As joias do poder e do amor escrita por claradasideias


Capítulo 2
Coccinella e Gatto Nero


Notas iniciais do capítulo

1- Eu programei esse postagem, eu sei que é algo normal, mas é a primeira vez que faço isso e é meio estranho. É como ir para o futuro. Enfim, eu não sei se a história foi um sucesso ou um fracasso. Porém, agradeço a todo o apoio, se teve um. Espero ter aberto suas mentes.
2- Coloquei os nomes em italiano, mas não quer dizer que se passa na Itália. Imaginem qualquer lugar.
3- Roda o cap:



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Margherita era uma mulher muito infeliz. Foi obrigada a casar muito cedo com um homem que não amava. Ela compreendia que seu papel como mulher era fazer seu marido feliz, por isso sempre feliz o possível para sempre agradá-lo. Porém, aparentemente, ela não foi boa o suficiente.

Margherita foi traída, já havia passado anos de um casamento harmônico. Era a última coisa que esperava de seu marido. Ela contou para a sua família, indignada. Contou também para a família dele, mas nada adiantou. Muito pelo contrário, a culpa era dela. Ela não havia tentado seu marido vezes o suficiente. Ela explodiu de raiva e cometeu um dos piores entre os crimes, o assassinato.

Ficou presa até o seu enforcamento. Foram dias agoniantes, ela só resistiu porque tinha conseguido levar o seu bem mais valioso para junto da cela. O miraculous da joaninha. Ela poderia usá-lo para escapar, todavia seu objetivo era outro. Tinha direito a uma última visita, a de sua filha. Ela usaria o miraculous.

—Minha querida, pegue este par de brincos e fuja. O orfanato é inútil. Já tem 16 anos, ninguém te adotaria. Esse é o miraculous da criação, se tiver comida para alimentar seu kwami, conseguirá viver muito bem só dele. Procure a outra metade e terá o poder absoluto.

—Kwami? Miraculous? Do que está falando? Mãe! Mãe! - gritava ela enquanto puxavam sua mãe para longe

A filha fez como a sua mãe mandara. Colocou os brincos e foi atrás da outra metade.

—Olá, meu nome é Tikki.

—Eu sou a Giovanna. O que é você afinal?

—Eu sou um kwami, concedo poderes. Este é o poder da criação. Deve proteger esse par de brincos como sua vida, Giovanna. Se puserem as mãos nele. Terão metade do caminho andado para o poder absoluto e o desequilíbrio do universo. - Tikki era séria

—Eu posso pedir qualquer coisa? - os olhos de Giovanna brilhavam

—Sim, mas lembre-se do preço...

—Eu preciso desse poder!

—Não! Os miraculous não foram criados para propósitos malignos! - a kwami implorava já que sabia que deveria seguir a mestra

—Você não sabe o que são propósitos malignos. Meu pai traiu minha mãe e agora ela que será enforcada! - disse cheia de raiva –Se eu achar a joia que faz par com essa eu poderei salvá-la! - disse com convicção

—Eu sinto muito por sua perda, mas tudo tem um preço. Para salvá-la você terá que matar alguém inocente! - explicou Tikki

—Eu já não tenho família mesmo... - disse magoada –Por favor, me ajude. Eu não sei o que fazer.

Tikki, após ouvir aquilo, explicou para ela sobre o miraculous da Joaninha. Não porque tivesse ouvido sua história e se comovido, mas porque viu que não tinha escolha. Deveria fazer o que ela pedia antes que ela descobrisse como controlar os kwamis.

A kwami sabia que a mãe de Giovanna fora injustiçada, assim como muitas outras mulheres já foram antes dela. Porém, ela sabia que deixar uma de suas portadoras chegar até o poder absoluto não era uma boa ideia, mesmo que fosse para pedir respeito às mulheres.

O Universo sempre mantém tudo em equilíbrio. Se ela pedisse isso, tudo que conseguiria era inverter os papéis. Talvez ela criasse uma sociedade onde os homens eram injustiçados pelas mulheres. Não era com magia que ela deveria resolver esse problema.

—Compreende? Se quer salvar sua mãe, pode aparecer no dia do enforcamento e tirá-la de lá. - Tikki tentava sua última cartada

—Você não entende mesmo, né?! - Giovanna chorava –Ela já se foi, tudo que ela me deixou foi você. Ela disse para eu fugir do orfanato e ir até a outra metade!

Tikki engoliu em seco, tinha quase certeza que o anel da destruição estava sendo usado naquela mesmo momento por alguém. A missão de Tikki era deixar Giovanna o mais longe possível desse alguém e torcer para que Plagg tivesse conseguido um portador do bem pela primeira vez no século.

—Tikki, transformar! - Giovanna voou para longe do local do enforcamento com seu ioiô

...

Para o azar de Tikki, o portador do anel da destruição que seria lembrado nas lendas como um grande herói só acharia aquele miraculous dali há uma década. Não muito longe dali, Plagg vivia num dilema parecido com Pietro, seu portador.

Pietro era um moleque das ruas, ele não se lembrava de algum dia ter tido uma família. Fugiu do orfanato quanto tinha dez anos, foi o ano em que encontrou o tesouro mais valioso de todo o mundo. O miraculous da destruição.

Depois de ter aquele anel em seu dedo, jamais teve alguma dificuldade na vida. Fugiu do orfanato para ser líder dos bandidos na rua. É claro que ele era um homem temido no bando, além de ser o único com um miraculous, era o com o miraculous mais forte. Os invejosos do grupo torciam todo dia para que alguém com o miraculous da joaninha aparecesse e o enfrentasse, todos sabiam que era o único miraculous que teria alguma chance com o forte Gatto Nero.

Pietro nunca mais foi chamado por esse nome depois de achar o miraculous, sempre era o Gatto Nero. Mesmo quando não estava transformado, gostava de lembrar a todos do que o Gatto Nero era capaz e de que por acaso o Gatto Nero era ele.

Gatto Nero podia ficar transformado para sempre se não usasse o seu poder, o cataclismo. Por mais que o miraculous melhorasse suas habilidades físicas e o bastão fosse uma excelente arma, Gatto Nero era só um garoto e somente era intimidante por causa do cataclismo. Por isso, ele sempre estava com um pouco de comida para o seu kwami. Desse modo, Gatto Nero estava transformado na maior parte do tempo e só conseguir usar sua habilidade uma vez não era um problema.

Plagg não tinha muito tempo para falar com seu portador, então nunca conseguiu que usasse seu poder para fazer coisas boas. Porém, teve a sorte de ele não ter saído em uma busca pelos brincos da joaninha, como muitos de seus portadores já haviam feito. Gatto Nero sentia-se como um rei em seu pequeno bando de bandidos e isso parecia ser o suficiente para o rapaz no momento. Plagg temia o momento em que não seria e ele fosse atrás de mais poder.

Plagg tinha alguma esperança de que o miraculous da criação estivesse bem longe.

...

Não tão longe dali Giovanna já iniciara sua busca. Assim que compreendera como usar o poder da criação, ela não tardou em usá-lo para conquistar seu objetivo. Era tão simples! Só precisava gritar “Talismã!” e seguir as pistas que recebesse até a localização do anel da destruição.

Do jeito que Tikki falava, ela achava que as pistas seriam bem enigmáticas e difíceis de serem decifradas. Giovanna não sabia se ela que era muito inteligente ou se Tikki estava exagerando quando falou do talismã.

Tudo que ela tinha certeza é que tinha que ela precisava achar o local da pintura que recebera antes que sua transformação se fosse. Correndo ela tentou memorizar cada canto da pintura enquanto pôde e quando a transformação se desfez, ela alimentou Tikki com os poucos restos de comida que tinha e transformou-se novamente.

Ficou dias e dias pulando com seu ioiô por aí procurando o local da pintura que, eventualmente usava o talismã para lembrar-se dos detalhes. Giovanna nunca esqueceu o dia em que achou a ruela da pintura que ficou meses vagando à procura. Esquecera fome e sede, todo o alimento que conseguia roubar ia para a sua kwami.

Ela não sabia o que encontraria, sempre imaginou que a joia estivesse perdida lá, porém esse podia não ser o caso. Não sabia se aparecia transformada, preparada para lutar por seu miraculous, ou se aparecia destransformada, para que não chamasse atenção.

Acabou achando que era mais seguro aparecer sem a transformação, o que se mostrou um erro. Mal entrou naquele beco e já se viu rodeada por homens todos de faca na mão. Giovanna já ia se transformar e encarar aquele grupo, quando viu um garoto com uma roupa preta de gato. Se ele não tinha a outra joia, não sabia quem tinha.

—Ora, ora, ora... O que temos aqui... - Gatto Nero falava caçoador –Ela não parece ter nada de útil para pegarmos, mas cavalo dado não se olha os dentes. Ela vai servir para alguma coisa... - Gatto Nero tinha um olhar de malícia -Afinal, tem um belo corpo... Como é seu nome coisinha bonita?

Giovanna sabia que precisava parecer intimidadora para conseguir o anel, sabia que dizer seu nome não ajudaria. Ela deveria se revelar como uma forte portadora de miraculous, alguém que assustasse aquele garoto. Ela deveria ser a grande portadora do miraculous da criação.

—Eu sou Coccinella! Sou a portadora do miraculous da joaninha e eu vim aqui para pegar o seu miraculous e alcançar o poder absoluto. - Giovanna gritou determinada, transformou-se e livrou-se do seu cerco

—Nunca imaginei que fosse tão fácil achar a outra joia, eu jamais pensei em tentar temendo ser impossível... Que ironia! Não podia ser mais fácil. Além da joia vir até mim, veio no corpo de uma menina! - disse rindo –O poder absoluto já é meu.

Ninguém sabe direito o que houve depois, são tantas versões que eu não teria como contar uma delas tendo certeza de que é a verdadeira. Quando os miraculous do poder absoluto se enfrentam, é poder demais para meros mortais como eu, você ou os meninos que seguiam Gatto Nero conseguirem sair ilesos.

Mas se querem ouvir um final romântico da batalha dos dois portadores dos miraculous das almas gêmeas, fiquem sabendo que quase todas as versões concordam que o cataclismo de Gatto Nero matou Coccinella ao mesmo tempo que o talismã de Coccinella matou Gatto Nero.

Imagino que queiram saber o que aconteceu com os dois miraculous. Pois bem.

Ao descobrirem que os dois estavam mortos, todos os seguidores de Gatto Nero começaram a brigar entre si para ficar com as joias. Era uma confusão total, alguns deles caíram desmaiados, outros estavam com todo o corpo sangrando.

Tikki e Plagg não ficaram esperando para receber seus novos portadores. Pegaram os miraculous dos cadáveres dos antigos e trataram de voar para um lugar seguro e buscar portadores que seguiriam o princípio da criação dos miraculous. Proteger a humanidade.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem até aqui, espero que tenham gostado, comentem o que acharam, desculpa pelos erros e até mais



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