O DESPERTAR DE BRONZE escrita por JEAN FERNANDES BORGES


Capítulo 11
Capitulo 11 - Tempos de Paz?




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Passado algum tempo da batalha contra Hades, Atena deixa o Santuário e parte para o Japão, para uma visita a sede da Fundação Graad, sendo acompanhado por Marin e Geki. Ao chegarem são recebidos Por Tatsumi.

— Senhorita, Saori! Que bom vela novamente e fora do Santuário, gostaria muito que a senhorita ficasse por aqui dessa vez.

— Tatsumi, não se preocupe comigo! Estou em segurança pode ter certeza, mas vamos nos leve até eles. Responde Saori, enquanto caminha em direção aos elevadores que ficavam em frente ao hall de entrada da Fundação.

— A sim senhorita, Por aqui! Responde Tatsumi enquanto deixa Saori e os cavaleiros passarem por ele, enquanto os cumprimentava ao entrarem no elevador.

Um silêncio dominava o grande elevador, quando uma pergunta é feita.

— Então Tatsumi, como eles estão? Questionou Geki, quebrando o silêncio do local.

— Ah, como devo falar isso??? Seguem no mesmo quadro, não houve melhora de nenhum deles. Respondeu Tatsumi, enquanto olhava para o chão cabisbaixo.

— Mas também não houve piora, isso é um bom sinal, não é? Questionou Marin.

— Ah sim, não houve piora, há dias o quadro de todos está estabilizado. Responde Tatsumi.

— Isso já é uma ótima noticia Tatsumi, pois após tudo pelo que eles passaram nos últimos tempos... Podemos considerar isso, como uma dádiva por eles ainda estarem vivos. Comenta Atena, quando as portas do elevador se abrem.

Ao saírem do elevador chegam a uma grande ala da Fundação Graad, que parecia um centro médico de última geração, com os melhores equipamentos médicos existentes, assim como um grupo dos melhores médicos e especialistas que ali estavam trabalhando. Na ala havia o que pareciam ser cinco quartos feitos de paredes transparentes que poderiam ser vistos ao mesmo tempo do centro da ala onde havia um grande centro de comando onde se encontravam os cavaleiros de aço e Jabu, que estavam ali para acompanhar os progressos do grupo.

— Senhorita Atena! Pessoal, que bom velos. Fala Jabu enquanto cumprimenta Atena e seus companheiros.

— Senhorita Atena, é bom vela depois de tanto tempo! Fala Sho, o cavaleiro de Aço do Céu.

— Olá Rapazes! É bom ver a todos também, e como estão as coisas por aqui? Questionou Atena, após cumprimentar os Cavaleiros.

— Ah, como deveríamos falar? O quadro de todos é estável, na realidade seus corpos estão praticamente recuperados das feridas, porém eles ainda não respondem aos estímulos e seguem em coma. Informou Sho, enquanto mostrava algumas telas dos computadores, quando uma batida no painel de controle o interrompe.

— Eu sinto muito senhorita Atena! Se eu pudesse trocaria de lugar com eles, por todos esses anos eles estiveram lutando e defendendo não apenas o Santuário e a senhorita, mas também a todo o mundo, enquanto eu que também sou um Cavaleiro pouco pude fazer. E agora eles estão nesse estado!!! Relatou Jabu, enquanto lágrimas escorriam por seu rosto.

— Jabu! Não pense dessa forma, todos vocês tiveram grande importância ao longo das batalhas, mesmo não estando diretamente ligado nelas! Declarou Marin.

— Exatamente Jabu! Se vocês não tivessem aparecido no santuário durante a batalha das 12 casas, provavelmente os soldados de Saga teriam chegado até mim e eu já não estaria mais aqui! E depois disso enquanto Seya e os outros estavam em Asgard, vocês estiveram treinando duramente com os Cavaleiros de Ouro, o que foi decisivo para que vocês pudessem defender Seika dos ataques de Tanatos durante a Guerra Santa. Completou Atena enquanto olhava para um dos quartos, onde se encontrava uma garota sentada ao lado de uma das camas, era Seika que estava ali desde que Atena retornara dos Campos Elisios trazendo consigo os corpos desacordados de Seya, Shiryu, Yoga, Shun e Ikki.

— Isso mesmo, Jabu! Tanto Atena quanto Seika só estão aqui hoje graças a você e os outros também. Completou Marin.

— Mesmo assim, não consigo parar de pensar que se eles estão nesse estado hoje, é porque de certa forma eu não pude ajuda-los nas batalhas, se ao menos estivesse junto a eles na pior das alternativas teria morrido lutando o que teria sido melhor do que estar aqui olhando para eles nesse estado. Respondeu Jabu, aos que estavam presentes.

— Eu penso da mesma forma, Senhorita Atena. Pois de todos os cavaleiros de certa forma nós ainda não provamos ter o direito de usar nossas armaduras a meu ver, por mais que tenhamos protegido a senhora e a Seika, nunca estivemos próximos de chegar aos níveis de Seya e os outros. Concordo com Jabu, e fico admirado dele agir dessa forma, pois ele sempre teve certa rivalidade com Seya. Mas acredito que em algum momento isso ficou para traz por um bem maior. Relatou Geki, que apesar do gigantesco tamanho possuí uma voz calma, amena e tranquila.

— Meus amigos, deixem esse assunto de lado. Vocês são tão importantes para o Santuário quanto Seya e os outros, todos nós temos muitas histórias juntos, todos crescemos juntos. Então parem de pensar dessa forma! Relatou Atena, solicitando que as conversas parassem por ali.

A visita a Fundação Graad, seguia com Atena e Marin, indo até todos os cômodos onde estavam os Cavaleiros de Bronze, até chegarem ao último onde Seya estava acompanhado de perto por sua irmã Seika.

— Bom dia, Seika! Como estão as coisas por aqui? Perguntou Marin, ao entrar no quarto.

— Marin, que bom ver você! Senhorita Atena! Respondeu Seika, ao cumprimentar as Visitas.

— Ele está igual, ainda não teve melhoras desde que chegamos do Santuário! Respondeu Seika, com um semblante triste em seu rosto.

— Não se preocupe Seika! Em breve todos estarão bem e você estará aqui para poder receber Seya, quando ele acordar, isso será muito importante para ele. Desde criança ele nunca parou de procurar por você. E pensar que você estaria tão próxima do Santuário. Respondeu Atena, ao consolar Seika.

— Mas me conte Seika, e suas memórias já voltaram? Questionou Marin.

— Ainda não, mas tenho alguns flashes do que parecem ser lapsos de memórias ao longo do dia, e às vezes em meus sonhos também. Mas alguns não consigo decifrar o que seriam ao certo. Respondeu Seika.

— Não se preocupe com isso Seika, com o tempo sua memória voltara por completa! O mais importante agora é que finalmente você esta aqui, junto de seu irmão. Respondeu Atena, quando algo chama a atenção delas para fora do quarto.

— Que movimentação é essa? Perguntou Atena.

— Que estranho, nunca vi eles assim! Respondeu Seika.

— Fiquem aqui eu irei verificar! Respondeu Marin enquanto saia do quarto.

— O que está havendo aqui, Sho! Questionou Marin.

— Não sei lhe dizer Marin, recebemos um sinal de alerta de invasão na Fundação, mas não consigo ver nada nas câmeras de segurança. Jabu e os outros já foram lá para verificar. Respondeu Sho, enquanto analisava os computadores tentando entender o que estava acontecendo.

— Certo irei ao encontro deles então! Disse Marin correndo para a saída da sala.

— Eu irei junto Marin! Falou Sho enquanto se levantava da cadeira.

— Não fique aqui, não sabemos o que está acontecendo, se algo passar por nós você deve proteger Atena e todos aqui, chame os outros cavaleiros de aço para se agruparem aqui. Respondeu Marin, recebendo um aceno de Sho como forma de que estaria acatando as ordens recebidas.

Ao chegar ao saguão central, Marin encontra Jabu e Geki em pé parados em frente à saída do elevado, do outro lado do saguão havia dois homens trajando longos mantos brancos com capuz, que não deixavam ver suas identidades, em volta deles caídos no chão estavam os seguranças da Fundação Graad, assim como os outros dois cavaleiros de aço, que mesmos vestidos de suas armaduras não foram capazes de confrontar os invasores.

— Quem são vocês e o que pensão que estão fazendo aqui? Questionou Jabu, que não fora respondido.

— Respondam! E Saiam daqui antes que se arrependam! Gritou Geki já enfurecido, quando é interrompido por Marin!

— Calma garotos, não se precipitem! E vocês porque estão aqui, o que querem? Questionou Marin.

— Ahhh!!!! Viemos atrás da traidora dos Deuses! Respondeu um dos invasores enquanto pisava sobre o peito de um dos cavaleiros de aço que estava caído no chão, quando é interrompido por Jabu.

— Ora seu, desgraçado, Como se atreve! Em um momento de raiva, Jabu dispara um ataque com seus punhos como se fossem raios, que acertam o chão próximo aos dois invasores.

— Saiam daqui, ou terão graves problemas! Informou Marin enquanto segurava Jabu, para que ele se acalmasse.

— Vocês realmente acham que podem nos enfrentar? Não passam de vermes! Respondeu o invasor.

— Mas afinal quem são vocês e o que realmente pretendem aqui? Questionou Marin.

— Nós somos os ...... O invasor estava por falar quando foi interrompido pelo seu companheiro que até o momento permanecia imóvel apenas observando a situação.

— Já chega!!! Já vimos o bastante, deixe os por hora. Muito em breve nos reencontraremos e saberá quem somos. Agora vamos! Ao falar isso o Invasor se vira e vai em direção à saída da Fundação Graad, sendo seguido pelo seu companheiro, que antes de sair ainda manda um último recado.

— Aproveitem vermes, logo estarão caídos no chão como seus amigos. E nem Atena poderá impedir isso! Há há há há há.... Ao falar isso os dois invasores somem na escuridão da noite.

— Geki vamos atrás deles, não podemos deixar esses invasores saírem assim impunes. Falou Jabu indo em direção à saída por onde os invasores haviam passado, quando é impedido por Marin.

— Não Jabu, não é o momento! Olhe ao seu redor precisamos ajudar os cavaleiros de Aço, e os funcionários da Fundação Graad. Falou Marin enquanto abria seus braços mostrando todas as pessoas que ali se encontravam feridas.

— Marin tem razão Jabu! Além do que isso pode ser uma armadilha. Declarou Geki.

— Como assim uma armadilha? Questiona Jabu.

— Isso mesmo, não sabemos o que eles queriam aqui na Fundação, porém se sairmos atrás deles ninguém ficará aqui, caso eles retornem. Lembre-se que aqui estão Seya e os outros que no estado em que se encontram poderiam ser mortos facilmente, se esse realmente for o plano deles. Relatou Geki.

— É claro! Além disso, Atena também está aqui, você tem razão Geki! Respondeu Jabu, já desistindo de ir atrás dos invasores.

— Além disso, não sabemos quantos invasores temos, vimos apenas dois, porém pode haver mais e isso ter sido apenas uma distração para que saíssemos e deixássemos a Fundação sem proteção! Concluiu Geki.

“Incrível! Mesmo não tendo muita experiência em batalhas, Geki conseguiu analisar toda a situação dessa forma e tão rapidamente, é visível o seu progresso como Cavaleiro” pensava Marin enquanto ouvia a conversas dos cavaleiros de bronze, quando os questiona.

— E então vocês irão ajudar a leva-los para a enfermaria ou terei que levar a todos! Reclamou Marin.

— A sim! Responderam os Cavaleiros.

— Jabu! Ficarei de guarda aqui no salão. Assim se os invasores retornarem posso fazer o primeiro confronto enquanto vocês dão os primeiros socorros a todos. Falou Geki.

— Tudo bem, Geki! Mas a qualquer movimento estranho chame por reforços, não se esqueça de que nossas armaduras ainda estão com Kiki para serem restauradas. Respondeu Jabu, enquanto carregava um dos feridos até o elevador.

Passado algum momento do ataque a Fundação, os feridos já estavam recebendo cuidados médicos, e os sistemas de segurança já estavam ativos novamente, agora Atena e os Cavaleiros que ali estavam reunidos começam a se perguntar quem seriam os misteriosos invasores.

— Quem eram esses homens e o que será que eles queriam aqui na Fundação Graad? Questionou Atena.

— Quem são eles ainda não sabemos dizer, mas o que eles queriam.... Bem eles deixaram escapar que estavam atrás da Traidora dos Deuses! Respondeu Jabu.

— Acredito que estavam atrás da senhora Atena! Completou Marin.

— Atrás de mim? Questionou Atena.

— Talvez pelo fato de tanto Hades como Poseidon, terem confrontado o Santuário e não terem conseguido saírem vitoriosos, talvez guerreiros remanescentes de um deles ou até mesmo dos dois exércitos possam ter se reunidos para tentar algo contra a senhora. Teorizou Marin.

— Se lembrarmos das guerras ao longo da história, o lado derrotado sempre saiu se sentindo injustiçado. Talvez eles achem que Atena tenha traído Poseidon e Hades. E por isso estariam buscando vingança ou algo do gênero! Finalizou Marin.

— Mas com Hades derrotado e Posseidon adormecido novamente, como eles conseguiriam chegar até aqui, quem estaria orquestrando isso? Perguntou Atena.

— Isso é um mistério ainda maior senhorita Saori! Declarou Jabu, que ali estava.

No dia seguinte Daichi o cavaleiro de aço da armadura da terra, é o primeiro ferido a acordar ainda com dores e sem saber onde está ele questiona os médicos que ali estão:

— O que estou fazendo comigo, o que aconteceu? Questionou Daichi, enquanto colocava a mão em suas costelas como se sentisse dores.

— Calma Daichi, sente aqui! Vou chamar à senhorita Atena. Respondeu um dos médicos que ali estava.

Logo Atena e Marin chegaram para ver Daichi, e tentar entender o que aconteceu no dia anterior.

— Daichi, que bom que já acordou como você está? Perguntou Atena.

— Atena! Nem sabia que a senhora já havia chegado. Respondeu Daichi enquanto cumprimentava a todos.

— Sim chegamos ontem ainda. Respondeu Marin. Mas nos diga Daichi, o que aconteceu quem eram aqueles homens que atacaram vocês e a Fundação ontem?

— Ah não tenho a menor ideia! Eles pegaram um funcionário da fundação de refém para entrar na fundação, quando os vi já estavam atacando os outros que estavam no hall, então tentei para-los, mas não tive chance alguma! Relatou Daichi, enquanto olhava para o chão com um rosto assustado.

— Eles falaram alguma coisa, enquanto atacavam? Perguntou Marin.

— Não muito, apenas que queriam a traidora. Mas não sei do que eles estavam falando. Respondeu Daichi.

— Tudo bem! Vamos deixar o Daichi se recuperar, mais tarde voltaremos para ver como você está. Falou Atena enquanto encaminhava todos para fora do quarto.

— Quem serão esses homens? Perguntou Marin em voz alta.

— Creio que em breve saberemos Marin, e precisamos estar prontos para isso! Respondeu Atena.

— Nossa não tinha me dado de conta, que com Seya e os outros impossibilitados de lutar, estaremos em desvantagem. Relatou Marin.

— Não se preocupe com isso Marin, confio em vocês! Se for necessário irmos para o campo de batalha novamente, creio que os cavaleiros serão capazes de lutar!

— Espero que sim, parece que Jabu em fim terá seu momento para provar a ele mesmo ser digno de ser um Cavaleiro de Atena! Concluiu Marin.

Retornando para a sala de comando da Fundação onde os outros cavaleiros estavam, Atena chega próximo a Sho que ali estava verificando os painéis.

— Sho! Preciso que você entre em contato com Ban e Ichi, para sabermos como estão as armaduras. Ordenou Atena.

— Sim senhorita Atena, irei ligar para eles agora mesmo! Respondeu Sho, enquanto fazia a ligação do próprio local onde ele estava.

Após varias tentativas, Sho informa a Atena que não conseguiu contato com ninguém, que havia tentado ligar para os dois cavaleiros e também para Kiki que estaria com eles, quando são interrompidos por Jabu, que entrava na sala.

— Vocês não irão conseguir falar com eles, Jamiel fica em uma área muito remota, em meio a varias montanhas, celulares não funcionam lá! Relatou Jabu, que havia feito seu treinamento com Mu o antigo cavaleiro de ouro de aries, no mesmo local.

— Só iremos conseguir ter notícias, quando eles retornarem ou se alguém for até lá. Completou Jabu.

— Você tem razão Jabu, não tinha pensado nisso! Responde Atena.

— Posso ir até lá sem problemas, conheço a região seria bem rápido. Falou Jabu se prontificando para a missão.

— Não Jabu, nesse momento não podemos nos arriscar assim. Não sabemos quem são esses homens e o que eles querem! Com certeza assim que as armaduras estiverem prontas eles entraram em contato conosco. Respondeu Atena.

— Mas então o que iremos fazer ficar esperando até eles atacarem novamente? Questionou Jabu.

— Vamos seguir o que estávamos fazendo, caso eles apareçam novamente estaremos preparados. Respondeu Atena.

Porém Atena e os cavaleiros não teriam muito tempo, pois em breve eles seriam atacados novamente onde menos esperavam.


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