperando lá em baixo para tomar café.

— Pode deixar só vou me arrumar e já desço.

Jenna me deu um beijo no rosto e saiu do meu quarto.

Sem enrolar fui tomar o meu banho e me arrumar para colégio.

(...)

Acabei demorando no banho. Desci as escadas correndo por está atrasada nem tomei café da manhã.

Jeremy não acordou aposto que estava com ressaca e resolveu ficar em casa por causa das porcarias que usou. Eu ainda não acreditava que meu irmão tinha voltado a cheirar cocaína.

Eu não gosto nem de pensar no que o meu irmão pode fazer quando está fora de si. Acabei lembrando-se dos tempos difíceis que passamos com o Jeremy usando drogas, eu até pensei que o nosso sofrimento não iria acabar.

Cheguei ao colégio e por incrível que pareça o sinal ainda não havia tocado. Aproveitei e fui à biblioteca pegar o livro para fazer o trabalho do professor Carlos.

A biblioteca estava vazia só tinha a Vanessa que trabalha na parte da manhã.

— Bom dia Vanessa.

— Bom dia Elena. Em que posso ajudá-la?

— Bem eu preciso de um livro de anatomia humana. É que o professor passou um trabalho para turma para entregar na sexta-feira. Será que tem um aí disponível?

— Me deixa ver.

Ela digitou algo no computador por alguns minutos e logo depois falou.

— Sim está no corredor 10 na terceira prateleira.

— Obrigada.

Mostrei o meu melhor sorriso e fui à procura do livro. Chegando ao corredor 10 comecei a vasculhar até que o sinal tocou.

Assim que achei o livro na pressa de sair dali dei um esbarrão forte em alguém que os meus cadernos e os livros foram ao chão.

— Ai meu Deus me desculpa sou desastrada. - A garota branca de cabelos curtos escuros disse toda eufórica me ajudando a pegar o meu material escolar.

— Não foi nada, a culpa foi minha que não prestei atenção por onde estava andando. – A respondi ajudando a catar as minhas coisas.

Nos levantamos e ficamos nos encarando por alguns minutos até que ela quebrou o silêncio.

— Sou Alice Cullen. – Ela sorriu estendendo a mão.

— Elena Gilbert. – Apertei sua mão que por sinal é fria.

Ela ficou me encarando estranho como se estivesse olhando para dentro de mim.

— Er... Bom vou indo. Tchau nos vemos por aí.

— Tchau.

Ela se despediu saindo apressada da biblioteca. Eu não me lembrava dela aqui no colégio, até que tive um flash me lembrando de que a vi no refeitório sentada junto com o aluno novo da minha turma e mais três pessoas com eles.

Registrei direitinho o livro com a Vanessa e fui para minha aula.

Ao chegar ao local fiquei sem jeito, pois o professor já estava na sala e outra hoje a turma estava cheia o único lugar disponível era ao lado do aluno novo que ao me ver entrando na sala se retraiu parecendo que ele tinha sentido um cheiro podre.

Cumprimentei o professor e fui sentar no único lugar que tinha na sala. Ao lado dele.

Sentei-me e fui logo pegando o meu caderno de estudos. Enquanto pegava meu estojo senti que ele me observava e isso estava começando a me incomodar.

Passando meia hora de aula, ele se pronunciou.

— Oi. – Disse.

— Oi. – Falei olhando em seus olhos que por sinal eram negros.

— Sou Edward Cullen. – Sorriu de lado ao falar seu nome.

— Elena Gilbert.

— Belo nome. – Me observou atentamente.

— Obrigada.

— Me desculpe por ontem pelo modo que me comportei.

 O que aconteceu? – Pensei.

— Tive uma semana ruim.

Espantei-me. Será que eu falei alto?

Depois disso ficamos em silêncio. O intervalo chegou e a Bonnie apareceu na minha sala. Edward saiu logo em seguida.

— Ué sentou junto com ele?

— A turma estava cheia o único lugar vago era ao lado dele.

— Ok. Agora vamos, a Caroline está nos esperando na cantina.

— Ainda bem que veio, porque eu preciso falar com ela. – Saímos da sala apressadamente.

(...)

— Calma Elena, eu não tenho culpa. Deixei claro para o Stefan que não gosto dele, mas ele não desiste.

— Caroline, o Stefan te ama de verdade. Você está o magoando com as suas atitudes. Se não gosta dele, porque criou esperança dizendo que gostava dele?

— Isso foi antes do Tyler chegar aqui no colégio.

— Ele só quer te usar Caroline. Depois que ele conseguir o que quer vai te trocar por outra.

— A vida é minha Elena e eu vou continuar com o Tyler.

Caroline levantou da cadeira e saiu com raiva do refeitório. Bonnie e eu nos entreolhamos e ficamos em silêncio.

Eu não conseguia entender a Caroline estava cega não enxergava a verdade. Chateada por brigar com Caroline não toquei no meu lanche.

— Elena não fica assim. Tenho certeza que depois vocês vão se acertar. Espera a Caroline esfriar a cabeça.

— Eu sei Bonnie, a única coisa que eu quero é que a Caroline enxergue a verdade, pois não quero que ela se machuque.

— Eu também. – Bonnie toma um gole da sua coca e volta a falar. – Mudando de assunto. O que tanto aquele rapaz da sua sala olha para você?

Olhei na direção que a Bonnie olhava e vi que Edward nos observava.

Vi Alice junto com ele, os outros eu não conhecia.

— Ele é esquisito. O jeito que ele te olha parece um predador querendo sua presa. - Bonnie disse o observando.

Eu ri com o seu comentário imagina só, ele um predador. Isso é uma loucura.

Olhei para Edward e ele sorriu como se tivesse ouvido a nossa conversa.

— Tenho uma novidade. Consegui um emprego.

Deixei de olhar para ele e encarei minha amiga.

— Poxa que bom Bonnie fico muito feliz por você.

— A gente devia ir até um bar comemorar. O que você acha da ideia?

— É vamos sim.

— Vou falar com a Caroline e te aviso.

— Está bem. – Bonnie se levantou e saiu do refeitório.

Fiz a mesma coisa indo para o lado contrário que o dela.

No corredor quase vazio do colégio, Damon interceptou a minha passagem.

— Oi Elena.

— Oi Damon. O que você quer? Já conversamos. – Tentei me desviar, porém não consegui.

— Eu sei Elena, eu só vim dizer um oi. Eu não consigo ficar sem falar com você. – Ele estava diferente. Damon cheirava a álcool.

— Damon não faz isso. – Se aproximou de mim.

— Elena me deixa ficar perto de você, mesmo como amigo. – A nossa conversa estava chamando atenção de algumas pessoas que passavam no corredor da escola.

— Damon não insiste se ficarmos separados vai ser melhor para nós dois. – Disse encerrando a conversa e estava pronta para sair dali, quando o Damon pegou em meus braços com força que começou a doer.

— ELENA, EU NÃO POSSO VIVER SEM VOCÊ, EU NÃO POSSO. ME DÁ MAIS UMA CHANCE. – Damon gritou comigo segurando forte nos meus braços.

— Damon está me machucando. Me solta.

— Não até você me dizer que vai voltar a ser meu amigo ou algo mais. – Ele sorriu descaradamente.

Damon não estava bêbado, ele não agia assim. Nem quando namorávamos.

— Eu não posso, vai ser melhor assim, por favor, me entende. Não faz assim. – Tentei de novo me soltar, mas foi em vão.

— Não. Você vem comigo.

Damon começou a me arrastar pelo corredor e eu tentava me soltar a todo custo até que eu ouvi aquela voz conhecida.

— Solta ela. Você não a ouviu falar.

Ao ouvir aquela voz, Damon na mesma hora parou de andar e se virou para ver quem era.

— E você quem é?

— Não sou boa coisa. Solta ela. – O olhar do Edward estava estranho. Era como de um assassino. Fiquei com medo de que os dois começassem a brigar.

— E se eu não atender o seu pedido? – Ele desafiou Edward que arqueou as sobrancelhas.

— Damon, por favor, não complique as coisas. – Falei percebendo que rolaria uma briga entre os dois.

— Você o conhece Elena? – Damon me soltou.

— Sim, ele é da mesma turma que eu.

 Damon se aproximou de Edward ficando cara a cara com ele. Os dois pareciam que estavam se enfrentando com o olhar.

Meu Deus era assustador o modo que o Edward olhava para o Damon.

Para não piorar a situação fui até os dois e os afastei, pois se rolasse uma briga aqui no colégio com certeza os dois iriam parar na direção e isso não é bom para ninguém.

— Chega Damon. Vai embora depois conversamos. – O empurrei para longe do Edward que iria matá-lo se caso ele fizesse alguma coisa. – Vai Damon depois conversamos.

— E você?

— Eu vou ficar bem. Vai.

Damon olhou mais uma vez para Edward que continuava com a mesma postura de sério e depois saiu andando por entre o corredor. Quando ele sumiu, dei um suspiro pesado e virei para falar com Edward.

— Que loucura. – Falei nervosa.

— Ele te machucou? – Ele perguntou ainda olhando o percurso que o Damon fez.

— Não. – O respondi voltando a normalizar a minha respiração. – Obrigada Edward. Damon só não estava no bom dia, só isso.

Simplesmente inventei qualquer coisa não poderia falar com ele que Damon era o meu ex. Edward não precisava saber da minha vida mal o conheço.

— Está bem mesmo? – Ele me olhou desconfiado.

— Sim estou. – Assenti dando um singelo sorriso.

Ele olhou para mim buscando algo diferente nos meus olhos como se houvesse alguma mentira, mas ele não conseguiu nada. E nisso que nos encaramos reparei que os seus olhos estavam muito claros, sendo que na sala estavam escuros.

— Edward os seus olhos... – Parei de falar para observar mais os seus olhos.

— O que tem os meus olhos? – Ele se aproximou de mim e eu me afastei devagar.

— Eles estão dourados.

— É por causa das lâmpadas, elas atrapalham um pouco. – Ele piscava os olhos como se as luzes o incomodassem. - Eu er...

Não entendi nada, simplesmente Edward saiu indo em direção ao contrário da nossa sala. Eu não sei, aqueles olhos dourados e penetrantes parecem que vai hipnotizar a pessoa. Parecia que ele estava vendo a minha alma me olhando daquele jeito.


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