Love Me Like You escrita por ladyenoire


Capítulo 4
So Confused


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Acordei completamente revigorada, me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. E por incrível que pareça, eu não estava atrasada.

— Bom dia, Tikki! – a kwami me encarou com certa dúvida.

— O quê? Você já acordou? – ri da expressão dela. Até eu me surpreenderia, de qualquer forma.

— Pois é, acredite.

Levantei, tomei meu café, peguei minhas coisas e fui para a escola.

— Nossa, você aqui? A essa hora? – fiz uma careta para Alya que riu e me deu um abraço – Brincadeira, você sabe que eu te amo.

— É, eu sei.  

— Bom dia pessoal. – ouvi a voz de Adrien e então toda a minha conversa com Chat Noir na noite anterior veio à tona. Paralisei levemente. – Bom dia, Marinette. – ele olhou na minha direção com um sorriso e eu acabei retribuindo. – Chegou cedo.

— Não sabemos como, mas chegou. – Nino brincou e nós rimos.

O sinal tocou e então nos dirigimos até a sala de aula.

Foi tudo tranquilo até a hora do intervalo, até consegui prestar mais atenção do que o normal na aula.

No entanto na hora do intervalo um akuma apareceu e como Alya correu para filmar, nem notou quando eu me esgueirei para o banheiro feminino para me transformar.

— Olá, my lady! – ouvi Chat Noir pousar ao meu lado enquanto analisava a situação e dei um pulo, me assustando com sua presença.

— Oi. – sorri e permaneci o encarando.

— Está tudo bem? – ele notou meu comportamento provavelmente estranho, então balancei a cabeça.

— Sim, é claro. Vamos. – saltei do prédio com Chat Noir ao meu lado.

Durante a batalha foi tudo bem, demoramos um pouco para derrotar o akuma – o que acabou tomando todo o tempo do intervalo – contudo no final conseguimos.

Me despedi de Chat Noir, mas algo não estava certo. O que ele disse ontem à noite para mim mexeu comigo e agora eu não sabia dizer ao certo o que eu estava sentindo.

Não consegui me concentrar tanto no resto da aula quanto no começo.

— Tchau, Marinette. – Adrien disse ao passar por mim acenando.

— Tchau. – falei acenando de volta mas nem prestei muita atenção. Estava ocupada demais pensando em Chat Noir.

As coisas que ele tinha dito para mim mexeram comigo mais do que eu tinha imaginado. Não conseguia tirar suas palavras da minha cabeça, o jeito que ele disse que amava a Ladybug – mesmo que não soubesse que estava dizendo isso para ela.

Será que eu deveria dar uma chance? Será que eu devia esquecer Adrien?

Era difícil responder porque assim como Chat Noir disse que parecia certo amar a Ladybug, parecia certo amar Adrien. Só que também ele não gostava de mim do mesmo jeito e acho difícil que algo mude tão cedo.

Passei a tarde lendo, fazendo o dever de casa e pensando nessa maldita situação que muitas vezes fazia eu parar o que estava fazendo para refletir.

Quando Luka se declarou para mim foi o momento que mais tive dúvidas sobre os meus sentimentos por Adrien, mas não se comparava nem um pouco à agora.

Oh, Chat! Por que você foi me deixar dessa maneira?

Girei a cadeira e encarei Tikki, que dormia calmamente sobre o meu travesseiro que estava sobre o divã. Pensei em pedir um conselho, no entanto não quis acordá-la.

Olhei pela janela e notei que já era noite. Então não demorou muito para minha mãe me chamar para o jantar.

Depois de comer, tomei meu banho e coloquei meu pijama na intenção de dormir de uma vez e me livrar desses pensamentos que me assombraram o dia todo. Porém os meus planos foram frustrados por leves batidas na minha janela.

— Pode entrar. – o loiro abriu a janela cuidadosamente e adentrou o quarto.

— Boa noite. Pijama adorável. – desviei o olhar com vergonha, nervosa com a presença dele.

— Obrigada. – olhei para o divã e percebi que Tikki tinha se escondido. Então subi a pequena escada que levava até a minha cama, sentei escorada no travesseiro e me cobri com o cobertor.

— Está frio na rua. – Chat Noir subiu a escada. – Se importa se eu pegar um pedaço do seu cobertor?

— Não. – ele sentou aos pés da cama, escorado na parede e coberto um pouco pelo cobertor.

Diferente das vezes que ele vinha, dessa vez o silêncio reinava entre nós dois. Eu estava quieta por motivos óbvios, já ele, eu não fazia ideia do porquê.

Já era a terceira noite seguida que ele me visitava. Normalmente ele fazia isso duas ou três vezes na semana. Decidi não esquentar muito com isso, afinal como foi meu aniversário ontem, contei como uma visita extra. Não que eu conte, ou coisa do tipo.

— Como foi o seu dia? – o loiro quebrou o silêncio.

— Bom. – não consegui pensar em nada além disso para responder à sua pergunta, sem que revelasse que eu fiquei o dia toda imersa nos meus pensamentos sobre ele – E o seu?

— Bom também. – respondeu e ficamos em silêncio novamente.

Eu estava odiando essa situação, não porque era desconfortável e sim porque parecíamos dois estranhos novamente. Só que ao mesmo tempo eu não conseguia pensar em nada para começar um assunto que não parecesse que a minha intenção era exatamente essa.

De repente Chat Noir saiu de onde estava e veio devagar até mim, sentando bem ao meu lado.

— Posso te contar uma coisa? – o herói falou baixo, como se fosse um segredo.

— P-Pode. – falei me sentindo um pouco nervosa com a sua aproximação.

— Lembra que estávamos falando sobre questionar os sentimentos pelas pessoas que amamos? – assenti, não sabendo se gostaria muito do rumo que essa conversa parecia tomar. Ele não tinha esquecido a Ladybug, tinha? Não que isso fosse ruim. Não é? – Eu estou questionando os meus.

— A-Ah sério? – é, eu definitivamente não estava gostando do rumo da conversa. Espera! Por que não?

— Ontem à noite eu percebi que tem outra garota que faz o meu coração acelerar. – ele deu um sorriso adorável – Mas eu não sei direito o que sinto por ela e eu meio que quero descobrir. – o loiro foi aproximando o seu rosto do meu, enquanto eu estava totalmente sem reação.

O que estava acontecendo? Por que ele não para de se aproximar? Como a garota poderia ser eu?

Parei de pensar em qualquer coisa assim que os seus lábios tocaram os meus. Fechei os meus olhos e me permiti sentir a sensação de beijar Chat Noir sem ser para salvá-lo de um akuma ou sob efeito de um para não lembrar depois – é, até hoje não sei como isso aconteceu.

Nos separamos enquanto ele coloca sua mão no meu rosto. Sua expressão era calma, enquanto a minha provavelmente era de surpresa.

— Isso foi...

— Bom. – falei por impulso e ele arregalou os olhos de leve, em seguida riu.

— Eu ia dizer exatamente isso. – Chat Noir se sentou ao meu lado, ficando na mesma posição que eu, olhando para frente.

Encarei o seu rosto que – mesmo coberto pela máscara – parecia adorável. Não pude conter um sorrisinho. Então escorei minha cabeça em seu ombro.

— Você descobriu? – ele me olhou sem entender – Descobriu o que sente pela garota? – Chat desviou o olhar novamente e me suspirou.

— Ainda não, mas eu sei que eu sinto mais do que eu imaginava. – senti minhas bochechas ficando quentes. – E você? O que acabou de acontecer fez você questionar os seus sentimentos?

— Fez sim. – Chat olhou para mim novamente e eu levantei a minha cabeça o encarando também.

Minha mente estava uma verdadeira tela em branco, diferente de mais cedo que tinha tanta informação que eu mal conseguia organizar. Mas uma coisa era certa, se antes eu já tinha questionado os meus sentimentos, agora questiono ainda mais.

Me pergunto qual seria a sensação de beijar Adrien e o que eu sentira. Será que seria tão bom quanto o que eu senti beijando Chat Noir?

— De verdade? – assenti. – E o que você que devemos fazer com essa nova informação?

— E-Eu não sei. O que você acha que devemos fazer? – ficamos nos encarando em silêncio, até que Chat Noir dá um longo suspiro e coloca sua mão no meu rosto.

— Porque nós não tentamos algo? – pisquei os olhos tentando assimilar a informação.

— Tipo... Namorar?

— É, tipo isso. – vi que as bochechas dele também ficaram levemente rosadas – Se você quiser.

— E-Eu... – o que eu faria? O que eu diria? Eu namorando Chat Noir? Era uma ideia louca que estranhamente fazia muito sentido agora. – Eu acho que... Podemos tentar? – saiu mais como uma pergunta do que como uma resposta. – Digo, podemos. – me corrigi.

O loiro sorriu e se aproximou vagarosamente olhando nos meus olhos, como se pedisse permissão para o beijo. Me aproximei também fechando os olhos e nos beijamos novamente.

Quando nos afastamos, abracei Chat Noir colocando minhas mãos ao redor da sua cintura e escorando a minha cabeça no seu peito. Logo ele retribuiu o abraço e ficamos assim por um tempo.

Várias dúvidas e pensamentos invadiram a minha mente, no entanto eu tentava afastar todos eles e focar no momento com Chat Noir. Que por mais estranho que fosse, fez eu me sentir muito bem.


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaa, Marichaters (se não existia, inventei) piraram agora hehe! Onde vocês acham que essa decisão vai dar?

Muito obrigada por terem lido e espero que tenham gostado ♥ xoxo



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