Amor Perfeito XIII escrita por Lola


Capítulo 41
Analisando Otávia


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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— Eu o conheci no hotel. Ele é cinco anos mais velho.

— Entendi. E como foi? Vocês se viram e rolou o clima?

— Não e na maioria das vezes não é bem assim que acontece... Pelo menos não quando a outra parte não cogita a ideia. A gente se aproximou e acabou rolando.

— Seja mais aberto Kevin.

— Não sou aberto Murilo.

— Comigo você é e eu quero saber os detalhes. Anda.

— O pai dele tem negócios no hotel. Ele estava na faculdade, mas vinha com ele porque já trabalha com o pai. Daí um dia Caleb pediu para eu leva-lo em algum lugar para ele não ter que esperar táxi. Então começamos a conversar e nos identificamos. Um mês depois saímos para beber. Você sabe que normalmente não bebo, nem nada... Mas ele sim bebeu e muito. Ele pediu que eu o acompanhasse ao banheiro porque ele não estava bem. Chegando lá me agarrou. Fomos para um motel imediatamente.

— O desejo foi grande então hein? – apoiei meu tornozelo em meu joelho. – E só um detalhe: Só em Torres mesmo para menor dirigir e ir tranquilamente a um motel. – dei uma pequena risada.

— Torres na verdade devia se chamar Montez. – ele rolou os olhos. – Quando veem os carros de qualquer Montez em qualquer lugar já ignoram.

— E foi bom? Foi né.

— Não. – o olhei assustado.

— Como assim?

— Não foi legal porque ele estava bêbado. Foi prazeroso, mas não genuíno.

— E ele? Disse alguma coisa?

— Ele desmaiou depois. Estava cansado. Quando acordou fez o que todo cara hetero faz quando fica com outro cara... Surta. Ele repetia que não era gay, que eu o induzi a fazer aquilo, que estava bêbado e se arrependeu. Então eu o levei de volta ao hotel ouvindo as piores coisas que eu podia ouvir e mantendo a serenidade e calma.

— Não imagino um mundo em que você seja tão equilibrado. – ele me olhou e sorriu. – Daí acabou tudo entre vocês?

— Não. Eu não o via mais. Depois de alguns dias ele me mandou mensagens e tentou me ligar, mas eu não abria as mensagens nem o atendia. Estava magoado demais.

— Estava gostando dele?

— Sim.

— O que aconteceu depois?

— Ele foi até a minha casa. Pediu perdão. Disse que ficaria comigo sóbrio. Nós ficamos. Durantes meses. Mas... Como eu já te disse, é mais difícil para alguns. Para ele era. Ele não se aceitava de jeito nenhum. Eu via que ele me queria e gostava daquilo, mas ele ficava mal porque ele achava que era errado. E ele me queria longe nesses momentos. Então eu cansei. Cansei dos altos e baixos dele. Acabei com tudo.

— Ele aceitou numa boa?

— Mais ou menos... Eu faço negócios lá no hotel né, você sabe. Estou sempre por lá então eu o vejo direto. Não vou mentir, eu sinto vontade de ficar com ele. E eu sei que ele também sente vontade de ficar comigo. Quando eu tenho que disfarçar amizade com algum cliente ele manda mensagens com ciúme. Sempre que ele me vê elogia algo em mim. Ele sabe que não tenho ninguém e diz que sou dele e ele enlouqueceria se me perdesse de verdade.

— Mas ele já te perdeu pelo que entendi. Ou não?

— Bom... Como disse... Sinto vontade de ficar com ele... E acabo ficando.

— Você é ridículo Kevin.

— Mas agora não me envolvo emocionalmente. As crises de consciência dele não me atingem mais porque ele não é meu namorado. É só alguém que eu fico.

— Ele era seu namorado?

— Sim. E único.

— Então ele é o cara.

— Basicamente.

— E se o destino for vocês dois ficarem juntos? Você tá perdendo tempo.

— Se for ficaremos. Mas acho que não vamos. Ele mora longe, iria ser um problema. Descobri que sou carente.

— Com ele?

— Com você. – notei que ele engoliu seco. E os movimentos de sua mão pararam. Pensei em pedir explicação, mas eu não consegui falar nada.

— As donzelas estão juntinhas aí! – Rafael disse chegando e pulando em cima da gente. Depois ele deitou com a cabeça para baixo e os pés no canto. – Se você não fosse o maior tarado da face da terra eu diria que são namorados. – ele afirmou e imitou uma câmera com as mãos. – Merece até uma foto. – ele pegou seu celular e tirou algumas fotos. Eu entendia de zoeira, era o rei. E sabia que apelar não adiantaria como faria com que ele aloprasse ainda mais. Então mandei beijos e deitei no ombro de Kevin.

— Vou ficar, está mais confortável. – falei quando Fael parou com as fotos. – O que está fazendo aqui?

— Vim saber de você quando vai parar com essa história de respeitar as meninas. Vamos voltar a ativa. – comecei a estalar os dedos e Kevin segurou minha mão a abaixando e estalando meus dedos sozinho. Fiquei olhando para Rafael ignorando os movimentos do meu primo. – Vocês estão gays em um nível que eu não estou conseguindo não deixar minha mente criar histórias. Quem é o homem e quem é a mulher?

— Por incrível que pareça eu sou a mulher. – respondi sem fazer voz fina nem nada e revirei os olhos. – Já te falei que sua masculinidade é muito frágil. Um homem não pode pegar na sua mão, nem estar tão perto, nem te alisar todo? – passei os pés em sua bermuda e ele tentou inutilmente se proteger.

— Não faz isso porque ele pode gostar. – Kevin avisou me olhando e sorriu. Parei na hora.

— A cidade toda está aqui dentro Murilo! – ele franziu a testa inconformado.

— E aí? Eu já peguei a cidade toda. – dei um sorriso presunçoso.

— Ah comedor! Explora que tem desconhecida.

— Me deixa melhorar da gripe.

— Quando melhorar vai ser outra desculpa. Até finalmente assumir namoro com esse rouba caras aí.

— Estou te procurando pelo abrigo inteiro. – Arthur chegou e falou olhando para Fael. – Vamos. Truco e cerveja? Liberaram garrafas hoje. – ele deu um pulo.

— Só faltaram as gatas, mas se Murilo não está elas não chegam. Todas já sabem que Arthur não dá mole pra ninguém. Já esse daí é fácil, ou ERA. Fica esperto, você vai voltar ao normal querendo ou não.

— No momento ele está fechado para balanço, então cala a boquinha e vem logo. – eles saíram e eu suspirei.

— Parece que você é responsável por Rafael não pegar al... – o interrompi.

— Então você descobriu que é carente comigo?

— Esse foi uma das coisas.

— Tem mais? – o olhei surpreso.

— Você ficaria espantado. Descobri que posso ser um ser humano.

— Ouvir isso me faz sentir coisas.

— Que coisas?

— Não sei dizer. Orgulho talvez. Faz tempo que eu não faço nada do que eu possa me orgulhar.

— Isso é bom então.

— Estou com vontade de fazer algo, mas você vai achar estranho... – olhei para ele e vi que sua respiração estava irregular e seu estômago ia para cima e para baixo violentamente. – Calma Kevin. Por que você está assim?

— Você disse algo que me lembrou dele. Foi isso.

— Dá pra parar de pensar nesse cara só um pouco?

— Claro. O que quer fazer?

— Isso. – entrelacei nossas mãos.

— Por quê?

— Parece certo. E eu senti vontade. Vontades não se explicam. Por que temos vontade de comer chocolate?

— Porque é gostoso.

— É gostoso entrelaçar nossas mãos.

— Não deveria ser. Não pra você. Você acabou de exaltar mulher e está de mãos dadas com um homem. – respirei fundo e me preparei para o que eu ia dizer.

— Tudo o que eu disse antes sobre você, sobre mim... Era tudo parte de um teste. Quis ver sua reação. Olha pra nós dois Kevin, eu sei o que está rolando entre a gente. Não sou burro. Eu só queria ver se você ainda é o mesmo mimadinho filho da puta sem caráter de antes e se iria se virar contra mim ou não. Precisava saber sua reação ao ser tão contrariado. – ele ficou completamente imóvel. – Mas saber o que está acontecendo me assusta... E não vou mentir, eu já pensei em me afastar um milhão de vezes. Não consigo nem falar sobre isso direito. Só que tem esse cara... E... Ele me incomoda muito. Muito mesmo. Então eu tinha que me abrir de alguma forma.

— Só o usei para te deixar confortável. Seria mais fácil para você se soubesse que tenho alguém e não havia a possibilidade de sentir nada.

— O que você sente por ele?

— Nada. Disse agora a pouco que lembrei dele, mas na verdade foi por sua causa que fiquei daquele jeito, foi a sua fala... Murilo, eu sei que estou indo para o mesmo caminho que ele me levou e eu me prometi que eu jamais faria isso comigo de novo, mas você... Você não tem noção do que estou sentindo.

— E se eu disser que eu tenho? - suspirei. - Sei que é difícil acreditar, mas é que acho que provavelmente eu sinta o mesmo. – não nos olhávamos, mas senti seu coração batendo forte. – Só tenha calma.

— Sim, eu vou ter. – ele respondeu e eu virei de lado me ajeitando em seu ombro e sentindo seu cheiro. O cheiro que era tão familiar e agora tão necessário pra mim. Kevin. O pior tipo de pessoa que eu consegui transformar no melhor. – Se alguém ver a gente desse jeito? – ele perguntou baixinho.

— A luz vai apagar daqui a pouco. – falei de olhos fechados morrendo de sono.

— O seu pai pode vim aqui Murilo, melhor não ficarmos assim... Ele já pareceu estranhar aquele dia.

— Cala a boca.

— Você é mesmo a porra da mulher. Mandona e enjoada pra caralho. – ele falou e deu uma risadinha.

— Não me faz te bater. Estou com muito sono pra isso.

— Boa noite. – pude notar que ele sorria. Sorri de volta mesmo sem ele ver. As luzes se apagaram e eu dormi tão bem, nem parecia que ainda estava doente.

Alice Narrando

Fui até o dormitório de Murilo assim que amanheceu e peguei Kevin reparando nele dormindo. Dei um sorriso involuntário.

— Ele é tão lindo né? – perguntei chegando ao seu lado. Ele se assustou. – E eu conheço essa expressão. – passamos pela porta. – É de apaixonado. Arthur me contou tudo. Não fique bravo com ele, parece que ele percebeu que Murilo te corresponde e sabe que ele vai surtar quando perceber. Eu vou precisar estar preparada para acolher e ajuda-lo. – ele suspirou.

— Sim, isso vai acontecer. Arthur é a pessoa mais sensata e inteligente do mundo. Sempre tive inveja dele. Não vi que era mais fácil admirar. – ele sorriu grande.

— Ele é mesmo. Às vezes não, mas ninguém é perfeito. – fiquei triste ao lembrar a ruiva ontem o esperando.

— Espero que um dia você me perdoe Alice.

Tá tudo bem. Só não faz o meu irmão sofrer Kevin. Ele é a coisa mais importante da minha vida.

— Da minha também. Jamais faria isso. Na verdade eu nem sei se vamos mesmo chegar a ficar junto algum dia. Faria tudo por ele, mas ele tem que deixar. Não quero e nem vou forçar nada. Sei que vou ter que ser muito paciente. É o Murilo. Quando no mundo você o imaginou com... É difícil até falar. Não combina.

— Se não combinasse tanto assim não estariam envolvidos. Ele sempre foi meio perdido, nunca soube o que queria, por isso estava com todas e ao mesmo tempo sem ninguém. Talvez ele tivesse vontades que a gente desconhecia e ele reprimia com essas atitudes.

— Imagino que não... Ele é muito espontâneo pra isso. Ainda não conversamos sobre nada disso. E acho que não vamos tão cedo. Pelo que senti dele, ele só começou a se abrir comigo ontem por ciúme... Não por tomar uma decisão mesmo, sabe?

— Sei. – respirei fundo. – Será que ele não vai conseguir ficar com você?

— Não sei. Por favor, não toque nesse assunto com ele.

— Claro que não. Vou lá ir ver como ele está.

— Ele tem que tomar o remédio da manhã, como ele já está melhorando é melhor ele não tomar de estômago vazio. Não quis trazer o café pra ele porque não quero ficar em cima.

— Você é fofo sabia? – ele sorriu em agradecimento.

— Vou lá para a minha função. – fui em direção ao dormitório do meu irmão. – Alice... Obrigado.

— Kevin... – o chamei antes de ele ir. – Você acha que Lis e Arthur vão ficar juntos? – ele ficou sério.

— Ela não é uma boa pessoa. Ela se faz de boazinha, pega o ponto fraco das pessoas... Pode ser que esteja mexendo com ele de alguma forma, acho que inclusive usando você, mas ele nunca ficaria com ela. – ele viu que eu fiquei completamente confusa. – Você é inocente demais para essas coisas Alice. Só fica despreocupada. Vou mantê-lo longe dela.

— Não faça nada que lembre o antigo Kevin.

— Pode deixar.

De uma hora para outra Kevin foi agressivo com a tal da Lis e a chamou de amante, o que pra mim não fazia sentido nenhum. Arthur foi conversar com ele e quando ele voltou eu o abordei.

— Por que ele a chamou de amante? – olhei em seus olhos, ele desviou o olhar.

— Talvez ele ache que isso seja uma ofensa.

— Está subestimando minha inteligência.

— Kevin está sem controle. – meu irmão chegou perto da gente. – Ele está deixando o lado ruim dele falar mais alto... Isso inclui dizer coisas sem sentido para ofender as pessoas. Ele fez isso a vida toda comigo.

— Conversei com ele hoje de manhã Arthur, uma pessoa não muda tanto em poucas horas.

— O que você quer que eu te diga? – ele estava ficando nervoso.

— De quem ela é amante. Você está se envolvendo com uma mulher dessas?

— O que você tem a ver com isso? Que saco! Você não está vendo que eu estou preocupado com o meu irmão? Foda-se ela e o que ela é. – ele saiu andando e Murilo me olhou.

— Não vai atrás dele? – perguntei estranhando. – Se ele está me tratando assim realmente está preocupado.

— Por que você faz isso? Você fica cutucando até ele explodir Alice. Sei que quer saber sobre ela, mas se ele quisesse te contaria.

— Como se você não quisesse saber por que Kevin a tratou daquele jeito.

— Só quero saber como fazer para não acontecer mais. – nos olhamos.

— Somos tão diferentes. – suspirei. Ele me abraçou.  – Você disse que quer saber como fazer para não acontecer... Quer conversar sobre isso?

— Sei que Arthur já percebeu e te contou, conheço vocês dois. – ele respirou fundo e se afastou de mim. – Tá vendo Alice? Ele não esconde nada de você, quando for a hora ele vai te contar o que quer saber.

— Não foge do assunto. – ele desviou o olhar.

— Conseguiu me deixar tímido. – ele deu uma risadinha sem graça e passou a mão na cabeça. Nunca em toda minha vida vi Murilo vermelho daquele jeito. – Não sei o que está acontecendo... Ainda estou entendendo tudo isso.

— Se quiser conversar sabe que estou aqui né?

— Claro. – ele sorriu ainda envergonhado – Mas agora tenho que ir até Arthur saber o que o monstrinho falou para pensar em como agir com ele... Você vai ficar bem?

— Vou. – sorri e deixei que ele se fosse. Fui até as meninas, sentei ao lado de Otávia e ela ficou me olhando.

— O que foi? – perguntei correspondendo o olhar.

— Eu estou ficando com a porra do Rafael há semanas e ele não demonstrou querer... Você sabe. Qual é o problema comigo? – ela perguntou desesperadamente, parecia guardar aquilo há muito tempo. Não aguentei e dei uma risada alta. – Você ri? Porque claramente meu irmão sentiu o oposto por você. Sabemos disso. – fechei a cara. Depois ri de novo. Era um cenário inimaginável. Rafael era muito safado.

— Às vezes ele só late e não morde. – dei de ombros.

— Ele já foi pego com uma menina aqui. – olhei assustada.

— No ato? – ela concordou gestualmente.

— Ele não consegue por causa do Arthur. – Alícia falou se sentando mais perto da gente. – Desculpa, não deu para deixar de ouvir. E eu sou bem “amiga” dele. Sei o que estou falando.

— Pra você ele não presta, como reconheceria que ele tem uma atitude assim?

— Ele não presta, mas também não é louco. Sabemos que Ar o mataria.

— Você acha que Fael não conversou com ele antes de pegar Otávia?

— Pode ter conversado, mas essa conversa com certeza não incluía tirar a virgindade dela. – a sardenta a olhou indignada.

— Quem disse que eu sou virgem? – a mais velha deu uma risada.

— Vocês são engraçadas. – ela suspirou. – Acham que enganam alguém?

— Quem mesmo a chamou na conversa? – Otávia me olhou após perguntar, ri do jeitinho dela. – Tá achando graça Alice? – ela voltou a olhar a outra. – Sai daqui!

— Ok. – ela saiu sem discutir.

— Ryan! – gritei fazendo a garota ao meu lado estremecer. Ele me olhou e fiz sinal para ele vim até a gente.

— Você é louca? - ela perguntou baixo já ficando apavorada.

— Fica quieta. – mandei enquanto ele se aproximava.

— Fala. – não sei como Otávia podia gostar de alguém com um jeito ogro desses.

— O que você acha da Otávia? – perguntei e quase apanhei dela.

— Não sei... Por que?

— É uma pesquisa para eu provar algo a ela. Só responde.

— Empolgada demais para eu conseguir suportar. Mimada demais para ser o tipo que eu admire. – ele suspirou. – Mas é praticamente o Arthur em versão feminina, é quem consegue pacificar tudo e na maioria das vezes tem sempre razão, fala o que a gente precisa ouvir. Quando ela surta é porque já chegou ao limite, ela odeia isso e se sente mal, o que faz dela uma pessoa paciente. Não tenho que achar nada dela, mas já que pediu... Eu a acho essencial. – ela ficou paralisada. – Não sei se queria que eu dissesse sobre algo físico... O que eu acho desnecessário, já que claramente ela é linda, mas se quer a minha opinião em particular, não são as sardas que tanto chamam a atenção de todo mundo que é o mais bonito nela, acho que é a boca, todas vocês tem a boca exagerada, ela não. Gosto de como é delicada. Também gosto dos olhos dela. – ele ficou a olhando. Depois se virou para mim. – Só isso?

— Você sabe que é estranho pra caralho né? – perguntei assustada.

— Falou a garota que até outro dia não sentia nada. – ele disse e saiu andando.

— Isso não foi legal Ryan! – exclamei gritando e ri. Olhei para Otávia.

— Por que você fez isso? – ela perguntou me olhando.

— Você gosta dele. Tem que saber o que ele pensa sobre você. E se ele não pensava nada foi uma ótima oportunidade de começar a pensar...

— Não sei nem o que dizer Alice... – ela parecia chocada, com um pouco de raiva, não entendi muito bem. – Pode ter certeza que quando eu ver o Arthur vou chama-lo e perguntar: Irmãozinho o que você acha da Alice? – é, ela estava com raiva.

— Ele não vai ser sincero como o Ryan. O medo de me magoar é maior.

— Ele não acha coisas ruins de você como mimada ou empolgada demais.

— Mas acha outras coisas tão ruins quanto isso. E outra... Você está focando só no que ele disse de negativo, olha quanto elogio ele te fez. Além disso, ele te acha linda e disse com todas as letras Otávia.

— Já desisti dele Alice. Não lembra?

— Por que ele pega as garotas escondido? É bem melhor que ser um escroto como o Rafael, não?

— Você está me atacando então é melhor essa conversa parar por aqui. – ela saiu mais chateada ainda. Iria pensar em uma forma de fazê-la entender que eu só queria ajudar.


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