Batgirl desejava que o apelo público de Bruce tivesse tido efeito imediato. Por mais que os tabloides tivessem parado de comentar sobre ela – influência Wayne – as pessoas em seu colégio não.

Os olhos a seguiam pelos corredores, ninguém conseguia acreditar que aquilo era realmente verdade. Batgirl ouvia todo o tipo de comentário a seu respeito, desde os bons até os ruins. As pessoas conseguiam imaginar cada coisa que a estavam transformando em uma titulação universal, de como se ter sorte em poder ter tudo o que quisesse agora.

Ela não conseguia se acostumar com a atenção de todos de uma hora para a outra, a semanas atrás ninguém sabia de sua existência, mas agora até mesmo tinha sido convidada para se sentar com a turma popular do colégio, ao qual recusou e preferiu se sentar sozinha como sempre.

— Você se acostuma. – alguém se sentou ao lado dela colocando a bandeja na mesa. – Eles vão se ocupar com alguma outra coisa logo, logo.

Batgirl encarou a menina loira sentada ao seu lado. Ela a reconhecia de outras terras, era Canário Negro. Havia sido treinada pela liga dos assassinos assim como Damian.

— Como você sabe?

— Aqui é Gotham. – ela respondeu como se não fosse obvio. – sempre tem alguma coisa.

— Porque você está aqui?

— Seu irmão.

— Ele está bem. – Batgirl a encarou firme largando seu lanche na bandeja. – ele não precisa de uma babá.

— Você tem certeza? – a loira levantou uma sobrancelha para a ruiva.

Era evidente que Batgirl só queria proteger o menino, mas Canário Negro não desistiria de sua missão. Damian chegou ao poço de Lázaro praticamente morto, era um risco coloca-lo nas águas mais uma vez, mas sua mãe faria de tudo para salva-lo assim como o pai. Então não era surpresa alguma que Talia Al Ghul havia enviado uma de suas melhores criações para cuidar do filho.

— Ele precisa de ajuda. – A loira completou. – e você sabe bem disso.

A ruiva voltou a encarar seu lanche, talvez ela estivesse certa. Damian estava diferente, não parecia o mesmo. Todos conheciam os poderes do poço e como havia sido um risco coloca-lo lá dentro mais uma vez, talvez eles não tivessem alternativa senão aceitar ajuda do inimigo.